segunda-feira, 30 de julho de 2018

Comércio Internacional Portugal-China (2014-2017 e Jan-Mai 2017-2018)


Comércio Internacional de Mercadorias 
de Portugal com a China
2014-2017
e Janeiro a Maio de 2017-2018

(disponível para download > aqui )



1 – Nota introdutória

O presente trabalho incide sobre o comércio externo da China continental, não incluindo portanto os contributos das Regiões Administrativas Especiais de Hong-Kong e de Macau, consideradas autonomamente para fins estatísticos no âmbito do comércio internacional.

Neste trabalho encontra-se reunido um breve conjunto de dados sobre o comércio externo da China face ao mundo, para o que se utilizaram dados disponibilizados pelo International Trade Centre (ITC).
Analisa-se também aqui, com algum detalhe, a evolução das importações e das exportações de mercadorias entre Portugal e a China ao longo dos últimos quatro anos (2014 a 2017) e no período acumulado de Janeiro a Maio de 2017 e 2018, com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE), com última actualização em 10 de Julho de 2018.
2 – Alguns dados sobre o comércio externo da China
De acordo com dados divulgados pelo International Trade Centre (ITC) para os anos de 2015 a 2017, a Balança Comercial de mercadorias (fob-cif) da China é ‘superavitária’. Após quebras das importações e das exportações em 2016 face ao ano anterior (-5,2% e -7,5%), assistiu-se em 2017, em termos homólogos, a uma recuperação em ambas as vertentes (respectivamente +13,6% e +6,1%), com o grau de cobertura das importações pelas exportações a situar-se em 123,4%.

Segundo os dados disponíveis, em 2017 os principais mercados de origem das importações chinesas foram a Coreia do Sul (9,6%), o Japão (9,0%), os EUA (8,4%) e Taiwan (8,4%), seguidos da Alemanha (5,3%), e da Austrália (5,1%).

No mesmo ano, os mercados de destino dominantes foram os EUA (19,0%) e a Região Administrativa Especial de Hong-Kong (12,4%), seguidos do Japão (6,0%) e da Coreia do Sul (4,5%).
Em 2017 Portugal pesou 0,12% nas importações chinesas e 0,15% nas exportações.


Numa análise da evolução das importações por Grupos de Produtos (ver em tabela anexa o conteúdo com base nos capítulos do Sistema Harmonizado (SH) – Anexo-3), verifica-se que o grupo com maior peso em 2017 foi o de “Máquinas, aparelhos e partes” (34,0% do Total), seguido dos grupos “Energéticos” (13,4%), “Minérios e metais” (13,1%), “Químicos” (12,0%) e “Produtos acabados diversos” (10,1%). As maiores quotas de Portugal ao nível de cada grupo incidiram em “Têxteis e Vestuário” (0,8%) e “Material de transporte terrestre e partes” (0,53%).

Nas Exportações destacou-se, em 2017, também o grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (43,2% do Total), a grande distância dos restantes, em que se destacaram os grupos “Produtos acabados diversos” (12,8%), “Têxteis e vestuário” (11,9%), “Químicos” (9,1%) e “Minérios e metais” (8,3%). A maior quota de Portugal ao nível de cada grupo de produtos incidiu em “Aeronaves, embarcações e partes” (2,0%).

3 – Comércio de mercadorias de Portugal com a China
As importações anuais de Portugal com origem na China, praticamente constantes desce o início do século até 2003, cresceram sucessivamente a partir de então, para registarem uma descida acentuada em 2009, de que recuperaram no ano seguinte para voltarem a decrescer, agora mais moderadamente, até 2013, ano em que iniciaram um aumento sustentado, até atingirem em 2017 um valor mais de cinco vezes superior ao que detinham em 2000.

Por sua vez as exportações, tendencialmente crescentes desde o início do século, registaram um crescimento acentuado a partir de 2010, oscilando o seu valor de 2012 a 2017 entre 13 a 16 vezes o valor que detinham em 2000.
3.1 – Balança Comercial
A Balança Comercial de mercadorias de Portugal com a China é fortemente deficitária. Ao longo dos últimos quatro anos o maior défice ocorreu em 2017, com -1,2 mil milhões de Euros.  

3.2 – Importações por grupos de produtos
Ao longo dos últimos quatro anos e primeiros cinco meses de 2018, as principais importações portuguesas de mercadorias com origem na China incidiram no grupo de produtos “Máquinas, aparelhos e partes”, que representou 36,1% do total e 37,1% em igual período do ano anterior.
Seguiram, entre os principais, os grupos “Químicos” (12,3% em 2018), “Têxteis e vestuário” (11,5%), “Produtos acabados diversos” (10,9%), “Minérios e metais” (9,9%), “Calçado, peles e couros” (7,0%), “Agro-alimentares” (6,2%) e “Material de transporte terrestre e partes” (4,8%).

No conjunto dos primeiros cinco meses de 2018 verificaram-se acréscimos em todos os grupos de produtos à excepção de “Aeronaves, embarcações e partes”.
O maior acréscimo em termos homólogos ocorreu no grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (+20,9 milhões de Euros), onde os principais aumentos incidiram nas importações de máquinas e aparelhos mecânicos não especificados (+16,6 milhões de Euros), aparelhos de som e imagem (+13,4 milhões), transformadores, cabos e aparelhos para distribuição de energia (+10,8 milhões) e aparelhos de informática, memórias e circuitos integrados (+10,2 milhões). Verificou-se uma quebra nas importações de máquinas e aparelhos eléctricos não especificados (-28,4 milhões).
Seguiram-se acréscimos nos grupos “Químicos” (+15,8 milhões de Euros), com destaque para os produtos farmacêuticos (+8,3 milhões), “Produtos acabados diversos” (+11,8 milhões), principalmente no mobiliário, colchões e candeeiros (+8,3 milhões), “Têxteis e vestuário” (+9,4 milhões), com o aumento ocorrido nos têxteis e suas obras em evidência (+10,1 milhões).
Aumentaram também as importações de “Material de transporte terrestre e partes” (+7,2 milhões de Euros), com destaque para as importações de quadros e partes de bicicletas, de motocicletas, bem como de travões, servo-freios e outras partes de veículos automóveis, de “Minérios e metais” (+7,1 milhões) principalmente ferro, aço e suas obras, e “Calçado, peles e couros” (+6,3 milhões), essencialmente calçado.
Em quadro anexo (Anexo-1) pode observar-se a desagregação de cada Grupo de Produtos das importações de mercadorias em Subgrupos.
3.3 – Exportações por grupos de produtos
O grupo de produtos dominante, ao longo dos últimos quatro anos e primeiros cinco meses de 2018, nas exportações portuguesas de mercadorias para a China foi “Material de transporte terrestre e partes”, que representou 23,4% do total no período em análise de 2018, contra e 31,7% em igual período do ano anterior.
Seguiram-se os grupos “Madeira, cortiça e papel” (15,8%), “Minérios e metais” (15,4%), “Agro-alimentares” (13,0%), “Máquinas, aparelhos e partes” (11,3%), “Têxteis e vestuário” (8,6%), “Químicos” (5,6%), “Produtos acabados diversos” (4,8%) e “Calçado, peles e couros” (2,2%).
Nos primeiros cinco meses de 2018 verificaram-se decréscimos em todos os grupos de produtos à excepção de “Têxteis e vestuário”, que registou um aumento, face ao período homólogo do ano anterior (+7,7 milhões de Euros), centrado nos têxteis e suas obras (+7,8 milhões).
Os principais decréscimos ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (-51,8 milhões de Euros), na sua quase totalidade automóveis de passageiros, “Madeira, cortiça e papel” (-22,2 milhões), centrados nas pastas de papel (-25,7 milhões), “Minérios e metais” (-13,3 milhões), designadamente minérios de cobre e seus concentrados (-11,9 milhões) e desperdícios e resíduos de cobre (-3,3 milhões) e “Agro-alimentares” (-6,7 milhões), em sua grande parte bebidas alcoólicas (-6,0 milhões de Euros).
Em quadro anexo (Anexo-2) pode observar-se a desagregação de cada Grupo de Produtos das exportações de mercadorias em Subgrupos.

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Em anexo apresentam-se também as balanças comerciais de mercadorias de Portugal com a China, por grupos de produtos, para os anos de 2014 a 2017 e primeiros cinco meses de 2017 e 2018 (Anexo-4).

Alcochete, 27 de Julho de 2018.




















































































segunda-feira, 16 de julho de 2018

Contributos para as exportações - Jan-Mai 2018


Contributos dos grupos de produtos 
e principais mercados de destino 
para o 'crescimento' das exportações de mercadorias
- Janeiro a Maio de 2018 -

(disponível para download > aqui)


1 - Nota introdutória
Pretende-se neste trabalho identificar, de uma forma expedita, através de um conjunto de quadros e gráficos, os contributos dos grupos de produtos e principais mercados de destino para a evolução global das exportações portuguesas de mercadorias, bem como os contributos dos mercados dominantes ao nível de cada grupo de produtos (ver conteúdo dos grupos em Anexo).

Os dados de base constam do portal do Instituto Nacional de Estatística (INE) e reportam-se ao período acumulado de Janeiro a Maio de 2018 e período homólogo do ano anterior, em versões preliminares, com última actualização em 10 de Julho de 2018.
2 – Contributos dos grupos de produtos


Os grupos de produtos que registaram maior peso no total das exportações foram “Máquinas, aparelhos e partes” (14,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (14,2%) “Químicos” (11,9%), “Agro-alimentares” (11,7%), “Minérios e metais” (9,9%), “Produtos acabados diversos” (9,5%) e “Têxteis e vestuário” (9,3%). Seguiram-se os grupos “Madeira, cortiça e papel” (7,4%), “Energéticos” (também 7,4%) e, a maior distância, “Calçado, peles e couros” (3,7%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7%).

O maior contributo positivo para a taxa de ‘crescimento’ das exportações (+6,2%) coube, em pontos percentuais, ao grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+4,1 p.p.), a que se seguiram os grupos , “Minérios e metais” (+0,8 p.p.), “Produtos acabados diversos”  (+0,7 p.p.), “Agro-alimentares” (+0,4 p.p.), “Energéticos” (+0,3 p.p.), “Madeira, cortiça e papel” (+0,2 p.p.), “Têxteis e vestuário” (também +0,2 p.p.) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+0,1 p.p.). 
Com contributos negativos alinharam-se os grupos “Químicos” (-0,4 p.p.), “Máquinas, aparelhos e partes” (-0,2 p.p.) e “Calçado, peles e couros” (-0,03 p.p.).

3 – Contributos dos principais mercados de destino 
a nível global


Vinte mercados, sendo 13 do espaço comunitário e 7 do extracomunitário (incluindo as Provisões de Bordo Intra e Extra-comunitárias), foram o destino de 85,3% das exportações portuguesas no período de Janeiro a Maio de 2018.

Os maiores ritmos de crescimento incidiram nos fornecimentos à Áustria (+97,5%), seguidos do Brasil (+21,7%), Suécia (+20,6%), Polónia (+20,5%), Provisões de Bordo para países terceiros (+19,6%), Itália (+18,4%), Roménia (+18,0%), Provisões de Bordo para países comunitários (+15,4%), Dinamarca (+13,2%), Alemanha (+10,8%), Bélgica (+10,1%) e França (+9,9%).


As maiores desacelerações incidiram em Angola (-16,9%) e Marrocos (-10,8%).


Entre os vinte principais mercados de destino das exportações no período em análise, os contributos positivos, para a taxa de crescimento das exportações nos primeiros cinco meses do ano, face ao mesmo período do ano anterior (+6,2%), em percentagem, couberam a Espanha (22,5%), seguida da França (20,1%), da Alemanha (19,8%), da  Itália (10,8 %), da Áustria (8,4%), do Brasil (4,4%), da Bélgica (4,0%), da Polónia (3,9%), da Suécia (2,9%), das Provisões de Bordo para países terceiros (2,8%), da Roménia (1,9%), das Provisões de Bordo para países comunitários (1,8%), do Reino Unido (1,7%), dos Países Baixos (também 1,7%) e da Dinamarca (1,3%).

Os contributos negativos incidiram em Angola (-8,7%), Marrocos (-2,7%), EUA (‑0,7%), Suíça (-0,6%) e Turquia (-0,1%).



4 – Contributos dos principais mercados de destino 
por grupos de produtos

Seguem-se quadros e gráficos com os contributos (em pontos percentuais e em percentagem) dos vinte principais mercados de destino em cada grupo de produtos.

Estes quadros incluem também, para cada um dos mercados, os valores dos fornecimentos, a taxa de variação homóloga e o seu peso no grupo em cada um dos períodos.

4.1 – Agro-alimentares



4.2 – Energéticos



4.3 – Químicos



4.4 – Madeira, cortiça e papel



4.5 – Têxteis e vestuário



4.6 – Calçado, peles e couros



4.7 – Minérios e metais



4.8 – Máquinas, aparelhos e partes



4.9 – Material de transporte terrestre e partes



4.10 – Aeronaves, embarcações e partes



4.11 – Produtos acabados diversos



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              Alcochete, 15 de Julho de 2018.



quinta-feira, 12 de julho de 2018

Série mensal - Jan-Mai 2018 - Comércio Internacional


Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Maio de 2018 

( disponível para download  >> aqui )



1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Julho de 2018, nos cinco primeiros meses de 2018 as exportações de mercadorias cresceram em valor +6,2% face ao mesmo período do ano anterior (+1420 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +6,3% (+1798 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +9,4% (+1601 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros decresceram -3,1% (-181 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +8,1% (+1726 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +1,0% (+72 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +7,0%, ao situar-se em -5802 milhões de Euros (um acréscimo do défice de 378 milhões de Euros, cabendo 125 milhões ao comércio intracomunitário e 253 milhões ao extracomunitário). Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu uma décima, de 80,9%, em 2017, para 80,8%, em 2018.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos. O valor médio unitário de importação do petróleo, que no conjunto dos cinco primeiros meses de 2017 se situou em 362 Euros/Ton, subiu para 418 Euros/Ton em igual período de 2018.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,1% e 7,4% do total no período de Janeiro-Maio de 2018), o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações em 2018 sobe de um total de 80,8% para 84,2%.

2 – Evolução mensal



3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período de Janeiro-Maio de 2018, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 76,6% do total (74,4% em 2017), cresceram em valor +9,4%, contribuindo com +7,0 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +6,2%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 23,4% do total em 2018 (25,6% em 2017), registaram um decréscimo em valor -3,1%, contribuindo com -0,8 p.p. para a taxa de crescimento global.



Os principais mercados em 2018 foram a Espanha (25,2%), a França (13,1%), a Alemanha (11,8%), o Reino Unido (6,4%), os EUA (5,0%), a Itália (4,0%), os Países Baixos (3,8%), Bélgica e Angola (2,5% cada), o Brasil (1,4%), Polónia e Marrocos (1,3% cada), que representaram 78,3% das nossas exportações.
Angola, o segundo mercado entre os países terceiros depois dos EUA, registou uma quebra em valor de -16,9% (-122,9 milhões de Euros), envolvendo oito dos onze grupos de produtos, tendo as maiores descidas incidido nos grupos “Agro-alimentares” (-38,9 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (‑28,1 milhões),  “Químicos” (-27,6 milhões), “Minérios e metais” (‑13,3 milhões) e “Produtos acabados diversos” (-9,6 milhões de Euros). Os acréscimos couberam aos grupos “Energéticos” (+1,2 milhões de Euros), principalmente refinados do petróleo, “Aeronaves, embarcações e partes” (+1,2 milhões), essencialmente embarcações e estruturas flutuantes e “Material de transporte terrestre e partes” (+865 mil Euros), principalmente veículos automóveis e tractores.

Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+6,2%), couberam a Espanha (+1,4 p.p.), França e Alemanha (+1,2 p.p. cada), Itália (+0,7 p.p.) e Áustria (+0,5 p.p.). Os maiores contributos negativos pertenceram a Angola (‑0,5 p.p.), China (-0,4 p.p.) e Marrocos (‑0,2 p.p.).

O maior acréscimo, em Euros, nas exportações (expedições) para o espaço comunitário, em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguida da França, da Alemanha, da Itália e da Áustria. Com menor expressão alinharam-se depois a Bélgica, a Polónia, a Eslováquia, a Suécia, a Hungria, a Roménia, a Eslovénia, as Provisões de bordo, o Reino Unido e os Países Baixos.
Os maiores decréscimos couberam ao Luxemburgo e à Irlanda.

Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para a Tunísia, seguida do Brasil. Com menor peso seguiram-se as Provisões de Bordo, o Canadá e a Rússia. Os maiores decréscimos couberam a Angola, China, Gibraltar, Marrocos, Arábia Saudita, Costa do Marfim, Irão e Índia.

3.2 - Importações
Em 2018, no período em análise, as importações (chegadas) com origem na UE, que representaram 76,8% do total (75,6% no mesmo período de 2017), registaram um acréscimo de +8,1% e contribuíram com +6,1 p.p. para uma taxa de crescimento global de +6,3%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +1,0%, representando 23,2% do total em 2018 (24,4% em 2017), com um contributo para o crescimento de +0,3 p.p..
Os principais mercados de origem das importações em 2018 foram a Espanha (31,7%), a Alemanha (13,9%) e a França (8,0%). Seguiram-se a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,2%), a China (2,9%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,6%), a Federação Russa e os EUA (1,6% cada), e o Brasil (1,5%), países que representaram no seu conjunto 77,4% das nossas importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+6,3%) destacam-se a Espanha (+2,5 p.p.), a Alemanha e a França (+1,0 p.p. cada), os Países Baixos, a Itália e a Argélia (+0,4 p.p. cada), a China, a Bélgica e o Cazaquistão (+0,3 p.p. cada).

Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam à Federação Russa (-0,8 p.p.), seguida de Singapura (-0,6 p.p.) e da Colômbia e da Arábia Saudita (-0,2 p.p. cada).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.


4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif) coube ao Reino Unido (+783 milhões de Euros), seguido dos saldos da França (+761 milhões), dos EUA (+737 milhões), de Marrocos (+252 milhões) e de Angola (+243 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-3383 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑1307 milhões), da Itália (-664 milhões), dos Países Baixos (-643 milhões) e da China (‑627 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2/SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo). Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias, representando 80,9% do total do período em análise em 2018, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (14,4% do total e TVH -1,2%), “Material de transporte terrestre e partes” (14,2% e TVH +37,7%), “Químicos” (11,9% e TVH -3,0%), “Agro-alimentares” (11,7% e TVH +3,2%) “Minérios e metais” (9,9% e TVH +8,2%), “Produtos acabados diversos” (9,5% e TVH +7,2%) e “Têxteis e vestuário” (9,3% e TVH + 2,3%).
Os maiores acréscimos, em Euros, ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+948 milhões), “Minérios e metais” (+181 milhões), “Produtos acabados diversos” (+155 milhões) e “Agro-alimentares” (+87 milhões de Euros).
Os maiores decréscimos incidiram nos grupos “Químicos” (-90 milhões) e “Máquinas, aparelhos e partes” (-44 milhões de Euros).

5.2 – Importações
No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,8% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,3%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +12,1%) “Químicos” (16,6% do total e TVH de +7,4%), “Agro-alimentares” (14,3% e TVH de +1,1%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,5% e TVH de +12,1%) e “Energéticos” (11,1% e TVH de +1,7%).
À excepção do grupo “Aeronaves, embarcações e partes”, que registou em 2018 uma quebra de -151 milhões de Euros face ao período homólogo do ano anterior, em todos os restantes se verificaram acréscimos nas importações, tendo ocorrido os mais significativos nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+564 milhões de Euros), “Material de transporte terrestre e partes” (+441 milhões), “Químicos” (+347 milhões), “Minérios e metais” (+251 milhões) e “Produtos acabados diversos” (-102 milhões de Euros). 


6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou de Janeiro a Maio de 2018 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,4% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (3ª posição, depois da França e da Alemanha), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição, antecedida dos EUA, Brasil e França).


Seguiram-se no “ranking” a França (13,1%), a Alemanha (11,8%), o Reino Unido (6,4%), os EUA (5,0%), a Itália (4,0%), os Países Baixos (3,8%), a Bélgica (2,5%), Angola (2,5%), e Brasil (1,4%). Estes dez países cobriram 75,9% das exportações totais.
6.2 – Importações


Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove dos onze grupos de produtos, com 31,7% do total, sendo as excepções os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4º lugar, antecedida da França, EUA e Países Baixos).
Seguiram-se a Alemanha (13,9%), a França (8,0%), a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,2%), a China (2,9%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,6%), a Rússia e os EUA (1,6% cada).
 Estes dez países cobriram 75,8% das importações totais. 



Alcochete, 12 de Julho de 2018.