sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias de Portugal com a Federação Russa -2020-24 e Janeiro-Agosto 2024-25

 

Comércio Internacional

de mercadorias de Portugal

com a Federação Russa

2020-2024 e Janeiro-Agosto 2024-2025


 ( disponível para download  >> aqui )

1 – Nota introdutória

A Federação Russa ocupou em 2024 a 22ª posição entre os mercados de origem das importações portuguesas de mercadorias com origem Extra-UE, com 0,8% do Total (18ª posição em 2023, com 1,2%), e a 32ª posição entre os mercados de destino das exportações, com 0,4% do Total (31ª em 2023, com 0,3%).

Analisa-se neste trabalho a evolução do comércio internacional de mercadorias de Portugal com este país no período de 2020-2024 e Janeiro-Agosto de 2024-2025, com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE), definitivos até 2024 e preliminares para 2025, com última actualização em 10 de Outubro de 2025.

2 – Ritmo de evolução anual do valor das                                                      importações e exportações globais (2020-2024)

Em 2001, as importações portuguesas com origem na Federação Russa, após duplicarem face ao valor que detinham no ano anterior (208,2%, com 2020=100), decresceram até se situarem em 40,1% em 2024. Por sua vez o ritmo das exportações, após se ter mantido em 2021 face a 2020, decresceu sucessivamente nos dois anos seguintes (40,9% em 2023), recuperando em 2024 para 57,4% do nível em 2020.

3 – Balança Comercial

A Balança Comercial de Portugal com a Federação Russa é desfavorável, tendo o défice decrescido sustentadamente de 2021 para 2024, de -890 milhões de Euros para -104 milhões.

Nos primeiros oito meses de 2025, face ao período homólogo do ano anterior, na sequência de um aumento das importações de +16,5% e de uma queda das exportações de -31,0%, o défice da Balança Comercial passou de -22,8 milhões de Euros para -63,2 milhões, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 77,3% para 45,8%.


4 – Importações por grupos de produtos

 

Ao longo dos últimos cinco anos e primeiros oito meses de 2025, as principais importações incidiram no grupo de produtos “Energéticos”, que representou 62,8% do Total no período em análise de 2025, seguido dos grupos “Agro-alimentares” (28,6%) e “Químicos” (8,3%).

Entre 2020 e 2022, no âmbito deste grupo de produtos, o principal produto importado incidiu em ‘Fuelóleos’, que se deixaram de importar a partir de então. Seguiram-se as importações de ‘Gás natural liquefeito’ que, aparte uma importação de “Coque e betume de petróleo” em 2023, foi o único produto importado em 2024 e no período em análise de 2025 (cerca de 10% do Mundo).

Os produtos “Agro-alimentares” (28,6% no período em análide de 2025 e 50,3% no ano anterior) foram nos dois anos constituídos por ´Peixe’ nas suas diversas formas e os “Químicos” (8,3% e 15,8% respectivamente), por ‘Hidróxidos e peróxidos de magnésio, estrôncio e bário’ e ’Adubos’.

No quadro seguinte constam os principais produtos transaccionados no âmbito de cada grupo de produtos no período de Janeiro-Agosto de 2025 e correspondentes montantes no ano anterior, desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura.


5 – Exportações por grupos de produtos

Em 2025, no período em análise, as exportações incidiram em sua grande parte no grupo de produtos “Ago-alimentares” (64,3% do Total e 68,2% em 2024), principalmente constituídas por vinhos.

Seguiram-se, a grande distância, os grupos “Calçado, peles e couros” (15,7% e 10,4% respectivamente), “Madeira, cortiça e papel” (6,5% e 5,4%), “Produtos acabados diversos” (6,3% e 3,3%), “Têxteis e vestuário” (4,8% e 3,3%), “Minérios e metais” (1,7% e 2,5%) e “Químicos” (0,7% e 3,1%).

No quadro seguinte constam os principais produtos transaccionados no âmbito de cada grupo de produtos no período de Janeiro-Agosto de 2025 e correspondentes montantes no ano anterior, desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura.



Alcochete, 16 de Outubro de 2025.


ANEXO



domingo, 12 de outubro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias - Série mensal - Janeiro-Agosto 2025

 

Comércio Internacional

de mercadorias
- Série mensal -
(Janeiro a Agosto de 2025)

                                           (disponível para download  >> aqui )

 1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Agosto de 2025 (versão preliminar com última actualização em 10 de Outubro de 2025) e de 2024 (versão definitiva), as exportações de mercadorias em 2025 cresceram, em termos homólogos, +0,4% (+236 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +6,0% (+4182 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código “GB”, correspondente ao somatório dos valores dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um acréscimo de +1,9% (+710 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros decrescido -3,1% (-475 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +9,4% (+4842 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -3,6 % (-660 milhões de Euros). 


O défice comercial externo (Fob-Cif), +22,8% face a 2024, situou-se em -21 239 milhões de Euros (superior em 3 947 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 4 132 milhões no comércio intracomunitário e um decréscimo de 185 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 75,4% em 2024, para 71,4% em 2025.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Agosto o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 593 Euros/Ton, em 2024, para 505 Euros/Ton, em 2025.


Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Setembro).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 9,1% no total das importações em 2025 e 5,7% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2025, de 71,4% no comércio global, para 74,1%.


2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

Em 2025, no período em análise, as exportações para a UE (expedições), que representaram 71,8% do Total, cresceram +1.9%, contribuindo com +1,3 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +0,4%.

As exportações para o espaço extracomunitário, 28,2% do Total, decresceram em valor -3,1%, com um contributo negativo de -0,9 p.p. para o crescimento global.


Os dez principais destinos das exportações foram a Espanha (25,9%), a Alemanha (13,6%), a França (12,0%), os EUA (6,5%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,5%), a Itália (4,4%), os Países Baixos (3,5%), a Bélgica (2,6%), a Polónia (1,5%) e a as Prov.Bordo para Países Terceiros (1,4%), destinos que representaram 75,9% do Total.

Angola, que no ano de 2024 ocupou a 5ª posição no conjunto dos Países Terceiros, depois dos EUA, do Reino Unido, de Marrocos e do Brasil, registou no período em análise um acréscimo de +5,8% nas nossas exportações com este destino (+38,7 milhões de Euros).

Por Grupos de Produtos ocorreram acréscimos em “Produtos acabados diversos” (+27,9 milhões de Euros), “Agro-alimentares” (+12,5 milhões), “Minérios e metais” (9,7 milhões de Euros), Químicos (+4,0 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+3,6 milhões) e “Calçado, peles e couros” (+67 mil Euros).

Os decréscimos incidiram em “Material de transporte terrestre e partes” (-5,2 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (-5,1 milhões), “Têxteis e vestuário” (-3,9 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (-2,8 milhões), e “Energéticos” (-2,0 milhões de Euros).


Entre os principais destinos, o maior contributo positivo para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+0,4%) pertenceu à Alemanha (+1,2 p.p.), seguida da Espanha (+0,5 p.p.), da Turquia (+0,3 p.p.) e Irlanda, Hungria, Canadá, Angola, Roménia e Dinamarca (+0,1 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam aos EUA (-0,6 p.p.), à Finlândia e Argélia (-0,3 p.p. cada), à França e Brasil (-0,2 p.p. cada), e a Marrocos, Gibraltar, Provisões de Bordo Intra-UE e Provisões de Bordo para Países Terceiros (0,1 p.p. cada).


Os maiores acréscimos nas exportações para o espaço comunitário (expedições) incidiram na Alemanha, seguida a grande distância pela Espanha, Irlanda, Hungria, Roménia e Dinamarca. Os principais decréscimos couberam à Finlândia, França, Provisões de Bordo e Grécia.



No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se a Turquia, Ucrânia, Panamá, Taiwan, Canadá, Angola, Egipto, Noruega e China.

Entre os decréscimos evidenciaram-se os EUA, seguidos da Argélia, Brasil, Marrocos, Moçambique, Gibraltar, Austrália, Provisões de Bordo, Argentina e Rússia.

3.2 – Importações

No período de Janeiro a Agosto de 2025 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 75,9% do total, registaram um acréscimo de +9,4% e contribuíram com +6,9 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +6,0%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -3,6% representando 24,1% do total, com um contributo negativo para o ‘crescimento’ global de -0,9 p.p..

O principal mercado de origem das importações foi a Espanha (32,0% do Total) seguida da Alemanha (11,8%), da França (7,3%), dos Países Baixos (5,9%), da Itália (5,0%), da China (4,9%), da Irlanda (3,8%), da Bélgica (3,3%), do Brasil (2,8%) e dos EUA (2,1%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 78,7% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações  (+6,0%), destacaram-se a Irlanda (+2,2 p.p.), a Espanha (+1,5 p.p.), a Alemanha (+1,1 p.p.), os Países Baixos (+1,0 p.p.), a França (+0,6 p.p.), a Bélgica (0,4%) a China (+0,3 p.p.) e a Hungria e Turquia (+0,2 p.p. cada).

Os principais contributos negativos incidiram no Brasil (-0,6 p.p.), na Noruega e Arábia Saudita (-0,4 p.p.cada), na Nigéria (-0,3 p.p.) e no Azerbaijão, Índia, Áustria e Japão (-0,2 p.p. cada).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor nas importações com origem Intracomunitária (chegadas) e nos Países Terceiros, entre o período em análise de 2025 e de 2024.




4 – Saldos da Balança Comercial        

No período em análise de 2025, os maiores saldos positivos da balança (Fob-Cif) couberam aos EUA (+1894 milhões de Euros), ao Reino Unido (+1503 milhões), à França (+972 milhões), a Angola (+542 milhões) e a Marrocos (+324 milhôes).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-10071 milhões de Euros), seguida da China (-3223 milhões), dos Países Baixos (-2543 milhões), da Irlanda (-2426 milhões) e da Alemanha (-1514 milhões).


5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

Em 2025, os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Químicos” (16,1% do Total e +599 milhões de Euros face ao ano anterior), “Máquinas, aparelhos e partes” (15,3% e +465 milhões), “Agro-alimentares” (14,3% e +70 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (12,2% e +312 milhões), “Minérios e metais” (9,7% e -117 milhões) e “Produtos acabados diversos” (9,1% e -180 milhões). Seguiram-se os grupos “Têxteis e vestuário” (7,2% e -1,0 milhões), “Madeira cortiça e papel” (6,6% e -145 milhões), “Energéticos” (5,7% e -856 milhões), “Calçado, peles e couros” (2,9% e +14 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8% e +72 milhões de Euros).


5.2 – Importações

Em 2025 os grupos de produtos com maior peso foram “Químicos” (19,9% do Total e +2621 milhões de Euros face ao ano anterior), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,3% e +109 milhões), “Agro-alimentares” (16,1% e +932 milhões) e“Material de transporte terrestre e partes” (12,8% e +1117 milhões). Seguiram-se os grupos “Energéticos” (9,1% e -1119 milhões), “Minérios e metais” (8,6% e +107 milhões), “Produtos acabados diversos” (6,1% e +351 milhões), “Têxteis e vestuário” (4,9% e +198 milhões), Madeira, cortiça e papel” (2,8% e +41 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,8% e +51 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7% e -226 milhões de Euros).


6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2025 a primeira posição em 6 dos 11 grupos de produtos com 25,9% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (2ª posição depois das Provisões de Bordo para Países Terceiros), “Químicos” (2ª posição depois da Alemanha), “Calçado, peles e couros” (3ª posição, depois da França e da Alemanha), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição, precedida do Brasil, França e Ucrânia).


Seguiram-se no “ranking” a Alemanha (13,6%), a França (12,0%), os EUA (6,5%), o Reino Unido/Irl NT (4,5%), a Itália (4,4%), os Países Baixos (3,5%), a Bélgica (2,6%), a Polónia (1,5%) e a Suécia (1,4%).

Estes dez destinos representaram 75,9% da exportação total.

6.2 – Importações


Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 32,0% do total.

A excepção foi o grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (4º lugar, depois do Brasil, Alemanha e EUA).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,8%), a França (7,3%), os Países Baixos (5,9%), a Itália (5,0%), a China (4,9%), a Irlanda (3,8%), a Bélgica (3,3%), o Brasil (2,8%) e os EUA (2,1%).

Estes dez países cobriram 78,7% da importação total.

 7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2025                       face a 2024, por meses homólogos não acumulados



Alcochete, 12 de Outubro de 2025.


ANEXO


sábado, 4 de outubro de 2025

Comércio Internacional português de mercadorias no sector "Agro-alimentar" (1º Semestre 2024-2025)

 

Comércio Internacional

 português de mercadorias

no sector “Agro-alimentar”

 (1º Semestre 2024-2025)


( disponível para download  >> aqui )

                                                                          

1 – Nota introdutória

Os produtos do sector “Agro-alimentar” encontram-se repartidos por um elevado número de tipos de produtos no contexto da agricultura, de outros produtos alimentares e de indústrias transformadoras alimentares.

Neste trabalho vamos analisar no 1º Semestre de 2025, face ao semestre homólogo do ano anterior, a evolução das importações e das exportações dos produtos que integram os Capítulos 01 a 24 das nomenclaturas de mercadorias NC (Nomenclatura Combinada) e SH (Sistema Harmonizado), coincidentes até 6 dígitos, que designamos por “Grupo de Produtos Agro-alimentares”, desagregados em sete subgrupos (ver descritivo do conteúdo em Anexo), a partir de dados estatísticos do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versão definitiva para 2024 e preliminar para 2025.

Para este período foram calculados, para o Grupo e para cada um dos seus Subgrupos, índices de preço do tipo 'Paasche', utilizados como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume.

No último quinquénio, o ritmo de ‘crescimento’ das importações de produtos “Agro-alimentares”, face ao valor que detinham em 2020, manteve-se acima do das exportações em 2022 e 2023, para coincidirem em 2024.



2 – Balança Comercial (1º Semestre 2024-2025)

A Balança Comercial dos produtos “Agro-alimentares” foi deficitária ao longo dos últimos cinco anos, com saldos crescendo de -3,3 mil milhões de Euros em 2020 a -5,7 mil milhões em 2023, caindo para -5,2 mil milhões em 2024.

No 1º Semestre de 2025, face ao semestre homólogo do ano anterior, as importações cresceram em valor +8,6% e as exportações +1,7%, com um défice de  -3,1 mil milhões de Euros.

Em volume, a taxa de variação anual homóloga das importações terá sido de +10,2% e de +8,3% a das exportações, com o preço das importações a descer     -1,4% e o das exportações -6,1%.

No 1º Semestre de 2025 o grupo de produtos “Agro-alimentares” ocupou a 3ª posição no “ranking” dos onze grupos considerados, em ambas as vertentes comerciais, com um peso de 15,8% do Total nas importações e de 14,0% nas exportações.


3 – Importações por Subgrupos de produtos

Entre os sete subgrupos destacaram-se em 2025, pelo seu peso, as importações de “Outros agro-alimentares” (26,7% do Total e 25,3% no 1º Semestre do ano anterior). Seguiram-se as “Conservas e preparações alimentares” (17,8% e 17,9%, respectivamente), as “Carnes e lacticínios” (16,8% e 15,6%), os “Produtos da pesca” (14,6% e 14,0%), as “Frutas e hortícolas” (12,1% e 11,6%), as “Oleaginosas, gorduras e óleos” (10,0% e 13,2%) e as “Bebidas alcoólicas” (2,1% e 2,5%).

Verificaram-se decréscimos face ao período homólogo do ano anterior nas importações de “Oleaginosas, gorduras e óleos” (-191 milhões de Euros) e de “Bebidas alcoólicas” (-13 milhões). Os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Outros agro-alimentares” (+296 milhões de Euros) e “Carnes e lacticínios” (+212 milhões), seguidos de “Produtos da pesca” (+149 milhões), “Frutas e hortícolas” (+131 milhões) e “Conservas e preparações alimentares” (+116 milhões).


3.1 – Principais produtos importados



3.2 – Mercados de origem das importações


4 – Exportações por Subgrupos de produtos

Entre os sete subgrupos destacaram-se, no 1º Semestre de 2025, pelo seu peso, as exportações de “Outros agro-alimentares” (26,0% do Total e 24,8% no ano anterior). Seguiram-se as “Conservas e preparações alimentares” (18,6% e 18,1%, respectivamente), “Frutas e hortícolas” (14,7% e 13,0%), “Oleaginosas, gorduras e óleos” (13,8% e 18,7%), “Bebidas alcoólicas” (9,8% e 10,3%), “Produtos da pesca” (9,2% e 8,1%) e “Carnes e lacticínios” (7,9% e 7,0%).

Ocorreram decréscimos, entre os dois anos, nas exportações de “Oleaginosas, gorduras e óleos” (-262 milhões de Euros), essencialmente azeite, e “Bebidas alcoólicas” (-16 milhões).

Os maiores acréscimos verificaram-se nas exportações de “Frutas e hortícolas” (+110 milhões de Euros face ao ano anterior) e de “Outros agro-alimentares” (+95 milhões), com grande incidência no tabaco e seus sucedâneos (+97 milhões). Seguiram-se as exportações de “Produtos da pesca” (+66 milhões), “Carnes e lacticínios” (+60 milhões) e “Conservas e preparações alimentares” (+42 milhões).

4.1 – Principais produtos exportados


4.2 – Mercados de destino das exportações




ANEXO



Alcochete, 3 de Outubro de 2025.


sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias de Portugal com os países da América do Sul - 2020-24 e Jan-Julho 2024-25

 

Comércio Internacional

de mercadorias de Portugal

com os países da América do Sul

2020-2024 e Janeiro-Julho 2024-2025


 ( disponível para download  >> aqui )

1 – Nota introdutória

São doze os países da América do Sul. A Guiana Francesa, junto do Suriname, é um território ultramarino da França.

Seis destes países estão integrados no “Mercado Comum do Sul - MERCOSUL”, um espaço de integração regional criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, de que foram signatários a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. A Venezuela aderiu em 2006 mas está suspensa desde 2016 por incumprimento do protocolo de adesão, tendo a Bolívia aderido em 2015. Os restantes países estão vinculados como “Estados Associados”, com os quais o MERCOSUL subscreve acordos de livre comércio.

O MERCOSUL tem entre os seus objectivos a livre circulação interna de bens, serviços e factores produtivos, o estabelecimento de uma tarifa externa comum no comércio com os países terceiros e a adopção de uma política comercial comum. Implementou até hoje múltiplos acordos com países e grupos de países, encontrando-se em curso negociações com a União Europeia para a concretização de um amplo tratado de livre comércio.

2 – Comércio Internacional de Portugal                                                        com os países do MERCOSUL                                                                     2020-2024 e Janeiro-Julho 2024-2025

Em 2024 as importações portuguesas com origem nos doze países Sul-americanos representaram 15,8% do nosso comércio Extra-comunitário e as exportações 6,4%.

No mesmo ano as Importações provenientes dos países do MERCOSUL representaram 93,2% do conjunto de todos os países do espaço Sul-americano e as exportações 85,0%, cabendo ao Brasil respectivamente 86,4% e 78,0%.

Em anexo, para se ter uma visão comparativa do comportamento dos doze países, pode observar-se a evolução do valor das importações, exportações e saldo comercial de cada um dos países ao longo do período de 2020 a 2024 e primeiros sete meses de 2025 (ANEXO 1).

2.1 – Balança Comercial Portugal-MERCOSUL

A Balança comercial de Portugal com o MERCOSUL ao longo do último quinquénio e período de Janelro a Julho de 2025 foi deficitária, com saldos de -2 782 milhões de Euros em 2024 e -1 458 milhões no período em análise de 2025.

2.2 – Importações por Grupos de Produtos com origem                                  no MERCOSUL (Janeiro-Julho 2024-2025)

Nas importações e exportações as posições pautais da Nomenclatura de mercadorias foram agregadas em 11 Grupos de Produtos (definição do seu conteúdo no Anexo-2).

No período de Janeiro-Julho de 2025 as principais importações incidiram no grupo de produtos “Energéticos” (58,0% do total em 2025 e no ano anterior), seguido do grupo ”Agro-alimentares” (22,7% e 23,1%, respectivamente). Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Madeira, cortiça e papel” (6,6% e 5,9%), “Aeronaves, embarcações e partes” (5,7% e 5,0%), “Químicos” (2,1% e 1,7%), “Têxteis e vestuário” (1,0% e 0,7%), “Máquinas, aparelhos e partes” (1,0% e 1,1%), “Minérios e metais” (1,0% e 1,1%) e, com pesos inferiores a 1,0% nos dois anos, os grupos “Calçado, peles e couros”, “Produtos acabados diversos” e “Material de transporte terrestre e partes”.

Na figura acima podem observar-se, por Grupos de Produtos, os acréscimos e decréscimos verificados no valor das importações em 2025 face ao ano anterior.

2.3 – Exportações por Grupos de Produtos com destino                                  ao MERCOSUL (Janeiro-Julho 2024-2025)

Nas exportações predominou o grupo “Máquinas aparelhos e partes” (30,8% em 2025 e 26,8% no ano anterior).

Seguiram-se os grupos “Químicos” (15,9% e 16,8%), “Minérios e metais” (13,0% e 12,0%), “Agro-alimentares” (11,8% e 10,7%), “Madeira, cortiça e papel” (8,6% e 9,6%), “Têxteis e vestuário” (7,9% e 7,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (6,2% e 9,0%), “Produtos acabados diversos” (2,9% e 5,2%), “Calçado, peles e couros” (2,7% e 2,0%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (apenas 0,1% em cada um dos anos), tendo sido praticamente nulas as exportações de “Energéticos”.

2.4 – Importação e Exportação de cada país do MERCOSUL

Nas páginas seguintes seguem-se quadros com a Balança Comercial de cada um dos seis países que integram o MERCOSUL, em 2020-2024 e período de Janeiro-Julho 2024-2025, e sua evolução por Grupos de Produtos nos primeiros sete meses de 2024-2025.

2.4.1 – Argentina



2.4.2 – Bolívia



2.4.3 – Brasil



2.4.4 – Paraguai



2.4.5 – Uruguai



2.4.6 – Venezuela



3 – Comércio Internacional de Portugal                                                        com os restantes países da América do Sul                                              2020-2024 e Janeiro-Julho 2024-2025

Em 2024 os seis países não pertencentes ao MERCOSUL, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname, representaram 6,8% das importações portuguesas com origem na América do Sul e 15,0% das exportações com este destino.


3.1 – Importações e Exportações de cada país                                                 fora do MERCOSUL

Nas páginas seguintes seguem-se quadros com a Balança Comercial de cada um dos seis países não integrados no MERCOSUL, em 2020-2024 e período de Janeiro-Julho 2024-2025, e sua evolução por Grupos de Produtos nos primeiros sete meses de 2024-2025.

3.1.1 – Chile



3.1.2 – Colômbia



3.1.3 – Equador



3.1.4 – Guiana



3.1.5 – Peru



3.1.6 – Suriname






ANEXO-1



ANEXO-2



Alcochete, 26 de Setembro de 2025