domingo, 14 de dezembro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias - Série Mensal - Janeiro-Outubro 2025

 

Comércio Internacional

de mercadorias
- Série mensal -
(Janeiro a Outubro de 2025)

                                           (disponível para download  >> aqui)

 1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Outubro de 2025 (versão preliminar com última actualização em 10 de Dezembro de 2025) e de 2024 (versão definitiva), as exportações de mercadorias em 2025 cresceram, em termos homólogos, +1,0% (+666 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +5,5% (+4896 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código “GB”, correspondente ao somatório dos valores dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um acréscimo de +2,8% (+1322 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros decrescido -3,4% (-656 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +8,4% (+5542 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -2,8 % (-646 milhões de Euros). 

O défice comercial externo (Fob-Cif), +18,7% face a 2024, situou-se em -26 897 milhões de Euros (superior em 4 230 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 4 220 milhões no comércio intracomunitário e um acréscimo de 10 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 74,6% em 2024, para 71,4% em 2025.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Outubro o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 578 Euros/Ton, em 2024, para 494 Euros/Ton, em 2025. 

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Novembro).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 3,3% no total das importações em 2025 e 21,6% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2025, de 71,4% no comércio global, para 74,1%.

2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

Em 2025, no período em análise, as exportações para a UE (expedições), que representaram 72,1% do Total, cresceram +2,8%, contribuindo com +2,0 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +1,0%.

As exportações para o espaço extracomunitário, 27,9% do Total, decresceram em valor -3,4%, com um contributo negativo de -1,0 p.p. para o crescimento global.


Os dez principais destinos das exportações foram a Espanha (25,9%), a Alemanha (14,1%), a França (12,0%), os EUA (6,0%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,5%), a Itália (4,3% cada), os Países Baixos (3,4%), a Bélgica (2,6%), a Polónia (1,5%) e a Angola (1,4%), destinos que representaram 75,6% do Total.

Angola, que no ano de 2024 ocupou a 5ª posição no conjunto dos Países Terceiros, depois dos EUA, do Reino Unido, de Marrocos e do Brasil, registou no período em análise um acréscimo de +8,5% nas nossas exportações com este destino (+73,2 milhões de Euros).

Por Grupos de Produtos ocorreram acréscimos em “Produtos acabados diversos” (+43,0 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (+21,5 milhões), “Agro-alimentares” (+3,8 milhões), Químicos (+6,4 milhões), “Minérios e metais” (+4,0 milhões) e “Madeira, cortiça e papel” (+3,8 milhões de Euros). Os decréscimos incidiram em “Material de transporte terrestre e partes” (-8,6 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (-4,8 milhões), “Energéticos” (-3,8 milhões), “Têxteis e vestuário” (-3,5 milhões), e “Calçado, peles e couros” (-80 mil Euros).

Entre os principais destinos, o maior contributo positivo para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+1,0%) pertenceu à Alemanha (+1,9 p.p.), seguida da Espanha (+0,4 p.p.), da Turquia (+0,3 p.p.) e da Irlanda, Angola, Hungria e Canadá  (+0,1 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam aos EUA (-0,8 p.p.), à Argélia e Finlândia (-0,3 p.p. cada), seguidos de Marrocos e Países Baixos (-0,2 p.p. cada), e da França, Brasil, Gibraltar, Itália e Provisões de Bordo para Países Terceiros (-0,1 p.p. cada).

Os maiores acréscimos nas exportações para o espaço comunitário (expedições) incidiram na Alemanha, seguida a grande distância pela Espanha, Irlanda, Hungria, Dinamarca, Bélgica, Roménia e Áustria. Os principais decréscimos couberam à Finlândia, Países Baixos, França, Itália, Suécia, Provisões de Bordo e Grécia.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se a Turquia, Angola, Ucrânia, Taiwan, Egipto, Panamá, Canadá, Emiratos  e Noruega.

Entre os decréscimos evidenciaram-se os EUA, seguidos da Argélia, Marrocos, Brasil, Gibraltar, Moçambique, Provisões de Bordo, Austrália e Argentina.

3.2 – Importações

No período de Janeiro a Outubro de 2025 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 76,0% do total, registaram um acréscimo de +8,4% e contribuíram com +6,2 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +5,5%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -2,8% representando 24,0% do total, com um contributo negativo para o ‘crescimento’ global de -0,7 p.p..

O principal mercado de origem das importações foi a Espanha (32,3% do Total) seguida da Alemanha (11,8%), da França (7,2%), dos Países Baixos (5,8%), da China (5,1%), da Itália (5,0%), da Irlanda e da Bélgica (3,3% cada), do Brasil (2,7%) e dos EUA (2,2%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 78,9% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações  (+5,5%), destacaram-se a Irlanda (+2,0 p.p.), a Espanha (+1,4 p.p.), a Alemanha (+1,1 p.p.), a China, a França e os Países Baixos (+0,5 p.p. cada), a Bélgica (0,3%) a Hungria, e a Turquia (+0,2 p.p. cada).

Os principais contributos negativos incidiram no Brasil (-0,7 p.p.), na Noruega      (-0.4 p.p.), na Arábia Saudita e Azerbaijão (-0,3 p.p.cada), na Nigéria (-0,2 p.p.), e no Japão, Áustria e Roménia (-0,1 p.p. cada).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor nas importações com origem Intracomunitária (chegadas) e nos Países Terceiros, entre o período em análise de 2025 e de 2024.




4 – Saldos da Balança Comercial       

No período em análise de 2025, os maiores saldos positivos da balança (Fob-Cif) couberam ao Reino Unido (+2016 milhões), aos EUA (+1993 milhões de Euros), à França (+1240 milhões), a Angola (+757 milhões) e a Marrocos (+418 milhôes).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-13014 milhões de Euros), seguida da China (-4305 milhões), dos Países Baixos (-3199 milhões), da Irlanda (-2663 milhões) e da Itália (-1812 milhões).


5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

Em 2025 os grupos de produtos com maior peso foram “Químicos” (16,2% do Total e +1154 milhões de Euros face ao ano anterior), “Máquinas, aparelhos e partes” (15,5% e +617milhões), “Agro-alimentares” (14,5% e +97 milhões) e “Material de transporte terrestre e partes” (12,1% e +251 milhões),

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,8% e -87 milhões), “Produtos acabados diversos” (9,1% e -268 milhões), “Têxteis e vestuário” (7,1% e -1 milhão), Madeira, cortiça e papel” (6,5% e -150 milhões), “Energéticos” (5,4% e -1087 milhões), “Calçado, peles e couros” (2,9% e +16 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8% e +93 milhões de Euros).


5.2 – Importações

Em 2025 os grupos de produtos com maior peso foram “Químicos” (19,4% do Total e +2808 milhões de Euros face ao ano anterior), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,6% e +198 milhões), “Agro-alimentares” (16,1% e +1175 milhões) e“Material de transporte terrestre e partes” (12,8% e +1377 milhões). Seguiram-se os grupos “Energéticos” (8,9% e -1307 milhões), “Minérios e metais” (8,7% e +174 milhões), “Produtos acabados diversos” (6,3% e +409 milhões), “Têxteis e vestuário” (4,8% e +139 milhões), Madeira, cortiça e papel” (2,8% e +40 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,8% e +58 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7% e -175 milhões de Euros).


6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2025 a primeira posição em 6 dos 11 grupos de produtos com 25,9% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (2ª posição depois das Provisões de Bordo para Países Terceiros), “Químicos” (2ª posição depois da Alemanha), “Calçado, peles e couros” (3ª posição, depois da França e da Alemanha), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição, precedida do Brasil, França e Ucrânia).

Seguiram-se no “ranking” a Alemanha (14,1%), a França (12,0%), os EUA (6,0%), o Reino Unido/Irl NT (4,5%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,4%), a Bélgica (2,6%), a Polónia (1,5%) e Angola (1,4%).

Estes dez destinos representaram 75,6% da exportação total.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em todos os onze grupos de produtos, com 32,3% do total.

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,8%), a França (7,2%), os Países Baixos (5,8%), a China (5,1%), a Itália (5,0%), a Irlanda (3,3%), a Bélgica (3,3%), o Brasil (2,7%) e os EUA (2,2%).

Estes dez países cobriram 78,9% da importação total.

 7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2025                       face a 2024, por meses homólogos não acumulados


Alcochete, 14 de Dezembro de 2025.

 

ANEXO




quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Comércio Internacional no "Ramo Automóvel" (2023-2024 e Janeiro-Setembro 2024-2025)

 

Comércio Internacional
no 'Ramo automóvel'
2023-2024
Janeiro-Setembro 2024-2025


( disponível para download  >> aqui )

1 – Nota introdutória

O comércio internacional português de veículos automóveis, suas partes, acessórios e componentes diversos, que designamos aqui por ‘Ramo automóvel’, tem um peso importante no comércio internacional português, tendo representado as suas importações, nos primeiros nove meses do ano, 14,2% do Total e 13,3% em 2024, com respectivamente 16,4% e 16,6% nas exportações.

Neste trabalho, para além dos produtos que integram o Capítulo 87 da Nomenclatura Combinada, foram incluídos outros componentes desta indústria dispersos por variados capítulos, como motores, dispositivos eléctricos, assentos, pneus e muitos outros, que embora não sendo exaustivos, complementam o tipo de produtos em causa.

2 – Balança Comercial

De acordo com os dados de base divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em versões definitivas para 2023 e 2024 e preliminar para 2025, a Balança Comercial deste conjunto de produtos, embora deficitária, registou elevados graus de cobertura das importações pelas exportações, respectivamente 95,7% e 92,9% em 2023 e 2024 e 82,5% nos primeiros nove meses de 2025.

3 – Importações e exportações por tipos de produtos

No período de Janeiro a Setembro de 2025 predominaram, nas importações, os “Veículos ligeiros de passageiros e uso misto” (51,0% do Total, com um acréscimo de +1,1 mil milhões de Euros face ao mesmo período do ano anterior).

Nas exportações destacaram-se “Outros veículos”, a par de “Partes, acessórios e componentes diversos” (respectivamente 38,7% e 38,6% do Total, com decréscimos de -199 e -205 milhões de Euros relativamente ao mesmo período de 2024).


3.1- Veículos ligeiros de passageiros e uso misto

Nos primeiros nove meses de 2025 os veículos novos pesaram 73,8% nas importações de automóveis ligeiros de passageiros e uso misto, predominando os veículos a gasolina, seguidos de perto pelos veículos com motor eléctrico.

Por sua vez, no mesmo período, a importação de veículos usados representou 24,4% do Total, com destaque para os veículos com motor a gasolina, seguidos dos veículos com motor eléctrico.

Os veículos com motor diesel e eléctrico, novos ou usados, pesaram 1,2% no Total. Por sua vez as autocaravanas e outros veículos, novos ou usados, representaram 0,2% dos veículos ligeiros.

Na vertente da exportação, de Janeiro a Setembro de 2025 os automóveis ligeiros de passageiros novos representaram 99,3% do Total, em sua grande parte veículos com motor a gasolina. A exportação de veículos usados representou apenas 0,7% do Total.


Nos quadros em ANEXO pode observar-se, na importação e na exportação, os diversos conjuntos de produtos com uma maior desagregação, incluindo a cilindrada dos veículos.

3.2- Outros veículos

No período de Janeiro a Setembro de 2025 o conjunto dos restantes veículos, incluindo-se aqui chassis com motor e carroçarias com cabine, representou 11,8% das importações do sector, com uma quebra de -22 milhões de Euros face ao período homólogo do ano anterior.

Para além dos ‘Veículos para transporte de mercadorias’ (50,7% do Total), englobam-se aqui ‘Outros veículos’ (34,7%), como tractores, carros blindados de combate, reboques, semi-reboques e veículos sem dispositivo de elevação de carga utilizados em fábricas, armazéns, portos e aeroportos, ‘Veículos para 10 ou mais pessoas’ (8,8%), ‘Veículos para usos especiais’ (3,6%), como por exemplo carros de auto-socorro, carros de bombeiros ou carros-betoneira, ‘Chassis com motor’ (1,7%) e ‘Carroçarias, incluindo as cabines’ (0,5%).

As exportações destes produtos representaram, no mesmo período, 38,7% das exportações do sector, com uma quebra de -199 milhões de Euros face ao período homólogo do ano anterior, destacando-se aqui os ‘Veículos para transporte de mercadorias’ (75,0% do Total), seguidos dos ‘Outros veículos’ (9,0%), dos ‘Veículos para 10 ou mais pessoas’ (7,7%), das ‘Carroçarias, incluindo as cabines’ (6,4%), dos ‘Veículos para usos especiais’ (1,5%) e dos ‘Chassis com motor’ (0,4%).


3.3- Partes, acessórios e componentes diversos

No período em análise de 2025, o conjunto das “Partes, acessórios e componentes diversos”, muito diversificado, representou 37,2% das importações do ‘Ramo automóvel’ a que correspondeu um saldo positivo de +361 milhões de Euros.

 

Destacaram-se as aquisições do conjunto ‘Outras partes e acessórios’ (59,4% do Total), como caixas de velocidades, acessórios de carroçarias, travões e servo-freios, volantes e caixas de direcção, suspensão e amortecedores, “airbags”, rodas e suas partes, entre outros. Seguiram-se ‘Outros componentes’ (16,3%), principalmente pneus, os ‘Motores’ (14,4%), tanto a diesel como de explosão, e os ‘Componentes eléctricos’ (9,9%), como aparelhos de iluminação e sinalização, cablagens, baterias e aparelhos de ar condicionado, entre outros.

No mesmo período, o conjunto destes produtos, também muito diversificado, representou 38,6% das exportações do ‘Ramo automóvel’ a que correspondeu um saldo negativo de -205 milhões de Euros.

Predominaram aqui as exportações de ‘Outras partes e acessórios’ (43,7%), como acessórios de carroçaria, tubos de escape, caixas de velocidades, “airbags”, volantes e caixas de direcção, travões e servo-freios,. Seguiram-se os ‘Outros componentes’ (40,1%), como pneus, conta-quilómetros, fechaduras e obras de borracha vulcanizada, os ‘Componentes eléctricos’ (16,0%), como rádios com gravador ou reprodutor de som , cablagens, distribuidores e bobinas de ignição, entre outros, e os “Motores” (apenas 0,1% do Total).

No quadro em ANEXO pode observar-se a grande diversidade dos restantes produtos.

4 – Principais mercados de origem e de destino

4.1 -Veículos automóveis, chassis com motor e carroçarias


- Importações

Os principais mercados de origem das importações portuguesas de Veículos automóveis (ligeiros e outros), chassis com motor e carroçarias’ encontram-se na União Europeia (88,0% nos primeiros nove meses de 2025 e 87,8% no período homólogo do ano anterior). O principal fornecedor neste período foi a Alemanha (24,8% do Total em 2025 e 20,8% em 2024), seguida da Espanha (23,6% e 27,0%) e da França (16,0% e 14,1%), cobrindo estes três países mais de 60% das importações nos dois anos.


Entre os restantes fornecedores destacaram-se a Bélgica (9,1% e 8,8%), a Turquia (3,8% e 3,1, %), o Reino Unido/Irl NT (3,3% e 2,8%), a Itália (2,4% e 3,4%), os Países Baixos (2,2% e 3,1%), a Eslováquia (2,0% e 1,3%), a Suécia (2,0 e 2,4%) e a Polónia (1,8% e 1,6%).

- Exportações

Os principais mercados de destino das exportações encontram-se também na União Europeia (69,2% nos primeiros nove meses de 2025 e 73,4% no mesmo período de 2024). Destacaram-se aqui a Alemanha (20,6% e 21,0%), a Espanha (13,6% e 14,4%), a França (12,9% e 13,3%) e a Itália (8,4% e 10,9%), países que representaram mais de metade das exportações nos dois anos. Entre os países terceiros sobressaíu o Reino Unido (12,9% em 2025 e 13,2% no ano anterior), seguido da Turquia (6,7% e 2,3%).


4.2 -Partes, acessórios e componentes diversos


- Importações

Os principais mercados de origem das importações encontram-se também situados na União Europeia (88,8% no período em análise de 2025 e 89,4% em 2024), com destaque para a Espanha (33,1% e 34,5%), Alemanha (20,4% e 23,5%) e França (10,4% e 10,0%).

Em termos globais alinharam-se depois, com pesos inferiores, a Hungria (5,3% e 2,5%), a Polónia (5,0% e 4,8%), a República Checa (4,5% e 3,0%), a Itália (2,9% e 3,5%), Marrocos (2,5% e 2,0%), a China (2,3% e 2,1%), o Japão (2,1% e 2,4%), a Bélgica (1,9% e 1,8%), os Países Baixos (1,8% e 2,2%) e a Turquia (1,4% e 1,3%).


- Exportações

Os principais mercados de destino das exportações encontram-se também na União Europeia (84,4% nos primeiros nove meses de 2025 e 83,8% no mesmo período de 2024), destacando-se aqui a Espanha (32,3% e 30,9%), a Alemanha (23,3% e 25,7%) e a França (9,6% e 9,2%).

Entre os restantes mercados de destino, intra e extracomunitários, seguiram-se os EUA (4,9% e 5,5%), o Reino Unido/Irl NT (4,4% e 4,5%), a Eslováquia (3,3% nos dois anos), a Roménia (3,1% e 2,1%), a Bélgica (2,0% e 1,8%), a Itália (2,0% e 2,3%), a República Checa (1,7% e 1,8%), a Suécia (1,6% e 1,4%), a Polónia (1,4% e 1,3%), a Áustria (1,3% e 1,4%), a Turquia (1,3% e 1,1%) e a Coreia do Sul (1,2% e 1,6%).


Alcochete, 10 de Dezembro de 2025.

ANEXO-1


ANEXO-2



domingo, 30 de novembro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias Portugal - Hong-Kong (2023-2024 e Janeiro Setembro 2024-2025)

 

Comércio Internacional de

 mercadorias

Portugal - Hong-Kong

(2023-2024 e Janeiro-Setembro 2024-2025)

                                           (disponível para download >> aqui )


1-Nota introdutória

O presente trabalho incide sobre o comércio de Portugal com Hong-Kong, Região Administrativa Especial da China.

Esta Região, bem como a Região Administrativa Especial de Macau, são consideradas autonomamente para fins estatísticos no âmbito do comércio internacional.

Analisa-se aqui, com algum detalhe, a evolução das importações e das exportações de mercadorias entre Portugal e Hong-Kong ao longo dos anos 2023-2024 e no período acumulado de Janeiro-Setembro 2024-2025, com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE), em versões definitivas para 2023 e 2024 e versão preliminar para 2025, com última actualização em 10 de Novembro de 2025.

2 – Comércio de mercadorias de Portugal com Hong-Kong

As importações anuais de Portugal com origem em Hong-Kong tiveram um comportamento irregular desde o início do século, com acréscimos e decréscimos em torno do nível que detinham em 2000 (2000=100).

A partir de 2015 cresceram sustentadamente até 2022, tendo-se registado uma quebra acentuada em 2023, para recuperarem moderadamente no ano seguinte. 

Por sua vez as exportações, com um comportamento também irregular entre 2000 e 2007, cresceram tendencialmente até 2018, decaíram nos dois anos seguintes, invertendo essa tendência até 2022, ano em que atingiram o seu maior crescimento face ao nível do ano 2000 (495,1%), para registarem uma quebra acentuada nos dois anos seguintes.


2.1 – Balança Comercial

A Balança Comercial de mercadorias de Portugal com Hong-Kong foi favorável a Portugal em 2023 e 2024, bem como nos primeiros nove meses de 2025.

Entre 2023 e 2024 o saldo desceu de +18,8 para +1,5 milhões de Euros, tendo no período em análise de 2025, face ao período homólogo de 2024, subido de -3,7 para +7,3 milhões de Euros.


2.2 – Importações por grupos de produtos

Nos dois últimos anos e primeiros nove meses de 2025, as principais importações portuguesas de mercadorias com origem em Hong-Kong incidiram no grupo de produtos “Máquinas, aparelhos e partes”, que representou 64,8% do total no período em análise de 2025 e 71,3% no período homólogo de 2024.

Seguiram-se, entre os principais, os grupos “Produtos acabados diversos” (14,0% e 9,5% em 2024), “Químicos” (6,1% e 4,3%, respectivamente), “Têxteis e vestuário” (5,0% e 4,7%), “Minérios e metais” (3,9% e 5,0%), “Madeira, cortiça e papel” (3,6% e 1,7%), “Agro-alimentares” (1,1% e 0,8%) e “Calçado, peles e couros” (1,1% e 1,5%).

Na figura seguinte relacionam-se, por Grupos de Produtos, os principais produtos importados de Hong-Kong no período de Janeiro-Setembro 2025 e correspondente valor em 2024, definidos a dois dígitos da Nomenclatura (Capítulos).

Na figura seguinte, porque o grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, que representou cerca de 2/3 das importações no período em análise de 2025, é pouco diversificado a dois dígitos da Nomenclatura, relacionam-se os principais produtos deste grupo agora desagregados a quatro dígitos.


2.3 – Exportações por grupos de produtos

Nos primeiros nove meses de 2025, as principais exportações portuguesas de mercadorias com destino a Hong-Kong incidiram nos grupos “Produtos acabados diversos” (34,5% e 28,0% em 2024), “Máquinas, aparelhos e partes” (20,7% e 20,8%, respectivamente), “Têxteis e vestuário” (20,4% e 26,0%) e “Químicos” (11,5% e 12,7%).

Seguiram-se, entre os principais, os grupos “Agro-alimentares” (4,5% e 3,7%), “Calçado, peles e couros” (3,1% e 4,0%), “Madeira, cortiça e papel” (3,1% e 1,5%), “Minérios e metais” (1,5% e 2,5%) e “Material de transporte terrestre e partes” (0,5% e 0,8%).

Na figura seguinte relacionam-se, por Grupos de Produtos, os principais produtos exportados para Hong-Kong no período de Janeiro-Setembro 2025 e correspondente valor em 2024, definidos a dois dígitos da Nomenclatura.

À semelhança do procedimento anterior, aquando da análise das importações, na figura seguinte, porque o grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, que representou 20,7% das importações no período em análise de 2025, é pouco diversificado a dois dígitos da Nomenclatura, relacionam-se os principais produtos deste grupo agora desagregados a quatro dígitos.


Alcochete, 30 de Novembro de 2025.

ANEXO