domingo, 30 de novembro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias Portugal - Hong-Kong (2023-2024 e Janeiro Setembro 2024-2025)

 

Comércio Internacional de

 mercadorias

Portugal - Hong-Kong

(2023-2024 e Janeiro-Setembro 2024-2025)

                                           (disponível para download >> aqui )


1-Nota introdutória

O presente trabalho incide sobre o comércio de Portugal com Hong-Kong, Região Administrativa Especial da China.

Esta Região, bem como a Região Administrativa Especial de Macau, são consideradas autonomamente para fins estatísticos no âmbito do comércio internacional.

Analisa-se aqui, com algum detalhe, a evolução das importações e das exportações de mercadorias entre Portugal e Hong-Kong ao longo dos anos 2023-2024 e no período acumulado de Janeiro-Setembro 2024-2025, com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE), em versões definitivas para 2023 e 2024 e versão preliminar para 2025, com última actualização em 10 de Novembro de 2025.

2 – Comércio de mercadorias de Portugal com Hong-Kong

As importações anuais de Portugal com origem em Hong-Kong tiveram um comportamento irregular desde o início do século, com acréscimos e decréscimos em torno do nível que detinham em 2000 (2000=100).

A partir de 2015 cresceram sustentadamente até 2022, tendo-se registado uma quebra acentuada em 2023, para recuperarem moderadamente no ano seguinte. 

Por sua vez as exportações, com um comportamento também irregular entre 2000 e 2007, cresceram tendencialmente até 2018, decaíram nos dois anos seguintes, invertendo essa tendência até 2022, ano em que atingiram o seu maior crescimento face ao nível do ano 2000 (495,1%), para registarem uma quebra acentuada nos dois anos seguintes.


2.1 – Balança Comercial

A Balança Comercial de mercadorias de Portugal com Hong-Kong foi favorável a Portugal em 2023 e 2024, bem como nos primeiros nove meses de 2025.

Entre 2023 e 2024 o saldo desceu de +18,8 para +1,5 milhões de Euros, tendo no período em análise de 2025, face ao período homólogo de 2024, subido de -3,7 para +7,3 milhões de Euros.


2.2 – Importações por grupos de produtos

Nos dois últimos anos e primeiros nove meses de 2025, as principais importações portuguesas de mercadorias com origem em Hong-Kong incidiram no grupo de produtos “Máquinas, aparelhos e partes”, que representou 64,8% do total no período em análise de 2025 e 71,3% no período homólogo de 2024.

Seguiram-se, entre os principais, os grupos “Produtos acabados diversos” (14,0% e 9,5% em 2024), “Químicos” (6,1% e 4,3%, respectivamente), “Têxteis e vestuário” (5,0% e 4,7%), “Minérios e metais” (3,9% e 5,0%), “Madeira, cortiça e papel” (3,6% e 1,7%), “Agro-alimentares” (1,1% e 0,8%) e “Calçado, peles e couros” (1,1% e 1,5%).

Na figura seguinte relacionam-se, por Grupos de Produtos, os principais produtos importados de Hong-Kong no período de Janeiro-Setembro 2025 e correspondente valor em 2024, definidos a dois dígitos da Nomenclatura (Capítulos).

Na figura seguinte, porque o grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, que representou cerca de 2/3 das importações no período em análise de 2025, é pouco diversificado a dois dígitos da Nomenclatura, relacionam-se os principais produtos deste grupo agora desagregados a quatro dígitos.


2.3 – Exportações por grupos de produtos

Nos primeiros nove meses de 2025, as principais exportações portuguesas de mercadorias com destino a Hong-Kong incidiram nos grupos “Produtos acabados diversos” (34,5% e 28,0% em 2024), “Máquinas, aparelhos e partes” (20,7% e 20,8%, respectivamente), “Têxteis e vestuário” (20,4% e 26,0%) e “Químicos” (11,5% e 12,7%).

Seguiram-se, entre os principais, os grupos “Agro-alimentares” (4,5% e 3,7%), “Calçado, peles e couros” (3,1% e 4,0%), “Madeira, cortiça e papel” (3,1% e 1,5%), “Minérios e metais” (1,5% e 2,5%) e “Material de transporte terrestre e partes” (0,5% e 0,8%).

Na figura seguinte relacionam-se, por Grupos de Produtos, os principais produtos exportados para Hong-Kong no período de Janeiro-Setembro 2025 e correspondente valor em 2024, definidos a dois dígitos da Nomenclatura.

À semelhança do procedimento anterior, aquando da análise das importações, na figura seguinte, porque o grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, que representou 20,7% das importações no período em análise de 2025, é pouco diversificado a dois dígitos da Nomenclatura, relacionam-se os principais produtos deste grupo agora desagregados a quatro dígitos.


Alcochete, 30 de Novembro de 2025.

ANEXO



quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Contributo dos Grupos de Produtos e seus principais mercados para a evolução das exportações (Janeiro-Setembro 2024-2025)

 

Contributo dos Grupos de Produtos
e seus principais mercados
para a evolução das exportações
(Janeiro-Setembro 2024-2025)

                                (disponível para download >> aqui )


1-Nota introdutória

Apresentam-se neste trabalho, através de um conjunto de quadros e gráficos, os contributos dos onze Grupos de Produtos (definição do conteúdo em Anexo) em que foram agregados os produtos a 8 dígitos da Nomenclatura, bem como dos seus principais mercados, para a evolução das exportações de mercadorias no período de Janeiro a Setembro de 2025, face ao período homólogo de 2024.

Os dados de base, extraídos do portal do “Instituto Nacional de Estatística” (INE), correspondem a uma versão definitiva para 2024 e preliminar para 2025.

2 – Estrutura e contributos dos Grupos de Produtos

Os grupos de produtos com maior peso no Total das exportações no período  Janeiro-Setembro de 2025 foram “Químicos” (16,6%), “Máquinas, aparelhos e partes” (15,3%), “Agro-alimentares” (14,3%) e “Material de transporte terrestre e partes” (12,3%).

Alinharam-se depois os grupos “Minérios e metais” (9,7 %), “Produtos acabados diversos” (9,1%), “Têxteis e vestuário” (7,0%), “Madeira, cortiça e papel” (6,5%), “Energéticos” (5,7%), “Calçado, peles e couros” (2,8%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8%).

Os contributos positivos para a taxa de ‘crescimento’ das exportações (+1,9%) couberam, em pontos percentuais, aos grupos de produtos “Químicos” (+2,2 p.p.), “Máquinas, aparelhos e partes” (+0,9 p.p.), “Material de transporte terrestre e partes” (+0,6 p.p.), “Agro-alimentares” (+0,2 p.p.), “Aeronaves, embarcações e partes” (+0,1 p.p.) e “Calçado, peles e couros”, com um contributo praticamente nulo.

Os contributos negativos incidiram nos grupos de produtos “Energéticos” (-1,5 p.p.), “Produtos acabados diversos” (-0,3 p.p.), “Madeira, cortiça e papel” (-0,3p.p.), “Minérios e metais” (-0,1p.p.) e “Têxteis e vestuário”, com um contributo praticamente nulo.

3 – Contributos dos 10 principais mercados de destino                           para a exportação global em Janeiro-Setembro 2025



Dez mercados, sete dos quais do espaço comunitário, foram o destino de 75,9% das exportações portuguesas de mercadorias no período em análise de 2025, a Espanha (25,8%), a Alemanha (14,3%), a França (11,9%), os EUA (6,2%), o Reino Unido/Irl.NT (4,4%), a Itália (4,4%), os Países Baixos (3,4%), a Bélgica (2,5%), a Polónia (1,5%) e as Provisões de Bordo para Países Terceiros (1,4%).

O maior contributo para a taxa de crescimento das exportações (+1,9%) coube à Alemanha (+2,2 p.p.), seguida da Espanha, (+0,5 p.p.). Por sua vez o maior contributo negativo incidiu nos EUA (-0,5 p.p.).

4 – Contributos dos 10 principais mercados de destino                          das exportações ao nível de cada Grupo de Produtos

4.1- Agro-alimentares



4.2- Energéticos



4.3- Químicos



4.4- Madeira, cortiça e papel



4.5- Têxteis e vestuário


4.6- Calçado, peles e couros



4.7- Minérios e metais



4.8- Máquinas, aparelhos e partes



4.9- Material de transporte terrestre e partes



4.10- Aeronaves, embarcações e partes



4.11- Produtos acabados diversos




Alcochete, 26 de Novembro de 2025.



ANEXO




segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias - Índices de Valor, Volume e Preço - Janeiro-Setembro 2025/2024

 

Comércio Internacional
de mercadorias
Índices de Valor, Volume e Preço
por grupos e subgrupos de produtos
(Janeiro-Setembro 2025/2024)

                                                
                                           (disponível para download  >> aqui )

 1 - Introdução

Apresentam-se neste trabalho indicadores de evolução em Valor, Volume e Preço das importações e das exportações portuguesas de mercadorias por grupos e subgrupos de produtos, à excepção do grupo em que se inserem as “Aeronaves, embarcações e partes”, calculados para o período acumulado de Janeiro a Setembro de 2025, a preços do período homólogo de 2024.

Para o cálculo dos índices de preço, as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e exportações de mercadorias com movimento nos dois anos, foram agregadas em 11 grupos e 38 subgrupos de produtos (ver Anexo).

Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir de dados de base elementares constantes do Portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva para 2024 e preliminar para 2025, com última actualização em 10 de Novembro de 2025.

2 – Nota metodológica

O método utilizado para o cálculo dos índices de preço de Paasche aqui apresentados assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, índices posteriormente ponderados para o cálculo dos índices dos respectivos grupos de produtos, e estes por sua vez ponderados para o cálculo do índice do total, em cada uma das vertentes comerciais.

Os índices de preço de cada subgrupo são obtidos a partir de uma primeira amostra automática, construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise e respeitando as alterações pautais anualmente introduzidas na Nomenclatura Combinada, dentro de um intervalo calculado por métodos estatísticos.

Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, pode vir a ser incluído na amostra.

Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem e de destino de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo calculado, incluindo-se na amostra do subgrupo a informação do conjunto dos países que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo previamente encontrado.

No caso presente foram desagregados por países e analisados os respectivos índices 72 produtos da Nomenclatura Combinada a oito dígitos nas importações e 45 nas exportações.

Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis face aos restantes produtos do subgrupo.

Na figura seguinte pode observar-se, por grupos de produtos, a representatividade das amostras globais em cada uma das vertentes comerciais, que serviram de base ao cálculo dos índices de preço de Paasche, envolvendo mais de 18000 posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada na base de dados do INE. 


3 – Balança Comercial

De acordo com os dados disponíveis, o défice da balança comercial de mercadorias no período de Janeiro a Setembro de 2025 aumentou +20,4% face ao período homólogo do ano anterior, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 74,8% para 71,5%.

As importações (somatório das ‘chegadas’ de mercadorias provenientes do espaço comunitário com as ‘importações‘ originárias dos países terceiros), com um aumento em valor de +6,5%, terão registado um acréscimo em volume de +9,3% e um decréscimo em preço de -2,5%. O aumento em valor de +1,9% verificado nas exportações terá resultado de um acréscimo em volume de +3,0%, com o preço a decrescer -1,1%.

Excluindo os produtos “Energéticos” do Total das importações e das exportações, o défice da balança comercial em 2025 situa-se em -19,7 mil milhões de Euros, contra -24 mil milhões em termos globais. Por sua vez, em 2025 o grau de cobertura das importações pelas exportações sobe de 71,5%, em termos globais, para 74,3%.

Numa análise por Grupos de Produtos, em 2025 o saldo da Balança Comercial de mercadorias no período em análise foi positivo em quatro dos onze grupos de produtos considerados, designadamente “Madeira, cortiça e papel” (+1567 milhões de Euros), “Produtos acabados diversos” (+266 milhões), “Calçado, peles e couros” (+221milhões) e “Têxteis e vestuário” (+202 milhões de Euros).

4 - Importações

Em 2025 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas importações de mercadorias foram “Químicos”  (19,8% do Total), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,4%), “Agro-alimentares” (16,1%), e “Material de transporte terrestre e partes” (12,8%).

Seguiram-se os grupos “Energéticos” (9,2%), “Minérios e metais” (8,5%), “Produtos acabados diversos” (6,2%), “Têxteis e vestuário” (4,8%), “Madeira, cortiça e papel” (2,8%), “Calçado, peles e couros” (1,8%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8%).

Foram positivas as taxas de variação em Valor de todos os Grupos de Produtos à excepção de “Energéticos” (-9,7%), tendo incidido os maiores acréscimos nos grupos “Químicos” (+19,9%) e “Material de transporte terrestre e partes” (+13,8%). Seguiram-se os grupos “Agro-alimentares” (+8,9%), “Produtos acabados diversos” (+8,2%), “Calçado, peles e couros” (+4,2%), “Têxteis e vestuário” (+4,1%), “Minérios e metais” (+2,9%), “Madeira, cortiça e papel” (+1,6%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (+0,9%).

Em Volume, foram positivas as taxas de variação em todos os grupos de produtos com destaque para “Químicos” (+22,2%), “Material de transporte terrestre e partes” (+14,4%), “Agro-alimentares” (+9,6%), “Têxteis e vestuário” (+9,0%) e “Produtos acabados diversos” (+9,0%), seguidos dos grupos “Minérios e metais” (+5,1%), “Máquinas, aparelhos e partes” (+4,2%), “Calçado, peles e couros” (+3,8%), “Madeira, cortiça e papel” (+2,4%) e “Energéticos” (+0,1%).  

Em Preço, foram negativas as taxas de variação em todos os grupos de produtos à excepção de “Calçado, peles e couros” (+0,5%): “Energéticos” (-9,8%), “Têxteis e Vestuário” (-4,4%), “Máquinas, aparelhos e partes” (-3,2%), “Minérios e metais” (-2,1%), “Químicos” (-1,9%), “Madeira, cortiça e papel” (-0,8%), “Produtos acabados diversos” (-0,7%),  “Agro-alimentares” (-0,6%) e “Material de transporte terrestre e partes” (-0,6%).

5 – Exportações

No período em análise de 2025 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas exportações de mercadorias foram “Químicos” (16,6%), “Máquinas aparelhos e partes” (15,3%), “Agro-alimentares” (14,3%) e “Material de transporte terrestre e partes” (12,3%).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,7%), “Produtos acabados diversos” (9,1%), “Têxteis e vestuário” (7,0%), “Madeira, cortiça e papel” (6,5%), “Energéticos” (5,7%), “Calçado, peles e couros” (2,8%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8%).

Verificaram-se decréscimos em Valor, face ao ano anterior, nos Grupos de Produtos “Energéticos” (-20,6%), “Madeira, cortiça e papel” (-4,0%), “Produtos acabados diversos” (-3,2%), “Minérios e metais” (-1,1%) e “Têxteis e vestuário” (-0,1%). O maior acréscimo em valor verificou-se no grupo “Químicos” (+14,9%), seguido dos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+6,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (+5,1%), “Agro-alimentares” (+1,1%) e “Calçado, peles e couros” (+0,8%).

Em Volume registaram-se decréscimos nos grupos “Energéticos” (-11,6%), “Minérios e metais” (-1,8%) e “Produtos acabados diversos” (-1,5%).

O maior acréscimo ocorreu no grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (+12,5%), seguido de “Agro-alimentares” (+5,9%) “Químicos” (+5,7%), “Calçado. peles e couros” (+3,5%), “Material de transporte terrestre e partes” (+2,3%), “Madeira, cortiça e papel” (+1,0%) e “Têxteis e vestuário” (+0,5%).

No âmbito do Preço verificaram-se decréscimos nas exportações dos grupos de produtos “Energéticos” (-10,2%), “Máquinas, aparelhos e partes” (-5,5%), “Madeira, cortiça e papel”  (-4,9%), “Agro-alimentares” (-4,6%), “Calçado, peles e couros” (-2,7%), “Produtos acabados diversos” (-1,8%) e “Têxteis e vestuário” (-0,6%).

Os acréscimos incidiram nos grupos “Químicos” (+8,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (+2,7%) e “Minérios e metais” (+0,8%). 



Alcochete, 24 de Novembro de 2025.


ANEXO