segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Comércio Externo da Argélia & Portugal-Argélia (2017-2021 e Janeiro-Agosto 2021-2022)

 

Comércio Externo da Argélia
&
Portugal-Argélia

(2017-2021 e Janeiro-Agosto 2021-2022)

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1 – Introdução

As importações anuais portuguesas de mercadorias com origem na Argélia evoluíram de forma irregular desde o início do século. Por sua vez as exportações com aquele destino, tendo crescido entre 2000 e 2007 de 25 para 80 milhões em 2007, continuaram a aumentar, sustentadamente até 2014, alcançando 588 milhões de Euros. Iniciaram-se então decréscimos sucessivos até 160 milhões em 2020, invertendo-se a tendência no ano seguinte, com 204 milhões de Euros.

Neste trabalho, após uma breve análise do Comércio Externo da Argélia, com base em dados de fonte ’International Trade Centre’ (ITC) para os últimos cinco anos, estimados para os últimos quatro com base em dados declarados pelos seus parceiros comerciais (mirror data), analisa-se a evolução do nosso Comércio Internacional com este país no período de 2017 a 2021, com base em versões do INE já definitivas, e Janeiro a Agosto de 2021 e 2022, este último ano em versão ainda preliminar, com última actualização em 10 de Outubro de 2022.

2 – Comércio Externo da Argélia

Neste trabalho, após uma breve análise do Comércio Externo da Argélia, com base em dados de fonte ’International Trade Centre’ (ITC) para os últimos cinco anos, estimados para os últimos quatro com base em dados declarados pelos seus parceiros comerciais (mirror data),

analisa-se a evolução do nosso Comércio Internacional com este país no período de 2017 a 2021, com base em versões já definitivas, e Janeiro a Agosto de 2021 e 2022, com este último ano em versão ainda preliminar, com última actualização em 10 de Outubro de 2022.

2 – Comércio Externo da Argélia

A Balança Comercial da Argélia face ao mundo foi deficitária entre 2017 e 2020.

De acordo com os dados disponíveis, após um grau de cobertura das importações pelas exportações superior a 85% em 2018 e 2019, este parâmetro, na sequência de uma quebra acentuada das exportações, desceu para 64,9% em 2020.

Em 2021 o saldo da Balança tornou-se positivo, tendo o grau de cobertura subido para 107,1%.

A Balança Comercial da Argélia é fortemente dependente da evolução em volume e preço dos produtos do grupo “Energéticos”, designadamente petróleo bruto, gás propano liquefeito e óleos de petróleo, os principais produtos da exportação argelina, que pesam em valor mais de 80% na exportação global.

Em 2021 as exportações de “Energéticos” pesaram 88,3% no Total (89,8% em 2020). Seguiram-se os grupos de produtos “Químicos” (6,4% e 6,1%), principalmente adubos, fertilizantes e fosfatos de cálcio, “Minérios e metais” (3,3% e 1,0/), centrado nos produtos do ferro e do aço, e “Agro-alimentares” (1,2% e 2,2%), como açúcares, frutas, peixe, crustáceos, moluscos, oleaginosas e óleos, entre outros.

A partir de dados de base de fonte INE para as importações portuguesas com origem na Argélia (em valores Cif), foram calculados os correspondentes valores (Fob), por aplicação de um factor fixo (Fob=Cif x 0,9533), que serviram de base para o cálculo aproximado das quotas de Portugal nas exportações argelinas, por grupos de produtos, constantes do quadro anterior.

Em 2021, a quota de Portugal na exportação global da Argélia terá sido de 0,8%, tendo as maiores percentagens incidido nos grupos de produtos “Calçado, peles e couros” (19,8%), “Têxteis e vestuário” (11,2%), “Madeira, cortiça e papel” (9,5%), “Químicos” (3,8%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (1,7%).

Nas importações, mais diversificadas, destacou-se nos últimos dois anos o grupo de produtos “Agro-alimentares” (26,9% do Total em 2021 e 24,0% em 2020), constituído principalmente por cereais, leite e lacticínios, gorduras e óleos, açúcares e produtos de confeitaria.

Seguiram-se, entre os principais, os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (19,3% e 19,5%), tanto máquinas e aparelhos mecânicos com eléctricas, “Químicos” (17,1% e 17,0%), principalmente plástico e suas obras e produtos farmacêuticos, “Produtos acabados diversos” (10,1% e 12,0%), como aparelhos ópticos, de fotografia, medida e precisão, mobiliário, produtos cerâmicos, vidro e suas obras, entre outros, e “Minérios e metais” (9,9% e 11,1%), com os produtos do ferro e aço em destaque.

Em 2021, a quota de Portugal na importação global da Argélia terá sido de 0,7%, tendo as maiores percentagens incidido nos grupos de produtos “Madeira cortiça e papel” (7,2%), “Químicos” (0,9%), “Máquinas, aparelhos e partes” (0,8%), “Têxteis e vestuário” (0,5%) e “Minérios e metais” (0,4%).


3 – Comércio de Portugal com a Argélia

3.1 – Balança Comercial

A Balança Comercial de Portugal com a Argélia é deficitária. Incidindo as principais importações em produtos “Energéticos”, sujeitos a variações acentuadas de preço, o saldo da Balança depende fortemente do seu comportamento.

Nos primeiros oito meses de 2022, face ao mesmo período do ano anterior, o valor das importações cresceu +284,2%, na sequência não só do aumento do preço mas também das quantidades importadas de produtos energéticos.

Com as exportações a aumentarem apenas +14,0%, o saldo da Balança Comercial saltou de -24 para -435 milhões de Euros, tendo o grau de cobertura das importações pelas exportações descido de 83,8% para apenas 24,9%.

3.2 – Importações

As importações com origem na Argélia incidem principalmente no grupo de produtos “Energéticos”, designadamente petróleo bruto e também gás propano liquefeito, tendo representado 83,7% do Total nos primeiros oito meses de 2022 (64,1% em 2021). Seguiram-se os produtos do grupo “Químicos”, com destaque para o amoníaco anidro, adubos e fertilizantes (13,7% em 2022 e 30,0% em 2021).

3.3 – Exportações

Ao logo da última década, as exportações anuais foram tendencialmente crescentes nos grupos de produtos “Madeira, cortiça e papel”, “Químicos” e “Têxteis e vestuário”, praticamente estacionárias no grupo “Agro-alimentares” e tendencialmente decrescentes nos restantes  (ver Anexo-1).

No período de Janeiro a Agosto de 2022 as exportações de “Madeira, cortiça e papel” representaram 45,1% do Total (30,6% em 2021). Seguiram-se os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (21,0% e 23,8%, respectivamente), “Químicos” (16,0% e 20,0%), “Minérios e metais” (7,3% e 5,9%), “Têxteis e vestuário” (4,1% e 3,5%), “Produtos acabados diversos” (3,5% e 3,1%) e “Material de transporte terrestre e partes” (0,7% em cada um dos anos).

No quadro seguinte constam os principais produtos exportados para a Argélia nos primeiros oito meses de 2022, por grupos de produtos, definidos a quadro dígitos da Nomenclatura Combinada.


Alcochete, 20 de Outubro de 2022.

ANEXO-1


ANEXO-2


segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Importação e exportação de Madeira, Cortiça e suas obras-2017-2021 e 1º Sem 2021-2022

 

Importação e exportação
de produtos da
Madeira, Cortiça, e suas obras
(2017-2021 e 1º Semestre 2021-2022)

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1 - Introdução

Analisa-se neste trabalho a evolução da importação e exportação do conjunto dos produtos da “Madeira, cortiça, e suas obras” (excluindo o mobiliário de madeira e obras de espartaria e cestaria) no período de 2017 a 2021 (versões definitivas) e 1º Semestre de 2021 e 2022 (versão preliminar para 2022, com última actualização em 09-09-2022), a partir de dados de base do Instituto Nacional de Estatística (INE).

No período em análise as importações deste conjunto de produtos pesaram em média 1,3% nas importações globais e 3,0% nas exportações.

De acordo com dados de base do International Trade Centre (ITC), consentâneos com os do INE no caso de Portugal, em 2021 o nosso país ocupou a 30ª posição na importação mundial de Madeira (0,6% do total), sendo os principais importadores os EUA (18,7%) e a China (12,7%), e a 3ª posição na importação de Cortiça (10,9%), precedido da França (15,9%) e dos EUA (14,7%).

Na vertente da Exportação Portugal ocupou a 37ª posição no âmbito da Madeira (0,5%), sendo os principais fornecedores o Canadá (12,1%) e a China (10,0%), e a 1ª posição na exportação mundial de Cortiça (60,9%), seguido da Espanha (18,5%) e da França (5,5%).

No 1º Semestre de 2022, nas importações portuguesas predominaram os produtos da Madeira (96,7% do total do conjunto) e na vertente das exportações as produtos da Cortiça (55,7%). 

2 - Balança Comercial do conjunto da Madeira e Cortiça

A Balança Comercial do conjunto destes produtos ao longo do último quinquénio e 1º Semestre de 2022 foi favorável a Portugal, tendo o défice no sector da Madeira sido anulado pelo saldo positivo da lado da Cortiça, como se verá adiante.


Passa-se a analisar, separadamente, a evolução das importações e das exportações dos produtos da Madeira e dos produtos da Cortiça. 

3 – Madeira e suas obras

3.1 – Balança Comercial

Ao longo do último quinquénio e no 1º Semestre de 2022 a Balança Comercial dos produtos da Madeira foi deficitária, tendo ocorrido o maior défice em 2021 (-195 milhões de Euros). No primeiro Semestre de 2022 o défice atingiu -166 milhões de Euros, contra -59 milhões no Semestre homólogo do ano anterior. O grau de cobertura das importações pelas exportações, que no 1º Semestre de 2021 se situara em 86,6%, desceu para 75,7% em 2022.


3.2 – Importação

No quadro seguinte encontram-se relacionados, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, os principais produtos importados no período em análise, que pesaram mais de 95% do Total em cada um dos anos. 

O produto dominante ao longo do último quinquénio e 1º Semestre de 2022 foi a “Madeira em bruto”, que neste semestre atingiu 162,9 milhões de Euros, seguida da “Lenha, estilhas, desperdícios e resíduos” (98,8 milhões) e dos “Painéis de fibras mesmo aglomeradas” (93,2 milhões).

Os principais mercados de origem das importações de Madeira no 1º Semestre de 2022 foram a Espanha (40,4% e 51,1% no semestre homólogo de 2021) e o Brasil (17,1% e 10,3%, respectivamente).

3.3 – Exportação

Os principais produtos da Madeira, definidos a 4 dígitos da NC, exportados no período em análise, que pesaram mais de 90% do Total em cada um dos anos, constam do quadro seguinte. Destacaram-se, no 1º Semestre de 2022, os “Painéis de fibras mesmo aglomeradas” (93,9 milhões de Euros), os “Painéis de partículas” (85,6 milhões), e as “Obras de marcenaria e carpintaria para construções” (84,8 milhões). 

Os principais mercados de destino foram a Espanha (45,7% e 42,5% no semestre homólogo), a França (9,9% e 11,1%), o Reino Unido/Irl NT (9,8% e 11,7%) e os Países Baixos (4,3% e 5,6%).

4 – Cortiça e suas obras

4.1 – Balança Comercial


No período em análise a Balança Comercial portuguesa dos produtos da Cortiça foi favorável, tendo o seu saldo, ao longo do último quinquénio, oscilado entre 813 milhões de Euros em 2017 e 931 milhões em 2021.

No 1º Semestre de 2022 o saldo foi de 649 milhões de Euros, contra 495 milhões no semestre homólogo do ano anterior.

4.2 – Importação

O principal produto importado no 1º Semestre de 2022 foi a “Cortiça em bruto, garnulada e desperdícios” (67,2 milhões de Euros).

Seguiram-se as “Obras de cortiça natural” (15,6 milhões) e a “Cortiça aglomerada e suas obras” (15,0 milhões de Euros).

O principal mercado de origem das importações de Cortiça foi a Espanha (69,5% do Total em 2022 e 74,2% no semestre homólogo), seguida da Itália (9,4% e 8,8%) e de Marrocos (6,9% e 3,6%).

4.3 – Exportação

As principais exportações portuguesas de Cortiça incidem na “Cortiça aglomerada e suas obras” e nas “Obras de cortiça natural”, produtos que no 1º Semestre de 2022 averbaram respectivamente 322,4 milhões de Euros e 271,0 milhões.

Entre as obras de Cortiça natutal sobressaem as exportações de rolhas, que no 1º Semestre de 2022 representaram 97,8% do total. Também na área da Cortiça aglomerada prevaleceram as rolhas, com 67,2%, seguidas dos ladrilhos, com 28.3%.


No 1º Semestre de 2022 os principais mercados de destino foram a França (19,8%), a Espanha (16,7%), os EUA (16,3%), a Itália (11,9%) e a Alemanha (6,9%). Com menor peso seguiram-se o Reino Unido/Irl NT (4,0%), o México (2,8%), o Chile (2,0%), a China (2,0%) e a Federação Russa (1,6%).

5 – Índices de variação homóloga em Valor, Volume e Preço

Segue-se quadro com os índices de Valor, Volume e Preço calculados para o período em análise.

Os índices de preço de Paasche correspondem aos índices que foram calculados oportunamente a partir das primeiras versões do INE para os dados de base de cada um dos anos.

A experiência mostra que não se registam alterações sensíveis no cálculo dos índices de preço a partir de versões posteriores.

Já os índices de volume sofrem alterações por vezes importantes, uma vez que para o seu cálculo os índices de preço são utilizados como deflatores dos correspondentes índices de valor, estes em geral superiores aos das primeiras versões.

Para o cálculo dos índices aqui apresentados foram utilizadas, para os índices de Valor, as versões que nesta data se encontram disponíveis na base de dados do INE, em versão já definitiva para os anos de 2017 a 2021 e preliminar para o primeiro Semestre de 2022, com última actualização em 09-09-2022.



Alcochete, 4 de Outubro de 2022.

 

terça-feira, 11 de outubro de 2022

Comércio Internacional de mercadorias - Série Mensal - Janeiro-Agosto 2022

 

Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Agosto de 2022

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Agosto de 2021 e 2022, respectivamente em versão já definitiva e em versão preliminar com última actualização em 10 de Outubro de 2022, as exportações de mercadorias aumentaram em valor, em termos homólogos, +25,9% (+10  647 milhões de Euros), a par de um aumento das importações de +37,7% (+19 619 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram de Janeiro a Agosto de 2022 um acréscimo de +24,3% (+7 111 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros aumentado +29,7% (+3 535 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +26,1% (+10 076 milhões) e as originárias dos Países Terceiros +71,3%  (+9 543 milhões). 

O défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +82,7% ao situar-se em -19 825 milhões de Euros (superior em 8 972 milhões ao do ano anterior), a que corresponderam agravamentos de 2 965 milhões no comércio intracomunitário e de 6 007 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 79,1%, em 2021, para 72,3%, em 2022.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. De Janeiro a Agosto de 2022 o valor médio de importação do petróleo bruto subiu, face ao período homólogo de 2021, de 402 para 750 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Setembro).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 18,3% no total das importações em 2022 e 9,1% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações em 2022 sobe, no comércio global, de 72,3% para 80,4%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

Em 2022, no período de Janeiro a Agosto, as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,2% do Total, cresceram +24,3%, contribuindo com +17,1 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +25,9%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,8% do Total), cresceram +29,7%, contribuindo com +8,6 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações no período em análise de 2022 foram a Espanha (259%), a França (12,4%), a Alemanha (10,9%), os EUA (7,0%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,9%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (4,2%), a Bélgica (2,3%), as Provisões de Bordo para Países Terceiros (1,6%) e a Polónia (1,3%), destinos que representaram 74,9% do total das exportações.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2021, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise de 2022 um aumento de 50,8% nas nossas exportações (+299,8 milhões de Euros), envolvendo os acréscimos todos os grupos de produtos: “Máquinas, aparelhos e partes” (+75,0 milhões), “Agro-alimentares” (+63,1 milhões), Químicos (+47,9 milhões), “Produtos acabados diversos” (+34,6 milhões), “Minérios e metais” (+30,0 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+20,5 milhões), “Têxteis e vestuário” (+8,3 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+6,8 milhões), “Energéticos” (5,1%), “Calçado, peles e couros” (+4,3 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+4,2 milhões de Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+25,9%) pertenceram a Espanha (+9,3 p.p.), aos EUA (+3,2 p.p.), à Alemanha (+2,7 p.p.), à França (+2,3 p.p.), às Provisões de Bordo Extra-UE (1,5 p.p.), aos Países Baixos (+1,3 p.p.), à Itália (+1,1 p.p.), ao Reino Unido/Irl NT (+0,9 p.p.) â Turquia (+0,5 p.p.) e à Suécia (+0,4 p.p.). Os maiores contributos negativos couberam a Marrocos (-0,4 p.p.), ao Japão e à China (-0,1 p.p. cada). 

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em Espanha, Alemanha, França, Países Baixos, Itália, Provisões de Bordo, Suécia, Irlanda, Bélgica, Polónia, Eslováquia, República Checa e Dinamarca. Entre os decréscimos destacou-se Malta.



No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se os EUA, Provisões de Bordo, Reino Unido/Irlanda NT, Angola e Turquia, seguidos do Panamá, Brasil, Suíça, Canadá. Noruega, Israel, Argentina, África do Sul, Cabo Verde, Arábia Saudita e Catar.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os de Marrocos, Rússia, Japão, China e Vietname.

3.2 - Importações

Em 2022, no período em análise, as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 68,0% do total, registaram um acréscimo de +26,1% e contribuíram com +19,4 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +37,7%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um acréscimo de +71,3%, representando 32,0% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de +18,3 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2022 foram a Espanha (31,7% do Total) e a Alemanha (10,9%).

Seguiram-se a França (5,8%), a China (5,0%), os Países Baixos (4,8%), a Itália e o Brasil (4,5% cada), os EUA (3,3%) a Bélgica (3,1%) e a Nigéria (2,0%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 75,7% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (+37,7%) destacou-se o da Espanha, (+10,9 p.p.), seguida do Brasil (+3,0 p.p.), da China e EUA (+2,3 p.p. cada), da Alemanha (+2,0 p.p.), dos Países Baixos (+1,3 p.p.), da Bélgica (+1,2 p.p.), da França (+1,1 p.p.) e da Itália (+1,0 p.p.). O principal contributo negativo incidiu na Ucrânia (‑0,04 p.p.).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos das importações com origem intracomunitária (não ocorreram decréscimos) e os maiores acréscimos e decréscimos nos Países Terceiros, entre 2021 e 2022.


4 – Saldos da Balança Comercial        

Nos primeiros oito meses de 2022, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+2218 milhões de Euros), ao Reino Unido (+1791 milhões), aos EUA (+1281 milhões), a Angola (+452 milhões) e a Gibraltar (+360 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-9294 milhões de Euros), seguida da China (-3121 milhões), do Brasil (-2614 milhões), da Alemanha (‑2202 milhões) e da Nigéria (-1442 milhões).


5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos, tendo em atenção as alterações pautais de 2022 (ver ANEXO).

No período de Janeiro a Agosto de 2022, todos os grupos registaram acréscimos nas exportações face a 2021.

Os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Químicos” (14,4% do Total e +1771 milhões de Euros face a 2021), “Máquinas, aparelhos e partes” (13,0% e +788 milhões), “Agro-alimentares” (12,5% e +1226 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (11,3% e +648 milhões), “Minérios e metais” (10,8% e +1232 milhões). Seguiram-se os grupos “Energéticos” (9,1% e +2245 milhões), “Produtos acabados diversos” (9,0% e +702 milhões), “Têxteis e vestuário” (8,2% e +614 milhões), “Madeira cortiça e papel” (7,9% e +1027 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,2% e +324 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes) (0,6% e +70 milhões de Euros).


5.2 – Importações

Em 2022, no período em análise, foi também positiva a taxa de variação homóloga em valor, face ao período homólogo do ano anterior, em todos os grupos de produtos.

Os grupos de produtos com maior peso foram “Energéticos” (18,3% e +7625 milhões), “Químicos” (17,1% e +2285 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (15,9% e +1628 milhões), “Agro-alimentares” (13,9% e +2202 milhões de Euros). Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,6% e +1788 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (8,9% e +1220 milhões), “Produtos acabados diversos” (5,7% e +764 milhões), “Têxteis e vestuário” (5,0% e +961 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,2% e +670 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,7% e +405 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8% e +71 milhões de Euros). 


6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no período de Janeiro a Agosto de 2022 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,9% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5ª posição, precedida do Brasil, Irlanda, França e EUA).


Seguiram-se no “ranking” a França (12,4%), a Alemanha (10,9%), os EUA (7,0%), o Reino Unido/Irl NT (4,9%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (4,2%), a Bélgica (2,3%), Angola (1,7%) e as Provisões de Bordo Extra-UE (1,6%).

Estes dez destinos representaram 75,3% das exportações totais.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 31,7% do total.

A única excepção foi o grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (6º lugar, depois da Alemanha, EUA, Brasil, Canadá e França).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (10,9%), a França (5,8%), a China (5,0%), os Países Baixos (4,8%), a Itália e o Brasil (4,5% cada), os EUA (3,3%), a Bélgica (3,1%) e a Nigéria (2,0%). Estes dez países cobriram 75,7% das importações totais.

7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2022                        face a 2021, por meses homólogos não acumulados


Alcochete, 11 de Outubro de 2022.


ANEXO