quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Comércio Externo da SADC (2019); Trocas comerciais de Portugal com a SADC (2019-2020)

 

Comércio Externo de mercadorias dos países da SADC em 2019
Trocas comerciais de Portugal com a SADC (2019-2020)

                                    ( disponível para download  >> aqui )

1 – Nota introdutória

 A “Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral”- SADC, foi criada em Agosto de 1992, na sequência do fim do apartheid na África do Sul, sucedendo à SADCC, esta criada em 1980 por nove dos actuais estados-membros. Da SADC, com sede em Gaborone, no Botswana, fazem parte actualmente dezasseis países: Àfrica do Sul, Angola, Botswana, Comores, Rep. Dem. do Congo, Essuatíni (antiga Suazilândia), Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Seicheles, Tanzâniia, Zâmbia e Zimbabwe.

As línguas oficiais são o inglês, o português e o francês, tendo esta organização por principais objectivos o desenvolvimento económico, a redução da pobreza da sua população, a paz e a segurança.

Em 2020 a SADC englobava uma população de mais de 363 milhões de habitantes, de acordo com estimativas da ONU, disseminada por uma área de mais de 8,9 milhões de Km2.  Os países mais populosos são a República Democrática do Congo, a Tanzânia, a África do Sul, Angola, Moçambique e Madagáscar.

2 – Comércio Externo dos países da SADC e posição de Portugal

No quadro seguinte constam as importações e exportações dos países da SADC de e para o Mundo e Portugal, em 2019, de acordo com dados constantes da base de dados do “International Trade Centre” (ITC).

Há divergências face aos dados das importações e exportações de fonte INE, calculados após a inversão dos fluxos e feitas as necessárias transformações de valores Cif e Fob por aplicação de um factor fixo (Fob=Cif x 0,9533), como se pode observar no quadro seguinte.

Em termos globais, a quota de Portugal no total das importações dos países da SADC seria de 1,4% e a das exportações de 0,8%, percentagens que, utilizando a versão calculada com base nos valores do INE seriam respectivamente de 1,1% e 0,9%.

3 – Balança Comercial de Portugal com a SADC                                                                  e seus estados-membros (2019-2020)


4 – Importações e exportações de Portugal com os países da SADC                               por grupos de produtos (2019-2020)                                                                                       (definição do conteúdo dos grupos de produtos por capítulos da NC em Anexo)


Alcochete, 6 de Dezembro de 2021.

ANEXO




domingo, 19 de dezembro de 2021

Decréscimo das exportações de Máquinas no mês de Outubro de 2021

Decréscimo das exportações
de 'Máquinas, aparelhos e partes'
por produtos e mercados
no mês de Outubro de 2021/2020

( disponível para download  >> aqui )

1 - Nota introdutória

De acordo com dados de base definitivos do INE para 2020, após uma quebra mensal acentuada das exportações do grupo de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” nos primeiros quatro meses desse ano, em plena fase aguda da pandemia que assolou o país, estas exportações recuperaram a partir de então.

Em 2021, agora com base em versão ainda preliminar, as exportações deste importante grupo de produtos mantiveram-se desde Fevereiro acima dos níveis mensais do ano anterior, para em Outubro registarem uma quebra significativa.

Vai-se neste trabalho analisar onde incidiram, por produtos e mercados de destino, as principais quebras verificadas em cada um dos capítulos da Nomenclatura Combinada em que se integram os produtos em causa: Capº 84 – “Máquinas e aparelhos mecânicos” e Capº 85, “Máquinas e aparelhos eléctricos”.

2 – Principais produtos a quatro dígitos da Nomenclatura,                                                com quebras superiores a 1 milhão de Euros

No âmbito das “Máquinas e aparelhos mecânicos”, a quebra em Outubro de 2021, face ao mesmo mês do ano anterior, ascendeu a -49,5 milhões de Euros. As principais descidas incidiram na NC 8421-“Centrifugadores e aparelhos para filtrar líquidos ou gases” (-25,2 milhões de Euros) e NC 8480-“Caixas de fundição e moldes para  metais, vidro, borracha ao plástico” (‑21,0 milhões de Euros).

Com valores da ordem dos 4 milhões de Euros seguiram-se os “Aparelhos mecânicos com função própria, não especificados”, as “Bombas de ar ou vácuo, compressores, ventiladores e exaustores” e os “Aparelhos de ar condicionado”.

Por sua vez, no âmbito das “Máquinas e aparelhos eléctricos”, a descida totalizou ‑44,4 milhões de Euros entre os dois anos. As quebras mais significativas couberam à NC 8541-“Díodos, transístores e outros dispositivos com semicondutores” (-21,0 milhões de Euros), NC 8527-“Receptores de radiodfusão, telefonia ou telegrafia” (-14,0 milhões de Euros) e NC 8543-“Máquinas e aparelhos eléctricos com função própria, não especificados” (-12,7 milhões de Euros).

Com quebras superiores a -7,5 milhões de Euros seguiram-se os “Radares e aparelhos de radionavegação e radiotelecomando” e os “Transformadores, conversores e bobinas de reactância e autoindução”.


3 – Principais produtos a oito dígitos da Nomenclatura,                                                      com quebras superiores a -100 mil Euros

No quadro seguinte podem observar-se, agora desagregados a oito dígitos da Nomenclatura Combinada, os principais produtos envolvidos com um valor superior a 100 mil Euros.


4 – Mercados em que incidiram as maiores quebras,                                                          com um valor superior a 1 milhão de Euros

No que diz respeito ás “Máquinas e aparelhos mecânicos”, as maiores quebras verificaram-se em Espanha (-20,4 milhões de Euros) e no Reino Unido, incluindo a Irlanda do Norte (-17,0 milhões), seguidos da República Checa (-5,4 milhões) e da França (-5,3 milhões).

Nas “Máquinas e aparelhos eléctricos” as principais descidas incidiram novamente em Espanha (-28,5 milhões), seguida da França (-15,2 milhões) e da Alemanha (-12,8 milhões), seguidos do Reino Unido incluindo a Irlanda do Norte (-8,1 milhões).


Alcochete, 18 de Dezembro de 2021.



terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Acréscimos e decréscimos das exportações - Outubro de 2021 - Produtos e mercados

 

Acréscimos e Decréscimos
das Exportações
por Produtos e Mercados
Evolução Mensal - Outubro de 2021

( disponível para download  >> aqui )

1 - Nota introdutória

Analisa-se neste trabalho onde incidiram os maiores acréscimos e decréscimos das exportações portuguesas de mercadorias, por produtos e por mercados, no período acumulado de Janeiro a Outubro e no mês autónomo de Outubro de 2021, face aos períodos homólogos de 2020.

Analisa-se também a evolução comparada do valor das exportações mensais não acumuladas, por grupos de produtos, de Janeiro de 2020 a Outubro de 2021.

São para este efeito utilizados dados de base divulgados no portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva para 2020 e preliminar para 2021, com última actualização em 10 de Dezembro de 2021.

2 – Exportações no período acumulado de Janeiro a Outubro de 2020-2021

No período acumulado de Janeiro a Outubro de 2021 as exportações de mercadorias cresceram em valor +17,9% face ao mesmo período de 2020 (+7,9 mil milhões de Euros).

À excepção do grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (-124 milhões de Euros), registaram-se acréscimos nos restantes dez grupos de produtos considerados (definição do conteúdo dos grupos em Anexo), sendo por ordem decrescente de valor: “Minérios e metais” (+1,6 mil milhões), “Químicos” (+1,4 mil milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” e “Energéticos”   (+1,1 mil milhões cada), Agro-alimentares” (+633 milhões), “Têxteis e vestuário”  (+606 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+562 milhões), “Produtos acabados diversos” (+561 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+375 milhões)  e “Calçado, peles e couros” (+174 milhões).

Considerando a partição entre espaço Intra UE-27 (Reino Unido e Irlanda NT, excluído) e espaço Extra-UE, verifica-se que neste período, no seio da Comunidade, as exportações (expedições), que representaram 71,1% do Total em 2021, cresceram +17,2% face ao ano anterior (+5,4 mil milhões de Euros).

Por sua vez, para fora da Comunidade as exportações registaram um aumento de +19,8% (+2,5 mil milhões de Euros). 

Em termos globais, os maiores acréscimos couberam a Espanha (+2,6 mil milhões de Euros), à França (+781 milhões) e aos EUA (+745 milhões).

Com valores acima de 100 milhões de Euros seguiram-se a Itália (+434 milhões), a Alemanha (+432 milhões), os Países Baixos (+394 milhões), Marrocos (+317 milhões), a Bélgica (+280 milhões), o Reino Unido (+255 milhões), Gibraltar (+240 milhões), a Polónia (+153 milhões), a China (+131 milhões), a Suécia (+111 milhões) e a Finlândia (+110 milhões).

Os principais decréscimos ocorreram nas exportações para Provisões de Bordo Intra-UE (-50 milhões de Euros), Suíça (-32 milhões), Roménia (-28 milhões), Áustria (-26 milhões), Coreia do Sul (-16 milhões) e Indonésia (-12 milhões).

3 – Exportações no mês de Outubro de 2021 (não acumulado)                                           face a 2020 por Grupos de Produtos

Os grupos de produtos com maior peso nas exportações no mês de Outubro de 2021, não acumulado, foram “Máquinas, aparelhos e partes” e “Químicos” (13,7% cada), “Agro-alimentares” (13,5%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,4%) e “Minérios e metais” (11,7%).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,3%), “Têxteis e vestuário” (9,0%),  “Madeira, cortiça e papel” (7,3%), “Energéticos” (5,7%), “Calçado, peles e couros” (3,3%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,3%).

Registaram-se acréscimos (em Euros) nas exportações de sete dos onze grupos de produtos, com destaque para “Minérios e metais” (+178 milhões de Euros) e “Energéticos” (+121 milhões).

Seguiram-se os grupos “Químicos” (+71 milhões), “Agro-alimentares” (+55 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+49 milhões), “Têxteis e vestuário” (+46 milhões) e “Calçado, Peles e couros” (+28 milhões de Euros).

Os decréscimos incidiram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (-165 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (-94 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (‑86 milhões) e “Produtos acabados diversos” (-41 milhões).

No quadro seguinte encontram-se relacionados, por grupos de produtos, os maiores acréscimos e decréscimos verificados nas exportações dos principais tipos de produtos, definidos a dois dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-2).

4 - Evolução mensal comparada das exportações em 2020 e 2021,                                   por grupos de produtos

Nos gráficos seguintes pode observar-se a evolução comparada do valor das exportações por meses não acumulados, por grupos de produtos, no período de Janeiro de 2020 a Outubro de 2021.

De assinalar a quebra no mês de Outubro, bem visível no gráfico respectivo, do valor da exportação do grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, um dos grupos dominantes, abaixo do nível do ano anterior. 



Alcochete, 13 de Dezembro de 2021.



ANEXO




domingo, 12 de dezembro de 2021

Série mensal - Janeiro a Outubro 2021 - Comércio Internacional

 

Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Outubro de 2021

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Outubro de 2021 e definitivos para 2020, com última actualização em 10 de Dezembro de 2021, as exportações de mercadorias aumentaram em valor, em termos homólogos, +17,9% (+7936 milhões de Euros), a par de um aumento das importações de +18,1% (+10196 milhões).

A partir do mês de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados dois novos códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros destas séries mensais do Comércio Internacional manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos valores dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram de Janeiro a Outubro de 2021 um acréscimo de +17,2% (+5446 milhões de Euros), tendo as exportações para os países terceiros aumentado +19,8% (+2490 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +17,5% (+7305 milhões de Euros), com as originárias dos países terceiros a crescerem +19,8% (+2891 milhões). 

O défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +18,8% ao situar-se em -14264 milhões de Euros (superior em 2260 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 1859 milhões no comércio intracomunitário e um acréscimo de 401 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 78,7%, em 2020, para 78,6%, em 2021.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. Nos primeiros dez meses de 2021 o valor médio de importação do petróleo bruto subiu, face ao período homólogo de 2020, de 300 para 417 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico já inclui a cotação de Novembro).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 11,4% no total das importações no período de Janeiro-Outubro de 2021 e 5,9% do lado das exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe de 78,6%, no comércio global, para 83,4%.


2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

No período de Janeiro a Outubro de 2021, as exportações para a UE (expedições), que representaram 71,1% do Total, cresceram +17,2%, contribuindo com +12,3 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +17,9%. As exportações para o espaço extracomunitário (28,9% do Total), cresceram +19,8%, contribuindo com +5,6 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os principais destinos das exportações no período em análise de 2021 foram a Espanha (26,4%), a França (13,2%), a Alemanha (11,0%), os EUA (5,7%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (5,3%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (3,9%), a Bélgica (2,5%), Marrocos e Angola (1,5% cada), a Polónia (1,4%), a Suécia (1,2%), o Brasil e a China (1,1% cada), destinos que representaram 80,2% do total das exportações.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros, depois do Reino Unido e dos EUA, registou no período em análise um aumento de 3,8% nas nossas exportações (+24,6 milhões de Euros), envolvendo os acréscimos 9 dos 11 grupos de produtos: “Máquinas, aparelhos e partes” (+38,2 milhões), “Produtos acabados diversos” (+7,6 milhões), Químicos (+6,7 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+5,2 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+3,4 milhões),  “Minérios e metais” (+2,9 milhões), e “Material de transporte terrestre e partes“ (+1,7 milhões), “Calçado, peles e couros” (+32 mil Euros) e “Têxteis e vestuário” (+20 mil Euros).

As excepções incidiram nos grupos “Agro-alimentares” (-26,2 milhões de Euros) e “Energéticos” (-869 mil Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+20,1%) pertenceram a Espanha (+6,4 p.p.), à França (+2,1 p.p.), aos EUA (+1,7 p.p.), à Alemanha (+1,2 p.p.), à Itália (+1,1 p.p.), aos Países Baixos (+0,9%), a Marrocos (+0,8 p.p.) e ao Reino Unido (+0,7 p.p.). Os maiores contributos negativos couberam às Provisões de Bordo para países comunitários (-0,2 p.p.), à Irlanda e à Áustria (-0,1 p.p. cada).

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em Espanha, França, Itália, Alemanha, Países Baixos, Bélgica, Polónia, Suécia, Finlândia, Rep. Checa e Hungria. Os maiores decréscimos couberam à Irlanda, às Provisões de Bordo, à à Roménia e à Áustria.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se os EUA, Marrocos, o Reino Unido, Gibraltar, a China, o México, a Noruega, Israel, a Austrália, a Turquia, as Provisões de Bordo, a África do Sul, e a Tunísia.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os de Taiwan, da Suíça e da Coreia do Sul. 

3.2 - Importações

No período de Janeiro a Outubro de 2021, as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 73,7% do total, registaram um acréscimo de +17,5% e contribuíram com +13,0 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +18,1%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um acréscimo de +19,8%, representando 26,3% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de +5,1 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2021 foram a Espanha (32,7% do Total) e a Alemanha (12,8%). Seguiram-se a França (6,7%) os Países Baixos (5,4%), a Itália (5,1%), a China (4,4%), o Brasil e a Bélgica (3,2% cada), os EUA (2,2%), a Nigéria e a Polónia (1,9% cada). Estes países representaram, no seu conjunto, 79,5% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período de Janeiro a Outubro de 2021 (+18,1%) destacou-se o da Espanha, (+6,7 p.p.), seguida da Alemanha (+1,6 p.p.), do Brasil (+1,3 p.p), da Itália, dos Países Baixos e da Bélgica (+0,9 p.p. cada), dos EUA (+0,8 p.p.), da Turquia e da Rússia (+0,7 p.p. cada). Os principais contributos negativos incidiram no Reino Unido (-1,4 p.p.), em Angola (‑0,6 p.p.), na Guiné Equatorial (-0,3 p.p.), na Dinamarca, Arábia Saudita e Argélia (-0,1 p.p. cada).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros entre o período em análise  de 2021 e o período homólogo do ano anterior.


4 – Saldos da Balança Comercial        

No período acumulado de Janeiro a Outubro de 2021, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+2424 milhões de Euros) e ao Reino Unido (+1939 milhões). Seguiram-se os EUA (+1460 milhões), Angola (+687 milhões) e Marrocos (+561 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-8003 milhões de Euros), seguida da Alemanha (-2714 milhões), da China (‑2375 milhões), dos Países Baixos (‑1551 milhões) e do Brasil (-1510 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

Todos os grupos, à excepção de “Aeronaves embarcações e partes” (-124 milhões de Euros) registaram em 2021 acréscimos nas exportações face ao período homólogo de 2020, sendo os que detiveram maior peso na estrutura “Máquinas, aparelhos e partes” (14,4% do Total e +1122 milhões de Euros), “Químicos” (13,8% e +1364 milhões), “Agro-alimentares” (13,0% e +633 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (12,5% e +375 milhões), “Minérios e metais” (10,9% e +1567 milhões).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,5% e +561 milhões), “Têxteis e vestuário” (8,7% e +606 milhões), “Madeira cortiça e papel” (7,4% e +562 milhões), “Energéticos” (5,9% e +1094 milhões) e “Calçado, peles e couros” (3,3% e +174 milhões de Euros).

5.2 – Importações

Também nas importações o único grupo de produtos em que se registou um decréscimo em valor nos dez primeiros meses de 2021 foi “Aeronaves, embarcações e partes”, com um peso de 0,8% na estrutura, (‑424 milhões de Euros).

Os grupos de produtos com maior peso foram “Químicos” (19,0% e +2340 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (18,2% e +1414 milhões), “Agro-alimentares” (14,7% e +756 milhões), “Energéticos” (11,4% e +2506 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (9,7% e +504 milhões), “Minérios e metais” (9,9% e +1970 milhões).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (6,3% e +498 milhões), “Têxteis e vestuário” (5,2% e +228 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,2% e +345 milhões) e “Calçado, peles e couros” (1,6% e +58 milhões de Euros). 

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2021 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 26,4% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da Alemanha, França e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5ª posição, precedida do Reino Unido, da França, do Brasil e da Roménia.

Seguiram-se no “ranking” a França (13,2%), a Alemanha (11,0%), os EUA (5,7%), o Reino Unido (5,3%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (3,9%), a Bélgica (2,5%), Marrocos (1,5%) e Angola (1,5%).

Estes dez países representaram 75,3% das exportações totais.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 32,7% do total, sendo a excepção o grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (5º lugar, depois da França, da Alemanha, dos EUA e das Ilhas Virgens Britânicas).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (12,8%), a França (6,7%), os Países Baixos (5,4%), a Itália (5,1%), a China (4,4%), o Brasil (3,2%), a Bélgica (3,2%), os EUA (2,2%) e a Nigéria (1,9%).

Estes dez países cobriram 77,6% das importações totais.


Alcochete, 12 de Dezembro de 2021.

 ANEXO