quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Comércio Internacional com os PALOP - 2018-2022 e Jan-Out 2022-2023

 

Comércio Internacional com os PALOP
(Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa)
2018-2022
Janeiro-Outubro 2022-2023

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Neste trabalho analisa-se a evolução do Comércio internacional de mercadorias de Portugal com os “Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa” (PALOP), no seu conjunto e com cada um dos países, no período de 2018 a 2022 e Janeiro a Outubro de 2022 e 2023, com base em dados do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versões definitivas até 2022 e preliminar para 2023, com última actualização em 11-12-2023.

2 – Conjunto dos PALOP

O peso do conjunto dos PALOP na importação global portuguesa de mercadorias, após uma ligeira subida de 2018 para 2019 (de 1,3% para 1,4% do Total), decresceu sucessivamente até 2021 (0,2%), tendo aumentado em 2022 (0,6%). Por sua vez o seu peso na exportação decresceu sustentadamente de 2018 a 2021 (de 3,6% para 2,5%), invertendo-se o sentido dessa evolução em 2022 (2,8%).

No quadro seguinte pode observar-se a peso relativo de cada componente no Total das importações e exportações dos PALOP entre 2018 e 2022 e no período de Janeiro a Outubro de 2022 e 2023.

Entre 2018 e 2022 e Janeiro-Outubro de 2022 e 2023, Angola ocupou a primeira posição em ambas as vertentes, seguida de Moçambique, Cabo Verde, S.Tomé e Príncipe e da Guiné-Bissau, nas importações (com alternância nos dois últimos países em 2020 e 2021), e de Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau e S.Tomé e Príncipe, nas exportações.

Seguem-se gráficos com o ritmo de evolução anual das importações e exportações de Portugal com o conjunto dos PALOP e com cada um dos componentes entre 2018 e 2022.

2.1– Balança Comercial

No período em análise a Balança Comercial foi favorável a Portugal, com elevados graus de cobertura das importações pelas exportações. O saldo da balança, tendo decrescido de 1,1 mil milhões de Euros, em 2018, para 737 mil Euros, em 2019, aumentou sucessivamente até atingir 1,5 mil milhões de Euros em 2022. Nos primeiros dez meses de 2023, face ao mesmo período do ano anterior, o saldo aumentou de 1,2 para cerca de 1,5 mil milhões de Euros.

2.2– Importação

As posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), foram aqui agregadas, nas duas vertentes comerciais, em 11 grupos de produtos (ver Anexo).

A importação portuguesa com origem no conjunto dos PALOP tem como forte componente o grupo “Energéticos”, centrado em Angola e constituído por óleos brutos do petróleo, que representou 67,3% do Total de Janeiro a Outubro de 2023 (86,1% em 2022.

Seguiram-se, entre os principais, os grupos “Agro-alimenares” com 17,6% do Total (8,6% no ano anterior), “Madeira, cortiça e papel” (5,5% e 1,9% respectivamente), “Minérios e metais” (3,2% e 0,9%) “Têxteis e vestuário” (2,4% e 1,1%), “Máquinas, aparelhos e partes” (1,5% e 0,4%), “Produtos acabados diversos” (1,1% e 0,4%), e “Calçado, Peles e couros” (1,1% e 0,4%).

2.3 – Exportação

Na Exportação, bem mais diversificada, nos primeiros dez meses de 2023 destacaram-se os grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (26,9% e 23,7%), “Agro-alimentares” (21,7% e 23,3%), Químicos” (15,5% e 16,4%), “Minérios e metais” (10,3% e 10,1%) e “Produtos acabados diversos” (9,7% e 9,9%).

Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Energéticos” (5,9% e 6,3%), “Madeira, cortiça e papel” (3,6% e 4,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (3,1% e 2,3%), “Têxteis e vestuário” (2,1% e 2,3%), “Calçado, peles e couros” (0,6% e 0,7%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e 0,4%).

Comércio de Portugal com cada um dos PALOP

Segue-se uma análise da evolução das importações e exportações de Portugal com cada um dos PALOP entre 2018 e Janeiro a Outubro de 2022 e 2023.

3 - Angola

3.1 - Balança Comercial

Nos primeiros dez meses de 2023, face ao período homólogo do ano anterior, as importações registaram uma descida de -65,7% e as exportações uma quebra de -6,4%, com o saldo a aumentar +44,6%.

3.2 – Importação

A principal importação incide no grupo de produtos “Energéticos” que de Janeiro a Outubro de 2023 representou 82,4% do Total (95,3% no mesmo período do ano anterior), essencialmente petróleo bruto.

Seguiu-se o grupo “Agro-alimentares” (11,2% e 2,9%), essencialmente constituído por bananas e outras frutas, crustáceos e moluscos, farelos e outros resíduos de cereais e café. Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Minérios e metais” (2,9% e 0,6%), como granito, mármores e outras pedras de construção, ouro e artefactos de joalharia, barras e perfis de alumínio, e recipientes para gases em ferro ou aço, “Máquinas, aparelhos e partes” (1,3% e 0,3%), “Madeira, cortiça e papel” (1,2% e 0,5%) e “Produtos acabados diversos” (0,8% e 0,3%).

3.3 – Exportação

As principais exportações portuguesas com destino a Angola nos primeiros dez meses de 2023 couberam ao grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (26,9% e 23,7% no ano anterior), muito diversificadas, com destaque para as partes de guinchos e macacos, guindastes, pontes rolantes, veículos para remoção de cargas, elevadores, ‘bulldozers’, niveladoras, escavadoras e pás mecânicas, para as máquinas de tratamento de substâncias minerais sólidas, para os quadros e outros suportes de comando eléctrico, para as máquinas automáticas de tratamento de dados, para os aparelhos de centrifugação, para os fios e cabos eléctricos, para os aparelhos telefónicos, para os refrigeradores e congeladores, para os aparelhos de interrupção, seccionamento e protecção eléctrica, para as bombas para líquidos, para os transformadores eléctricos, para as torneiras e válvulas, bombas de ar ou vácuo, aparelhos de ar condicionado, máquinas de lavar louça, limpar, secar, encher ou rolhar garrafas, máquinas de embalar mercadorias, grupos electrogéneos e conversores rotativos, entre muitas outras máquinas e aparelhos.

Seguiram-se os grupos de produtos “Agro-alimentares” (21,7% e 23,5%), principalmente vinhos, óleo de soja, enchidos, queijos, preparações alimentícias, preparações para alimentação animal, leite, bacalhau, produtos de padaria e azeite, entre muitos outros, “Químicos” (15,5% e 16,4%), com destaque para os medicamentos, tubos, acessórios e outras obras de plástico, reagentes de laboratório, misturas de substâncias odoríficas, artigos de embalagem, rolhas, tampas e cápsulas em plástico, preparações tensoactivas e para lavage, pneus, produtos de beleza, tintas e vernizes, chapas e folhas de plástico, colas e adesivos, matérias corantes e insecticidas, entre outros, “Minérios e metais” (10,3% e 10,1%), como construções e suas partes em ferro, aço ou alumínio, perfis e obras em ferro ou aço não especificadas, cordas e cabos de cobre, parafusos, porcas e artigos semelhantes em ferro ou aço, guarnições e ferragens diversas em metais comuns, entre muitos outros.

Com peso inferior a dois dígitos alinharam-se depois os grupos “Produtos acabados diversos” (9,7% e 9,9%), muito diversificado, como aparelhos médicos, móveis, aparelhos de iluminação, assentos, ladrilhos de cerâmica, mobiliário médico, aparelhos para análises físicas ou químicas, telhas e outros produtos cerâmicos, louça sanitária, construções pré-fabricadas, relógios, aparelhos de medida e raios X, entre outros, “Energéticos” (5,9% e 6,3%), principalmente óleos médios para motores, transmissões hidráulicas, engrenagens e óleos lubrificantes, “Madeira, cortiça e papel” (3,6% e 4,4%), principalmente embalagens de papel ou cartão, papel e cartão para escrita, impressão e outros fins gráficos em rolos ou folhas, painéis de fibras de madeira, livros, jornais e outras publicações, livros de registo e contabilidade, obras de marcenaria e carpintaria para construções, papel fara fins domésticos ou sanitários, papel e cartão ‘kraft’, entre outros, “Material de transporte terrestre e partes” (3,1% e 2,3%), designadamente partes de veículos automóveis, veículos para  transporte de mercadorias, tractores, veículos especiais, reboques. automóveis de passageiros, contentores, motociclos, bicicletas e suas partes, e veículos para pessoas com incapacidade, “Têxteis e vestuário” (2,1% e 2,3%), principalmente  artefactos têxteis confeccionados incluindo moldes, ‘T’shirts’ e camisolas interiores de malha, roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha, fatos de treino, fatos de banho, calções, redes de malhas com nós, fatos, casacos e calças de uso masculino, tapetes, cordéis e cordas, cortinados, tecidos de fibras sintéticas, camisas, camisolas e ‘pullovers’ para homem, entre muitos outros, “Calçado, peles e couros” (0,6% e 0,7%), designadamente calçado de couro e outro, partes de calçado, malas de viagem, malas, maletas e estojos diversos,  e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e 0,4%), como embarcações e veículos aéreos não tripulados.

4 – Cabo Verde

4.1 - Balança Comercial

De Janeiro a Outubro de 2023 as importações portuguesas de Cabo Verde representaram 3,8% do Total do mundo (9 milhões de Euros), com um acréscimo de +0,2% face ao ano anterior.

Por sua vez, as exportações ocuparam a segunda posição no conjunto dos PALOP, a seguir a Angola, com 17,7% do Total (303 milhões de Euros), com uma quebra de -1,2% em relação ao período homólogo do ano anterior.

4.2 – Importação

Nos primeiros dez meses de 2023 as principais importações incidiram no grupo “Têxteis e vestuário” (48,8% do Total e 49,7%), com destaque para a roupa interior, pijamas, robes e semelhantes de malha, para homem, ‘T’shirts’ e camisolas interiores de malha, fatos, casacos e calças para homem, fatos, casacos, vestidos, saias e outro vestuário para senhora.

Seguiram-se os grupos “Calçado, peles e couros” (27,5% e 27,0%), essencialmente partes de calçado, “Produtos acabados diversos” (11,1% e 11,2%), com destaque para as canas de pesca, anzóis e outros artigos de pesca, “Máquinas, aparelhos e partes” (5,1% e 2,6%), como cábreas, guindastes e suas partes, pontes rolantes, bombas de ar ou vácuo, máquinas de costura, pulverizadores e extintores, máquinas para tratamento de minerais, máquinas automáticas de processamento de dados, emissores de rádio e TV, centrifugadores e máquinas ferramentas, entre outras, “Agro-alimentares” (3,2% e 3,1%), principalmente álcool etílico, aguardentes e outras bebidas espitituosas, crustáceos e café, “Minérios e metais” (1,9% e 1,6%), como desperdícios e resíduos de ferro ou aço, alumínio e cobre, pedras de cantaria ou construção, cadeias e correntes em ferro ou aço, ferramentas manuais e recipientes para gases, e “Energéticos” (1,7% e 0,6%), centrados em resíduos de óleos de petróleo ou de minerais betuminosos. Os restantes grupos registaram movimento pouco significativo.

4.3 – Exportação

De Janeiro a Outubro de 2023 as principais exportações couberam ao grupo “Agro-alimentares” (30,6% e 29,3% no ano anterior), com destaque para o leite, cerveja, óleo de soja, azeite, enchidos, sumos de fruta, produtos de padaria, margarina, produtos hortícolas preparados, citrinos, preparações para alimentação animal e queijos, entre muitos outros, “Químicos” (13,8% e 14,1%), principalmente medicamentos, tubos e acessórios, artigos de embalagem, tampas e cápsulas, e outras obras de plástico, preparações tensoactivas e outras para lavagem, aglutinantes para moldes, artigos farmacêuticos, chapas e folhas de plástico, entre outros, “Minérios e metais” (13,7% e 14,4%), com destaque para os cimentos hidráulicos, obras em ferro ou aço, como barras, construções e suas partes por exemplo torres, pórticos e estruturas para telhados, portas e janelas, parafusos, porcas e semelhantes, entre muitos outros, “Máquinas, aparelhos e partes” (12,1% e 11,4%),muito diversificados, com destaque para os computadores e suas unidades, fios e cabos eléctricos, aparelhos telefónicos, máquinas de impressão, torneiras e válvulas, bombas para líquidos, refrigeradores e congeladores, aparelhos para interrupção, seccionamento e protecção eléctrica, centrifugadores e dispositivos semicondutores entre muitos outros e “Energéticos” (11,0% e 14,3%), em sua grande parte ‘fuel’.

Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Produtos acabados diversos” (8,1% e 7,4%), como móveis, recipientes de vidro, aparelhos para medicina, ladrilhos de cerâmica, pedra de cantaria ou construção, fibras ópticas, assentos, louça sanitária, aparelhos de iluminação, telhas e outros produtos cerâmicos para construção e contadores diversos, entre outros, “Madeira, cortiça e papel”, com destaque para o papel para fins domésticos ou sanitários, caixas e outras embalagens de papel ou cartão, painéis de fibras e partículas de madeira, obras de marcenaria e carpintaria para construções, papel e cartão para escrita, impressão e outros fins gráficos, livros e brochuras, “Têxteis e vestuário” (2,5% e 2,4%), “Calçado, peles e couros” (0,6% nos dois anos) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,2% e 01%), essencialmente embarcações.

5 – Guiné-Bissau

5.1 - Balança Comercial

De Janeiro a Outubro de 2023 as importações portuguesas com origem na Guiné-Bissau cifraram-se em apenas 200 mil Euros, tendo crescido +40,0% face ao mesmo período do ano anterior. Por sua vez, as exportações situaram-se em 102 milhões de Euros, com uma quebra de -4,0% em relação a ano anterior.

5.2 – Importação


Nos primeiros dez meses de 2023 a principal importação incidiu no grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (55,9% e 56,0% no período homólogo de 2022), designadamente ‘bulldozers’, niveladoras e rolos ou cilindros compressores.

Seguiram-se os grupos: “Agro-alimentares” (22,3% e 27,9%), constituído por sucos e extractos vegetais; “Madeira, cortiça e papel” (8,0% e 22,3%), designadamente obras de cestaria; “Material de transporte terrestre e partes” (7,9% e 17,9%), como veículos automóveis para o transporte de mercadorias, e “Produtos acabados diversos” (0,2% e 2,4%), como câmaras e projectores cinematográficos. Os restantes grupos registaram peso nulo.

5.3 – Exportação

De Janeiro a Outubro de 2023 o principal grupo de produtos nas exportações para a Guiné-Bissau foi “Energéticos” (48,6% e 47,3% em 2022), principalmente gasolina e gasóleo, “Agro-alimentares” (30,6% e 32,5%), principalmente cerveja, vinhos, águas minerais, iogurtes, leite e natas, carnes e miudezas, ovos e preparações alimentícias de farinhas. Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (5,4% e 4,2%), com destaque para os dispositivos semicondutores, fios e cabos eléctricos, computadores e suas unidades, refrigeradores e congeladores, grupos electrogéneos, transformadores eléctricos, máquinas de impressão, bombas para líquidos, ‘bulldozers’, niveladoras, escavadoras e semelhantes, aparelhos para interrupção, seccionamento e protecção eléctrica, entre outros, “Produtos acabados diversos” (4,7% e 4,6%), principalmente telhas, ladrilhos e outros produtos cerâmicos para construção, móveis, assentos, aparelhos fixos de cerâmica para uso sanitário, pedra de cantaria ou de construção, aparelhos para medicina, ‘sommiers’, colchões, almofadas e semelhantes, aparelhos de iluminação, entre outros, “Minérios e metais” (3,6% e 3,4%), com destaque para cimentos hidráulicos, construções metálicas de alumínio, suas partes e outras obras não especificadas,  obras diversificadas de ferro ou aço, e gesso, “Químicos” (3,5% e 4,3%), principalmente medicamentos, tubos e acessórios, artigos de embalagem, rolhas, tampas, cápsulas e obras diversas em plástico, reagentes de laboratório, tintas e vernizes, aglutinantes para moldes, pneumáticos, preparações corporais e outras preparações cosméticas, vestuário e acessórios de borracha, sabões e produtos de beleza, entre outros, “Material de transporte terrestre e partes” (1,6% nos dois anos), principalmente veículos para o transporte de mercadorias, automóveis de passageiros, tractores e partes e acessórios para este conjunto de veículos, “Têxteis e vestuário” (0,9% e 1,0%),  com destaque para os artigos usados de matérias têxteis, ‘T-shirts’ e camisolas interiores de malha, sacos para embalagem, artefactos têxteis confeccionados incluindo moldes para vestuário, vestuário para homem e tecidos sintéticos, “Madeira cortiça e papel” (0,9% e 1,0%), principalmente obras de marcenaria e carpintaria para construções, papel para fins domésticos ou sanitários, caixas e outras embalagens de papel ou cartão, livros, brochuras e impressos diversos, painéis de fibras de madeira, entre outros, “Calçado, peles e couros” (0,1% nos dois anos), designadamente malas, maletas e estojos para fins diversos, calçado de couro e com sola de outras matérias. O grupo “Aeronaves, embarcações e partes” registou peso nulo.

6 – Moçambique

6.1 - Balança Comercial

A Balança Comercial de mercadorias de Portugal com Moçambique foi favorável a Portugal ao longo dos últimos cinco anos, com elevados graus de cobertura das importações pelas exportações. O saldo da Balança oscilou entre um mínimo de 146 milhões de Euros em 2018 e um máximo de 164 milhões em 2022 tendo-se situado de Janeiro a Outubro de 2023 em 147 milhões de Euros.

6.2 - Importação

Pouco diversificadas, de Janeiro a Outubro de 2023 as importações portuguesas de mercadorias com origem em Moçambique centraram-se nos grupos de produtos “Agro-alimentares” (58,4% em 2023 e 71,8% em 2022), principalmente crustáceos e moluscos, açúcar de cana, tabaco, cocos e castanha de cajú, e “Madeira, cortiça e papel” (31,8% e 18,2%, respectivamente), designadamente madeira em bruto.

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (4,2% e 3,2%), com destaque para os fios de alumínio, “Têxteis e vestuário (3,7% e 5,2%), principalmente fios de algodão e de outras fibras têxteis, algodão e seus desperdícios, cordéis, cordas e cabos entrançados ou não, artigos usados diversos de matérias têxteis e vestuário diversos de uso masculino, “Máquinas, aparelhos e partes” (1,4% e 1,1%), como máquinas de terraplanagem, nivelamento, escavação e semelhantes, máquinas e aparelhos para tratamento de substâncias minerais  sólidas, e partes de ‘bulldozers’, niveladoras escavadoras, pás mecânicas e semelhantes, e “Produtos acabados diversos” (0,3% e 0,4%), como quadros decorativos, objectos de arte, móveis de madeira e assentos de rotim. Os restantes grupos de produtos registaram movimento nulo ou praticamente nulo.

6.3 - Exportação

De Janeiro a Outubro de 2023 os grupos de produtos com maior peso no total das exportações foram “Máquinas, aparelhos e partes (28,2% e 26,6% em 2022), com destatque para os fios e cabos eléctricos, aparelhos eléctricos de interrupção, seccionamento e protecção, aparelhos telefónicos, máquinas e aparelhos agrícolas, transformadores, computadores e suas unidades, impressoras, refrigeradores e congeladores, quadros eléctricos e cabines, partes de bate-estacas, de escavadoras e de pás-mecânicas, torneiras e válvulas, aquecedores eléctricos, e dispositivos de armazenamento de dados à base de semicondutores, entre muitos outros, “Químicos” (24,1% e 22,3%), principalmente medicamentos, reagentes de laboratório, matérias corantes, artigos de embalagem, tampas e cápsulas de plástico, tubos e acessórios de plástico, produtos de beleza ou de maquilhagem, preparações tensoactivas e para lavagem, polímeros acrílicos em formas primárias, e tintas e vernizes, entre outros, e “Agro-alimentares” (21,6% e 17,7%), muito diversificado, com destaque para o óleo de soja, vinhos, preparações e conservas de peixe, preparações alimentícias diversas, azeite, enchidos, café, margarina, produtos de padaria e pastelaria, conservas de frutas, peixe congelado, conservas hortícolas e queijos, entre muitos outros.

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (8,1% e 11,0%), como barras e perfis de alumínio, construções e suas partes em ferro, aço ou alumínio, guarnições, ferragens, cadeados, fechaduras, parafusos, porcas e semelhantes em metais comuns, obras de alumínio diversas, reservatórios e outros recipientes em ferro ou aço, artigos de uso doméstico em ferro ou aço, tubos de cobre, artefactos para tubos em ferro ou aço, artefactos de higiene ou toucador em ferro ou aço, e ferramentas manuais, entre muitos outros, “Produtos acabados diversos” (7,3% e 9,8%), principalmente móveis, ladrilhos de cerâmica, aparelhos para análises físicas ou químicas, aparelhos de iluminação, aparelhos de raios X, louça sanitária, relógios, assentos, aparelhos para medicina, pedra de cantaria ou de construção, serviços de mesa e outros ojectos de uso doméstico de cerâmica, vassouras, escovas e semelhantes mecânicas ou de uso manual, aparelhos vários de medida ou controlo, contas e imitações de pedras preciosas, osciloscópios, garrafas e outras embalagens de vidro, “Madeira. cortiça e papel” (5,3% e 5,6%), como caixas e outras embalagens de papel ou cartão, livros, brochuras e impressos, papel para fins domésticos ou sanitários, papel e cartão em tiras ou rolos, obras de marcenaria e carpintaria para construções, painéis de fibras de madeira e madeira contraplacada ou folheada.

Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupo “Têxteis e vestuário” (2,1% e 1,6%), com destaque para as roupas de cama, seguidas de vestuário diversificado, “Material de transporte terrestre e partes” (1,7% e 1,8%), principalmente partes e acessórios de veículos automóveis, reboques, veículos para o transporte de mercadorias e tractores, “Calçado, peles e couros” (0,9% e 0,8%), essencialmente calçado, malas, maletas e estojos para diversos fins, “Energéticos” (0,6% e 2,8%), principalmente óleos de motor, líquidos para transmissões hidráulicas e óleos lubrificantes, tendo sido praticamente nulo nos dois anos o movimento do grupo “Aeronaves, embarcações e partes”.

7 – São Tomé e Príncipe

7.1 - Balança Comercial

No período de Janeiro a Outubro de 2023, face ao período homólogo do ano anterior as importações portuguesas com origem em São Tomé e Príncipe decresceram de 2,1 para 0,4 milhões de Euros (-79,0%), tendo decrescido também as exportações, de 56 para 42 milhões de Euros (-25,1%).

7.2 - Importação

Nos primeiros dez meses de 2023 as principais importações incidiram no grupo “Minérios e metais” (59,2% e 9,6% no mesmo período do ano anterior), na sua quase totalidade constituído por desperdícios e resíduos de ferro ou aço, e também de cobre, alumínio e níquel, “Agro-alimentares” (19,4% e 85,1%), designadamente cacau em bruto ou torrado, baunilha, chocolate e potras preparações alimentícias contendo cacau (a importação em 2023 incidiu em sua grande parte no óleo de palma), “Químicos” (0,4% e 2,9%), exclusivamente obras de borracha vulcanizada e alguns produtos de beleza (essencialmente ácidos monocarboxílicos acíclicos no ano anterior). As importações dos restantes grupos foram de valor muito reduzido ou praticamente nulo.

7.3 - Exportação

De Janeiro a Outubro de 2023 as principais exportações portuguesas para São Tomé e Príncipe couberam ao grupo de produtos “Agro-alimentares” (45,7% em 2023 e 44,4% em 2022), principalmente vinhos, óleo de soja, farinha de trigo ou mistura com centeio, preparações para alimentação animal, águas minerais, legumes de vagem, secos ou em grão, cerveja, malte, enchidos, leite, produtos de padaria e pastelaria, iogurtes, massas alimentícias, produtos hortícolas preparados ou conservados, tomate preparado ou em conserva, carnes e miudezas, margarina, sumos de fruta, arroz e queijos, “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% e 16,1%), principalmente computadores e suas unidades, impressoras, aparelhos eléctricos de interrupção, seccionamento e protecção, aparelhos telefónicos, partes de máquinas e aparelhos diversos, grupos electrogéneos, fios e cabos eléctricos, acumuladores eléctricos, bombas para líquidos, monitores e projectores, refrigeradores e congeladores, aquecedores eléctricos, centrifugadores, dispositivos semicomdutores, transformadores eléctricos, partes de motores de pistão, aparelhos de ar condicionado e dispositivos de armazenamento de dados, “Químicos” (12,6% e 14,0%), principalmente sabões e produtos tensoactivos diversos, lavagem , medicamentos, tintas e vernizes, pneus novos, artigos de embalagem, rolhas, tampas, cápsulas tubos e acessórios e outras obras de plástico, soda e potassa cáustica, reagentes de diagnóstico, preparações para barbear, desodorizantes e outros produtos de perfumaria ou de toucador, matérias corantes e insecticidas, entre muitos outros, “Minérios e metais” (7,0% e 6,4%), como construções e suas partes em ferro, aço ou alumínio, sal, barras e perfis de ferro ou aço, guarnições e ferragens de metais comuns, cordas e cabos entrançados de alumínio para usos eléctricos, taxas, pregos, parafusos, porcas e semelhantes de ferro ou aço, utensílios de cozinha e outros de uso doméstico em ferro ou aço e ferramentas manuais, entre outros, “Produtos acabados diversos” (6,7% e 5,9%), muito diversificado, com destaque para móveis, ladrilhos de cerâmica, aparelhos para medicina, aparelhos de geodesia, topografia, agrimensura e outros, aparelhos de iluminação e assentos, “Madeira, cortiça e papel” (3,7% e 2,6%), principalmente impressos, estampas e gravuras, papel para fins domésticos ou sanitários, papel e cartão em rolos ou folhas, livros de escritório, blocos, agendas, cadernos e semelhantes, livros e brochuras, “Material de transporte terrestre e partes” (3,2% e 3,7%), em sua grande parte automóveis de passageiros, partes e acessórios de veículos automóveis, veículos de mercadorias e reboques, “Energéticos” (2,6% e 2,4%), designadamente óleos de motor, líquidos para transmissões hidráulicas, óleos para engrenagens e lubrificantes, “Têxteis e vestuário” (2,5% e 4,1%), com destaque para os artigos usados de matérias têxteis, ‘T-shirts’ de malha, sacos para embalagem e vestuário diverso de uso masculino, “Calçado, peles e couros” (0,5% e 0,4%), principalmente calçado, e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,2% e 0,0%), como partes de veículos aéreos e estruturas flutuantes.

 

ANEXO



terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Comércio Internacional de mercadorias - Série mensal - Janeiro-Outubro 2023

 

Comércio Internacional 
de mercadorias
- Série mensal -
(Janeiro-Outubro 2023)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Outubro de 2022, em versão definitiva, e de 2023, em versão preliminar, com última actualização em 11 de Dezembro, as exportações de mercadorias em 2023 decresceram, em termos homólogos, -1,0% (-642 milhões de Euros), a par de um decréscimo das importações de -3,6% (-3295 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos valores correspondentes os dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um decréscimo de -1,0% (-450 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros decrescido também ‑1,0% (-191 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +3,7% (+2299 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -19,8% (-5593 milhões de Euros). 

O défice comercial externo (Fob-Cif), -10,3% face a 2022, situou-se em -23011 milhões de Euros (inferior em 2653 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 2749 milhões no comércio intracomunitário e uma redução de 5402 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 71,8%, em 2022, para 73,8%, em 2023.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Outubro de 2023 o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 746 Euros/Ton, no mesmo período de 2022, para 581 Euros/Ton. 

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Novembro).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 11,9% no total das importações em 2023 e 6,6% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe em 2023 de 73,8%, no comércio global, para 78,2%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

No período em análise de 2023 as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,5% do Total, decresceram -1,0%, contribuindo com -0,7 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de -1,0%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,5% do Total), decresceram também -1.0%, com um contributo de -0,3 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações foram a Espanha (25,8%), a França (13,2%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,5%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,7%), a Itália (4,1%), os Países Baixos (3,6%), a Bélgica (2,5%), Angola (1,7%) e as Provisões de Bordo (1,5%), que representaram 74,5% do total.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2022, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise um decréscimo de -6,4% nas nossas exportações (-74,4 milhões de Euros).

Ocorreram decréscimos nos grupos de produtos “Agro-alimentares” (-54,6 milhões de Euros), Químicos (-28,0 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (-19,1 milhões), “Produtos acabados diversos” (-9,7 milhões), “Têxteis e vestuário” (-3,9 milhões) e “Calçado, peles e couros” (-2,8 milhões).

Os acréscimos incidiram nos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (+29,1 milhões de Euros), “Material de transporte terrestre e partes” (+9,0 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+2,7 milhões), “Minérios e metais” (+1,7 milhões) e “Energéticos” (+1,1 milhões de Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (-1,0%) pertenceram à França (+0,7 p.p.), a Marrocos (+0,4 p.p.), à China (+0,2 p.p.), à Roménia, Bélgica, Brasil, Suécia, Polónia, Provisões de Bordo e Eslováquia (+0,1 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam a Espanha (-0,7 p.p.), aos Países Baixos (-0,5 p.p.), à Itália (-0,3 p.p.), e aos EUA, Gibraltar e Prov. Bordo para Terceiros (-0,2 p.p. cada). 

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em França, seguidos dos da Roménia, Bélgica, Suécia, Polónia, Provisões de Bordo, Eslováquia e República Checa. Os maiores decréscimos ocorreram com a Espanha, Países Baixos, Itália, Finlândia, Dinamarca, Irlanda e Lituânia e Alemanha.

No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se Marrocos, a Argélia, o Japão, a China, os Emiratos Árabes Unidos, o Brasil e a Austrália.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os dos EUA, de Gibraltar, das Provisões de Bordo, do Reino Unido, da Argentina, do Panamá, de Israel, de Angola e da Noruega.

3.2 - Importações

No período de Janeiro a Outubro de 2023 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 74,1% do total, registaram um acréscimo de +3,7% e contribuíram com +2,5 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de -3,6%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -19,8% representando 25,9% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de -6,1 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2023 foram a Espanha (33,6% do Total), seguida da Alemanha (11,6%), da França (6,8%), dos Países Baixos (5,3%), da China (5,0%), da Itália (4,9%), do Brasil (3,8%), da Bélgica (3,1%), dos EUA (2,2%) e da Polónia (1,9%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 78,2% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (-3,9%), destacaram-se os da Irlanda (+0,9 p.p.), da Espanha, (+0,6 p.p.), da França (+0,5 p.p.), da Alemanha (+0,4 p.p.), da Polónia (+0,2 p.p.), seguidos da Suíça, Países Baixos e Ucrânia (+0,1 p.p. cada).

Os principais contributos negativos incidiram nos EUA (-1,0 p.p.), Brasil (-0,7 p.p.), Nigéria (-0,5 p.p.), Azerbaijão (-0,4 p.p.), e Federação Russa, Turquia e China (-0,3 p.p. cada).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor das importações com origem intracomunitária (chegadas) e nos Países Terceiros, entre o período de Janeiro a Outubro de 2023 e de 2022.


4 – Saldos da Balança Comercial        

No período de Janeiro a Outubro de 2023, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+2622 milhões de Euros), aos EUA (+2289 milhões), ao Reino Unido (+2086 milhões), a Angola (+903 milhões) e a Marrocos (+459 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-12800 milhões de Euros), seguida da China (-3751 milhões), da Alemanha (‑3104 milhões), do Brasil (-2504 milhões) e dos Países Baixos (-2354 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

No período de Janeiro-Outubro de 2023, os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do Total e +857 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (13,6% e -383 milhões), “Agro-alimentares” (13,6% e +470 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (12,5% e +656 milhões) e “Minérios e metais” (10,2% e -345 milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,8% e +477 milhões), “Têxteis e vestuário” (7,7% e -258milhões), “Madeira cortiça e papel” (6,9% e -668 milhões), “Energéticos” (6,6% e -1335 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,1% e -88 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -25 milhões de Euros).

5.2 – Importações

Em 2023 os grupos de produtos com maior peso foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,7% do Total e +404 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (17,5% e -276 milhões), “Agro-alimentares” (15,5% e +862 milhões), “Energéticos” (11,9% e ‑5357 milhões) e “Material de transporte terrestre e partes” (11,8% e +2101 milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,0% e -572 milhões de Euros),  “Produtos acabados diversos” (6,0% e +181 milhões), “Têxteis e vestuário” (5,0% e -274 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,0% e -282 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,8% e -3 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7% e -81 milhões de Euros).

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no período em análise de 2023 a primeira posição em 7 dos 11 grupos de produtos com 25,8% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (3ª posição, depois das Provisões de Bordo Extra-UE e dos EUA), “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3ª posição, precedida do Brasil e da França).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,2%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,5%), o Reino Unido e Irl NT (4,7%), a Itália (4,1%), os Países Baixos (3,6%), a Bélgica (2,5%), Angola (1,7%) e Provisões de Bordo P.Terceiros (1,5%).

Estes dez destinos representaram 74,5% da exportação total.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 33,6% do total.

A excepção foi o grupo ““Aeronaves, embarcações e partes” (4º lugar, depois da Alemanha, do Brasil e dos EUA).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,6%), a França (6,8%), os Países Baixos (5,3%), a China (5,0%), a Itália (4,9%), o Brasil (3,8%), a Bélgica (3,1%), os EUA (2,2%) e a Polónia (1,9%).

Estes dez países cobriram 78,2% da importação total.

 

 7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2023                       face a 2022, por meses homólogos não acumulados




Alcochete, 12 de Dezembro de 2023.

ANEXO