quarta-feira, 26 de julho de 2017

Série mensal - Maio 2017 - Comércio Internacional


Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado de Janeiro a Maio de 2017

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1 - Balança comercial

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Julho de 2017, no período de Janeiro a Maio de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +13,3% face ao mesmo período do ano anterior (+3975 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +16,3% (+2696 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +9,2% (+1445 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresceram +27,0% (+1251 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +12,2% (+2338 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +31,0% (+1637 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +31,2%, ao situar-se em -5382 milhões de Euros (um acréscimo de 1279 milhões, cabendo 893 milhões ao comércio intracomunitário e 386 milhões ao extracomunitário).
Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações nos cinco primeiros meses do ano desceu de 83,2%, em 2016, para 81,0%, em 2017.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor médio unitário de importação do petróleo, que nos cinco primeiros meses de 2016 se situou em 244 Euros/Ton, subiu para 361 Euros/Ton em 2017.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (a figura inclui já o câmbio de Junho).



Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,6% e 7,5% no período de Janeiro-Maio de 2017), o grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações dos restantes produtos desce nesse período de 86,2% para 84,8%.

2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período acumulado de Janeiro a Maio de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,4% do total (77,2% em 2016), cresceram em valor +9,2%, contribuindo com +7,1 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +13,3%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,6% do total em 2017 (22,8% em 2016), registaram um crescimento em valor de +27,0%, contribuindo com +6,2 p.p. para a taxa de crescimento global. 


Os principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,8%), a França (12,6%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,3%), os Países Baixos (3,9%), a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%), Marrocos (1,5%) e a China (1,5%), conjunto de países que absorveu 77,7% das nossas exportaçõesAngola, o segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos EUA, que vinha apresentando no passado recente sucessivos decréscimos nas exportações da quase totalidade dos grupos de produtos, em termos homólogos, registou nos cinco primeiros meses do ano um aumento global de +47,3%, com decréscimos em três dos grupos, designadamente “Energéticos” (-27,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (-8,6%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-94,1%), principalmente barcos de pesca.

Entre os trinta principais países de destino, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+13,3%), couberam a Espanha (+2,6 p.p.), EUA (+1,5 p.p.), Angola (+1,2 p.p.), França (+1,1 p.p.), China e Países Baixos  (+0,7 p.p. cada), Alemanha e Itália (0,6 p.p. cada) e Brasil (+0,5 p.p.). Os maiores contributos negativos couberam à Argélia (-0,6 p.p.) e a Moçambique e Áustria (-0,1 p.p. cada).

O maior acréscimo do valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido a grande distância pela França, Países Baixos, Alemanha, Itália e Provisões de Bordo. Com menor expressão alinharam-se o Reino Unido, a Bélgica, a Polónia, o Luxemburgo, a Roménia, a Eslováquia, Finlândia e a Dinamarca. O maior decréscimo coube à Áustria.


Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para os EUA, Angola, China, Brasil, Marrocos, Taiwan, Gabão, Gibraltar, México e Suíça.
Entre os maiores decréscimos figuram a Argélia, Moçambique, Ghana, Macau, Egipto e Togo.

3.2 - Importações
No período de Janeiro a Maio de 2017, as importações com origem na UE (chegadas), que representaram 75,6% do total (78,4% em 2016), contribuíram com +9,6 p.p., para uma taxa de crescimento global de +16,3%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +31,0%, representando 24,4% do total (21,6% no período homólogo de 2016), com um contributo para o crescimento de +6,7 p.p..
Os principais mercados de origem das importações nos cinco primeiros meses do ano foram a Espanha (31,3%), a Alemanha (13,8%) e a França (7,5%). Seguiram-se a Itália (5,4%), os Países Baixos (5,2%), a China e o Reino Unido (2,8% cada), a Bélgica (2,7%), a Federação Russa (2,6%), os EUA (1,7%) e o Brasil (1,6%), conjunto de países que representou 77,4% das nossas importações totais.


Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+16,3%) destacam-se a Espanha (+3,8 p.p.), a Alemanha (+2,2%) e a Federação Russa (+1,9 p.p.). Seguiram-se os Países Baixos (+0,9 p.p.), a Itália e a França (+0,7 p.p. cada), a Arábia Saudita (+0,6 p.p.), os EUA (+0,5 p.p.) e a Turquia (+0,4 p.p.).


Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-0,6 p.p.), à Argélia (‑0,4 p.p.) e, com cerca de -0,1 p.p. cada, ao Brasil, Irlanda e República Checa.
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores decréscimos e acréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.




4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif) coube a França (+761 milhões de Euros), seguido dos EUA (+750 milhões), do Reino Unido (+737 milhões), de Angola (+616 milhões) e de Marrocos (+287 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-2959 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑1313 milhões), da Itália (‑697 milhões), da Rússia (‑664 milhões) e dos Países Baixos (-561 milhões de Euros).


5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2) em uso na União Europeia, foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).
Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias, representando 80,3% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total, com uma taxa de variação homóloga de +14,0%), “Químicos” (13,0% e TVH +12,1%), “Agro-alimentares” (12,3% e TVH +15,8%) “Material de transporte terrestre e partes” (10,9% e TVH +7,8%), “Têxteis e vestuário” (9,7% e TVH +4,0%), “Minérios e metais” (9,6% e TVH +15,8%) e “Produtos acabados diversos” (9,4% e TVH +9,9%).
Registaram-se acréscimos em valor, em termos homólogos, em todos os grupos de produtos. Os maiores aumentos, em Euros, ocorreram nos grupos “Energéticos” (+667 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+437 milhões), “Agro-alimentares” (+386 milhões), “Químicos” (+323 milhões) e “Minérios e metais ” (+302 milhões de Euros).



5.2 – Importações
No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,5% do total, foram “Químicos” (16,5% do total, com taxa de variação homóloga em valor de +9,0%), “Máquinas, aparelhos e partes” (16,4%, TVH +19,0%), “Agro-alimentares” (15,1% e TVH +13,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,9% e TVH +11,3%) e “Energéticos” (11,6% e +58,6%).
Os maiores acréscimos, em Euros, couberam aos grupos “Energéticos” (+1220 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+745 milhões), “Agro-alimentares” (+461 milhões), “Minérios e metais” (+454 milhões), “Químicos” (+386 milhões de Euros) e “Material de transporte terrestre e partes” (+371 milhões de Euros). O único grupo em que se registou uma quebra, de pouca monta aliás, foi “Calçado, peles e couros” (-9 milhões de Euros).




6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou em 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,8% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (3ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição).

Seguiram-se no “ranking” a França (12,6%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,3%), os Países Baixos (3,9%) a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%) e Marrocos (1,5%). Estes dez países cobriram 76,0% das exportações totais.

6.2 – Importações


Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar também em oito dos onze grupos de produtos, com 31,3% do total, sendo as excepções os grupos “Energéticos”, em 2º lugar, depois da Rússia, “Material de transporte terrestre e partes”, 2ª posição, depois da Alemanha, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 5º lugar, antecedida de Singapura, EUA, Brasil e Canadá.
Seguiram-se a Alemanha (13,8%), a França (7,5%), a Itália (5,4%), os Países Baixos (5,2%), a China e o Reino Unido (2,8% cada), a Bélgica (2,7%), a Rússia (2,6%) e os EUA (1,7%). Estes dez países cobriram 75,8% das importações totais.




   25 de Julho de 2017











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