sábado, 13 de março de 2021

 

Comércio Internacional de mercadorias
de Portugal com Espanha
(2016 a 2019)
( Disponível para download >> aqui )
1 – Nota introdutória

A Espanha é o principal parceiro de Portugal em ambas as vertentes comerciais, tendo sido em 2020 a origem de 32,6% das importações globais de mercadorias e o destino de 25,4% das exportações. 

Por sua vez, em 2020 Portugal ocupou a 7ª posição no “ranking” dos fornecedores de mercadorias a Espanha (4,1%), precedido da Alemanha, China, França, Itália, EUA e Países Baixos, e o 4º lugar entre os principais destinos das exportações espanholas (7,2%), depois da França, Alemanha e Itália.

De acordo com dados para 2017 constantes da publicação do AICEP “Espanha, as Comunidades Autónomas (Julho 2018)”, com dados de base de fonte ICEX-España Exportación e Inversiones, as Comunidades Autónomas de Espanha que registaram as maiores quotas de importação de mercadorias portuguesas foram Madrid (17,6%), a Galiza (17,4%) e a Catalunha (14,6%). Seguiram-se a Andaluzia (9,2%), a Comunidade Valenciana (8,6%) e Castela e Leão (5,9%).

Pretende-se neste trabalho avaliar, com algum detalhe, a evolução das chegadas e das expedições de mercadorias de e para Espanha (que designaremos respectivamente por importações e exportações) nos últimos cinco anos (2016-2020).

Para a análise da evolução das importações e exportações por produtos transaccionados foram estes agregados em 11 Grupos de Produtos, cujo conteúdo, em termos de Nomenclatura Combinada, se encontra definido em Anexo.

2 – Balança Comercial

A Balança Comercial de mercadorias de Portugal com Espanha é deficitária, tendo o saldo oscilado ao longo dos últimos cinco anos entre -7,4 mil milhões de Euros em 2016 e -9,6 mil milhões em 2019 (-8,5 mil milhões em 2020), com um grau de cobertura das importações pelas exportações em torno de 61%. 


O ritmo de 'crescimento' das importações ao logo do último quinquénio, face aos níveis de 2016, foi superior ao das exportações.

3 – Importações

O grupo de produtos com maior peso nas importações portuguesas originárias de Espanha é “Agro-alimentares”, sempre acima de 20% na estrutura ao longo dos últimos cinco anos (22,4% em 2020).

Alinharam-se depois, em 2020, os grupos “Químicos” (16,4%), “Máquinas, aparelhos e partes” (14,4%), “Minérios e metais” (11,1%) e “Material de transporte terrestre e partes” (10,7%). Com pesos inferiores a 10% seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (7,9%), “Têxteis e vestuário” (5,6%), “Madeira, cortiça e papel” (5,4%), “Energéticos” (4,5%), “Calçado, peles e couros” (1,7%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,1%).


No quadro seguinte relacionam-se as principais importações nos últimos dois anos, por grupos de produtos, desagregadas por Capítulos da Nomenclatura Combinada e divididas por acréscimos e decréscimos em valor.

Nos gráficos seguintes encontra-se representada, por grupos de produtos, a variação em valor das importações originárias de Espanha ao longo do último quinquénio (2016=100), sendo particularmente notória uma quebra generalizada em 2020, face ao ano anterior.

4 – Exportações

O grupo com maior peso nas exportações é também aqui o dos produtos “Agro-alimentares”. Representando 17,5% do Total entre 2016 e 2018, o seu peso desceu no ano seguinte para 17,1%, para se situar em 18,7% em 2020.

Seguiram-se neste ano os grupos “Material de transporte terrestre e partes” (14,9%), “Químicos” (13,3%), “Minérios e metais” (12,0%), “Máquinas, aparelhos e partes” (10,6%), “Têxteis e vestuário” (8,9%), “Produtos acabados diversos” (8,7%), “Madeira, cortiça e papel” (7,2%), “Energéticos” (4,1%), “Calçado, peles e couros” (1,4%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,2%).

No quadro seguinte encontram-se relacionadas as principais exportações efectuadas nos últimos dois anos, por grupos de produtos, desagregadas por Capítulos da Nomenclatura Combinada e divididas por acréscimos e decréscimos em valor.

Nos gráficos seguintes encontra-se representado, por grupos de produtos, o ritmo de 'crescimento' em valor das exportações portuguesas para Espanha ao longo dos últimos cinco anos (2016=100), sendo de referir que os dois únicos grupos que em 2020 não registaram uma quebra face ao ano anterior foram “Agro-alimentares” e “Máquinas, aparelhos e partes”.



5 – Quotas de Espanha no comércio

       internacional de Portugal 


Alcochete, 12 de Março de 2021.

ANEXO






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