sexta-feira, 26 de maio de 2017

Níveis de intensidade tecnológica - Export / Import 2012 a 2016


Exportações e Importações anuais
de produtos industriais transformados
por níveis de intensidade tecnológica
- 2012 a 2016 -

"Publicação disponível para download > aqui"


1 - Nota introdutória

A evolução do nível de intensidade tecnológica dos produtos transaccionados nas duas vertentes comerciais, a que corresponde um maior ou menor valor acrescentado, tem um reflexo directo na balança comercial do país sendo, no caso da exportação, um importante indicador de desenvolvimento industrial.

Pretende-se aqui analisar, a partir de dados de base divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva para os anos de 2012 a 2015 e versão preliminar para 2016, com última actualização em 10 de Maio de 2017, a evolução anual das exportações e importações portuguesas de produtos industriais transformados na óptica do seu nível de intensidade tecnológica.

2 – Metodologia

Os níveis de intensidade tecnológica considerados neste trabalho são os propostos pela OCDE, definidos com base na Revisão 3 da “International Standard Industrial Classification” (ISIC Rev.3-Alta, 2423, 30, 32 33, 353; Média-alta, 24 excl.2423, 29, 31, 34, 352, 359; Média-baixa, 23, 25 a 28, 351; Baixa, 15 a 22, 36 e 37).

A partir da tabela de correspondência entre as posições de produtos da ISIC Rev.3 e as da “Classificação Tipo do Comércio Internacional” (CTCI / SITC Rev.3), da ONU, disponível no portal do Eurostat, foi por sua vez feita a correspondência entre esta e a "Nomenclatura Combinada" a oito dígitos em uso na União Europeia (NC-8), para o ano de 2007.

Tomando-se depois em consideração as sucessivas alterações pautais anualmente introduzidas à "Nomenclatura Combinada", foi finalmente construída uma tabela que abrange o período de 2007 a 2016, utilizada na elaboração do presente trabalho.


3 – Balança comercial de produtos industriais transformados, 
por níveis de intensidade tecnológica

No período de 2012 a 2016, o saldo (Fob-Cif) da balança comercial portuguesa de produtos industriais transformados apenas foi positivo em 2013, num montante de 802 milhões de Euros).

Ao longo deste período, foi sempre negativo o saldo da balança de Alta tecnologia e de Média-alta tecnologia. Por sua vez, foi nos cinco anos favorável a Portugal o saldo da balança de Média-baixa tecnologia e de Baixa tecnologia.
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4 – Exportação de produtos industriais transformados 
por níveis de intensidade tecnológica

O peso dos produtos industriais transformados na exportação global portuguesa oscilou, no período de 2012 a 2016, entre 94,5% e 94,6%.


Numa análise por níveis de intensidade tecnológica, verifica-se que predominou nestas exportações o conjunto dos produtos de Baixa tecnologia, que em 2016 representou 38,2% das exportações de produtos industriais transformados, seguido dos de Média-alta tecnologia, com 29,3%, de Média-baixa tecnologia, com 23,7% e de Alta tecnologia, com 8,9%. 

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Na Alta tecnologia, onde incidiu o 2º maior acréscimo entre 2012 e 2016, encontram-se incluídos, por ordem decrescente do seu peso em 2016, o “Equipamento de rádio, TV e comunicações”, os “Produtos farmacêuticos”, os “Instrumentos médicos, ópticos e de precisão”, os produtos da “Aeronáutica e aeroespacial” e o “Equipamento de escritório e computação”.

A Média-alta tecnologia engloba os “Veículos a motor, reboques e semi-reboques”, as “Máquinas e equipamentos, principalmente não eléctricos”, os “Produtos químicos, excepto farmacêuticos”, as “Máquinas e aparelhos eléctricos” e o “Equipamento ferroviário e outro equipamento de transporte”.

Na Média-baixa tecnologia perfilam-se, por ordem decrescente de valor em 2016, os “Produtos da borracha e do plástico”, os “Refinados de petróleo, petroquímica e combustível nuclear”, a “Fabricação de produtos metálicos, excluindo máquinas e equipamentos”, os “Produtos minerais não metálicos”, a “Metalurgia de base” e, com pouca expressão, a “Construção e reparação naval”.
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Por fim, na Baixa tecnologia alinham-se os “Têxteis, vestuário, couros e calçado”, os “Produtos alimentares, bebidas e tabaco”, a “Pasta, papel, cartão e publicações”, as “Manufacturas não especificadas e reciclagem” e a “Madeira e produtos da madeira e cortiça”

Constata-se que no período em análise o maior ritmo de crescimento das exportações de produtos industriais transformados coube aos produtos de Alta tecnologia (136,1% em 2016, com 2012=100), com alguma desaceleração em 2013 e um forte acréscimo em 2016 sobre 2015 (+25,4%), seguida da Baixa Tecnologia (122,9%). 

Em 2016, face a 2012, as exportações de Alta tecnologia aumentaram 1120 milhões de Euros, cabendo 399 milhões à componente “Instrumentos médicos, ópticos e de precisão”, 391 milhões a “Produtos farmacêuticos”, 241 milhões a “Aeronáutica e aeroespacial”, e 97 milhões a “Equipamento de rádio, TV e comunicações”, tendo-se verificado uma quebra de 7 milhões de Euros na componente “Equipamento de escritório e computação”.


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O segundo maior ritmo, sustentado ao longo dos últimos cinco anos, ocorreu no âmbito da Baixa tecnologia (122,9% em 2016, com 2012=100).

5 – Principais mercados de destino em 2015 e 2016 
por níveis de intensidade tecnológica

Como já foi referido, o peso dos produtos industriais transformados na exportação global portuguesa oscilou, ao longo dos últimos cinco anos, entre 94,5% e 94,6%.

Em 2016, face ao ano anterior, aumentaram os pesos das exportações de produtos de Alta tecnologia em relação ao conjunto dos produtos industriais transformados, de 7,2% para 8,9%, e de Baixa tecnologia, de 37,3% para 38,3%, tendo-se reduzido o peso dos de Média-alta tecnologia, de 29,6% para 28,9%, e de Média-baixa tecnologia, de 25,8% para 23,9%.



O principal destino dos produtos industriais transformados é o espaço intracomunitário, tendo o seu peso aumentado em todos os níveis de intensidade tecnológica de 2015 para 2016.

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Os mercados dominantes em 2016 foram a Espanha (25,1% do total dos produtos industriais transformados), seguida da França (13,0%), Alemanha (12,1%), Reino Unido (7,2%) e EUA (5,2%).

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Por níveis de intensidade tecnológica nos fornecimentos de produtos de Alta tecnologia predominou a Alemanha (22,3% do total), seguida do Reino Unido (10,8%), Espanha (10,0%) e EUA (9,9%).

Nos restantes três níveis a primeira posição coube folgadamente a Espanha.

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6 – Importação de produtos industriais transformados, 
por níveis de intensidade tecnológica

O peso dos produtos industriais transformados na importação global portuguesa cresceu sustentadamente entre 2012 e 2016, passando de 76,1% para 84,8%.



Por níveis de intensidade tecnológica, verifica-se que predominou nestas exportações o conjunto dos produtos de Média-alta tecnologia, que em 2016 representou 39,4% das exportações totais de produtos industriais transformados, seguido dos de Baixa tecnologia, com 29,2%, de Alta tecnologia, com 16,0% e de Média-baixa tecnologia, com 15,5%.

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Na Alta tecnologia encontram-se incluídos, por ordem decrescente do seu peso em 2016, os “Produtos farmacêuticos”, o “Equipamento de rádio, TV e comunicações”, os “Instrumentos médicos, ópticos e de precisão”, o “Equipamento de escritório e computação” e os produtos da “Aeronáutica e aeroespacial”.
Na Média-alta tecnologia alinham-se os “Veículos a motor, reboques e semi-reboques”, os “Produtos químicos, excepto farmacêuticos”, as “Máquinas e equipamentos, principalmente não eléctricos”, as “Máquinas e aparelhos eléctricos” e o “Equipamento ferroviário e outro equipamento de transporte”.
Na Média-baixa tecnologia perfilam-se, por ordem decrescente de valor em 2016, a “Metalurgia de base”, os “Produtos da borracha e do plástico”, a “Fabricação de produtos metálicos, excluindo máquinas e equipamentos”, os “Refinados de petróleo, petroquímica e combustível nuclear”, os “Produtos minerais não metálicos” e, com pouca expressão, a “Construção e reparação naval”.
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Na Baixa tecnologia alinham-se os “Produtos alimentares, bebidas e tabaco”, os “Têxteis, vestuário, couros e calçado”, as “Manufacturas não especificadas e reciclagem”, a “Pasta, papel, cartão e publicações” e a “Madeira e produtos da madeira e cortiça”.

No período em análise os maiores ritmos de crescimento das importações de produtos industriais transformados couberam aos produtos de Média-alta tecnologia (131,4% em 2016, com 2012=100), Alta tecnologia (125,1%) e Baixa tecnologia (120,2%). À excepção da Alta tecnologia em 2013, em que se verificou alguma desaceleração, estes acréscimos foram sustentados ao longo dos últimos cinco anos.



terça-feira, 16 de maio de 2017

Contributos para as exportações - Jan-Mar 2017





Contributos dos grupos de produtos 
e principais mercados de destino 
para a evolução das exportações de mercadorias

- Janeiro a Março 2017 -

(Publicação disponível para download > aqui)

1 - Nota introdutória

Pretende-se neste trabalho identificar, de uma forma expedita, através de um conjunto de quadros e gráficos, os contributos dos grupos de produtos (ver Anexo) e principais mercados de destino para a evolução global das exportações portuguesas de mercadorias, bem como os contributos dos mercados de destino dominantes ao nível de cada grupo de produtos.

Os dados de base constam do portal do Instituto Nacional de Estatística (INE) e reportam-se ao período acumulado de Janeiro a Março de 2017 e período homólogo do ano anterior, em versões preliminares com última actualização em 10 de Maio de 2017.

2 - Contributos dos grupos de produtos

No 1º trimestre de 2017 os grupos de produtos que registaram maior peso foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total), “Químicos” (13,1%), “Agro-alimentares” (11,9%), “Material de transporte terrestre e partes” (10,6%). Seguiram-se “Têxteis e vestuário” (9,9%), “Minérios e metais” (9,7%), “Produtos acabados diversos” (9,2%), “Energéticos” (7,7%), “Madeira, cortiça e papel” (7,5%) e, a maior distância, “Calçado, peles e couros” (4,4%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7%).

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Os maiores acréscimos medidos em Euros, face ao 1º trimestre do ano anterior, ocorreram nos grupos “Energéticos” (+459 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (+342 milhões), “Químicos” (265 milhões), “Agro-alimentares” (+262 milhões) e “Minérios e metais” (+251 milhões de Euros).

Os maiores contributos positivos para a taxa de crescimento das exportações (+17,1%) couberam, em pontos percentuais, aos grupos “Energéticos” (+3,8 p.p.), “Máquinas, aparelhos e partes” (+2,9 p.p.), “Químicos” e “Agro-alimentares” (+2,2 p.p. cada), “Minérios e metais” (+2,1 p.p.), “Material de transporte terrestre e partes” e “Produtos acabados diversos” (+1,1 p.p. cada), a que se seguiram “Têxteis e vestuário” (+0,8 p.p.), “Calçado, peles e couros” (+0,4 p.p.), “Aeronaves, embarcações e partes” (+0,3 p.p.) e “Madeira, cortiça e papel” (+0,2 p.p.).


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Do quadro seguinte consta a evolução das exportações por grupos e subgrupos de produtos no 1º trimestre de 2017, face ao homólogo do ano anterior, os contrubutos dos grupos para o total e dos subgrupos para o grupo respectivo.

De assinalar que entre os 38 subgrupos de produtos considerados, apenas num, “Madeira e suas obras”, se verificou uma pequena quebra em valor (-2,2%).



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3 - Contributos dos principais mercados de destino a nível global

Vinte mercados, sendo 13 comunitários e 7 do espaço extracomunitário (incluindo as Provisões de Bordo Intra e Extra-comunitárias), foram o destino de cerca de 86% das exportações portuguesas no primeiro trimestre de 2017.


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No período em análise destacaram-se a Espanha, a França, a Alemanha, o Reino Unido, os EUA, os Países Baixos e a Itália, seguidos de Angola, Bélgica, Marrocos, Brasil, Polónia, Suíça, Suécia, Provisões de Bordo de Países Terceiros, Roménia, Irlanda, Dinamarca, Turquia e Provisões de Bordo intracomunitárias.


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Como se pode observar no gráfico acima, os maiores contributos para a taxa de crescimento das exportações neste primeiro trimestre do ano face ao trimestre homólogo do ano anterior (+17,1%), couberam a Espanha (+3,9 pontos percentuais), seguida dos EUA (+2,2 p.p.), França e Alemanha (+1,3 p.p. cada), Angola (+1,2 p.p.), Itália (+0,8 p.p.), Reino Unido, Países Baixos e Brasil (+0,5 p.p. cada).

Os maiores ritmos de crescimento incidiram nos fornecimentos de Provisões de Bordo, tanto no espaço Extra como Intracomunitário (+61,9% e +60,9% respectivamente), EUA (+51,6%), Angola (+48,3%), Brasil (+45,9%) e Roménia (+45,0%).

No período em análise, face ao período homólogo do ano anterior, verificou-se um acréscimo de +2041 milhões de Euros nas exportações nacionais. Os maiores aumentos verificaram-se em Espanha (+466 milhões de Euros), EUA (+262 milhões), França (+158 milhões), Alemanha (+155 milhões), Angola (+146 milhões) e Itália (+94 milhões).

Entre os vinte principais mercados de destino, o único decréscimo verificou-se na Suécia (-6 milhões de Euros).


4 - Contributos dos principais mercados de destino, por grupo de produtos

Seguem-se quadros e gráficos com os contributos dos vinte principais mercados de destino em cada grupo de produtos. Estes quadros incluem também, para cada um dos mercados, os valores dos fornecimentos, a taxa de variação homóloga e o seu peso no grupo em cada um dos períodos.
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4.1 – Agro-alimentares

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4.2 – Energéticos

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4.3 - Químicos

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4.4 - Madeira, cortiça e papel

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4.5 - Têxteis e vestuário

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4.6 - Calçado, peles e couros

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4.7 - Minérios e metais

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4.8 - Máquinas, aparelhos e partes

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4.9 - Material de transporte terrestre e partes

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4.10 - Aeronaves, embarcações e partes

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4.11 - Produtos acabados diversos

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sexta-feira, 12 de maio de 2017

Série mensal - Mar 2017 - Comércio internacional


Comércio internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado de Janeiro a Março de 2017

(Publicação disponível para download > aqui)

1 - Balança Comercial

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Maio de 2017, as exportações de mercadorias no período de Janeiro a Março de 2017 cresceram em valor +17,1% face ao mesmo mês do ano anterior (+2041 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +15,3% (+2195 milhões de Euros). 

As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +12,4% (+1152 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresceram +33,2% (+889 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +12,5% (+1401 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +25,3% (+794 milhões de Euros). 

Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo aumentou +6,3%, ao situar-se o saldo (Fob-Cif) em -2593 milhões de Euros (um acréscimo de 249 milhões no comércio intracomunitário e de 95 milhões no extracomunitário). 

Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações neste primeiro trimestre do ano subiu de 83,0%, em 2016, para 84,4%, em 2017.
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A variação do preço de importação do petróleo bruto repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor médio unitário mensal de importação do petróleo, que nos três primeiros meses de 2016 se situou em 224 Euros/Ton, subiu para 370 Euros/Ton no primeiro trimestre do ano corrente.



Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros
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Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da Nomenclatura Combinada), o grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações dos restantes produtos sobe de 84,4% para 88,3%.
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2 - Evolução mensal

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3 - Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

No período acumulado de Janeiro a Março de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,5% do total (77,6% em 2016), cresceram em valor +12,4%, contribuindo com +9,6 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +17,1%. 

As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,5% do total em 2017 (22,4% em 2016), registaram um crescimento em valor de +33,2%, contribuindo com +7,4 p.p. para a taxa de crescimento global.

Os principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,9%), a França (12,6%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,7%), os EUA (5,5%), os Países Baixos (3,9%), a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,5%), a China (1,5%) e Marrocos (1,4%), conjunto de países que absorveu 78,1% das nossas exportações. Angola, o segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos EUA, envolta numa crise financeira na sequência da descida do preço do petróleo, a sua principal fonte de receita, que vinha apresentando sucessivos decréscimos, em termos homólogos, nas exportações da quase totalidade dos onze grupos de produtos considerados, registou neste primeiro trimestre apenas uma taxa de variação homóloga negativa, designadamente na área das aeronaves e embarcações.
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Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações (+17,1%), couberam a Espanha (+3,9 p.p.), EUA (+2,2 p.p.), França e Alemanha (1,3 p.p. cada), Angola (+1,2 p.p.), Itália (0,8 p.p.), China (+0,6 p.p.), Reino Unido, Países Baixos e Brasil (+0,5 p.p. cada).
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O maior acréscimo do valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido a grande distância pela França e Alemanha e, com menor expressão, pela Itália, Reino Unido, Países Baixos, Provisões de Bordo, Roménia, Luxemburgo, Irlanda, Finlândia e Polónia. Os maiores decréscimos, pouco expressivos, couberam à Áustria e à Suécia.


Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para os EUA, Angola, China, Brasil, Gibraltar, Provisões de Bordo, Gabão, Marrocos, México e Suíça. 

Entre os maiores decréscimos figuram a Argélia, Moçambique o Egipto e Ghana.
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3.2 - Importações

No período de Janeiro a Março de 2017, as importações com origem na UE (chegadas), que representaram 76,3% do total (78,2% em 2016), contribuíram com +9,7 p.p., para uma taxa de crescimento global de +12,5%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +25,3%, representando 23,7% do total (21,8% em 2016), com um contributo para o crescimento de +5,5 p.p..
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Os dez principais mercados de origem das importações nos três primeiros meses do ano foram a Espanha (31,5%), a Alemanha (13,9%) e a França (7,8%). Seguiram-se a Itália e os Países Baixos (5,3% cada), a Federação Russa (3,1%), o Reino Unido e a China (2,9% cada), a Bélgica (2,8%) e os EUA (1,8%), conjunto de países que representou 77,3% das nossas importações totais.

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Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+15,3%) destacam-se a Espanha (+3,67 p.p.), Federação Russa (+3,15 p.p.) e a Alemanha (+2,48 p.p.). Seguiram-se os Países Baixos (+0,99 p.p.), a França (+0,90 p.p.), os EUA (+0,54 p.p.), a Itália (+0,52 p.p,), a Turquia (+0,44 p.p.), a Bélgica e o Cazaquistão (+0,31 p.p. cada).


Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-1,07 p.p.), à Argélia (-0,63 p.p.), e à Irlanda (-0,16 p.p.). 

Nas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.

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4 - Saldos da Balança Comercial

No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (fob-cif) coube aos EUA (+474 milhões de Euros), seguido da França (+466 milhões), do Reino Unido (+455 milhões), de Angola (+387 milhões) e de Marrocos (+153 milhões de Euros). 

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-1598 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑731 milhões), da Rússia (‑465 milhões), da Itália (‑369 milhões) e dos Países Baixos (-329 milhões de Euros).

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5 - Evolução das Exportações e das Importações por grupos de produtos

5.1 - Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2) em uso na União Europeia (coincidentes com o Sistema Harmonizado – SH/HS) foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo). 

Os grupos com maior peso nas exportações portuguesas de mercadorias, representando 70,6% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total, com uma taxa de variação homóloga de +18,9%), “Químicos” (13,1% e TVH +16,8%), “Agro-alimentares” (11,9% e TVH +18,6%) “Material de transporte terrestre e partes” (10,6% e TVH +10,0%), “Têxteis e vestuário” (9,9% e TVH +7,3%) e “Minérios e metais” (9,7% e TVH +22,7%). 

No período em análise registaram-se acréscimos em termos homólogos em todos os grupos de produtos. Os maiores acréscimos, em Euros, ocorreram nos grupos “Energéticos” (+459 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+342 milhões), “Químicos” (+265 milhões), “Agro-alimentares” (+262 milhões) e “Minérios e metais” (+251 milhões de Euros).

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5.2 - Importações

No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações portuguesas de mercadorias, representando 73,1% do total, foram “Químicos” (16,9% do total, com taxa de variação homóloga em valor de +9,3%), “Máquinas, aparelhos e partes” (16,5%, TVH +18,9%), “Agro-alimentares” (14,6% e TVH +8,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,3% e TVH +16,2%) e “Energéticos” (11,8% e +56,1%). 

Os maiores acréscimos, em Euros, couberam aos grupos “Energéticos” (+700 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+435 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+307 milhões), “Minérios e metais” (+263 milhões), “Químicos" (+238 milhões de Euros) e “Agro-alimentares” (+188 milhões de Euros).

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6 - Mercados por grupos de produtos

6.1 - Exportações

Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou em 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,9% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3ª posição).


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Seguiram-se no “ranking” a França (12,6%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,7%), os EUA (5,5%), os Países Baixos (3,9%) a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,5%) e a China (1,5%). Estes dez países cobriram 76,6% das exportações totais.

6.2 - Importações

Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar também em oito dos onze grupos de produtos, com 31,5% do total, sendo as excepções os grupos “Energéticos”, em 2º lugar, depois da Rússia, “Material de transporte terrestre e partes”, 2ª posição, depois da Alemanha, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 4º lugar, antecedida dos EUA, Brasil e França.

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Seguiram-se a Alemanha (13,9%), a França (7,8%), a Itália e os Países Baixos (5,3% cada), a Rússia (3,1%), o Reino Unido e a China (2,9% cada), a Bélgica (2,8%) e os EUA (1,8%). Estes dez países cobriram 77,1% das importações totais.