domingo, 29 de dezembro de 2019

Comércio Portugal-Alemanha (2014-2018 e Jan-Out 2018-2019)


Comércio internacional de mercadorias
de Portugal com a Alemanha
2014-2018
Janeiro-Outubro 2018-2019

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1 – Nota introdutória
A Alemanha encontra-se entre os três principais parceiros comerciais de Portugal, tendo sido em 2018 o 2º maior mercado de origem das importações, com 13,9% do total, precedida da Espanha (31,4%), e o 3º principal mercado de destino, com 11,4% do total das exportações, depois da Espanha (25,4%) e da França (12,7%).
Em 1985, ano anterior à adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), o peso da Alemanha nas importações e nas exportações globais era respectivamente de 11,5% e 13,7%, pesos que em 2018 praticamente se inverteram, 13, 8% e 11,5%.
O peso das exportações no Total aumentou sustentadamente de 1985 a 1995, ano em que atingiu 21,5%, decrescendo a partir de então até se situar entre 11-12% nos últimos cinco anos.
Em termos de ritmo de ‘crescimento’ em valor, enquanto que as exportações mantiveram um crescimento sustentado deste então até 2018, as importações, após terem aumentado sucessivamente até 2008, registram um decréscimo até 2012, para recuperarem a partir daí o ritmo de crescimento.


Após uma breve análise da evolução do comércio externo da Alemanha no período de 2014 a 2018, com maior pormenor nos dois últimos anos, a partir de dados de fonte Eurostat, analisa-se a evolução das chegadas e das expedições de mercadorias (que designaremos aqui por importações e exportações) ao longo dos últimos cinco anos (2014-2018) e período de Janeiro a Outubro de 2018-2019, com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE), definitivos para os anos de 2014 a 2017, provisórios para 2018 e preliminares para o período em análise de 2019, com última actualização em 10 de Dezembro de 2019.
Para a análise por produtos, estes foram agregados em 11 grupos, cujo conteúdo, em termos de Nomenclatura Combinada, se encontra definido em quadro anexo (Anexo-1).
2 – Alguns dados sobre o comércio externo alemão
2.1 – Balança Comercial da Alemanha
A Balança Comercial de mercadorias alemã é ‘superavitária’, com saldos superiores a 200 mil milhões de Euros entre 2014 e 2018.
De acordo com os dados disponíveis, as quotas de Portugal nas importações alemãs mantiveram-se em 0,6% ao longo destes cinco anos tendo a das exportações subido de 0,6% para 0,7% em 2016 e 2017 e para 0,8% em 2018.

2.2 – Importações na Alemanha por grupos de produtos
Em 2018, face ao ano anterior, as importações alemãs cresceram +5,6%. As principais importações, por grupos de produtos, incidiram em “Máquinas, aparelhos e partes” (25,2% do Total), “Químicos” (17,0%), “Minérios e metais” (11,0%) e “Material de transporte terrestre e partes” (10,9%).
Seguiram-se os grupos “Energéticos” (9,0%), “Agro-alimentares” e “Produtos acabados diversos” (8,5% cada), “Têxteis e vestuário” (4,4%), “Madeira, cortiça e papel” (2,6%), “Aeronaves, embarcações e partes” (1,6%) e “Calçado, peles e couros” (1,5%).
No mesmo ano, as maiores quotas de Portugal ocorreram nos grupos “Calçado, peles e couros” (2,5% do total do grupo), “Madeira, cortiça e papel” (1,7%), “Têxteis e vestuário” (1,0%), “Produtos acabados diversos” (0,9%), “Material de transporte terrestre e partes” (0,8%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (0,7%).

2.3 – Exportações da Alemanha por grupos de produtos
Em 2018, face ao ano anterior, as exportações alemãs cresceram +3,0%, tendo Portugal contribuído com uma quota de 0,8%.

As principais exportações alemãs couberam aos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (28,0%), “Químicos” (18,9%), “Material de transporte terrestre e partes” (17,8%), “Produtos acabados diversos” (9,2%), “Minérios e metais” (8,7%) e “Agro-alimentares” (5,6%).
As maiores quotas de Portugal incidiram nos grupos “Calçado, peles e partes” (1,1% do total do grupo), “Têxteis e vestuário”, “Máquinas, aparelhos e partes” e “Material de transporte terrestre e partes” (0,9% cada), “Aeronaves, embarcações e partes” e “Químicos” (0,8% cada), e “Agro-alimentares” (0,7%).
2.4 – Mercados das importações e exportações alemãs
Em 2018 tiveram origem no espaço intracomunitário 66,4% das importações alemãs de mercadorias. 
Os principais fornecedores foram os Países Baixos (14,1%), tudo indicando tratar-se em sua grande parte de mercadorias entradas em livre prática na EU através do porto de Roterdão, a Bélgica (6,1%), a Itália e a Polónia (5,5%), a República Checa (4,8%), a Áustria (4,3%), o Reino Unido (3,7%) e a Espanha (3,0%). 
Portugal contribuiu com apenas 0,6% do Total, ocupando no conjunto dos fornecedores intra e extra-comunitários, a 32ª posição.
Entre os países terceiros evidenciou-se a China (6,9% do Total), o segundo fornecedor em termos globais, seguida dos EUA (4,5%), da Suíça (3,9%), da Rússia (3,0%), da Hungria (2,5%), da Eslováquia (1,6%),do Japão e Suécia (1,5% cada), da Roménia (1,4%), da Turquia (1,3% e da Noruega (1,0%).
Em 2018, as exportações alemãs para o espaço Intra-UE representaram 59,0% do Total, ocupando a França a primeira posição entre os parceiros comunitários (8,0%).
Seguiram-se os Países Baixos (6,9%), o Reino Unido (6,2%), a Itália (5,3%), a Áustria (4,9%), a Polónia (4,8%), a Bélgica e a República Checa (3,4% cada), a Espanha (3,3%), a Hungria e Suécia (2,0% cada), a Dinamarca (1,5%), a Roménia (1,2% e a Eslováquia (1,1%).
Portugal foi o destino de 0,8% das exportações alemãs, ocupando a 28ª posição em termos globais.

Entre os países terceiros, e também em termos globais, os EUA foram o principal destino das exportações alemãs (8,7%), Seguiram-se a China (7,1%), a Suíça (4,1%), a Rússia (2,0%), o Japão (1,6%), a Turquia (1,5%), a Coreia do Sul (1,3%), o México (1,1%), a Índia (0,9%) e o Canadá e Austrália (0,8% cada).

3 – Comércio de Portugal com a Alemanha
3.1 – Evolução do peso da Alemanha nas importações
         e nas exportações globais portuguesas
O peso das trocas comerciais de Portugal com a Alemanha face ao Total, cresceu a partir da adesão de Portugal à CEE, em 1986. O peso da Alemanha no total das importações, após um crescimento no ano da adesão de 11,5% para 14,2%, manteve-se numa faixa de 14-15% até 2010, decresceu até 11,4% em 2013, para depois crescer sustentadamente até 2018, quando atingiu 13,8%.

Por sua vez o peso do país no total das exportações subiu vigorosamente até 1995, com 21,3%, tendo decrescido acentuadamente até 2005, ano em que se situou em 12,5%. A partir de então e até 2011, manteve-se em torno de 13%, e após uma queda para 11,6%, em 2013, manteve praticamente este nível até 2018. 

Nos primeiros dez meses de 2019, face ao período homólogo do ano anterior, o peso das importações decresceu de 13,7% para 13,3%, tendo o das exportações aumentado de 11,7% para 12,1%.


3.2 – Balança Comercial de Portugal com a Alemanha
A Balança Comercial de mercadorias de Portugal com a Alemanha é deficitária, com défices sucessivamente crescentes de 2014 a 2018, ano em que atingiu -3,7 mil milhões de Euros.
Nos primeiros 10 meses de 2019, o défice situava-se em -2,9 mil milhões de Euros.
As importações cresceram em valor de 2014 a 2018 a um ritmo acentuado, atingindo 143,1% do nível que detinham em 2014.
Por sua vez as exportações, no mesmo período, aumentaram 118,6%.


3.3 – Importações por grupos de produtos
Nos primeiros dez meses de 2019, os grupos de produtos dominantes nas importações foram “Máquinas, aparelhos e partes” (30,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (22,9%) e “Químicos” (20,7%).
Seguiram-se os grupos “Agro-alimentares” (6,2%), “Minérios e metais” (5,9%), “Produtos acabados diversos” (5,2%), “Têxteis e vestuário” (3,1%), “Aeronaves, embarcações e partes” (2,7%), “Madeira, cortiça e papel” (1,6%), “Calçado, peles e couros” (1,2%) e “Energéticos” (0,2%).

Por grupos de produtos, as maiores quotas da Alemanha, face às nossas importações globais, incidiram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (24,7%), “Máquinas, aparelhos e partes” (22,8%), “Químicos” (17,1%), “Produtos acabados diversos” (11,9%), “Minérios e metais” e “Aeronaves, embarcações e partes” (9,7% cada).
Em quadros anexos podem observar-se as principais importações e exportações efectuadas no período de Janeiro a Outubro de 2019, por grupos de produtos, desagregadas a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, com uma representatividade por grupo superior a 70% (Anexo 2 e Anexo 3).
3.4 – Exportações por grupos de produtos
No período de Janeiro a Outubro de 2019 predominaram nas exportações para a Alemanha as dos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (27,1%) e “Material de transporte terrestre e partes” (24,5%).
Seguiram-se as de “Químicos” (12,0%), de “Produtos acabados diversos” (11,8%), de “Têxteis e vestuário” (6,2%), de “Minérios e metais” (5,2%), de “Calçado, peles e couros” (4,9%), de “Madeira, cortiça e papel” (4,7%), de “Agro-alimentares” (3,4%), de “Energéticos” e de “Aeronaves, embarcações e partes” (0,1% cada).

As maiores quotas da Alemanha, face às exportações portuguesas para o Mundo por grupos de produtos, couberam aos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (23,6%), “Material de transporte terrestre e partes” (19,7%), “Calçado, peles e couros” (16,0%), “Produtos acabados diversos” (14,4%) e “Químicos” (11,4%).

Alcochete, 28 de Dezembro de 2019.
ANEXO-1

ANEXO-2


ANEXO-3




quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Comércio Portugal-França (2014-2018 e Jan-Out 2018-2019)


Comércio internacional de mercadorias
de Portugal com a França
2014-2018
Janeiro-Outubro 2018-2019

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1 – Nota introdutória
A França encontra-se entre os principais parceiros comerciais de Portugal, tendo sido em 2018 o 3º maior mercado de origem das importações, com 7,6% do total, precedida da Espanha (31,4%) e da Alemanha (13,8%), e o 2º principal mercado de destino, com 12,7% do total da exportação, depois da Espanha (25,4%).
Em 1985, ano anterior à adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), o peso da França nas importações e nas exportações globais era respectivamente de 8,0% e 12,7%, praticamente os mesmos níveis que deteve em 2018 (7,6% e 12,7%).
Em termos de ritmo de ‘crescimento’ em valor, enquanto que as exportações tiveram um comportamento sustentadamente crescente desde então até 2018, as importações cresceram até 2000, a que se seguiu um comportamento algo irregular até 2008, uma descida significativa depois até 2012, e uma recuperação do crescimento até 2018.

Após um breve relance sobre a evolução do comércio externo de França no quinquénio 2014-2018, com base em dados de fonte EUROSTAT, vai-se analisar a evolução das chegadas e das expedições de mercadorias (que designaremos por importações e exportações) ao longo dos últimos cinco anos (2014-2018) e período de Janeiro a Outubro de 2018-2019, com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE), definitivos para os anos de 2014 a 2017, provisórios para 2018 e preliminares para o período em análise de 2019, com última actualização em 10 de Dezembro de 2019.
Os produtos transaccionados, foram agregados em 11 grupos de produtos, cujo conteúdo, em termos de Nomenclatura Combinada, se encontra definido em quadro anexo (Anexo-1).
2 – Alguns dados sobre o comércio externo francês
2.1 – Balança Comercial da França
De acordo com os dados disponíveis, entre 2014 e 2018 a Balança Comercial de mercadorias de França foi deficitária, com saldos compreendidos entre -76 e -58 mil milhões de Euros.
As quotas de Portugal nas importações e exportações francesas, que em 2014 representaram 1,0% em cada uma das vertentes, subiram em 2018 respectivamente para 1,2% e 1,1%.

2.2 – Importações em França por grupos de produtos
Em 2018, face ao ano anterior, as importações francesas cresceram +3,7%. As principais importações, por grupos de produtos (conteúdo definido no Anexo-1), incidiram em “Máquinas, aparelhos e partes” (21,3% do Total), “Químicos” (15,8%), “Material de transporte terrestre e partes” (11,2%), “Energéticos” (11,0%), “Agro-alimentares” (9,9%), “Minérios e metais” (8,8%) e “Produtos acabados diversos” (8,6%).
As maiores quotas de Portugal ocorreram nos grupos “Madeira, cortiça e papel” (3,5% do total do grupo), “Calçado, peles e couros” (3,3%), “Material de transporte terrestre e partes” e “Têxteis e vestuário” (2,1% cada) e “Produtos acabados diversos” (1,9%).

2.3 – Exportações da França por grupos de produtos
Por sua vez, em 2018, face ao ano anterior, as exportações cresceram +4,0%, tendo Portugal contribuído com uma quota de 1,2%.
As principais exportações couberam aos grupos de produtos “Químicos” (20,8% do Total), “Máquinas, aparelhos e partes” (19,3%), “Agro-alimentares” (12,8%), “Material de transporte terrestre e partes” (10,0%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (9,6%).
As maiores quotas de Portugal incidiram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (2,2% do total do grupo), “Têxteis e vestuário” (2,0%) e “Madeira, cortiça e papel” (1,6%).

2.4 – Mercados das importações e exportações francesas
Em 2018 tiveram origem no espaço intracomunitário 69,0% das importações francesas de mercadorias.
Os principais fornecedores foram a Alemanha (18,3%) a Bélgica (10,3%), os Países Baixos (8,2%), a Itália (8,1%) e a Espanha (7,2%).
Portugal ocupou a 15ª posição no ranking (1,2%), precedido, no âmbito comunitário, do Reino Unido (4,1%), da Polónia (2,0%), da República Checa (1,4%) e da Suécia (1,3%), com idêntica quota da Turquia, da Irlanda e da Áustria (1,2%).
Entre os países terceiros predominou a China (5,2%), seguida dos EUA (5,0%), Suíça (2,9%) e Rússia (1,7%).
No mesmo ano, as exportações Intra-UE representaram 59,0% do Total, ocupando também aqui a Alemanha a primeira posição, seguida da Espanha (7,8%), da Itália (7,4%), da Bélgica (7,1%) e do Reino Unido (6,7%).
Portugal ocupou a 16ª posição, com idêntica quota da Rússia e da Argélia (1,1%), precedido dos parceiros comunitários Países Baixos (3,6%) e Polónia (2,0%).
Entre os países terceiros os EUA foram o principal destino (7,2%), seguido da China (4,2%) e da Suíça (3,3%).

3 – Comércio de Portugal com a França
3.1 – Evolução do peso da França nas importações
         e nas exportações globais
As trocas comerciais de Portugal com a França cresceram a partir da adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986, atingindo as exportações 15,8% do Total em 1987 e as importações 12,9% de 1992 a 1994. A partir de então tornaram-se tendencialmente decrescentes, atingindo-se as quotas mais baixas das exportações em 2013, com 11,6% e das importações em 2012, com 6,6%. Nos anos seguintes inverteu-se essa tendência, tendo as exportações atingido 12,7% em 2018 e as importações 7,6%.

Entre 2014 e 2018 o peso das importações cresceu de 7,1% para 7,6% e o das exportações de 11,8% para 12,7%. Nos primeiros dez meses de 2019, face ao período homólogo do ano anterior, registou-se um aumento significativo no peso das importações, 9,9%, tendo as exportações representado 13,1%.

3.2 – Balança Comercial Portugal-França
Ao longo do último quinquénio a Balança Comercial de mercadorias de Portugal com a França foi favorável a Portugal, tendo o maior saldo ocorrido em 2017 (+1,8 mil milhões de Euros), com um elevado grau de cobertura das importações pelas exportações (135,3%).

Mas no período de Janeiro a Outubro de 2019, na sequência de um crescimento acentuado das importações (+41,8%), a Balança tornou-se já deficitária (-93 milhões de Euros), tendo descido o grau de cobertura para 98,6%.

3.3 – Importações por grupos de produtos
Nos primeiros dez meses de 2019, os grupos de produtos dominantes nas importações foram “Aeronaves, embarcações e partes” (27,7%) e “Material de transporte terrestre e partes” (22,0%). Seguiram-se os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (11,8%), “Químicos” (10,5%) e “Agro-alimentares” (9,4%). 

Por grupos de produtos, as maiores quotas de França, face às nossas importações globais, incidiram nos grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (75,0%) e “Material de transporte terrestre e partes” (17,6%). O forte acréscimo verificado nas importações do primeiro destes grupos centrou-se na aquisição de balões, planadores e asas delta.
Em quadros anexos podem observar-se as principais importações e exportações efectuadas no período de Janeiro a Outubro de 2019, por grupos de produtos, desagregadas a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, com uma representatividade por grupo superior a 70% (Anexo 2 e Anexo 3).
3.4 – Exportações por grupos de produtos
No período de Janeiro a Outubro de 2019 predominaram as exportações de “Material de transporte terrestre e partes” (20,8%), a que se seguiram as dos grupos “Produtos acabados diversos” (14,7%), “Minérios e metais” (11,2%), “Máquinas, aparelhos e partes” (11,1%), “Químicos” (9,4%), “Agro-alimentares” e “Têxteis e vestuário” (8,9% cada), “Madeira, cortiça e papel” (7,0%) e “Calçado, peles e couros” (5,9%).

Por fim, com pesos bastante inferiores, os grupos “Energéticos” (1,5%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7%).
As maiores quotas da França, por grupos de produtos, face às exportações portuguesas para o Mundo, couberam aos grupos “Calçado, peles e couros” (21,1%), “Produtos acabados diversos” (19,6%), “Material de transporte terrestre e partes” (18,1%), “Minérios e metais” (15,5%), “Têxteis e vestuário” (12,9%), “Madeira, cortiça e papel” (12,1%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (10,5%).


Alcochete, 19 de Dezembro de 2019.

ANEXO-1

ANEXO-2


ANEXO-3






quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Série Mensal - Jan-Out 2019 - Comércio Internacional


Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Outubro de 2019 

                                                  ( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Dezembro de 2019, no período de Janeiro a Outubro de 2019 as exportações de mercadorias cresceram em valor +3,0%, face ao período homólogo de 2018 (+1480 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +7,8% (+4852 milhões).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +4,0% (+1469 milhões de Euros), tendo as exportações para os países terceiros crescido +0,1% (+11 milhões de Euros), após teram registado decréscimos desde Janeiro-Junho. Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +8,9% (+4200 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +4,2% (+653 milhões).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +24,3%, ao situar-se em -17276 milhões de Euros (um acréscimo de 3372 milhões de Euros face ao mesmo período do ano anterior, com aumentos de 2730 milhões no comércio intracomunitário e de 642 milhões no extracomunitário). Em termos globais, neste período o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 77,8%, em 2018, para 74,4%, em 2019.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo sensível na Balança Comercial. No período em análise, o valor médio unitário de importação do petróleo em 2019 desceu, face ao mesmo período em 2018, de 452 Euros/Ton e 431 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos”, Capº 27 da NC (12,1% e 11,5% do total das importações respectivamente em 2018 e 2019, e 7,0% e 5,7% na vertente das exportações), o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2019, de 74,4% para 79,2%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período de Janeiro-Outubro de 2019, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 76,8% do total (76,2% no ano anterior), cresceram em valor +4,0%, contribuindo com +3,0 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +3,0%.
As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 23,2% do total em 2019 (23,8% em 2018), praticamente que estabilizaram entre os dois anos.

Os principais mercados de destino foram a Espanha (24,7%), a França (13,1%), a Alemanha (12,1%), o Reino Unido (6,2%), os EUA (5,0%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (3,9%), a Bélgica (2,3%), Angola (2,1%), a Polónia (1,3%), o Brasil e as Provisões de Bordo Extra-EU (1,2% cada), Marrocos e Canadá (1,1% cada), destinos que representaram 79,7% do total.
Angola, o segundo mercado entre os países terceiros depois dos EUA, registou uma quebra em valor nas exportações de –18,6% em 2019, no período em análise (-237,5 milhões de Euros), envolvendo a totalidade dos grupos de produtos.
As maiores descidas incidiram nos grupos “Agro-alimentares” (‑81,0 milhões de Euros), “Químicos” (‑56,2 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (-38,5 milhões) e “Produtos acabados diversos” (‑26,4 milhões de Euros). 

Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+3,0%), couberam à França (+0,8 p.p.), Alemanha (+0,7 p.p.), ao Canadá (+0,6 p.p.) e à Itália (+0,5 p.p.).
O maior contributo negativo coube a Angola (-0,5 p.p.).

Os maiores acréscimos, em Euros, nas expedições para o espaço comunitário no período de Janeiro a Outubro de 2019, em termos homólogos, verificaram-se em França, na Alemanha e em Itália, seguidos dos Países Baixos, da Irlanda, da Grécia, da Bélgica, de Espanha, da Roménia, da Eslovénia, da Polónia, da Finlândia, da Eslováquia e da República Checa. Os maiores decréscimos couberam à Lituânia, Áustria, Reino Unido e Suécia.

Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos nas exportações ocorreram com o Canadá, seguido do Egipto, Turquia, EUA, Provisões de Bordo, Suíça, Cabo Verde, Noruega, Emiratos, México e Moçambique.
Os maiores decréscimos couberam a Angola e à Tunísia, seguidos da China, Argentina, Brasil, Gibraltar, Argélia, Austrália, Marrocos e Chile.

3.2 - Importações
De Janeiro a Outubro de 2019 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 76,2% do total (75,4% em 2018), registaram um acréscimo de +8,9% e contribuíram com +6,7 p.p. para uma taxa de crescimento global de +7,8%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +4,2%, representando 23,8% do total em 2019 (24,6% em 2018), com um contributo para o crescimento global de +1,0 p.p..
Os principais mercados de origem das importações no período em análise, em 2019, foram a Espanha (30,1%), a Alemanha (13,3%) e a França (9,9%). Seguiram-se a Itália (5,1%), os Países Baixos (4,9%), a China (3,7%), a Bélgica (3,1%), o Reino Unido (2,7%), os EUA (1,9%), a Rússia e Angola (1,5% cada), países que representaram no seu conjunto 77,7% das importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações nos primeiros dez meses de 2019 (+7,8%) destacam-se a França (+3,1 p.p.), a Espanha (+1,1 p.p.), a China (+0,9 p.p.), a Alemanha (+0,6 p.p.), a Bélgica (+0,5 p.p.), Angola e o Reino Unido (+0,4 p.p. cada), a Índia os EUA e a Polónia (+0,3 p.p. cada), a Arábia Saudita (+0,2 p.p.) e a Hungria (+0,1 p.p.). 

Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam ao Cazaquistão (-0,8 p.p.), à Guiné Equatorial (-0,4 p.p.), ao Azerbaijão (-0,2 p.p.) e à Rússia e Brasil (-0,1 p.p. cada).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.


4 – Saldos da Balança Comercial
Em 2019, no período em análise, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam ao Reino Unido (+1285 milhões de Euros) e aos EUA (+1259 milhões). Seguiram-se o Canadá (+466 milhões), Marrocos (+391 milhões) e a Suíça (+299 milhões). O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-7914 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑2911 milhões), da China (-2006 milhões), dos Países Baixos (-1350 milhões) e da Itália (‑1172 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO). Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias no período de Janeiro a Outubro de 2019, representando 81,8% do total, foram “Material de transporte terrestre e partes” (15,0% e TVH +12,8%), “Máquinas, aparelhos e partes” (13,9% do total e TVH +0,2%),  “Químicos” (12,7% e TVH +6,9%), “Agro-alimentares” (12,0% e TVH +2,8%), “Produtos acabados diversos” (9,8% e TVH +7,8%), “Minérios e metais” (9,4% e TVH -0,9%) e “Têxteis e vestuário” (9,0% e TVH (‑0,5%). O maior contributo para o acréscimo global de +1480 milhões de Euros, face ao ano anterior, coube ao grupo “Material de transporte terrestre e partes”, com +852 milhões de Euros, seguido dos grupos “Químicos” (+411 milhões), “Produtos acabados diversos” (+355 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+297 milhões de Euros).
As exportações decresceram em quatro dos grupos, com destaque para os “Energéticos” (‑573 milhões de Euros).

5.2 – Importações
De Janeiro a Outubro de 2019, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 71,7% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,7%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +9,5%), “Químicos” (16,1% do total e TVH +6,2%), “Agro-alimentares” (14,1% e TVH +3,0%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,3% e TVH +7,1%) e “Energéticos” (11,5% e TVH +1,6%).
À excepção do grupo “Minérios e metais”, em que se registou uma quebra -3 milhões de Euros, em todos restantes se verificaram acréscimos nas importações, tendo ocorrido os mais significativos, em Euros, nos grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (+1845 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+1036 milhões), “Químicos” (+632 milhões) e “Material de transporte terrestre e partes” (+548 milhões de Euros). 

6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2019 a primeira posição em 7 dos 11 grupos de produtos com 24,7% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (3ª posição depois dos EUA e Provisões de Bordo Extra-UE), “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, da Alemanha e dos Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (6ª posição, antecedida pelo Canadá, Brasil, França, Reino Unido e Finlândia).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,1%), a Alemanha (12,1%), o Reino Unido (6,2%), os EUA (5,0%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (3,9%), a Bélgica (2,3%), Angola (2,1%) e a Polónia (1,3%). Estes dez países cobriram 75,1% das exportações totais.
6.2 – Importações

Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 30,1% do total, sendo a excepção o grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (5ª posição, precedida da França, da Alemanha, dos EUA e da Irlanda).
Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (13,3%), a França (9,9%), a Itália (5,1%), os Países Baixos (4,9%), a China (3,7%), a Bélgica (3,1%), o Reino Unido (2,7%), os EUA (1,9%) e a Rússia (1,5%).
Estes dez países cobriram 76,1% das importações totais.

Alcochete, 12 de Dezembro de 2019.