quinta-feira, 26 de março de 2020

Comércio Internacional de Portugal com o Reino Unido (2014 a 2019)


Comércio Internacional
de Portugal com o Reino Unido
no limiar do "Brexit"
(2014 a 2019)
                                                                
                                                                ( disponível para download  >> aqui )

1 – Nota introdutória
Pretende-se neste trabalho fazer um ponto de situação do comércio internacional de mercadorias de Portugal com o Reino Unido no limiar da saída deste país da União Europeia, visando identificar o tipo de produtos mais importantes cujas trocas possam vir a sofrer alguma perturbação.
Analisa-se a evolução recente do comércio internacional de mercadorias do Reino Unido com o mundo e com Portugal, com maior pormenor entre os anos 2014 e 2019, com base em dados estatísticos britânicos constantes do portal do EUROSTAT, e as trocas comerciais de Portugal com este país a partir de dados divulgados pelo INE, também com maior detalhe entre os anos 2014 e 2019.
Os produtos, definidos a dois dígitos da Nomenclatura Combinada (NC), foram agregados em 11 grupos (definição do seu conteúdo em Anexo). No âmbito de cada grupo de produtos, nas duas vertentes comerciais, relacionam-se para os anos de 2018 e 2019, com desagregação a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, os principais produtos transaccionados, sempre com um peso superior a 80% em cada um dos anos, encontrando-se estes valores agregados por ‘acréscimos’ e ‘decréscimos’.
2 – Evolução do comércio internacional do Reino Unido

2.1 – Comércio Intra e Extra-UE (2000 a 2019)

A partir de 2008, as importações britânicas com origem extra-comunitária, que a partir de 2000 se situavam em níveis bastante inferiores às provenientes do espaço intra-comunitáro, aproximaram-se destas, ultrapassando-as mesmo em 2019.
Por sua vez, as exportações para o espaço Intra-UE, que desde o início do milénio se mantiveram em níveis muito superiores às destinadas aos Países Terceiros, foram consideravelmente ultrapassadas por estas a partir de 2012. 

2.2 – Comércio com Portugal (2000 a 2019)
As importações britânicas originárias de Portugal, que entre 2005 e 2010 acompanharam de perto o valor das exportações, cresceram sustentadamente a partir de então, atingindo 3,6 mil milhões de Euros em 2019, mantendo-se as suas exportações para Portugal num patamar entre 1,8 e 2,0 mil milhões de Euros, de acordo com os dados disponíveis.

2.3 – Balança Comercial de mercadorias do Reino Unido (2014 a 2019)
No período 2014-2019 a Balança Comercial de mercadorias do Reino Unido foi deficitária, com saldos compreendidos entre -139 mil milhões de Euros, em 2014, e -205 mil milhões, em 2016.

2.4 – Importações e exportações no Reino Unido por grupos de produtos
         e quotas de Portugal (2014-2019)


3 – Comércio internacional de Portugal com o Reino Unido
3.1 – Ritmo de evolução anual das importações e das exportações
         com o Reino Unido (2000 a 2019)
O ritmo de evolução anual em valor das Importações globais de Portugal cresceu acentuadamente entre 2000 e 2008 (140,5% face a 2000=100), para decair em 2009, na sequência da crise financeira que abalou o mundo (112,4%). A partir de então subiu moderadamente até 2016 (134,4%), crescendo depois de forma acentuada até 2019 (175,7%).
Por sua vez, o ritmo das importações com origem no Reino Unido decresceu tendencialmente entre 2000 e 2008 (79,0%), caindo para 62,8% em 2009. Após uma recuperação no ano seguinte (82,6%), decaiu até 2012 (62,3%), mantendo-se numa faixa de 62% a 70% até 2018, para subir significativamente no último ano (78,6%). Desde o ano 2000 o valor das importações manteve-se sempre abaixo do nível que detinha em 2000. 

As exportações globais, aparte uma quebra em 2009, cresceram sustentadamente até 2019, atingindo 220,1% face a 2000=100.

As exportações para o Reino Unido decaíram de 2003 a 2009 (60,8%), para crescerem sustentadamente até 2017 (124,2%), tendo ultrapassado em 2014 o nível que detinham em 2000, para a partir de 2017 se manterem praticamente ao mesmo nível.
3.2 – Evolução do peso do Reino Unido (%)
         nas importações e nas exportações (2000 a 2019)
O peso do Reino Unido nas importações portuguesas decresceu tendencialmente desde 2000, em que representava 5,9% do Total, situando-se em 2,6% em 2019. Por sua vez, o peso das exportações decresceu entre 2000 (10,8% do Total) e 2008 (5,5%), manteve-se próximo deste nível até 2013, aumentou até 2016 (7,1%), para decrescer a partir de então, situando-se em 6,1% em 2019.

3.3 – Evolução do saldo da Balança Comercial (2000 a 2019)
À excepção do ano 2008, em que o saldo foi nulo, e 2010 com saldo negativo (-179 milhões de Euros), a Balança Comercial com o Reino Unido foi sempre favorável a Portugal. O saldo decresceu entre 2003 (+842 milhões de Euros) e 2010 (-179 milhões), para crescer sustentadamente até aos anos 2016 a 2018, em que ultrapassou 1,7 mil milhões de Euros, caindo para 1,5 mil milhões em 2019, de acordo com os dados disponíveis.

3.4 – Balança Comercial (2014 a 2019)
Entre 2014 e 2018 o valor das importações manteve-se entre 1,8 e 1,9 mil milhões de Euros, subindo para 2,1 mil milhões em 2019.
Por sua vez, ao longo dos últimos seis anos o valor das exportações oscilou entre os 3,0 e 3,7 mil milhões de Euros.
O saldo positivo da balança comercial, que em 2014 se situava em 1,1 mil milhões de Euros, subiu no ano seguinte para 1,5 mil milhões, manteve-se entre 1,7 e 1,8 mil milhões de Euros até 2018, para descer, em 2019, para próximo do nível de 2015.
O elevado grau de cobertura das importações pelas exportações, que entre 2016 e 2018 se aproximou dos 200%, desceu em 2019 para 172,7%.

Os únicos grupos de produtos, entre os onze considerados, em que o saldo não foi favorável a Portugal ao longo de todos estes seis anos foram “Energéticos” e “Químicos”.
O saldo do grupo “Minérios e metais” só não foi positivo em 2014 e o de “Aeronaves, embarcações e partes”, que era negativo desde 2014, tornou-se positivo em 2019.
Os saldos positivos mais volumosos em 2019 incidiram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+527,2 milhões de Euros), “Têxteis e vestuário” (+295,8 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+244,7 milhões), “Produtos acabados diversos” (+232,7 milhões) e “Máquinas, aparelhos e partes” (+150,5 milhões de Euros).

3.5 – Importações
Em 2019, os grupos de produtos mais representativos nas importações portuguesas com origem no Reino Unido foram “Máquinas, aparelhos e partes” (23,1% do total em 2019 e 24,5% em 2018) e “Químicos” (21,6% e 25,5%).

Seguiram-se os grupos “Agro-alimentares” (11,5% e 9,5%), “Energéticos” (10,1% e 2,4%), “Minérios e metais” (9,6% e 11,6%) e “Material de transporte terrestre e partes” (8,8% e 10,7%).
Com menor peso no total alinharam-se depois os grupos “Produtos acabados diversos” (5,4% e 5,2%), “Têxteis e vestuário” (4,7% e 5,2%), “Madeira, cortiça e papel” (2,4% e 3,2%), “Aeronaves, embarcações e partes” (1,5% em 2019 e 1,0%) e “Calçado, peles e couros” (1,5% e 1,4% em 2018).
Do quadro seguinte consta o peso da Reino Unido nas importações totais portuguesas e por grupos de produtos entre 2014 e 2019.

3.6 – Exportações
Em 2019 os grupos de produtos mais representativos nas exportações portuguesas com destino no Reino Unido foram “Material de transporte terrestre e partes” (19,5% do total em 2019 e 18,6% em 2018) e “Máquinas, aparelhos e partes” (17,5% e 19,8%).
Seguiram-se os grupos “Têxteis e vestuário” (10,8% e 10,9%), “Químicos” (10,7% e 11,9%), “Agro-alimentares” (9,8% e 9,3%), “Produtos acabados diversos” (9,5% e 9,3%), “Madeira, cortiça e papel” (8,1% e 7,0%) e “Minérios e metais” (8,1% e 8,7%).
Com menor peso no total alinharam-se depois os grupos “Calçado, peles e couros” (3,4% e 3,5%), “Aeronaves, embarcações e partes” (1,8% e 0,2%) e “Energéticos” (0,8% em cada um dos anos).

Do quadro seguinte, à semelhança das importações, consta o peso da Reino Unido nas exportações totais portuguesas e por grupos de produtos entre 2014 e 2019.

3.7 – Principais acréscimos e decréscimos por grupos de produtos,
         desagregados a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada
Nos quadros seguintes relacionam-se, por grupos de produtos, os acréscimos e decréscimos verificados nas importações e nas exportações portuguesas de e para o Reino Unido em 2018 e 2019, desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, cujo conjunto representa um peso, no respectivo grupo, sempre superior a 80%.
Nas importações, os maiores acréscimos em 2019 incidiram nos grupos “Energéticos” (+169,4 milhões de Euros) e “Agro-alimentares” (+62,3 milhões). O maior decréscimo coube ao grupo “Químicos” (-27,6 milhões).
Do lado das exportações os principais acréscimos registaram-se nos grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (+59,4 milhões de Euros), “Madeira, cortiça e papel” (+36,7 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+31,2 milhões) e “Agro-alimentares” (+17,0 milhões), Os principais decréscimos ocorreram nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (‑87,5 milhões) e “Químicos” (-47,2 milhões de Euros)
3.7.1 – Importações

3.7.2 – Exportações

Alcochete, 25 de Março de 2020.

ANEXO




segunda-feira, 23 de março de 2020

Série mensal - Janeiro 2020 - Comércio Internacional


Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro de 2020 

                                                  ( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 11 de Março de 2020, no mês de Janeiro de 2020 as exportações de mercadorias cresceram em valor +4,2%, face ao período homólogo de 2019 (+208 milhões de Euros), a par de um decréscimo das importações de -1,9% (-131 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +3,0% (+110 milhões de Euros), tendo as exportações para os países terceiros crescido +7,2% (+98 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) diminuiram -4,3% (-213 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +4,2% (+82 milhões).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) decresceu ‑18,1% ao situar-se em -1539 milhões de Euros (um decréscimo de 339 milhões de Euros face ao mesmo período do ano anterior, com reduções de 323 milhões no comércio intracomunitário e de 16 milhões no extracomunitário). Em termos globais, neste período o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 72,6%, em 2019, para 77,1%, em 2020.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. Em Janeiro de 2020, o valor médio unitário de importação do petróleo subiu, face a 2019, de 372 para 466 Euros/Ton.


Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.


Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos”, Capº 27 da NC (11,9% e 13,7% do total das importações, respectivamente em 2019 e 2020, e 5,9% e 8,4% na vertente das exportações), o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2020, de 77,1% para 81,8%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
Em 2020, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 71,7% do total (72,5% no ano anterior), cresceram em valor +3,0%, contribuindo com +2,2 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +4,2%.
As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 28,3% do total em 2020 (27,5% em 2019), cresceram +7,2%, contribuindo com +2,0 p.p. para o crescimento global.


Os principais destinos foram a Espanha (26,0%), a França (13,4%), a Alemanha (11,5%), o Reino Unido (5,8%), os EUA (5,4%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,9%), a Bélgica (2,6%), Angola e Brasil (1,5% cada), Suécia e Polónia (1,2% cada), Suíca e Provisões de Bordo para países terceiros (1,1% cada), destinos que  representaram 80,5% do total das exportações em 2020.
Angola, o segundo mercado entre os países terceiros depois dos EUA, registou uma quebra em valor nas exportações de –19,6% em 2020 (-19,3 milhões de Euros), envolvendo oito dos onze grupos de produtos.
As maiores descidas incidiram nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (-9,9 milhões), “Químicos” (‑4,3 milhões), “Minérios e metais” (-4,0 milhões) e “Produtos acabados diversos” (‑3,3 milhões).

Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+4,2%), couberam a Espanha (+1,8 p.p.), aos EUA (+1,3%), a França (+1,1 p.p.) e à Bélgica (+07 p.p.). Seguiram-se a Irlanda, Brasil, Países Baixos, Turquia e Hungria (0,2 p.p. cada), e a Suécia (0,1 p.p.).
O maior contributo negativo coube à Alemanha (-1,1 p.p.), seguida do Reino Unido e Angola (‑0,4 p.p. cada) e da Áustria (-0,3 p.p.).


Os maiores acréscimos, em Euros, nas expedições para o espaço comunitário em Janeiro 2020, em termos homólogos, verificaram-se em Espanha, França e Bélgica.
Os maiores decréscimos ocorreram nas exportações para a Alemanha, Áustria, Eslovénia e Itália.

Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos nas exportações ocorreram com os EUA, Ceuta, Gibraltar, Brasil e Turquia. Seguiram-se a Índia, Israel e Moçambique.
Os maiores decréscimos couberam ao Reino Unido e Angola, seguidos da Noruega e da Argélia.

3.2 - Importações
Em 2020 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 69,9% do total (71,6% em 2019), registaram um decréscimo de -4,3% e contribuíram com -3,1 p.p. para uma taxa de ‘crescimento’ negativa global de -1,9%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +4,2%, representando 30,1% do total em 2020 (28,4% em 2019), com um contributo para o crescimento global de +1,2 p.p..
Os principais mercados de origem das importações em 2019, foram a Espanha (30,1%) e a Alemanha (13,3%). Seguiram-se a França (6,7%), os Países Baixos (5,0%), a China (4,7%), a Itália (4,3%), o Brasil (4,0%), a Bélgica e o Reino Unido (2,7% cada), os EUA (2,6%) e Angola (1,9%), países que representaram no seu conjunto 77,9% das importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ negativo das importações em 2020 (‑1,9%) destacam-se o Brasil (+3,2 p.p.), a Espanha e Angola (+1,1 p.p. cada), Seguiram-se a Polónia, Suécia e EUA (+0,6% cada), os Países Baixos, China e Reino Unido (+0,4 p.p. cada), Taiwan (+0,3 p.p.), a Argélia (+0,2 p.p.) e a Suíça (+0,1 p.p.).

Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam à França (-4,3 p.p.), ao Azerbaijão (-1,3 p.p.), à Irlanda (-0,8 p.p.) e à Turquia (-0,4 p.p.).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.


4 – Saldos da Balança Comercial
Em 2020, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+245 milhões de Euros), ao Reino Unido (+118 milhões) e aos EUA (107 milhões). Seguiram-se Marrocos (+38 milhões) e Ceuta (+24 milhões). O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-676 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑294 milhões), da China (-272 milhões), do Brasil (-192 milhões) e dos Países Baixos (-132 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO). Os grupos com maior peso nas exportações em 2020, representando 53,1% do total, foram “Material de transporte terrestre e partes” (15,4% e TVH -4,9%), “Máquinas, aparelhos e partes” (14,3% do total e TVH +10,9%), “Químicos” (11,9% e TVH +3,0%), “Agro-alimentares” (11,5% e TVH +3,1%).

O maior contributo para o acréscimo global de +208 milhões de Euros, face a 2019, coube ao grupo “Energéticos”, com +142 milhões de Euros, seguido do grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (+73 milhões). Ocorreram decréscimos em três dos grupos: “Material de transporte terrestre e partes” (‑41 milhões de Euros), “Madeira, cortiça e papel” (-27 milhões) e “Minérios e metais” (‑18 milhões).
5.2 – Importações
Em 2020, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 73,6% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,9%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +0,2%), “Químicos” (16,9% do total e TVH +0,4%), “Energéticos” (13,7% e TVH +12,9%), “Agro-alimentares” (13,3% e TVH +0,9%) e “Material de transporte terrestre e partes” (11,8% e TVH +1,5%).

Verificaram-se quebras nas importações dos grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (‑194 milhões de Euros), “Minérios e metais” (-53 milhões), “Têxteis e vestuário” (-23 milhões) e “Calçado, peles e couros” (-7 milhões). O maior acréscimo incidiu no grupo “Energéticos” (+105 milhões de Euros).
6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2020 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 26,0% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos, “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3ª posição, precedida do Brasil e da França).
Seguiram-se no “ranking” a França (13,4%), a Alemanha (11,5%), o Reino Unido (5,8%), os EUA (5,4%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,9%), a Bélgica (2,6%), Angola (1,5%) e Brasil (1,5%). Estes dez países cobriram 75,9% das exportações totais.
6.2 – Importações

Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove dos onze grupos de produtos, com 30,1% do total, sendo as excepções os grupos “Energéticos” (3ª posição, precedida do Brasil e Angola) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4º lugar, depois da Alemanha, EUA e França).
Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (13,3%), a França (6,7%), os Países Baixos (5,0%), a China (4,7%), a Itália (4,3%), o Brasil (4,0%), a Bélgica (2,7%), o Reino Unido (2,7%) e os EUA (2,6%).
Estes dez países cobriram 76,0% das importações totais.

Alcochete, 22 de Março de 2020.


quinta-feira, 12 de março de 2020

Séries anuais do Comércio Internacional-Parte II (2014-2019)


Comércio Internacional de Mercadorias
Séries Anuais - Parte II
Evolução por grupos 
e seus subgrupos de produtos
(2014 a 2019)

                                                    "Disponível para download > aqui"


Nota introdutória
Na segunda parte deste trabalho reúnem-se quadros sobre da evolução das trocas comerciais nas importações e exportações de mercadorias, ao nível dos produtos que integram os onze Grupos, agora desagregados num total de 38 Subgrupos, o que permite uma análise mais fina do comércio internacional português ao longo dos últimos seis anos.
4 - Evolução por grupos e subgrupos de produtos
     Valor, taxa de variação homóloga e estrutura
4.1 – Importações
























4.2 - Exportações
























5 - Índices de Valor, Volume e Preço 
      por grupos de produtos
5.1 - Importações


















5.2 - Exportações





















Alcochete, 12 de Março de 2020.


Anexo