domingo, 26 de novembro de 2023

Contributo dos Grupos de Produtos e seus principais mercados para o 'crescimento' das Exportações - Janeiro-Setembro 2022-2023

 

Contributo dos Grupos de Produtos
e seus principais mercados
para o 'crescimento' das Exportações
(Janeiro-Setembro 2022-2023)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Apresentam-se neste trabalho, através de um conjunto de quadros e gráficos, os contributos dos Grupos de Produtos e dos principais mercados de destino para a evolução global das exportações portuguesas de mercadorias no período de Janeiro a Setembro de 2023 face ao período homologo do ano anterior, bem como, ao nível de cada Grupo de Produtos, os principais mercados e respectivos contributos (ver a definiçãp do conteúdo dos Grupos em Anexo).

Os dados de base, extraídos do portal do “Instituto Nacional de Estatística” (INE), correspondem a uma versão definitiva para 2022 e a uma versão preliminar para 2022, com última actualização em 9-11-2023.

2 – Estrutura e contributos dos Grupos de Produtos

Os Grupos de Produtos com maior peso no total das exportações em Janeiro-Setembro de 2023 foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4%), “Químicos” (13,6%), “Agro-alimentares” (13,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,5%) e “Minérios e metais” (10,2 %).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,8%), “Têxteis e vestuário” (7,7%), “Madeira, cortiça e papel” (6,9%), “Energéticos” (6,8%) e, com menor peso, os grupos “Calçado, peles e couros” (3,2%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).

O maior contributo para a taxa de ‘crescimento’ negativa das exportações (-0,6%) coube, em pontos percentuais, ao grupo “Energéticos” (-2,1 p.p.).


Seguiram-se, por ordem decrescente, os grupos “Madeira, cortiça e papel” (-1,0 p.p.), “Químicos” (-0,7 p.p.), “Minérios e metais” (-0,6 p.p.), “Têxteis e vestuário” (-0,4 p.p.), “Calçado, peles e couros” e “Aeronaves, embarcações e partes” (-0,1 p.p. cada).

Os contributos positivos incidiram nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+1,6 p.p.), “Material de transporte terrestre e partes” (+1,3 p.p.), “Produtos acabados diversos” (+0,8 p.p.) e “Agro-alimentares” (+0,7 p.p.).

 3 – Contributos dos principais mercados                                                       para a exportação global



Dez mercados, sendo sete do espaço comunitário, foram o destino de 69,4% das exportações portuguesas de mercadorias em 2023, com destaque para a Espanha (25,6% do Total).

Alinharam-se depois a França (13,2%), a Alemanha (10,9%), o Reino Unido/Irl.NT (4,7%), a Itália (4,1%), os Países Baixos (3,6%), a Bélgica (2,6%), Angola (1,7%), as Provisões de Bordo para países terceiros e a Polónia (1,5% cada).

4 – Contributos dos 10 principais mercados de destino                                ao nível de cada Grupo de Produtos

4.1- Agro-alimentares


4.2- Energéticos


4.3- Químicos



4.4- Madeira, cortiça e papel



4.5- Têxteis e vestuário



4.6- Calçado, peles e couros


4.7- Minérios e metais



4.8- Máquinas, aparelhos e partes



4.9- Material de transporte terrestre e partes



4.10- Aeronaves, embarcações e partes



4.11- Produtos acabados diversos






Alcochete, 25 de Novembro de 2023.

 



























quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Comércio Internacional - Índices de Valor, Volume e Preço (Jan-Setembro 2023/2022)

 

Comércio Internacional
Índices de Valor, Volume e Preço
por Grupos e Subgrupos de produtos
(Janeiro-Setembro 2023/2022)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Apresentam-se neste trabalho indicadores de evolução em Valor, Volume e Preço das importações e das exportações portuguesas de mercadorias por grupos e subgrupos de produtos, calculados para o período acumulado de Janeiro a Setembro de 2023, a preços do período homólogo de 2022.

Para o cálculo dos índices de preço, as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e às exportações de mercadorias com movimento nos dois anos, foram agregadas em 11 grupos e 38 subgrupos de produtos (ver Anexo).

Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir de dados de base elementares constantes do Portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva para 2022 e preliminar para 2023, com última actualização em 9 de Novembro de 2023.

2 – Nota metodológica

O método utilizado para o cálculo dos índices de preço de Paasche aqui apresentados assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, índices posteriormente ponderados para o cálculo dos índices dos respectivos grupos de produtos, e estes por sua vez ponderados para o cálculo do índice do total, em cada uma das vertentes comerciais.

Os índices de preço de cada subgrupo são obtidos a partir de uma primeira amostra automática, construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise e respeitando as alterações pautais anualmente introduzidas na Nomenclatura Combinada, dentro de um intervalo calculado por métodos estatísticos.

Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, pode vir a ser incluído na amostra.

Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem ou de destino de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo calculado, incluindo-se na amostra do subgrupo a informação do conjunto dos países que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo previamente encontrado. No caso presente foram desagregados por países e analisados os respectivos índices 95 produtos da Nomenclatura Combinada a oito dígitos nas importações e 68 nas exportações.

Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis face aos restantes produtos do subgrupo.

Na figura seguinte pode observar-se, por grupos de produtos, a representatividade das amostras globais em cada uma das vertentes comerciais que serviram de base ao cálculo dos presentes índices de preço de Paasche, envolvendo mais de 18000 posições pautais a oito dígitos da NC-8 constantes da base de dados do INE.

3 – Balança Comercial

De acordo com os dados disponíveis, o défice da balança comercial de mercadorias no período acumulado de Janeiro a Setembro de 2023 decresceu -12,4% face ao período homólogo do ano anterior, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a aumentar de 72,1% para 74,5%.

As importações (somatório das ‘chegadas’ de mercadorias provenientes do espaço comunitário com as importações originárias dos países terceiros), com um decréscimo em valor de -3,9%, terão registado um aumento em volume de +1,9% e um decréscimo em preço de -5,7%.

Por sua vez, o decréscimo  em valor de -0,6% verificado nas exportações terá resultado de um acréscimo em volume de +1,1 %, com o preço a decrescer -1,7%.

Excluindo os produtos “Energéticos” do Total das importações e das exportações, o défice da balança comercial em 2023 situa-se em -14,5 mil milhões de Euros, contra -20,0 mil milhões em termos globais.

Por sua vez, em 2023 o grau de cobertura das importações pelas exportações, excluindo os produtos “Energéticos” sobe de 74,5%, em termos globais, para 79,0%.

Numa análise por Grupos de Produtos, em 2023 o saldo da Balança Comercial de mercadorias no período em análise foi positivo em quatro dos onze grupos de produtos considerados, que pesaram 27,6% no total das exportações e 15,9% no total das importações, designadamente “Madeira, cortiça e papel”, “Têxteis e vestuário”, “Calçado, peles e couros” e “Produtos acabados diversos”.

4 - Importações

Em 2023 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas importações de mercadorias foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,7%), “Químicos” (17,3%), “Agro-alimentares” (15,5%), e “Energéticos” (12,0%) “Material de transporte terrestre e partes” (11,8%).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,1%), “Produtos acabados diversos” (6,0%), “Têxteis e vestuário” (5,0%), “Madeira, cortiça e papel” (3,1%), “Calçado, peles e couros” (1,8%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).

Foram negativas as taxas de variação em Valor dos grupos “Energéticos” (-34,9%), “Madeira, cortiça e papel” (-7,8%) “Minérios e metais” (-7,2%), “Têxteis e vestuário” (-5,4%) e “Químicos” (-2,6%). O grupo “Aeronaves, embarcações e partes”, para que não foram calculados índices de preço, registou em 2023 uma taxa de variação homóloga em Valor de ‑29,0%. Entre os restantes grupos, com taxas positivas, destacou-se o grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+26,5%).

Em Volume, foram negativas as taxas de variação dos grupos “Energéticos” (-7,3%) e “Madeira, cortiça e papel” (‑5,3%) e “Têxteis e vestuário” (-1,3%). Entre os restantes, com taxas positivas, destacou-se o grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+21,3%).

Em Preço, foram negativas as taxas de variação dos grupos “Energéticos” (-29,9%), “Minérios e metais” (-9,8%), “Químicos” (-4,7%), “Têxteis e vestuário” (-4,2%) e “Madeira, cortiça e papel” (-2,7%). Entre os restantes, com taxas positivas, destacaram-se os grupos “Agro-alimentares” (+4,5%) e “Material de transporte terrestre e partes” (+4,3%).

5 – Exportações

Nos primeiros nove meses de 2023 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas exportações de mercadorias foram “Máquinas aparelhos e partes” (15,4%), “Químicos” (13,6%), “Agro-alimentares” (13,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,5%), e “Minérios e metais” (10,2%).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,8%), “Têxteis e vestuário” (7,7%), “Madeira, cortiça e papel” (6,9%), “Energéticos” (6,8%), “Calçado, peles e couros” (3,2%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).

Verificaram-se decréscimos em Valor face ao ano anterior nos grupos “Energéticos” (­­-23,7%), “Madeira, cortiça e papel” (-12,6%), “Minérios e metais” (-5,7%), “Têxteis e vestuário” (‑5,4%), “Químicos” (-4,6%) e “Calçado, peles e couros” (-2,5%). O grupo “Aeronaves, embarcações e partes”, para que não foram calculados índices de preço, registou em 2023 uma taxa de variação homóloga em Valor de -8,4%.

Entre os grupos restantes, os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+11,6%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (+11,3%). Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (+8,6 %) e “Agro-alimentares” (+5,2%). 

Em Volume registaram-se decréscimos nos grupos de produtos “Madeira, cortiça e papel” (‑11,4%), “Calçado. peles e couros” (-8,6%) “Têxteis e vestuário” (-7,7%), e “Agro-alimentares” (-3,4%).

Os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+7,5%), “Energéticos” (+6,5%) e “Material de transporte terrestre e partes” (+6,3%). Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (+4,8%), “Produtos acabados diversos” (+3,7%) e “Químicos” (+1,4%).

No âmbito do Preço verificaram-se decréscimos nas exportações dos grupos “Energéticos” (‑28,3%), “Minérios e metais” (-10,0%), “Químicos” (-5,9%) e “Madeira, cortiça e papel” (‑1,4%).

Entre os acréscimos destacou-se o grupo “Agro-alimentares” (+8,9%), seguido de “Calçado, peles e couros” (+6,6%), “Material de transporte terrestre e partes” (+5,0%), “Produtos acabados diversos” (+4,7%), “Máquinas, aparelhos e partes” (+3,5%), “Têxteis e vestuário” (+2,6%). 


Alcochete, 22 de Novembro de 2023.

                                                                                                               































































domingo, 12 de novembro de 2023

Comércio Internacional de mercadorias - Série mensal - Janeiro a Setembro de 2023

 

Comércio Internacional 
de mercadorias
- Série mensal -
(Janeiro a Setembro de 2023)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Setembro de 2022 em versão definitiva e de 2023 em versão preliminar, com última actualização em 9 de Novembro, as exportações de mercadorias em 2023 decresceram, em termos homólogos, -0,6% (-364 milhões de Euros), a par de um decréscimo das importações de -3,9% (-3179 milhões).


A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos valores dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um decréscimo de -0,7% (-303 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros decrescido ‑0,4% (-61 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +3,8% (+2141 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -20,7% (-5320 milhões de Euros). 

O défice comercial externo (Fob-Cif), -12,4% face a 2022, situou-se em -19967 milhões de Euros (superior em 365 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 2444 milhões no comércio intracomunitário e uma redução de 5259 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 72,1%, em 2022, para 74,5%, em 2023.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Setembro de 2023 o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 843 Euros/Ton, no mesmo período de 2022, para 571 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Outubro).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 12,0% no total das importações em 2023 e 6,8% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações em sobe em 2023 de 74,5%, no comércio global, para 79,0%.


2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

No período em análise de 2023 as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,4% do Total, decresceram -0,7%, contribuindo com -0,5 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de -0,6%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,6% do Total), decresceram -0,4%, com um contributo de -0,1 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações foram a Espanha (25,6%), a França (13,2%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,5%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,7%), a Itália (4,1%), os Países Baixos (3,6%), a Bélgica (2,6%), Angola (1,7%) e as Provisões de Bordo (1,5%), que representaram 74,4% do total.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2022, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise um decréscimo de -4,2% nas nossas exportações (-43,6 milhões de Euros).

Ocorreram decréscimos nos grupos de produtos “Agro-alimentares” (-42,0 milhões de Euros), Químicos (-20,1 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (-17,2 milhões), “Produtos acabados diversos” (-8,0 milhões), “Têxteis e vestuário” (-4,1 milhões) e “Calçado, peles e couros” (-2,5 milhões).

Os acréscimos incidiram nos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (+34,3 milhões de Euros), “Material de transporte terrestre e partes” (+8,5 milhões), “Minérios e metais” (+3,3 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+2,8 milhões) e “Energéticos” (+1,4 milhões de Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (-0,6%) pertenceram à França (+0,8 p.p.), a Marrocos (+0,4 p.p.), à Bélgica, China e Roménia (+0,2 p.p. cada) e à Polónia, Provisões de Bordo, Brasil, Turquia e Suécia (+0,1 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam a Espanha (-0,6 p.p.), aos Países Baixos (-0,5 p.p.), aos EUA (-0,4 p.p.), à Itália e Gibraltar (-0,3 p.p. cada)  e à Espanha (-0,2 p.p.). 

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em França, seguidos dos da Bélgica, Roménia, Polónia, Provisões de Bordo, Suécia, República Checa e Eslováquia. Os maiores decréscimos ocorreram com a Espanha, Países Baixos, Itália, Finlândia, Dinamarca, Irlanda e Lituânia.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se Marrocos, a Argélia, o Japão, os Emiratos Árabes Unidos, a China, a Austrália, o Brasil e a Turquia.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os dos EUA, de Gibraltar, das Provisões de Bordo, da Argentina, do Panamá, da Noruega, de Israel, do Reino Unido e de Angola.

3.2 - Importações

No período de Janeiro a Setembro de 2023 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 73,9% do total, registaram um acréscimo de +3,8% e contribuíram com +2,6 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de -3,9%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -20,7% representando 26,1% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de -6,5 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2023 foram a Espanha (33,6% do Total), seguida da Alemanha (11,6%), da França (6,8%), dos Países Baixos (5,3%), da China (5,0%), da Itália (4,9%), do Brasil (3,9%), da Bélgica (3,1%), dos EUA (2,3%) e da Polónia (1,9%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 78,4% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (-3,9%), destacaram-se os da Irlanda e Espanha, (+0,8 p.p. cada), seguidos dos da França (+0,6 p.p.), da Alemanha e Polónia (+0,3 p.p. cada), da Ucrânia, Suíça e República Checa (+0,1 p.p. cada).

Os principais contributos negativos incidiram nos EUA (-1,1 p.p.), Brasil (-0,8 p.p.), Nigéria (-0,7 p.p.), Azerbaijão (-0,5 p.p.), Federação Russa (-0,4 p.p.), Turquia e China (-0,3 p.p. cada).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor das importações com origem intracomunitária (chegadas) e nos Países Terceiros, entre o período de Janeiro a Setembro de 2023 e de 2022.



4 – Saldos da Balança Comercial        

No período de Janeiro a Setembro de 2023, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+2387 milhões de Euros), aos EUA (+1986 milhões), ao Reino Unido (+1886 milhões), a Angola (+804 milhões) e a Marrocos (+423 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-11389 milhões de Euros), seguida da China (-3374 milhões), da Alemanha (‑2708 milhões), do Brasil (-2307 milhões) e dos Países Baixos (-2012 milhões).


5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

No período de Janeiro-Setembro de 2023, os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do Total e +912 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (13,6% e -383 milhões), “Agro-alimentares” (13,4% e +388 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (12,5% e +764 milhões) e “Minérios e metais” (10,2% e -357 milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,8% e +453 milhões), “Têxteis e vestuário” (7,7% e -254 milhões), “Madeira cortiça e papel” (6,9% e -583 milhões), “Energéticos” (6,8% e -1225 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,2% e -47 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -31 milhões de Euros).


5.2 – Importações

Em 2023 os grupos de produtos com maior peso foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,7% do Total e +467 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (17,3% e -368 milhões), “Agro-alimentares” (15,5% e +837 milhões), “Energéticos” (12,0% e ‑5068 milhões) e “Material de transporte terrestre e partes” (11,8% e +1942 milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,1% e -554 milhões de Euros),  “Produtos acabados diversos” (6,0% e +178 milhões), “Têxteis e vestuário” (5,0% e -223 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,1% e -208 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,8% e +22 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -203 milhões de Euros).

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no período em análise de 2023 a primeira posição em 7 dos 11 grupos de produtos com 25,6% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (3ª posição, depois das Provisões de Bordo Extra-UE) e dos EUA, “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3ª posição, precedida do Brasil e da França).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,2%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,5%), o Reino Unido e Irl NT (4,7%), a Itália (4,1%), os Países Baixos (3,6%), a Bélgica (2,6%), Angola (1,7%) e Provisões de Bordo P. Terceiros (1,5%).

Estes dez destinos representaram 74,4% da exportação total.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 33,6% do total.

A excepção foi o grupo ““Aeronaves, embarcações e partes” (3º lugar, depois da Alemanha e dos EUA).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,6%), a França (6,8%), os Países Baixos (5,3%), a China (5,0%), a Itália (4,9%), o Brasil (3,9%), a Bélgica (3,1%), os EUA (2,3%) e a Polónia (1,9%).

Estes dez países cobriram 78,4% da importação total.

7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2023                        face a 2022, por meses homólogos não acumulados


Alcochete, 12 de Novembro de 2023.

ANEXO