domingo, 21 de outubro de 2018

Acréscimos e decréscimos das exportações e importações - Jan-Ago 2018



Acréscimos e decréscimos das exportações 
e importações portuguesas de mercadorias
em períodos homólogos
- Produtos e mercados -
(Janeiro a Agosto - 2018 face a 2017)

( disponível para download  >> aqui )


1 - Nota introdutória
Neste trabalho pretende-se analisar onde incidiram os maiores acréscimos e decréscimos das exportações e das importações portuguesas, em termos homólogos, por produtos e por mercados, no período de Janeiro a Agosto de 2018, face a 2017.
São utilizados dados de base divulgados no portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), provisórios para 2017 e preliminares para 2018, com última actualização em 10-10-2018.
2 – Balança Comercial
No período em análise as importações cresceram em valor+8,6% (+3917 milhões de Euros) e as exportações +7,3% (+2658 milhões), com o défice a aumentar 1259 milhões de Euros e o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 79,6% para 78,7%.



3 – Exportações de mercadorias
3.1 - Produtos
Numa análise da evolução das exportações por grupos de produtos (ver definição dos grupos em quadro anexo – Anexo 1), verifica-se que o maior acréscimo incidiu no grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+1391 milhões de Euros), seguido, a grande distância, pelos grupos “Minérios e metais” (+349 milhões), “Energéticos” (+324 milhões), “Produtos acabados diversos” (+232 milhões), “Agro-alimentares” (+223 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+148 milhões), “Têxteis e vestuário” (+83 milhõesde Euros).
Os decréscimos ocorreram nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (-35 milhões de Euros), “Químicos” (-32 milhões), “Calçado, peles e couros” (-13 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-12 milhões de Euros).


Verificaram-se acréscimos em 10 dos 11 grupos de produtos considerados nas exportações para o espaço comunitário (expedições), com destaque para “Material de transporte terrestre e partes” (+1496 milhões de Euros), “Minérios e metais” (+402 milhões), “Agro-alimentares” (+230 milhões) e “Produtos acabados diversos” (+226 milhões de Euros).
O único decréscimo incidiu no grupo “Calçado, pelos e couros” (-9 milhões de Euros).

Por sua vez, as exportações para o conjunto dos países terceiros registaram decréscimos em 7 dos grupos de produtos, as mais volumosas das quais nos grupos  “Material de transporte terrestre e partes” (-104 milhões de Euros), “Químicos” (-99 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (-73 milhões) e “Minérios e metais” (-53 milhões de Euros).
O principal acréscimo ocorreu no grupo “Energéticos” (+251 milhões de Euros).

No quadro seguinte pode observar-se a evolução das exportações de mercadorias por grupos de produtos, agora desagregados por conjuntos de capítulos da Nomenclatura Combinada (ver definição em quadro anexo – Anexo 2).

A um nível mais fino encontram-se relacionados nos dois quadros seguintes os principais acréscimos e decréscimos de produtos definidos a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada com valor superior a 12 milhões de Euros.


3.2 – Mercados
Na figura seguinte encontram-se relacionados os mercados que registaram acréscimos e decréscimos superiores a 20 milhões de Euros no período em análise, mercados que pesaram 87,8% na exportação total.

4 – Importações de mercadorias
4.1 - Produtos
Por grupos de produtos, verifica-se que o maior acréscimo nas importações incidiu no grupo “Energéticos” (+969 milhões de Euros), seguido dos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+796 milhões), “Químicos” (+619 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+606 milhões), “Minérios e metais” (+438 milhões), “Agro-alimentares” (+233 milhões), “Produtos acabados diversos” (+190 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+132 milhões), “Têxteis e vestuário” (+98 milhões) e “Calçado, peles e couros” (+22 milhões de Euros). O único decréscimo ocorreu no grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (-188 milhões de Euros).

Verificaram-se acréscimos em 9 dos 11 grupos considerados nas importações com origem no espaço comunitário, com destaque para “Máquinas, aparelhos e partes” (+662 milhões de Euros), seguido de “Material de transporte terrestre e partes” (+548 milhões), “Químicos” (+469 milhões), “Minérios e metais” (+343 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+221 milhões de Euros), “Produtos acabados diversos” (+155 milhões”, “Agro-alimentares” (+133 milhões”, “Madeira, cortiça e papel” (+102 milhões) e “Energéticos” (+17 milhões de Euros).
As importações do grupo “Calçado, peles e couros” foram de idêntico montante nos dois anos, tendo o único decréscimo incidido no grupo “Têxteis e vestuário” (-16 milhões de Euros).

Por sua vez, as exportações para o conjunto dos países terceiros registaram acréscimos em 10 dos grupos de produtos, o mais volumoso dos quais no grupo  “Energéticos” (+953 milhões de Euros). Entre os restantes, com valores entre 95 e 150 milhões de Euros, destacaram-se os grupos “Químicos”, “Máquinas, aparelhos e partes”, “Têxteis e vestuário”, “Agro-alimentares” e “Minérios e metais”.
O único decréscimo ocorreu no grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (-429 milhões de Euros).

No quadro seguinte pode observar-se a evolução das exportações de mercadorias por grupos de produtos, agora desagregados por conjuntos de capítulos da Nomenclatura Combinada.

A um nível mais fino encontram-se relacionados nos dois quadros seguintes os principais acréscimos e decréscimos de produtos definidos a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada, com valor superior a 12 milhões de Euros.


4.2 – Mercados
Na figura seguinte encontram-se relacionados os mercados que registaram acréscimos e decréscimos nas importações portuguesas superiores a 20 milhões de Euros no período de Janeiro a Junho de 2018, face ao período homólogo do ano anterior, mercados que pesaram 87,5% no total da importação.


Anexo 1


Anexo 2



             Alcochete, 20 de Outubro de 2018



terça-feira, 16 de outubro de 2018

Série mensal Jan-Ago 2018 - Comércio Internacional



Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Agosto de 2018 

( disponível para download  >> aqui )



1 - Balança comercial

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Outubro de 2018, nos primeiros oito meses de 2018 as exportações de mercadorias cresceram em valor +7,3% face ao mesmo período do ano anterior (+2658 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +8,6% (+3917 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +10,0% (+2693 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros decresceram -0,4% (-36 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +7,6% (+2634 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +11,6% (+1282 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +13,6%, ao situar-se em -10526 milhões de Euros (um acréscimo de 1259 milhões de Euros face a igual período do ano anterior, com uma redução de 59 milhões no comércio intracomunitário e um aumento de 1318 milhões no extracomunitário). Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 79,6%, em 2017, para 78,7%, em 2018.

A taxa de variação homóloga das exportações para os países terceiros, por meses acumulados, tornou-se negativa em Março de 2018, tendo-se atenuado ao longo dos meses seguintes.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo sensível na Balança Comercial. O valor médio unitário de importação do petróleo, que no conjunto dos oito primeiros meses de 2017 se situou em 362 Euros/Ton, subiu para 425 Euros/Ton em 2018.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 12,6% e 7,7% do total no período de Janeiro-Agosto de 2018), o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2018, de 78,7% para 83,1%.


2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período em análise, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 75,8% do total (73,9% em 2017), cresceram em valor +10,0%, contribuindo com +7,4 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +7,3%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 24,2% do total em 2018 (26,1% em 2017), registaram um decréscimo em valor -0,4%, contribuindo negativamente, com -0,1 p.p., para a taxa de crescimento global. 


Os principais mercados de destino no período de Janeiro a Agosto de 2018 foram a Espanha (25,3%), a França (12,8%), a Alemanha (11,6%), o Reino Unido (6,1%), os EUA (5,3%), a Itália (4,1%), os Países Baixos (3,9%), Angola (2,6%), a Bélgica (2,4%), o Brasil, Polónia e Marrocos (1,3% cada), e a China (1,2%), países que representaram 79,1% do total.
Angola, o segundo mercado entre os países terceiros depois dos EUA, registou uma quebra em valor de –15,2% nos primeiros oito meses do ano (-180 milhões de Euros), envolvendo nove dos onze grupos de produtos. As maiores descidas incidiram nos grupos “Agro-alimentares” (‑49,5 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (‑43,2 milhões), “Químicos” (-39,7 milhões), “Produtos acabados diversos” (-19,3 milhões) e “Minérios e metais” (‑13,6 milhões de Euros).
Os dois acréscimos couberam aos grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (+2,5 milhões de Euros), envolvendo essencialmente embarcações e estruturas flutuantes, e “Energéticos” (+169 mil Euros). 

Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+7,3%), couberam a Espanha (+1,8 p.p.), França (+1,3 p.p.), Alemanha (1,1 p.p.), Itália (+0,9 p.p.) e Áustria (+0,4 p.p.).
Os maiores contributos negativos pertenceram a Angola (‑0,5 p.p.), China (-0,3 p.p.),  Taiwan e Reino Unido (-0,1 p.p. cada).

O maior acréscimo, em Euros, nas exportações (expedições) para o espaço comunitário no período de Janeiro a Agosto de 2018, em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido dos da frança, da Alemanha, da Itália e da Áustria. Com menor expressão alinharam-se depois a Polónia, a Eslováquia, a Suécia, a Bélgica, as Provisões de bordo, a Roménia e a Hungria.
Os maiores decréscimos couberam ao Reino Unido e à Irlanda.


Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para os EUA, seguidas das Provisões de Bordo, da Tunísia, da Austrália, da Argentina, do Canadá, de Israel, da Rússia e da Turquia. 

Os maiores decréscimos couberam a Angola, China, Líbano, Arábia Saudita, Gibraltar, Taiwan, Irão, Ghana, Emiratos e Costa do Marfim.


3.2 - Importações
Em 2018, no período em análise, as importações (chegadas) com origem na UE, que representaram 75,1% do total (75,8% no mesmo período de 2017), registaram um acréscimo de +7,6% e contribuíram com +5,8 p.p. para uma taxa de crescimento global de +8,6%.


As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +11,6%, representando 24,9% do total em 2018 (24,2% em 2017), com um contributo para o crescimento de +2,8 p.p..
Os principais mercados de origem das importações em 2018 foram a Espanha (31,1%), a Alemanha (13,8%) e a França (7,5%). Seguiram-se a Itália (5,3%), os Países Baixos (5,2%), a China (3,1%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,5%), a Federação Russa (1,7%), os EUA (1,6%) e o Brasil (1,4%), países que representaram no seu conjunto 76,1% das nossas importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+8,6%) destacam-se a Espanha (+1,9 p.p.), a Alemanha (+1,4 p.p.), a França (+0,9 p.p.), o Cazaquistão (+0,8 p.p.), os Países Baixos e a China (+0,4% cada), a Itália, a Bélgica e a Turquia (+0,3 p.p. cada).

Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Singapura e à Federação Russa (-0,7 p.p. cada), seguidos do Brasil e da Colômbia (-0,2 p.p. cada).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.


4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam aos EUA (+1280 milhões de Euros), a França (+1256 milhões) e ao Reino Unido (+1152 milhões). Seguiram-se Marrocos (+396 milhões) e Angola (+330 milhões).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-5545 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑2310 milhões), dos Países Baixos (-1090 milhões), da China (-1080 milhões) e da Itália (‑1013 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2/SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo). Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias em 2018, representando 80,1% do total no período em análise, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (14,2% do total e TVH -0,6%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,4% e TVH +36,4%), “Químicos” (11,9% e TVH -0,7%), “Agro-alimentares” (11,9% e TVH +5,1%) “Minérios e metais” (9,9% e TVH +10,0%), “Têxteis e vestuário” (9,4% e TVH + 2,3%) e “Produtos acabados diversos” (9,4% e TVH +6,8%).
Os maiores acréscimos, em Euros, ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+1,4 mil milhões de Euros), “Minérios e metais” (+349 milhões), “Energéticos” (+324 milhões), “Produtos acabados diversos” (+232 milhões), “Agro-alimentares” (+223 milhões) e “Madeira, cortiça e papel” (+148 milhões de Euros). Os decréscimos incidiram no grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (-35 milhões de Euros),  “Químicos” (-32 milhões), “Calçado, peles e couros” (-13 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-12 milhões de Euros).

5.2 – Importações
No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 73,1% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,1%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +10,4%), “Químicos” (16,2% do total e TVH de +8,4%), “Agro-alimentares” (14,7% e TVH de +3,3%), “Energéticos” (12,6% e TVH de +18,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,5% e TVH de +10,9%).
À excepção do grupo “Aeronaves, embarcações e partes”, que registou em 2018 uma quebra de -188 milhões de Euros face ao período homólogo do ano anterior, em todos os restantes se verificaram acréscimos nas importações, tendo ocorrido os mais significativos nos grupos “Energéticos” (+969 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (+796 milhões), “Químicos” (+619 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+606 milhões) e “Minérios e metais” (+438 milhões de Euros). 


6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou de Janeiro a Agosto de 2018 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,3% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição, antecedida do Brasil,  EUA e França).

Seguiram-se no “ranking” a França (12,8%), a Alemanha (11,6%), o Reino Unido (6,1%), os EUA (5,3%), a Itália (4,1%), os Países Baixos (3,9%), Angola (2,6%), a Bélgica (2,4%), e o Brasil (1,3%). Estes dez países cobriram 75,3% das exportações totais.
6.2 – Importações


Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove dos onze grupos de produtos, com 31,1% do total, sendo as excepções os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5º lugar, antecedida da Alemanha, da França, dos EUA e dos Países Baixos).
Seguiram-se a Alemanha (13,8%), a França (7,5%), a Itália (5,3%), os Países Baixos (5,2%), a China (3,1%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,5%), a Rússia (1,7%) e os EUA (1,6%).
Estes dez países cobriram 74,6% das importações totais.

Alcochete, 16 de Outubro de 2018.


segunda-feira, 8 de outubro de 2018


Balança Comercial de Bens e Serviços
Componentes dos Serviços
(2015-2017 e 1º Semestre 2015-2018)
(disponível para download  >> aqui )


1 – Balança Comercial de Bens e Serviços

Em termos anuais, o peso dos Serviços no total das exportações de Bens e Serviços (crédito) aumentou sustentadamente entre 2015 e 2017, de 34,0% para 35,9%. Numa análise do seu comportamento ao longo do 1º Semestre dos anos 2015 a 2018 verifica-se que foi também sustentado o crescimento, passando de 31,4% em 2015 para 32,9% do total em 2018.



Por sua vez, o peso dos Serviços no total das importações de Bens e Serviços (débito) subiu, em termos anuais, de 17,7% em 2015 para 18,4% em 2016, descendo no ano seguinte para 18,1%. Ao longo do 1º Semestre dos anos 2015 a 2018, após um acréscimo de 2015 para 2016 (17,5% para 18,3%), registaram-se quebras sucessivas a partir de então, situando-se o seu peso em 17,4% do total dos Bens e Serviços no 1º Semestre de 2018.
Se agregarmos a balança comercial de Bens, tradicionalmente deficitária, com a de Serviços, superavitária, verifica-se que o saldo (fob-fob) da balança global anual de Bens e Serviços, positivo, cresceu de 2990 milhões em 2015 para 3817 milhões de Euros em 2016 (+27,7%), descendo para 3511 milhões em 2017 (-8,0%).


Numa análise do comportamento no 1º Semestre dos anos 2015 a 2018, após o aumento verificado em 2016, em que o saldo atingiu 968 milhões de Euros, assistiu-se a quebras sucessivas nos anos seguintes, situando-se o saldo em 185 milhões de Euros em 2018, de acordo com os dados disponíveis em 4-10-2018.
Existe algum desfasamento entre os valores do comércio internacional de Bens (mercadorias) quando considerados pelo INE ou pelo Banco de Portugal, explicado por diferenças metodológicas pontuais na sua classificação.


No presente trabalho utilizam-se os dados de base de Bens e Serviços disponibilizados pelo Banco de Portugal no seu portal.
Na figura seguinte encontra-se a balança comercial de Bens, de Serviços e do conjunto dos Bens e Serviços, segundo séries não ajustadas e também ajustadas de sazonalidade, para os anos de 2015 a 2017 e período acumulado de Janeiro a Junho de 2015 a 2018.

Entre 2007 e 2017, o ritmo de crescimento anual do crédito de Serviços (exportação) foi mais vivo do que o do débito (importação). Após quebras verificadas em 2009, na sequência da crise que abalou o mundo, assistiu-se a uma recuperação nas duas vertentes. Mas enquanto que o crédito subiu sustentadamente até 2017, o débito registou uma nova descida em 2012, para recuperar a partir de então.


A componente dominante no Crédito de Serviços (exportação) foi a de Viagens e Turismo”, com 50,1% do total em 2017 e 48,4% no 1º Semestre de 2018.

Seguiram-se nos dois períodos em análise os Transportes(21,6% e 23,6%), em que predominaram os “Transportes aéreos” (66,5% do total em 2017 e 67,5% no 1º Semestre de 2018), seguidos dos “Outros transportes”, que não marítimos, como o rodoviário (20,3% e 20,8% respectivamente) e dos “Transportes marítimos” (11,0%e 8,9%). Nos Outros serviços fornecidos por empresas (14,6% e 14,2%) sobressaem os “Serviços técnicos relacionados com o comércio e outros” (74,5% e 74,1% do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria em gestão e outras áreas” (22,0% e 22,7%). Por sua vez, nos serviços de Telecomunicações, informáticos e informação (4,7% e 5,4%) o destaque vai para os serviços “Informáticos” (72,1% e 77,5%), seguidos dos de “Telecomunicações” (25,6% e 21,2%).
No Débito de Serviços (importação) são as mesmas as principais quatro componentes: Viagens e Turismo(29,3% em 2017 e 30,2% no 1º Semestre de 2018), Transportes (24,6% nos dois períodos), Outros serviços fornecidos por empresas(22,4%) e 21,9%) e Serviços de telecomunicações, informáticos e de informação (6,3% e 6,4%).


Entre os Transportes sobressaem igualmente os “Transportes aéreos” (54,0% e 51,4%), mas assumem aqui alguma relevância os “Transportes marítimos” (32,9% e 35,3%), seguidos dos “Outros transportes” (9,4% e 9,2%), onde se inclui o rodoviário. Nos Outros serviços fornecidos por empresas sobressaem os “Serviços técnicos relacionados com o comércio e outros” (71,0% e 70,0% do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria em gestão e outras áreas” (24,1% e 23,3%). Por fim, no âmbito dos serviços deTelecomunicações, informáticos e de informação”, predominam os “Informáticos” (59,2% em 2017 e 67,9% no 1º Semestre de 2018), seguidos dos de “Telecomunicações” (37,1% e 28,6%).
Seguem-se quadros e gráficos relativos à evolução das componentes dos Serviços em valor, estrutura, taxas de variação homóloga, contributos para o crescimento e respectiva balança comercial. 

2 – Evolução das componentes dos Serviços

2.1 - Crédito



2.2 - Débito




2.3 – Balança Comercial



Alcochete, 8 de Outubro de 2018.