domingo, 28 de maio de 2023

Comércio Internacional-Índices Valor Volume e Preço (Jan-Março 2023/2022)

 

Comércio Internacional
Índices de Valor, Volume e Preço
por Grupos e Subgrupos de produtos
(Janeiro-Março 2023/2022)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Apresentam-se neste trabalho indicadores de evolução em Valor, Volume e Preço das importações e das exportações portuguesas de mercadorias por grupos e subgrupos de produtos, calculados para o período acumulado de Janeiro a Março de 2023, a preços do período homólogo de 2022.

Para o cálculo dos índices de preço, as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e às exportações de mercadorias com movimento nos dois anos, foram agregadas em 11 grupos e 38 subgrupos de produtos (ver Anexo).

Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir de dados de base elementares constantes do Portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versões preliminares para 2022 e 2023, com última actualização em 10 de Maio de 2023.

2 – Nota metodológica

O método utilizado para o cálculo dos índices de preço de Paasche aqui apresentados assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, índices posteriormente ponderados para o cálculo dos índices dos respectivos grupos de produtos, e estes por sua vez ponderados para o cálculo do índice do total, em cada uma das vertentes comerciais.

Os índices de preço de cada subgrupo são obtidos a partir de uma primeira amostra automática, construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise e respeitando as alterações pautais anualmente introduzidas na Nomenclatura Combinada, dentro de um intervalo calculado por métodos estatísticos.

Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, pode vir a ser incluído na amostra.

Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem e de destino de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo calculado, incluindo-se na amostra do subgrupo a informação do conjunto dos países que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo previamente encontrado. No caso presente foram desagregados por países e analisados os respectivos índices 111 produtos da Nomenclatura Combinada a oito dígitos nas importações e 124 nas exportações.

Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis face aos restantes produtos do subgrupo.

Na figura seguinte pode observar-se, por grupos de produtos, a representatividade das amostras globais em cada uma das vertentes comerciais que serviram de base ao cálculo dos presentes índices de preço de Paasche, envolvendo mais de 18000 posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada na base de dados do INE.

3 – Balança Comercial

De acordo com os dados disponíveis, o défice da balança comercial de mercadorias no 1º Trimestre de 2023 decresceu -2,0% face ao trimestre homólogo do ano anterior, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a aumentar de 73,1% para 75,8%.

As importações (somatório das ‘chegadas’ de mercadorias provenientes do espaço comunitário com as importações originárias dos países terceiros), com um acréscimo em valor de +9,1%, terão registado um aumento em volume de +7,6% e um acréscimo em preço de +1,4%.

Por sua vez, o aumento em valor de +13,2% verificado nas exportações terá resultado de um acréscimo em volume de +7,8%, com o preço a aumentar +5,0%.

Excluindo os produtos “Energéticos” do Total das importações e das exportações, o défice da balança comercial em 2023 situa-se em -4,5 mil milhões de Euros, contra -6,6 mil milhões em termos globais.

Por sua vez, em 2023 o grau de cobertura das importações pelas exportações, excluindo os produtos “Energéticos” sobe de 75,8%, em termos globais, para 80,9%.

Numa análise por Grupos de Produtos, em 2023 o saldo da Balança Comercial de mercadorias no período em análise foi positivo em quatro dos onze grupos de produtos considerados, que pesaram 27,7% no total das exportações e 15,3% no Total das importações, designadamente “Madeira, cortiça e papel”, “Têxteis e vestuário”, “Calçado, peles e couros” e “Produtos acabados diversos”.

4 - Importações

Em 2023 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas importações de mercadorias foram “Químicos” (19,0%), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,1%), “Agro-alimentares” (14,6%), “Energéticos” (12,5%) e “Material de transporte terrestre e partes” (11,6%).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,0%), “Produtos acabados diversos” (5,7%), “Têxteis e vestuário” (4,7%), “Madeira, cortiça e papel” (3,1%), “Calçado, peles e couros” (1,8%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8%).

Foram negativas as taxas de variação em Valor dos grupos “Energéticos” (-13,0%), “Têxteis e vestuário” (-2,9%) e “Minérios e metais” (-1,4%). Entre os restantes grupos, com taxas positivas, destacou-se o grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+38,0%).

O grupo “Aeronaves, embarcações e partes”, para que não foram calculados índices de preço, registou em 2023 uma taxa de variação homóloga em Valor de +0,2%.

Em Volume, foram negativas as taxas de variação dos grupos “Madeira, cortiça e papel” (‑2,1%), “Têxteis e vestuário” e “Energéticos” (-2,0% cada). Entre os restantes, com taxas positivas, destacou-se o grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+31,5%).

Em Preço, foram negativas as taxas de variação dos grupos “Energéticos” (-11,2%), “Minérios e metais” (-3,1%), “Químicos” (-1,5%) e “Têxteis e vestuário” (-0,9%). Entre os restantes, com taxas positivas, destacou-se o grupo “Agro-alimentares” (+13,0%).

5 – Exportações

No 1º Trimestre de 2023 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas exportações de mercadorias foram “Máquinas aparelhos e partes” (14,9%), “Químicos” (14,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,1%) “Agro-alimentares” (12,7%) e “Minérios e metais” (10,3%).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,6%), “Têxteis e vestuário” (7,9%), “Madeira, cortiça e papel” (7,1%), “Energéticos” (6,6%), “Calçado, peles e couros” (3,1%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).

Verificou-se um decréscimo em Valor, face ao ano anterior, no grupo “Energéticos” (­­-4,7%). Entre os grupos restantes, os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+27,0%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (+26,6%). Seguiram-se, entre os principais, os grupos “Químicos” (+18,8%), “Produtos acabados diversos” (+16,8%) e “Agro-alimentares” (+14,0%). 

Em Volume registaram-se decréscimos nos grupos “Madeira, cortiça e papel” (-8,6%), “Têxteis e vestuário” (-3,9%), “Calçado.peles e couros” (-3,7%) e “Agro-alimentares” (-0,3%).

Entre os restantes, os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+18,8%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (+16,1%). Seguiram-se os grupos “Químicos” (+13,2%), “Energéticos” (+11,3%), “Produtos acabados diversos” (+10,9%) e “Minérios e metais” (+8,8%).

No âmbito do Preço verificaram-se decréscimos nas exportações dos grupos “Energéticos” (‑14,4%) e “Minérios e metais” (-5,7%).

Entre os acréscimos destacaram-se os grupos “Agro-alimentares” (+14,4%), “Madeira, cortiça e papel” (+13,8%) e “Calçado, peles e couros” (+11,8%).


Alcochete, 26 de Maio de 2023.


ANEXO


sexta-feira, 12 de maio de 2023

Comércio Internacional de mercadorias - Série mensal - Janeiro a Março de 2023

 

Comércio Internacional 
de mercadorias
- Série mensal -
(Janeiro a Março de 2023)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o 1º Trimestre de 2022 e 2023, em versões preliminares com última actualização em 10 de Maio de 2023, as exportações de mercadorias em 2023 aumentaram em valor, em termos homólogos, +13,2% (+2406 milhões de Euros), a par de um aumento das importações de +9,1% (+2271 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um acréscimo de +8,9% (+1 184 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros aumentado +25,0% (+1222 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +15,6% (+2753 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -6,6% (-483 milhões de Euros). 

O défice comercial externo (Fob-Cif) -2,0% ao situar-se em -6569 milhões de Euros (inferior em 135 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 1570 milhões no comércio intracomunitário e uma redução de 1705 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 73,1%, em 2022, para 75,8%, em 2023.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Março de 2023 o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 639 Euros/ton, no mesmo período de 2022, para 585 Euros/Ton. 

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Abril).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 12,5% no total das importações em 2023 e 6,6% nas exportações, em 2023 o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe de 75,8%, no comércio global, para 80,9%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

No 1º Trimestre de 2023 as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,3% do Total, cresceram +8,9% contribuindo com +6,5 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +13,2%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,7% do Total), cresceram +25,0%, contribuindo com +6,7 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações no período em análise de 2023 foram a Espanha (25,4%), a França (13,3%), a Alemanha (11,0%), os EUA (6,8%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,7%), a Itália (4,2%), os Países Baixos (3,8%), a Bélgica (2,5%), Angola (1,9%) e a Polónia (1,4%), que representaram 74,9% do total.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2022, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise um aumento de +26,0% nas nossas exportações (+78,9 milhões de Euros), envolvendo acréscimos nos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (+36,7 milhões), Químicos (+14,9 milhões), “Minérios e metais” (+12,7 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+4,2 milhões), “Produtos acabados diversos” (+4,0 milhões), “Energéticos” (+2,3 milhões), “Agro-alimentares” (+1,9 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+1,4 milhões), “Calçado, peles e couros” (+715 mil Euros) e “Têxteis e vestuário” (+683 mil Euros) . 

O único decréscimo ocorreu no grupo de produtos “Madeira, cortiça e papel” (-592 mil Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+13,2%) pertenceram a Espanha (+2,0 p.p.), aos EUA (+1,9 p.p.), à França (+1,6 p.p.), à Alemanha (+1,4 p.p.), ao Reino Unido (+1,0 p.p.), a Marrocos (+0,5 p.p.), e às Provisões de Bordo, tanto Intra como Extracomunitárias, Angola e Brasil (+0,4 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam aos Países Baixos, Finlândia e Canadá (-0,1 p.p. cada). 

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em Espanha, França, Alemanha, Provisões de Bordo, Bélgica, Suécia, Eslováquia, Rep. Checa, Polónia, Roménia e Itália. 

Os maiores decréscimos ocorreram com os Países Baixos, Finlândia, Dinamarca e Letónia.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se os EUA, Marrocos, a Argélia, o Japão, as Provisões de Bordo, Angola, o Brasil, a Austrália, a Turquia, e a África do Sul.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os do Panamá, do Catar, da Argentina, da Noruega e do Canadá.

3.2 - Importações

No período de Janeiro a Março de 2023 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 74,9% do total, registaram um acréscimo de +15,6% e contribuíram com +11,1 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +9,1%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -6,6% representando 25,1% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de -1,9 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2023 foram a Espanha (33,2% do Total), seguida da Alemanha (11,4%), da França (6,8%), dos Países Baixos (5,1%), da Itália (4,9%), da China (4,4%), do Brasil (4,0%), da Bélgica (3,2%), da Irlanda (3,0%) e dos EUA (2,5%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 78,4% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (+9,1%) destacou-se o da Espanha, (+3,9 p.p.), seguida da Irlanda (+2,6 p.p.), da França (+1,2 p.p.), do Brasil (+0,9 p.p.), da Alemanha (+0,8 p.p.), dos Países Baixos, Polónia e Itália (0,6 p.p. cada) e da Ucrânia (+0,4 p.p.).

Os principais contributos negativos incidiram na Federação Russa (-1,3 p.p.), no Azerbaijão (-1,0%), nos EUA (-0,9 p.p.) e na Nigéria (‑0,8 p.p.).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor das importações com origem intracomunitária e nos Países Terceiros, entre o 1º Trimestre de 2023 e o de 2022.


4 – Saldos da Balança Comercial        

No período de Janeiro a Março de 2023, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+908 milhões de Euros), aos EUA (+706 milhões), ao Reino Unido (+647 milhões), a Angola (+295 milhões) e a Marrocos (+165 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-3793 milhões de Euros), seguida da China (-1006 milhões), da Alemanha (‑844 milhões), do Brasil (-821 milhões) e da Irlanda (-667 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos, tendo em atenção as alterações pautais de 2023 face ao ano anterior (ver ANEXO).

Em Janeiro-Março de 2023, à excepção dos grupos “Energéticos” e “Aeronaves, embarcações e partes”, todos os restantes registaram acréscimos no valor das exportações face ao mesmo período de 2022.

Os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Máquinas, aparelhos e partes” (14,9% e +642 milhões face a 2022), “Químicos” (14,3% e +464 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (13,1% e +574 milhões), “Agro-alimentares” (12,7% e +322 milhões) e “Minérios e metais” (10,3% e +53 milhões).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,6% e +284 milhões), “Têxteis e vestuário” (7,9% e +34 milhões), “Madeira cortiça e papel” (7,1% e +57 milhões), “Energéticos” (6,6% e -67 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,1% e +46 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -3 milhões de Euros).

5.2 – Importações

Em 2023, no período em análise, à excepção dos grupos “Energéticos”, “Têxteis e vestuário” e “Minérios e metais”, e do grupo “Aeronaves, embarcações e partes” com ‘crescimento nulo, foi positiva a taxa de variação homóloga em valor, face ao ano anterior, nos restantes sete grupos de produtos.

Os grupos de produtos com maior peso foram “Químicos” (18,6% e +626 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,1% e +424 milhões), “Agro-alimentares” (14,6% e +674 milhões), “Energéticos” (12,5 %) e -505 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (11,6% e +871 milhões). Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,0% e -35 milhões).  “Produtos acabados diversos” (5,7% e +158 milhões), “Têxteis e vestuário” (47% e -39 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,1% e +34 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,8% e +60 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8% e ‘crescimento’ nulo).

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no 1º Trimestre de 2023 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 26,2% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3ª posição, precedida do Brasil e da França).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,3%), a Alemanha (11,0%), os EUA (6,8%), a Itália (4,2%), os Países Baixos (3,8%), a Bélgica (2,5%), Angola (1,9%), a Polónia (1,4%) e as “Provisões de Bordo para países terceiros” (1,3%). Estes dez destinos representaram 71,6% das exportações totais.

 6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 33,2% do total.

A excepção foi o grupo ““Aeronaves, embarcações e partes” (3º lugar, depois da Alemanha e do Canadá).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,4%), a França (6,8%), os Países Baixos (5,1%), a Itália (4,9%), a China (4,4%), o Brasil (4,0%), a Bélgica (3,2%), a Irlanda (3,0%) e os EUA (2,5%).

Estes dez países cobriram 78,4% das importações totais.

7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2023                       face a 2022, por meses homólogos não acumulados



Alcochete, 12 de Maio de 2023.

 

ANEXO




terça-feira, 9 de maio de 2023

Contributos dos Grupos de Produtos e principais mercados para o 'crescimento' das exportações

 

Contributos dos Grupos de Produtos
e dos principais mercados
para o 'crescimento' das exportações
(2021-2022)

                               (disponível para download >> aqui)


1-Introdução

Apresentam-se neste trabalho, através de um conjunto de quadros e gráficos, os contributos dos grupos de produtos e dos principais mercados de destino para a evolução global das exportações portuguesas de mercadorias em 2022 face ao ano anterior, bem como, ao nível de cada grupo de produtos (ver Anexo), os seus principais mercados e respectivos contributos.

Os dados de base, extraídos do portal do "Instituto Nacional de Estatística" (INE), correspondem a uma versão definitiva para 2021 e a uma versão preliminar para 2022, com última actualização em 10-04-2023.

2 – Estrutura e contributos dos grupos de produtos

Os grupos de produtos com maior peso no total das exportações em 2022 foram “Químicos” (13,9%), “Máquinas, aparelhos e partes” (13,8%), “Agro-alimentares” (12,9%), “Material de transporte terrestre e partes” (11,8%) e “Minérios e metais” (10,5 %).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,3%), “Energéticos” (8,4%), “Têxteis e vestuário” (7,9%), “Madeira, cortiça e papel” (7,8%) e, com menor peso, os grupos “Calçado, peles e couros” (3,2%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).

O maior contributo para a taxa de ‘crescimento’ das exportações (+23,0%) coube, em pontos percentuais, ao grupo “Energéticos” (+4,6 p.p.).

Seguiram-se, por ordem decrescente, os grupos “Químicos” (+3,2 p.p.), “Máquinas, aparelhos e partes” (+2,9 p.p.), “Agro-alimentares” (+2,5 p.p.), “Madeira, cortiça e papel” (+2,2 p.p.), “Minérios e metais” (+2,1 p.p.), “Material de transporte terrestre e partes” (+1,8 p.p.), “Produtos acabados diversos” (+1,7 p.p.), “Têxteis e vestuário” (1,1 p.p.), “Calçado, peles e couros” (+0,7 p.p.) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+0,2 p.p.).

Na figura seguinte pode observar-se os acréscimos do valor das exportações em todos os grupos de produtos em 2022, face ao ano anterior.


3 – Contributos dos principais mercados de destino                                    para a exportação global


Dez mercados, sendo seis do espaço comunitário, foram o destino de cerca de 2/3 das exportações portuguesas de mercadorias em 2022, com destaque para a Espanha (26,0% do Total) e para a França (12,4%).

Alinharam-se depois os EUA (6,5%), o Reino Unido/Irl.NT (4,9%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (4,0%), a Bélgica (2,4%), Angola (1,8%), as Provisões de Bordo para países terceiros (1,7%) e a Polónia (1,4%).

Todos estes países apresentaram contributos positivos para a taxa de variação homóloga das exportações em 2022 face ao ano anterior.

Os maiores contributos, em percentagem, couberam a Espanha (+26,0%), aos EUA (+10,4%) e à França (+9,2%).

Seguiram-se as Provisões de Bordo para países terceiros (+6,2%), os Países Baixos (+4,5%), a Itália (+4,3%), o Reino Unido/Irl NT (3,7%), Angola (+3,2%), a Bélgica (1,8%) e a Polónia (+1,0%).

 

4 – Contributos dos 10 principais mercados de destino                                em cada um dos Grupos de Produtos

Seguem-se, ao nível de cada grupo de produtos, quadros e gráficos relativos aos seus principais mercados de destino e respectivos contributos para as exportações do grupo.

4.1- Ago-alimentares



4.2- Energéticos




4.3- Químicos



4.4- Madeira, cortiça e papel



4.5- Têxteis e vestuário



4.6- Calçado, peles e couros


4.7- Minérios e metais



4.8- Máquinas, aparelhos e partes


4.9- Material de transporte terrestre e partes


4.10- Aeronaves, embarcações e partes



4.11- Produtos acabados diversos



ANEXO





Alcochete, 8 de Maio de 2023.