sábado, 26 de outubro de 2019

Contributos dos grupos e mercados para as exportações (Jan-Ago 2019)


Contributos dos grupos de produtos
e dos principais mercados
para o 'crescimento' das exportações
de mercadorias
(Janeiro a Agosto de 2019)

                                              ( disponível para download  >> aqui )

1 - Nota introdutória
Pretende-se neste trabalho identificar, de uma forma expedita, através de um conjunto de quadros e gráficos, os contributos dos grupos de produtos e dos principais mercados para a evolução global das exportações portuguesas de mercadorias, bem como os contributos dos mercados dominantes ao nível de cada grupo de produtos (ver conteúdo em Anexo).
Os dados de base foram extraídos do portal do Instituto Nacional de Estatística (INE) e reportam-se ao período acumulado de Janeiro a Agosto de 2018 e 2019, o primeiro em versão provisória e o segundo em versão preliminar, com última actualização em 10 de Outubro de 2019.

2 – Estrutura e contributos dos grupos de produtos

Os grupos de produtos que registaram maior peso no total das exportações em 2019 foram  “Material de transporte terrestre e partes” (15,0%), “Máquinas, aparelhos e partes” (13,7%), “Químicos” (12,7%), “Agro-alimentares” (11,8%), “Produtos acabados diversos” (9,7%), “Minérios e metais” (9,5%) e “Têxteis e vestuário” (9,1%). Seguiram-se os grupos “Madeira, cortiça e papel” (7,6%), “Energéticos” (5,9%), “Calçado, peles e couros” (3,8%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (1,1%).


O maior contributo positivo para a taxa de ‘crescimento’ das exportações (+2,1%) coube, em pontos percentuais, ao grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+1,9 p.p.), “Químicos” (+1,0 p.p.), “Produtos acabados diversos”  (+0,6 p.p.), “Aeronaves, embarcações e partes” (+0,4 p.p.), “Agro-alimentares” (+0,3 p.p.) e “Madeira, cortiça e papel” (+0,2 p.p.).

Com contributos negativos alinharam-se os grupos “Energéticos” (-1,6 p.p.), “Máquinas, aparelhos e partes” (-0,3 p.p.), “Calçado, peles e couros” (-0,2 p.p.), “Minérios e metais” (-0,1 p.p.) e “Têxteis e vestuário” (também -0,1 p.p.).
Na figura seguinte podem observar-se os correspondentes acréscimos e decréscimos do valor das exportações nos primeiros oito meses de 2019, face ao período homólogo do ano anterior.


3 – Contributos dos principais mercados de destino a nível 
      global

Vinte mercados de destino, sendo 12 do espaço comunitário e 8 do extracomunitário (incluindo as Provisões de Bordo Intra e Extra-comunitárias), foram o destino de 85,2% das exportações portuguesas no período de Janeiro a Agosto de 2019.

Entre estes mercados, as maiores taxas de variação homóloga positivas incidiram nos fornecimentos ao Canadá (+62,0%), seguido da Turquia (+30,2%), Itália (+15,7%), Provisões de Bordo para países terceiros (+14,8%), Suíça (+11,7%), Provisões de Bordo para países comunitários (+7,8%), Roménia (+6,5%), Países Baixos (+5,3%), Alemanha (+5,1%) e França (+4,7%). 

Por sua vez, as maiores taxas de variação homóloga negativas couberam a Angola (‑18,8%), ao Brasil (-10,9%) e a Marrocos (-9,8%).
Os maiores acréscimos entre os dois períodos em análise, medidos em milhões de Euros, verificaram-se nas exportações para Itália (+248 milhões), França (+235 milhões), Alemanha (+229 milhões), Canadá (+137 milhões), Turquia (+83 milhões), Países Baixos (+80 milhões), Provisões de Bordo Extracomunitárias (+58 milhões) e Suíça (+45 milhões de Euros).
Os maiores decréscimos couberam a Angola (-190 milhões), Brasil (-57 milhões), Marrocos (-49 milhões) e Espanha (-28 milhões de Euros).
Os correspondentes contributos positivos para a taxa de crescimento das exportações (+6,2%), quando medidos em percentagem, foram: Itália (+30,6%), França (+28,9%), Alemanha (+28,3%), Canadá (+16,9%), Turquia (+10,3%), Países Baixos (+9,8%), Provisões de Bordo Extracomunitárias (+7,2%) e Suíça (+5,6%).
Os contributos negativos pertenceram a Angola (-23,4%), Brasil (-7,0%), Marrocos  (‑6,1%), e Espanha (-3,5%).


4 – Contributos dos principais mercados de destino por
       grupos de produtos
Seguem-se quadros e gráficos com os contributos (em pontos percentuais e em percentagem) dos vinte principais mercados de destino em cada um dos onze grupos de produtos.
Estes quadros incluem também, para cada um dos mercados, os valores dos fornecimentos no período de Janeiro a Agosto de 2018 e 2019, os correspondentes acréscimos e decréscimos entre os dois períodos, a taxa de variação homóloga e o seu peso no total do grupo em cada um dos períodos.

4.1 – Agro-alimentares

4.2 – Energéticos

4.3 – Químicos

4.4 – Madeira, cortiça e papel

4.5 – Têxteis e vestuário

4.6 – Calçado, peles e couros

4.7 – Minérios e metais

4.8 – Máquinas, aparelhos e partes

4.9 – Material de transporte terrestre e partes

4.10 – Aeronaves, embarcações e partes

4.11 – Produtos acabados diversos




Alcochete, 25 de Outubro de 2019.




domingo, 20 de outubro de 2019

Import/Export produtos Madeira e Cortiça - 2014-2018 e Jan-Ago 2018-2019


Importação e exportação de produtos
da Madeira, Cortiça e suas obras
(2014-2018 e Janeiro-Agosto 2018-2019)
( disponível para download  >> aqui )

1 - Nota introdutória
Neste trabalho pretendeu-se analisar a evolução recente da importação e da exportação do conjunto dos produtos da “Madeira, cortiça, e suas obras” (excluindo o mobiliário de madeira) que, desde 2014, pesou em média 1,3% nas importações globais e 3,1% nas exportações.
São aqui utilizados dados de base divulgados no portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), definitivos para o período de 2014 a 2017, provisórios para 2018 e preliminares para 2019, com última actualização em 10-10-2019.

2 – Balança Comercial
No quadro seguinte pode observar-se a evolução da Balança Comercial do conjunto destes produtos no último quinquénio e no período de Janeiro a Agosto de 2018 e 2019.
Nos primeiros oito meses de 2019 as importações cresceram em valor +4,0% (+25,7 milhões de Euros) e as exportações +3,9% (+45,1 milhões), com o saldo positivo a aumentar +3,8% (+19,4 milhões de Euros) e o elevado grau de cobertura das importações pelas exportações a manter-se praticamente estável.


O ritmo de ‘crescimento’ anual das importações deste conjunto de produtos entre 2014 e 2018 (2014=100), sustentadamente crescente, atingiu 133,6% em 2018.
As exportações, após terem aumentado em 2015 face ao ano anterior, decresceram ligeiramente em 2016, para recuperarem sucessivamente a partir de então, atingindo 110,5% em 2018.

Na figura seguinte consta o peso relativo percentual dos produtos da “Madeira e suas obras”, excluindo mobiliário, e dos produtos da “Cortiça e suas obras”, nas importações e nas exportações deste conjunto de produtos no período de Janeiro a Agosto de 2019.

Passa-se a analisar, separadamente, as importações e as exportações dos produtos da Madeira e dos produtos da Cortiça, e suas respectivas obras. 

3 – Madeira e suas obras

3.1 – Balança Comercial
De 2014 a 2018 e período de Janeiro a Agosto de 2019, a Balança Comercial dos produtos da madeira e suas obras tornou-se deficitária a partir de 2016, inclusive, tendo registado saldos negativos de -124,4 milhões de Euros, em 2018, e de -78,0 milhões no período de Janeiro a Agosto de 2019. O grau de cobertura das importações pelas exportações, que em 2014 era de 116,4%, desceu para 84,0% em 2018, situando-se em 85,9% nos primeiros oito meses de 2019.

O ritmo de ‘crescimento’ anual das importações deste conjunto de produtos entre 2014 e 2018 (2014=100), foi sustentadamente crescente do lado das importações, atingindo 127,1% em 2018. Por sua vez o ritmo das exportações manteve-se sempre abaixo do nível que detinham em 2014, decrescendo até 2017 (86,4%), tendo recuperado um pouco em 2018 (91,7%).


3.2 – Importação
No quadro seguinte encontram-se relacionados os produtos importados, definidos a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada.
Nos primeiros oito meses de 2019, os principais produtos totalizaram 97,7% destas importações (igual peso no ano anterior), incidindo maioritariamente na “Madeira em bruto mesmo descascada ou esquadriada” (17,3% do total), na “Lenha, estilhas, partículas e desperdícios de madeira” (17,1%), nos “Painéis de fibras e matérias lenhosas” (13,5%), na “Madeira, serrada, cortada ou desenrolada com espessura superior a 6mm” (11,2%).
Com peso inferior a dois dígitos, seguiram-se os “Paínéis de partículas de madeira ou matérias lenhosas mesmo aglomeradas” (9,3%), as “Obras de carpintaria para construções” (5,8%), a “Madeira contraplacada, compensada ou folheada” (5,6%), as “Outras obras de madeira, como cabides, bobinas, fósforos, etc.” (3,8%), a “Madeira perfilada, aplainada ou malhetes” (3,4%), as “Folhas de madeira para folheados e contraplacados, ou madeira serrada com até 6mm de espessura, já aparelhada de alguma forma” (3,3%), os “Caixotes, caixas, grades, barricas, paletes e outros” (2,7%), o “Carvão vegetal, mesmo aglomerado” (2,0%), os “Artefactos de madeira para mesa ou cozinha” (1,7%), e a “Madeira marchetada, incrustada, estojos e semelhantes, objectos de ornamentação e outros artigos de madeira excepto móveis” (0,9%). 




No período de Janeiro a Agosto de 2019 as importações de Madeira e suas obras com origem no espaço Intra-comunitário pesaram 68,0% do total (72,1% em igual período do ano anterior). 


O principal fornecedor, a grande distância dos restantes, foi a Espanha, com 45,1% do total (45,9% em2018). Seguiram-se o Uruguai (14,3%), a França (6,7%), o Brasil (4,3%) e os EUA (3,3%).


3.3 – Exportação
Os principais produtos exportados de Janeiro a Agosto de 2019, totalizando 99,6% (99,4% no ano anterior), incidiram nas “Obras de carpintaria para construções” (17,1% do total), na “Lenha, estilhas, partículas e desperdícios de madeira” (17,1%), nos “Paínéis de partículas de madeira ou matérias lenhosas mesmo aglomeradas” (14,2%) e “Painéis de fibras e matérias lenhosas” (13,8%).
Com peso inferior a dois dígitos, seguiram-se a “Madeira, serrada, cortada ou desenrolada com espessura superior a 6mm” (9,5%), a “Madeira em bruto mesmo descascada ou esquadriada” (6,5%), os “Caixotes, caixas, grades, barricas, paletes e outros” (6,2%), as “Folhas de madeira para folheados e contraplacados, ou madeira serrada com até 6mm de espessura, já aparelhada de alguma forma” (4,5%), as “Outras obras de madeira, como cabides, bobinas, fósforos, etc.” (3,0%), a “Madeira perfilada, aplainada ou malhetes” (1,6%), os “Barris, cubas, balsas, dornas, selhas e outros” (1,4%), o “Carvão vegetal, mesmo aglomerado” (1,4%), as “Armações e cabos de ferramentas escovas e vassouras, formas para calçado e outros” (1,0%), a “Madeira contraplacada, compensada ou folheada” (0,9%), a “Madeira marchetada, incrustada, estojos e semelhantes, objectos de ornamentação e outros artigos de madeira excepto móveis” (0,8%) e os “Artefactos de madeira para mesa ou cozinha” (0,5%).






No período de Janeiro a Agosto de 2019 as exportações com destino ao espaço Intra-comunitário pesaram 82,2% do total dos fornecimentos de Madeira e suas obras (79,7% em igual período do ano anterior).
O principal destino, a grande distância dos restantes, foi ainda a Espanha, com 39,7% do total (37,9% em2018).



4 – Cortiça e suas obras

4.1 – Balança Comercial
De 2014 a 2018 e período de Janeiro a Agosto de 2019, a Balança Comercial dos produtos da cortiça e suas obras foi fortemente ‘superavitária’, com saldos anuais sucessivamente crescentes (+706,8 milhões de Euros em 2014 e +843,9 milhões em 2014), saldo que nos primeiros oito meses de 2019 se situou em +607,7 milhões de Euros. 


O ritmo de ‘crescimento’ anual das importações e das exportações deste conjunto de produtos entre 2014 e 2018, face ao valor que detinham em 2014 (2014=100), foi sustentadamente crescente em ambas as vertentes, mas mais acentuado do lado das importações.
A maior diferença operou-se em 2018, com as importações a atingirem 162,9%, contra 126,4% nas exportações. 


4.2 – Importação
No quadro e gráfico seguintes encontram-se relacionados os produtos importados, definidos a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada. 





Nos primeiros oito meses de 2019, os principais produtos importados incidiram na “Cortiça natural em bruto, triturada, granulada e desperdícios” (67,8%), com destaque para a cortiça apenas limpa à superfície ou nos bordos, e nas “Obras de cortiça natural” (16,2%), principalmente rolhas cilíndricas.
Seguiram-se a “Cortiça natural sem crosta ou simplesmente esquadriada ou em cubos, chapas, folhas, tiras e esboços para rolhas” (8,5%) e a “Cortiça aglomerada com ou sem aglutinantes e suas obras” (7,5%), principalmente rolhas. 

No período de Janeiro a Agosto de 2019 as importações com origem no espaço Intra-comunitário pesaram 79,5% no total das aquisições de Cortiça e suas obras (84,3% em igual período do ano anterior).
O principal fornecedor, a grande distância dos restantes, foi a Espanha, com 66,0% do total (71,1% em2018).

4.3 – Exportação 







No período de Janeiro a Agosto de 2009, os principais produtos exportados incidiram na “Cortiça aglomerada com ou sem aglutinantes e suas obras” (47,4%), principalmente rolhas e ladrilhos, cubos, blocos, chapas, folhas, tiras, cilindros e discos, e nas “Obras de cortiça natural” (43,5%), principalmente rolhas.
Seguiram-se a “Cortiça natural em bruto, triturada, granulada e desperdícios” (9,0%), principalmente desperdícios, e com apenas 0,1% do total a “Cortiça natural sem crosta ou simplesmente esquadriada ou em cubos, chapas, folhas, tiras e esboços para rolhas”.




No período de Janeiro a Agosto de 2019 as exportações com destino ao espaço Intra-comunitário pesaram 61,8% no total dos fornecimentos de Cortiça e suas obras (72,1% no ano anterior).
Os principais destinos foram a França (18,0%), os EUA (16,8%9, a Espanha (15,7%), a Itália (9,7%) e a Alemanha (7,5%).
5 – Índices de variação homóloga em Valor, Volume e Preço
Neste trabalho, os índices de preço de Paasche correspondem aos que foram calculados oportunamente a partir das primeiras versões dos dados publicados pelo INE. A experiência mostra que não se registam alterações sensíveis no cálculo dos índices de preço a partir de versões posteriores. 
Já os índices de volume sofrem alterações por vezes importantes, uma vez que para o seu cálculo os índices de preço são utilizados como deflatores dos correspondentes índices de valor, estes em geral superiores aos iniciais.
Por este motivo, para o cálculo dos índices aqui apresentados, foram utilizadas, para os índices de Valor, as versões que nesta data se encontram disponiveis na base de dados do INE, já definitivas para os anos de 2014 a 2017, provisórias para 2018 e preliminares para 2019, com última actualização em 10-10-2019.

No quadro seguinte constam os índices de Valor, Volume e Preço das importações e exportações para os anos de 2015 a 2018 e 1º Semestre de 2019.


Alcochete, 19 de Outubro de 2019.




sábado, 12 de outubro de 2019

Série mensal - Jan-Agosto - Comércio Internacional


Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Agosto de 2019 

                                                  ( disponível para download  >> aqui )


1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Outubro de 2019, no período de Janeiro a Agosto de 2019 as exportações de mercadorias cresceram em valor +2,1%, face ao período homólogo de 2018 (+811 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +7,4% (+3660 milhões).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +3,4% (+996 milhões de Euros), tendo as exportações para os países terceiros decrescido -2,0% (-185 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +8,8% (+3302 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +2,9% (+358 milhões).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +25,9%, ao situar-se em -13 830 milhões de Euros (um acréscimo de 2849 milhões de Euros face ao mesmo período do ano anterior, com aumentos de 2307 milhões no comércio intracomunitário e de 542 milhões no extracomunitário). Em termos globais, neste período o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 77,9%, em 2018, para 74,1%, em 2019.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo sensível na Balança Comercial. No período em análise, o valor médio unitário de importação do petróleo em 2019 praticamente que estabilizou face ao mesmo período em 2018, respectivamente 439 Euros/Ton e 435 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.


Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos”, Capº 27 da NC (12,7% e 11,4% do total das importações respectivamente em 2018 e 2019, e 7,6% e 5,9% na vertente das exportações), o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2019, de 74,1% para 78,7%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período de Janeiro-Agosto de 2019, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 76,8% do total (75,9% no ano anterior), cresceram em valor +3,4%, contribuindo com +2,6 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +2,1%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 23,2% do total em 2019 (24,1% em 2018), decresceram -2,0%, contribuindo negativamente para o crescimento (-0,5 p.p.).

Os principais mercados de destino foram a Espanha (24,7%), França (13,1%), Alemanha (12,0%), o Reino Unido (6,0%), os EUA (5,2%), a Itália (4,6%), os Países Baixos (4,0%), a Bélgica (2,3%), Angola (2,1%), a Polónia (1,4%), Marrocos (1,2%), o Brasil (1,2%), as Provisões de Bordo Extra-EU, Marrocos e Suíça (1,1% cada), destinos que representaram 79,9% do total.
Angola, o segundo mercado entre os países terceiros depois dos EUA, registou uma quebra em valor de –18,8% em 2019 no período em análise (-189,6 milhões de Euros), envolvendo dez dos onze grupos de produtos.
As maiores descidas incidiram nos grupos “Agro-alimentares” (‑75,4 milhões de Euros), “Químicos” (‑44,9 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (-26,5 milhões) e “Produtos acabados diversos” (‑20,7 milhões). O único acréscimo verificou-se no grupo “Têxteis e vestuário” (+371 mil Euros).

Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+2,1%), couberam à França, Alemanha e Itália (+0,6 p.p. cada), seguidos do Canadá (+0,4 p.p.). O maior contributo negativo pertenceu a Angola (-0,5 p.p.).

Os maiores acréscimos, em Euros, nas expedições para o espaço comunitário no período de Janeiro a Agosto de 2019, em termos homólogos, verificaram-se na Itália, em França e na Alemanha, seguidos dos Países Baixos, da Finlândia, da Grécia, da Irlanda e das Provisões de Bordo. Os maiores decréscimos couberam a Espanha e ao Reino Unido.

Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos nas exportações ocorreram no Canadá, Turquia, Egipto, Provisõs de Bordo e Suíça, seguidos do México, da Noruega, dos Emiratos, de Cabo Verde, da Índia e de Singapura. Os maiores decréscimos couberam a Angola e à Tunísia, seguidos da Argentina, do Brasil, de Gibraltar, de Marrocos, da China, da Austrália, da Argélia e de Taiwan.

3.2 - Importações
De Janeiro a Agosto de 2019 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 76,1% do total (75,1% em 2018), registaram um acréscimo de +8,8% e contribuíram com +6,6 p.p. para uma taxa de crescimento global de +7,4%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +2,9%, representando 23,9% do total em 2019 (24,9% em 2018), com um contributo para o crescimento global de +0,7 p.p..
Os principais mercados de origem das importações no período em análise, em 2019, foram a Espanha (29,9%), a Alemanha (13,3%) e a França (10,2%). Seguiram-se a Itália (5,0%), os Países Baixos (4,8%), a China (3,7%), a Bélgica (3,1%), o Reino Unido (2,6%), os EUA (1,9%), a Rússia (1,7%) e a Angola (1,3%), países que representaram no seu conjunto 77,7% das importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações nos primeiros oito meses de 2019 (+7,4%) destacam-se a França (+3,5 p.p.), a Espanha (+1,0 p.p.), a China (+0,9 p.p.), a Alemanha (+0,6 p.p.), os EUA e a Bélgica (+0,4 p.p. cada), seguidos da Arábia Saudita e do Reino Unido (+0,3 p.p. cada), e da Polónia, Argélia, Turquia e Rússia (+0,2 p.p. cada). 

Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam ao Cazaquistão (-1,0 p.p.), à Guiné Equatorial (-0,4 p.p.) e ao Azerbaijão, Brasil e Suécia (-0,2 p.p. cada).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.



4 – Saldos da Balança Comercial
Em 2019, no período em análise, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam aos EUA (+1012 milhões de Euros) e ao Reino Unido (+992 milhões). Seguiram-se Marrocos (+325 milhões), Canadá (+287 milhões) e Suíça (+242 milhões).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-6201 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑2337 milhões), da China (-1581 milhões), dos Países Baixos (-1160 milhões) e da Itália (‑868 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO). Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias no período de Janeiro a Agosto de 2019, representando 81,5% do total, foram “Material de transporte terrestre e partes” (15,0% e TVH +13,8%), “Máquinas, aparelhos e partes” (13,7% do total e TVH -2,0%),  “Químicos” (12,7% e TVH +8,4%), “Agro-alimentares” (11,8% e TVH +2,2%), “Produtos acabados diversos” (9,7% e TVH +6,0%), “Minérios e metais” (9,5% e TVH -1,3%) e “Têxteis e vestuário” (9,1% e TVH -0,9%).
O maior contributo para o acréscimo global de +951 milhões de Euros, face ao ano anterior, coube ao grupo “Material de transporte terrestre e partes”, com +647 milhões de Euros, seguido do grupo “Químicos” (+393 milhões).
As exportações decresceram em cinco dos grupos, com destaque para os “Energéticos” (‑607 milhões de Euros) e “Máquinas, aparelhos e partes” (-109 milhões de Euros).

5.2 – Importações
Em Janeiro-Agosto de 2019, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 71,4% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,6%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +9,6%), “Químicos” (16,2% do total e TVH +6,8%), “Agro-alimentares” (14,0% e TVH +2,6%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,2% e TVH +5,5%) e “Energéticos” (11,4% e TVH -3,4%).
À excepção dos grupos “Energéticos” e “Calçado, peles e couros”, em que se registaram quebras respectivamente de -231 e -10 milhões de Euros, em todos restantes se verificaram acréscimos nas importações, tendo ocorrido os mais significativos, em Euros, nos grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (+1597 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+823 milhões) e “Químicos” (+552 milhões). 

6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2019 a primeira posição em 7 dos 11 grupos de produtos com 24,8% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (3ª posição depois dos EUA e Provisões de Bordo Extra-UE), “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, da Alemanha e dos Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (6ª posição, antecedida pelo Canadá, Brasil, Reino Unido, França e Finlândia).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,1%), a Alemanha (12,0%), o Reino Unido (6,0%), os EUA (5,2%), a Itália (4,6%), os Países Baixos (4,0%), a Bélgica (2,3%), Angola (2,1%) e a Polónia (1,4%). Estes dez países cobriram 75,4% das exportações totais.
6.2 – Importações

Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 29,9% do total, sendo a excepção o grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (5ª posição, precedida da França, da Alemanha, dos EUA e da Irlanda).
Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (13,3%), a França (10,2%), a Itália (5,0%), os Países Baixos (4,8%), a China (3,7%), a Bélgica (3,1%), o Reino Unido (2,6%), os EUA (1,9%) e a Rússia (1,7%).
Estes dez países cobriram 76,3% das importações totais. 

Alcochete, 12 de Outubroo de 2019.