domingo, 27 de dezembro de 2020

Comércio internacional da UE-27 e Portugal com África (2018-2019)

 

Comércio internacional de mercadorias
da UE-27 e de Portugal com África
(2018-2019)

                                           ( disponível para download  >> aqui )

1 – Nota introdutória

Para a análise do comércio internacional do conjunto dos 27 países da União Europeia e de Portugal, isoladamente, com os 60 países africanos, foram aqui utilizados dados de base do Eurostat disponíveis nesta data.

Os países africanos foram agregados em três conjuntos, que designaremos por regiões: África do Norte (sete países), Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) (cinco países) e Outros África (48 países).

Na análise por produtos, considerados a dois dígitos da Nomenclatura Combinada em uso na União Europeia, foram os mesmos agregados em 11 grupos, de acordo com as  características e finalidade de utilização dos seus produtos elementares, conforme quadro em Anexo.

2 – Comércio internacional da UE-27 com África

2.1 – Balança Comercial

De acordo com os dados de base do Eurostat disponíveis para o período de 2018-2019, a Balança Comercial do conjunto dos 27 Estados-membros da UE com África é superavitária, com um saldo de +9,5 mil milhões de Euros em 2019 (+8,8 mil milhões em 2018).

Por regiões, registaram-se saldos de +8,9 mil milhões de Euros em 2019 com o conjunto dos países da África do Norte (+8,4 mil milhões em 2018), -1,2 mil milhões com os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa – PALOP (-1,1 mil milhões em 2018) e + 1,8 mil milhões de Euros com os Outros África (+1,4 mil milhões em 2018). 

2.2 - Importações na UE-27 com origem em África, 
         por grupos de produtos

Em cada uma das três regiões consideradas predominam as importações do grupo de produtos “Energéticos”.


2.3- Exportações da UE-27 com destino a África, 
        por grupos de produtos



Na vertente das exportações, o grupo de produtos dominante em cada uma das três regiões é “Máquinas, aparelhos e partes”.

                                                                                                    

2.4 - Importações por países da UE-27 com origem em África

2.5 - Exportações por países da UE-27 com destino a África


3 – Portugal no contexto do comércio da UE-27 com África 
      em 2019

3.1 – Peso relativo da UE excluindo Portugal, e de Portugal

Em 2019, entre as três regiões consideradas, a África do Norte foi a principal origem e destino das importações (49,8%) e das exportações (52,4%) da UE excluindo Portugal.

Seguiram-se os Outros África (46,9% e 45,9%, respectivamente) e os PALOP (3,3% e 1,7%).

Por sua vez, relativamente a Portugal, o conjunto de países Outros África predominou nas importações (47,4%), seguido dos PALOP (28,6%) e da África do Norte (24,0%).

Do lado das exportações, no ano em análise, o maior peso incidiu nos PALOP (50,4%), seguidos da África do Norte (34,8%) e dos Outros África (14,8%).

Dos quadros seguintes constam as importações e as exportações, por grupos de produtos, de Portugal face aos principais parceiros comunitários, relativamente a África, no seu conjunto, e a cada uma das três regiões consideradas. 

3.2 – Ritmo de crescimento das importações e das exportações
         da UE excluindo Portugal, e de Portugal (2010-2019)



3.3 – Portugal face aos principais importadores comunitários
        de mercadorias com origem em África e suas regiões em                          2019





3.4 – Portugal face aos principais exportadores comunitários
         de mercadorias com destino a África e suas regiões em                         2019






Alcochete, 21 de Dezembro de 2020.

ANEXO



sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Acréscimos e decréscimos das exportações - Produtos e mercados - Outubro 2020

 

Acréscimos e Decréscimos
das Exportações
por Produtos e Mercados
Evolução Mensal - Outubro de 2020

                                                        ( disponível para download  >> aqui )

1 - Nota introdutória

Neste trabalho pretende-se analisar onde incidiram os maiores acréscimos e decréscimos nas exportações portuguesas de mercadorias, por produtos e por mercados, ao longo dos dez primeiros meses de 2020, acumulados e não acumulados, face ao período homólogo de 2019. São para este fim utilizados dados de base divulgados no portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva para 2019 e preliminar para 2020, com última actualização em 10 de Dezembro de 2020.

2 – Exportações no período acumulado de 
      Janeiro-Outubro 2019-2020

Em 2020, no período acumulado de Janeiro a Outubro, as exportações de mercadorias decresceram em valor -11,5% face a igual período do ano anterior (-5,8 mil milhões de Euros), abrangendo todos os grupos de produtos à excepção do grupo “Agro-alimentares”, que aumentou 135 milhões de Euros, +2,2% (definição do conteúdo dos grupos em Anexo).

O maior decréscimo, em Euros, incidiu no grupo “Material de transporte terrestre e partes” (‑1,4 mil milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Energéticos” (-831 milhões), “Químicos” (-581 milhões), “Minérios e metais” (-562 milhões), “Têxteis e vestuário” (‑540 milhões), “Produtos acabados diversos” (‑483 milhões), “Máquinas., aparelhos e partes” (-475 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (-439 milhões), “Calçado, peles e couros” (-316 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (‑269 milhões de Euros). 


Considerando a partição entre espaço Intra UE-27 (Reino Unido excluído) e Extra-UE, verifica-se que neste período, no seio da Comunidade, as exportações, que representaram 71,6% do Total, decresceram -10,5% face ao ano anterior (‑3,7 mil milhões de Euros). Por sua vez, para fora da Comunidade as exportações registaram uma quebra de ‑14,0% (-2,1 mil milhões).

O Total do espaço Intracomunitário foi aqui calculado, para ambos os anos, por somatório dos valores dos actuais parceiros de Portugal, acrescido das provisões de bordo, países não determinados e confidencialidade, quando atribuídos à União Europeia.

Em termos globais, os maiores decréscimos couberam a Espanha (-1,1 mil milhões de Euros), Alemanha (-741 milhões), Reino Unido (-571 milhões), França (-442 milhões), Itália (-330 milhões), Angola (-317 milhões), Provisões de Bordo para Países Terceiros (-313 milhões), EUA (-309 milhões), Países Baixos (-294 milhões), Canadá (-292 milhões), Provisões de Bordo para a UE (-256 milhões), Áustria (‑119 milhões), Marrocos (‑109 milhões) e Bélgica (‑107 milhões). 

O acréscimo mais significativo pertenceu ao Japão (+87 milhões de Euros), seguido da Coreia do Sul (+73 milhões), de Gibraltar (+70 milhões), da Irlanda (+52 milhões), da Roménia (+30 milhões), de Países não determinados Intra-UE (+26 milhões), da Suécia e Israel (+23 milhões cada) e de Ceuta (+20 milhões).

3 – Exportações no mês de Outubro de 2020 (não acumulado)
      face a 2019, por Grupos de Produtos

Os grupos de produtos com maior peso nas exportações portuguesas no mês de Outubro de 2020, não acumulado, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (16,0%), “Material de transporte terrestre e partes” (15,7%), “Químicos” (13,0%), “Agro-alimentares” (12,7%), e “Produtos acabados diversos” (10,3%).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (8,8%), “Têxteis e vestuário” (8,5%), “Madeira, cortiça e papel” (6,7%), “Energéticos” (3,7%) “Calçado, peles e couros” (2,9%), e “Aeronaves, embarcações e partes” (1,9%).

O maior decréscimo, face ao mês de Outubro de 2019, ocorreu no grupo “Energéticos” (-57 milhões de Euros), seguido dos grupos “Madeira, cortiça e papel” (-40 milhões), “Agro-alimentares” -35 milhões), “Têxteis e vestuário” (-34 milhões), “Minérios e metais” (-28 milhões),“Calçado, peles e couros” (-24 milhões), “Químicos” (-9 milhões), “Produtos acabados diversos” (+7 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-5 milhões de Euros).

Registaram-se acréscimos nos restantes dois grupos de produtos, "Material de transporte terrestre e partes" (+63 milh~ies) e“Máquinas, aparelhos e partes” (+53 milhões de Euros).

No quadro seguinte encontram-se relacionados, por grupos de produtos, os acréscimos e decréscimos verificados nas exportações dos principais tipos de produtos definidos a dois dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-2).


O grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, o grupo com maior peso entre os onze grupos considerados (16,0% do Total), engloba máquinas e aparelhos mecânicos e eléctricos muito diversificados. No quadro seguinte encontram-se, desagregados a um nível mais fino da Nomenclatura Combinada (NC-4), os principais produtos exportados por Portugal no período em análise e respectivos acréscimos e decréscimos com um valor superior a 750 mil Euros.

4 – Evolução mensal comparada das exportações
      por grupos de produtos

Numa análise das exportações de mercadorias por meses não acumulados ao longo de 2020, face a 2019, por grupos de produtos, verifica-se que após uma quebra acentuada das exportações da generalidade dos grupos, em particular nos meses de Abril e Maio, se está a assistir ao longo dos meses seguintes a uma aproximação aos níveis mensais do ano anterior, que foram já mesmo ultrapassados em alguns dos grupos, como se pode observar nos gráficos que se seguem.


Alcochete, 13 de Dezembro de 2020.


ANEXO



segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Série mensal - Janeiro-Outubro 2020 - Comércio Internacional

 

Comércio Internacional de mercadorias
- Série Mensal -
Janeiro a Outubro de 2020 

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Dezembro de 2020, para o período acumulado de Janeiro a Outubro de 2020, e definitivos para o ano de 2019, as exportações de mercadorias, face ao mesmo período do ano anterior, decresceram em valor ‑11,5% (‑5,8 mil milhões de Euros), a par de uma quebra nas importações de -16,5% (-11,0 mil milhões).

Estas descidas reflectem quebras mensais significativas, em termos homólogos, verificadas de Março a Julho, principalmente nos meses de Abril e Maio (-39,2% e ‑39,4% nas importações e -41,3% e -38,8% nas exportações). A partir de então, e até Setembro, o volume destas quebras, face ao mês homólogo do ano anterior, reduziu-se sucessivamente, situando-se a taxa de variação em -8,8% nas importações, tornando-se mesmo ligeiramente positiva nas exportações, +0,2%, para em Outubro se inverter esta tendência, com taxas de -11,8% nas importações  e de –2,2% nas exportações.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo Total corresponde aqui aos actuais 27 membros (Reino Unido excluído), registaram no período acumulado de Janeiro a Outubro uma quebra de ‑10,5% (‑3,7 mil milhões de Euros), tendo as exportações para os países terceiros decaído -14,0% (‑2,1 mil milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) diminuíram  –15,9% (-7,9 mil milhões de Euros), com as originárias dos países terceiros a decrescerem -18,0% (-3,2 mil milhões). 

O défice comercial externo (Fob-Cif) decresceu -31,2% ao situar-se em -11,7 mil milhões de Euros (menos 5,3 mil milhões do que no ano anterior), a que correspondeu uma redução de 4,1 mil milhões no comércio intracomunitário e de -1,1 mil milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 74,7%, em 2019, para 79,2%, em 2020.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. Em 2020, neste período, o valor médio unitário de importação do petróleo desceu, face a 2019, de 431 para 301 Euros/Ton, após prática estagnação em torno de 288 Euros nos quatro meses anteriores.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos”, Capº 27 da NC (11,5% e 9,0% do total das importações em 2019 e 2020, no período em análise, 5,7% e 4,5% na vertente das exportações), o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações no comércio global sobe, em 2020, de 79,2% para 83,1%.


2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

Em 2020, no período em análise, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 71,6% do total (70,7% em 2019), decresceram em valor -10,5%, contribuindo com -7,4 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global negativa de -11,5%.

As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram os restantes 28,4% do total em 2020 (29,3% em 2019), decaíram -14,0%, contribuindo com -4,1 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os principais destinos nos primeiros dez meses de 2020 foram a Espanha (25,3%), a França (13,7%), a Alemanha (12,0%), o Reino Unido (5,6%), os EUA (5,0%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,7%), a Bélgica (2,4%), Angola (1,6%), a Polónia, o Brasil e a Suíça (1,3% cada), a Suécia (1,1%) e a Turquia (1,0%), destinos que  representaram 79,7% do total das exportações.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros depois do Reino Unido e dos EUA, registou uma quebra em valor nas exportações de –30,4% em 2020 (-316,8 milhões de Euros), envolvendo a totalidade dos onze grupos de produtos. As maiores descidas incidiram nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (-85,9 milhões de Euros), “Agro-alimentares” (-67,0 milhões), “Químicos” (‑47,2 milhões), “Minérios e metais” (-42,8 milhões), “Produtos acabados diversos” (‑29,6 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (-20,9 milhões), e “Têxteis e vestuário” (-13,3 milhões de Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ (negativo) das exportações neste período (-11,5%), pertenceram à Irlanda (+0,1 p.p.), Roménia (+0,06 p.p.), Suécia (+0,05 p.p.), Suíça (+0,04 p.p.) e Dinamarca (+0,03 p.p.).

O maior contributo negativo coube a Espanha (‑2,5 p.p.), seguida da Alemanha (-1,5 p.p.), do Reino Unido (-1,1 p.p.), da França (-0,9 p.p.), da Itália (-0,7 p.p.), de Angola, e Provisões de Bordo para Países Terceiros, EUA, Países Baixos e Canadá (todos com -0,6 p.p.). 

Os maiores acréscimos, de pequena monta, nas expedições para o espaço comunitário, em termos homólogos, incidiram na Irlanda e na Roménia. Os maiores decréscimos couberam a Espanha, Alemanha, França, Itália, Países Baixos e Provisões de Bordo, seguidos da Áustria, Bélgica, Grécia, Polónia, Finlândia, Eslováquia, Eslovénia, Bulgária e Malta.

No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se os do Japão, da Coreia do Sul e de Gibraltar.

Entre os maiores decréscimos evidenciou-se o Reino Unido, seguido de Angola, Provisões de Bordo, EUA, Canadá, Marrocos, México, Egipto, China, Argélia e Brasil.

3.2 - Importações

De Janeiro a Outubro de 2020, as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 74,0% do total (73,5% em 2019), registaram um decréscimo de -15,9% e contribuíram com -11,7 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de ‑16,5%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um decréscimo de ‑18,0%, representando 26,0% do total em 2020 (26,5% em 2019), com um contributo para o ‘crescimento’ global de -4,8 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2020 foram a Espanha (32,1% do Total), a Alemanha (13,5%) e a França (7,3%).

Seguiram-se os Países Baixos (5,4%), a Itália (5,1%), a China (4,6%), a Bélgica (2,9%), o Reino Unido (2,7%), o Brasil (2,5%), os EUA (1,9%) e a Nigéria (1,7%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 79,7% das importações totais.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações em 2020 (‑16,5%) destacou-se o do Brasil (+0,9 p.p.), seguido da Nigéria (+0,4 p.p.), da China e da Polónia (+0, 1 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam a França (-3,8 p.p.), Espanha (-3,5 p.p.) e Alemanha (-1,9 p.p.).

Seguiram-se Angola (-1,0 p.p.), a Federação Russa (-0,9 p.p.), a Itália (-0,8 p.p.), a Bélgica, Azerbaijão e Arábia Saudita (-0,6 p.p. cada) e os Países Baixos (-0,4 p.p.).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.


4 – Saldos da Balança Comercial

Em 2020, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+2008 milhões de Euros), aos EUA (+1154milhões) e ao Reino Unido (+968 milhões). Seguiram-se a Turquia (+456 milhões) e Angola (+338 milhões). O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-6750 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (-2202 milhões), da China (‑2147 milhões), dos Países Baixos (-1401 milhões) e da Itália (-971 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO). Os grupos com maior peso nas exportações em 2020, representando 65,4% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (14,5% do total e ‑6,9% de TVH), “Agro-alimentares” (13,9% e +2,2%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,8% e -18,6%), “Químicos” (13,2% e ‑9,0%) e “Produtos acabados diversos” (10,0% e -9,9%).

À excepção do grupo “Agro-alimentares”, (+135 milhões de Euros), em todos os restantes dez grupos se registaram decréscimos nas exportações face a 2019. Os maiores contributos para o decréscimo global (-5,8 mil milhões de Euros), couberam aos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (-1,4 mil milhões de Euros), “Energéticos” (‑831 milhões), “Quimicos” (-581 milhões), “Minérios e metais” (-562 milhões) e “Têxteis e vestuário” (-540 milhões de Euros).

5.2 – Importações

Em 2020, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 81,4% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (18,8% e TVH -11,3%), “Químicos” (18,5% do total e TVH -4,9%), “Agro-alimentares” (16,1% e TVH -4,89%), “Material de transporte terrestre e partes” (10,7% e TVH -26,8%), “Energéticos” (9,0% e TVH -34,8%) e “Minérios e metais” (8,3% e TVH -13,6%).

Verificaram-se decréscimos em todos os 11 grupos de produtos, num total de -11,0 mil milhões de Euros, cabendo os mais significativos aos grupos “Energéticos” (-2,7 mil milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (-2,2 mil milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (‑1,6 mil milhões). “Máquinas, aparelhos e partes” (-1,3 mil milhões.

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2020 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,3% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (6ª posição, precedida do Brasil, da França, da Roménia, dos EUA e do Reino Unido).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,7%), a Alemanha (12,0%), o Reino Unido (5,6%), os EUA (5,0%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,7%), a Bélgica (2,4%), Angola (1,6%) e a Polónia (1,3%). Estes dez países representaram 75,0% das exportações totais.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove dos onze grupos de produtos, com 32,1% do total, sendo as excepções os grupos “Energéticos” (2ª posição, precedida da Nigéria) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5º lugar, depois da França, Alemanha, EUA e Ilhas Virgens Britânicas).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (13,5%), a França (7,3%), os Países Baixos (5,4%), a Itália (5,1%), a China (4,6%), a Bélgica (2,9 %), o Reino Unido (2,7%), o Brasil (2,5%) e os EUA (1,9%). Estes dez países cobriram 78,0% das importações totais.

Alcochete, 12 de Dezembro de 2020.

ANEXO