domingo, 30 de julho de 2017

Quotas de mercado (2010-2016) - Jul 2017

Comércio internacional de mercadorias
Quotas de mercado das exportações portuguesas
(2010 - 2016)

(Publicação disponível para download > aqui )

1 - Nota introdutória
Neste trabalho pretende-se analisar, relativamente aos principais mercados de destino das exportações portuguesas de mercadorias, a evolução das respectivas quotas de mercado globais ao longo dos últimos sete anos (2010 a 2016), bem como o ritmo da variação nominal anual dos fornecimentos portugueses face à evolução das importações globais no seio de cada um dos mercados.
Metodologia:
A partir da base de dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), foram definidos os principais mercados de destino das exportações portuguesas em 2016.
Por diversas razões, que não importará aqui aprofundar, existem assimetrias, por vezes significativas, entre os dados das importações nesses mercados com origem em Portugal, de fonte Eurostat no caso dos importadores comunitários ou de fonte International Trade Centre (ITC) no caso dos países terceiros, quando comparados com os correspondentes dados da exportação portuguesa, de fonte INE, depois de convertidos a valores CIF por aplicação de um factor fixo (Fob=Cif x 0,9533).
Visando uma maior aproximação à realidade, utilizou-se neste trabalho a base de dados do Eurostat para as importações globais nos países comunitários com origem em Portugal, a do ITC para as importações globais nos Países Terceiros, e a do INE para as exportações portuguesas para cada um dos mercados em causa, depois de convertidas a valores CIF.
Os dados de fonte ITC correspondem a cálculos efectuados neste organismo a partir da base de dados Comtrade da ONU ou, quando não disponíveis, como aconteceu neste trabalho com os dados da Tunísia e de Angola para 2016, a dados reportados pelos seus parceiros comerciais (mirror data).
2 - Os principais mercados de destino das exportações
portuguesas (2010 a 2016)

Trinta mercados, 16 comunitários e 14 entre os Países Terceiros, foram o destino de cerca de 90% das exportações portuguesas ao longo dos sete últimos anos, com destaque para a Espanha, França, e Alemanha, seguidos do Reino Unido, EUA, Angola, Países Baixos, Itália, Bélgica, China, Marrocos, Brasil, Argélia e Polónia.



3 - Quotas globais de Portugal nos principais mercados
      de destino das exportações
Em 2016 verificaram-se ganhos anuais de quota de mercado em 21 dos 30 principais mercados de destino das exportações nacionais, incluindo-se nos dois primeiros a Espanha (26,2% do Total) e a França (11,6%).  
Em 2016, as principais quotas de mercado entre os 30 países couberam a Cabo Verde (54,6%), Angola (16,4%), Espanha (4,9%), Moçambique (4,7%), Marrocos (2,0%), França (1,3%), Tunísia e Argélia (1,2% cada), conjunto de países que representaram nesse ano cerca de 45% das exportações totais portuguesas.
4 – Ritmos de crescimento em valor das importações 
com origem no mundo e em Portugal, nos principais
mercados de destino

No quadro seguinte pode-se comparar o ritmo de crescimento em valor das importações globais nos principais mercados, com origem no mundo, com o ritmo de crescimento das exportações portuguesas para esses mercados (2010=100).

5 – Quotas e ritmos de crescimento em valor
das importações com origem no mundo e em Portugal,
nos principais mercados de destino

Nos gráficos seguintes pode visualizar-se a evolução das quotas de mercado de Portugal nos trinta principais mercados de destino das suas exportações de mercadorias, bem como a evolução do ritmo de variação anual das importações nesses mercados com origem em Portugal e no mundo (2010=100).







      29 de Julho de 2017





























quarta-feira, 26 de julho de 2017

Série mensal - Maio 2017 - Comércio Internacional


Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado de Janeiro a Maio de 2017

" Publicação disponível para download > aqui "


1 - Balança comercial

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Julho de 2017, no período de Janeiro a Maio de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +13,3% face ao mesmo período do ano anterior (+3975 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +16,3% (+2696 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +9,2% (+1445 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresceram +27,0% (+1251 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +12,2% (+2338 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +31,0% (+1637 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +31,2%, ao situar-se em -5382 milhões de Euros (um acréscimo de 1279 milhões, cabendo 893 milhões ao comércio intracomunitário e 386 milhões ao extracomunitário).
Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações nos cinco primeiros meses do ano desceu de 83,2%, em 2016, para 81,0%, em 2017.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor médio unitário de importação do petróleo, que nos cinco primeiros meses de 2016 se situou em 244 Euros/Ton, subiu para 361 Euros/Ton em 2017.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (a figura inclui já o câmbio de Junho).



Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,6% e 7,5% no período de Janeiro-Maio de 2017), o grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações dos restantes produtos desce nesse período de 86,2% para 84,8%.

2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período acumulado de Janeiro a Maio de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,4% do total (77,2% em 2016), cresceram em valor +9,2%, contribuindo com +7,1 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +13,3%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,6% do total em 2017 (22,8% em 2016), registaram um crescimento em valor de +27,0%, contribuindo com +6,2 p.p. para a taxa de crescimento global. 


Os principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,8%), a França (12,6%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,3%), os Países Baixos (3,9%), a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%), Marrocos (1,5%) e a China (1,5%), conjunto de países que absorveu 77,7% das nossas exportaçõesAngola, o segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos EUA, que vinha apresentando no passado recente sucessivos decréscimos nas exportações da quase totalidade dos grupos de produtos, em termos homólogos, registou nos cinco primeiros meses do ano um aumento global de +47,3%, com decréscimos em três dos grupos, designadamente “Energéticos” (-27,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (-8,6%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-94,1%), principalmente barcos de pesca.

Entre os trinta principais países de destino, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+13,3%), couberam a Espanha (+2,6 p.p.), EUA (+1,5 p.p.), Angola (+1,2 p.p.), França (+1,1 p.p.), China e Países Baixos  (+0,7 p.p. cada), Alemanha e Itália (0,6 p.p. cada) e Brasil (+0,5 p.p.). Os maiores contributos negativos couberam à Argélia (-0,6 p.p.) e a Moçambique e Áustria (-0,1 p.p. cada).

O maior acréscimo do valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido a grande distância pela França, Países Baixos, Alemanha, Itália e Provisões de Bordo. Com menor expressão alinharam-se o Reino Unido, a Bélgica, a Polónia, o Luxemburgo, a Roménia, a Eslováquia, Finlândia e a Dinamarca. O maior decréscimo coube à Áustria.


Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para os EUA, Angola, China, Brasil, Marrocos, Taiwan, Gabão, Gibraltar, México e Suíça.
Entre os maiores decréscimos figuram a Argélia, Moçambique, Ghana, Macau, Egipto e Togo.

3.2 - Importações
No período de Janeiro a Maio de 2017, as importações com origem na UE (chegadas), que representaram 75,6% do total (78,4% em 2016), contribuíram com +9,6 p.p., para uma taxa de crescimento global de +16,3%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +31,0%, representando 24,4% do total (21,6% no período homólogo de 2016), com um contributo para o crescimento de +6,7 p.p..
Os principais mercados de origem das importações nos cinco primeiros meses do ano foram a Espanha (31,3%), a Alemanha (13,8%) e a França (7,5%). Seguiram-se a Itália (5,4%), os Países Baixos (5,2%), a China e o Reino Unido (2,8% cada), a Bélgica (2,7%), a Federação Russa (2,6%), os EUA (1,7%) e o Brasil (1,6%), conjunto de países que representou 77,4% das nossas importações totais.


Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+16,3%) destacam-se a Espanha (+3,8 p.p.), a Alemanha (+2,2%) e a Federação Russa (+1,9 p.p.). Seguiram-se os Países Baixos (+0,9 p.p.), a Itália e a França (+0,7 p.p. cada), a Arábia Saudita (+0,6 p.p.), os EUA (+0,5 p.p.) e a Turquia (+0,4 p.p.).


Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-0,6 p.p.), à Argélia (‑0,4 p.p.) e, com cerca de -0,1 p.p. cada, ao Brasil, Irlanda e República Checa.
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores decréscimos e acréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.




4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif) coube a França (+761 milhões de Euros), seguido dos EUA (+750 milhões), do Reino Unido (+737 milhões), de Angola (+616 milhões) e de Marrocos (+287 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-2959 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑1313 milhões), da Itália (‑697 milhões), da Rússia (‑664 milhões) e dos Países Baixos (-561 milhões de Euros).


5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2) em uso na União Europeia, foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).
Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias, representando 80,3% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total, com uma taxa de variação homóloga de +14,0%), “Químicos” (13,0% e TVH +12,1%), “Agro-alimentares” (12,3% e TVH +15,8%) “Material de transporte terrestre e partes” (10,9% e TVH +7,8%), “Têxteis e vestuário” (9,7% e TVH +4,0%), “Minérios e metais” (9,6% e TVH +15,8%) e “Produtos acabados diversos” (9,4% e TVH +9,9%).
Registaram-se acréscimos em valor, em termos homólogos, em todos os grupos de produtos. Os maiores aumentos, em Euros, ocorreram nos grupos “Energéticos” (+667 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+437 milhões), “Agro-alimentares” (+386 milhões), “Químicos” (+323 milhões) e “Minérios e metais ” (+302 milhões de Euros).



5.2 – Importações
No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,5% do total, foram “Químicos” (16,5% do total, com taxa de variação homóloga em valor de +9,0%), “Máquinas, aparelhos e partes” (16,4%, TVH +19,0%), “Agro-alimentares” (15,1% e TVH +13,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,9% e TVH +11,3%) e “Energéticos” (11,6% e +58,6%).
Os maiores acréscimos, em Euros, couberam aos grupos “Energéticos” (+1220 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+745 milhões), “Agro-alimentares” (+461 milhões), “Minérios e metais” (+454 milhões), “Químicos” (+386 milhões de Euros) e “Material de transporte terrestre e partes” (+371 milhões de Euros). O único grupo em que se registou uma quebra, de pouca monta aliás, foi “Calçado, peles e couros” (-9 milhões de Euros).




6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou em 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,8% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (3ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição).

Seguiram-se no “ranking” a França (12,6%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,3%), os Países Baixos (3,9%) a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%) e Marrocos (1,5%). Estes dez países cobriram 76,0% das exportações totais.

6.2 – Importações


Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar também em oito dos onze grupos de produtos, com 31,3% do total, sendo as excepções os grupos “Energéticos”, em 2º lugar, depois da Rússia, “Material de transporte terrestre e partes”, 2ª posição, depois da Alemanha, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 5º lugar, antecedida de Singapura, EUA, Brasil e Canadá.
Seguiram-se a Alemanha (13,8%), a França (7,5%), a Itália (5,4%), os Países Baixos (5,2%), a China e o Reino Unido (2,8% cada), a Bélgica (2,7%), a Rússia (2,6%) e os EUA (1,7%). Estes dez países cobriram 75,8% das importações totais.




   25 de Julho de 2017











domingo, 23 de julho de 2017

Indices do Comércio Internacional - Jan-Mar 2017

Taxas de variação homóloga
em valor, volume e preço
por grupos e subgrupos de produtos
(Janeiro a Março de 2017/2016)

" Publicação disponível para download > aqui "


1 - Nota introdutória
O presente trabalho visou o cálculo de indicadores de evolução em valor volume e preço do comércio internacional português de mercadorias de Janeiro a Março de 2017, face ao período homólogo do ano anterior.
Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados depois como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir de dados de base elementares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão ainda preliminar, sendo preliminar também a versão dos correspondentes dados de 2016.
Na comparação entre os dois anos, foram tomadas em consideração as numerosas alterações pautais da Nomenclatura Combinada verificadas entre 2016 e 2017, envolvendo 405 agregados de produtos a 8 dígitos, num total de 1434 posições pautais para o conjunto dos dois anos.
Para o cálculo dos índices de preço as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e exportações com movimento no período em análise, foram agregadas em 11 grupos de produtos e 38 subgrupos (ver Anexo).

2 – Nota metodológica
O método utilizado no cálculo dos índices de preço de Paasche deste trabalho assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, que integram produtos com relativa homogeneidade, posteriormente ponderados para o respectivo grupo e destes para o total.
Os índices de preço são obtidos a partir de uma primeira amostra automática construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise, dentro de um intervalo definido por métodos estatísticos.
Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, pode ser incluído na amostra.
Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem ou de destino de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo, incluindo-se na amostra aqueles que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo encontrado.

Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis entre eles.

3 – Balança Comercial
De acordo com os dados preliminares utilizados, o défice da balança comercial de mercadorias no primeiro trimestre de 2017 aumentou +9,2% face ao ano anterior, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a subir de 83,0%, em 2016, para 84,0%, em 2017.


As importações (somatório das chegadas de mercadorias provenientes do espaço comunitário com as importações originárias dos países terceiros), com um acréscimo em valor de +15,7%, terão registado um aumento em volume de +9,2% e um acréscimo em preço de +6,0%.
Por sua vez, o acréscimo em valor de +17,1% das exportações terá resultado de um incremento em volume de +13,4%, com o preço a crescer +3,2%.
Na presente conjuntura, dada a evolução do preço do petróleo, torna-se importante atentarmos na evolução do nosso comércio internacional quando excluído dos produtos do grupo “Energéticos”


De acordo com os dados disponíveis, as importações, com exclusão dos produtos energéticos, terão registado acréscimos em valor, volume e preço respectivamente de +11,9%, +9,6% e +2,0%.
Por sua vez, as exportações terão averbado um aumento em valor de +14,0%, em resultado de num incremento em volume de +13,5% e de um pequeno aumento do preço, +0,4%.
O défice da balança comercial decresceu -1,3%, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a subir de 86,3% para 87,9%.
A evolução em volume das exportações constitui uma medida da capacidade produtiva da indústria, tendo-se verificado no período em análise uma taxa de crescimento de +13,4%, ou+13,5% quando se excluem os produtos “Energéticos”.


Nos primeiros três meses de 2017, o saldo da balança comercial foi positivo em cinco dos onze grupos de produtos considerados, que representaram 31,7% das exportações e 18,1% das importações totais, designadamente: “Madeira, cortiça e papel”, “Têxteis e vestuário”, “Calçado, peles e couros”, “Produtos acabados diversos” e “Aeronaves e embarcações”.


4 – Importações
No primeiro trimestre de 2017, os grupos de produtos com maior peso nas importações de mercadorias foram: “Químicos” (16,8% do total), “Máquinas, aparelhos e partes” (16,7%), “Agro-alimentares” (14,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,2%) e “Energéticos” (11,7%).
De acordo com os cálculos efectuados, à excepção dos grupos “Calçado, peles e couros” (-1,3%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-43,4%), pouco representativo, para o qual não foram calculados indicadores de volume e preço, todos os restantes registaram taxas de crescimento anual em valor positivas, com destaque para o grupo “Energéticos” (+56,4%).


Por sua vez, à excepção do grupo “Calçado, peles e couros” (-2,2%), em todos os restantes se verificaram taxas de crescimento em volume positivas, com destaque para as “Máquinas, aparelhos e partes” (+19,3%) e “Material de transporte terrestre e partes”, principalmente veículos automóveis (+17,4%).
Na óptica da evolução em preço, exceptuando os grupos “Têxteis e vestuário” (‑1,9%), “Material de transporte terrestre” (-1,2%) e “Madeira, cortiça e papel” (‑1,1%), todos os restantes acusaram aumentos, sobressaindo o grupo “Energéticos” (+48,9%), seguido do grupo “Minérios e metais” (+12,7%).
No quadro seguinte encontram-se relacionados, por grupos e respectivos subgrupos de produtos, os três indicadores.


5 – Exportações
Em 2016, os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas exportações de mercadorias foram: “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total), “Químicos” (13,2%), “Agro-alimentares” (12,0%) e “Material de transporte terrestre e partes” (10,5%).
Em todos os grupos de produtos se registaram crescimentos em valor, com destaque para o grupo “Energéticos” (+74,5%), seguido dos grupos “Minérios e metais” (+20,9%), “Máquinas, aparelhos e partes” (+19,0%), “Agro-alimentares” (+18,9%) e “Químicos” (+17,1%). Também em volume ocorreram aumentos em todos os grupos de produtos, com taxas de crescimento a dois dígitos nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+26,6%), “Produtos acabados diversos” (+16,5%), “Agro-alimentares” (+15,9%), “Químicos” (+14,7%), “Energéticos” (+11,0%) e “Calçado, peles e couros” (+10,1%).
Verificaram-se decréscimos em preço nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (‑6,0%), “Produtos acabados diversos (-3,8%), “Madeira, cortiça e papel” (-1,3%) e “Calçado, peles e couros” (-0,8%). Os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Energéticos” (+57,2%) e “Minérios e metais” (+11,3%).


 No quadro seguinte encontram-se relacionados, por grupos de produtos e respectivos subgrupos, os três indicadores.


6 – Anotações
A representatividade da amostra global de cada uma das vertentes comerciais, que serviu de base ao cálculo dos índices de preço de Paasche, foi de 88,2% e 86,6%, respectivamente no primeiro trimestre de 2016 e de 2017, na Importação, e de 91,0% e 89,8%, do lado da Exportação.


Os cálculos efectuados, tanto para o 1º trimestre de 2016 como de 2017, assentam em versões preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10-7-2017, incluindo já correcções introduzidas nos dois meses subsequentes á primeira divulgação dos dados de 2017. A experiência indica que correcções posteriores incidirão, em princípio, principalmente no cálculo dos índices de valor e de volume, mantendo-se próximos os índices de preço.
Na figura seguinte encontra-se definido o conteúdo dos grupos e subgrupos de produtos aqui considerados, com base na Nomenclatura Combinada em uso na União Europeia.
22 de Julho de 2017
ANEXO