domingo, 24 de fevereiro de 2019

Índices do Comércio Internacional -Jan-Dez 2018


Comércio Internacional de mercadorias
Taxas de variação homóloga em
Valor, Volume e Preço
por grupos e subgrupos de produtos
(Janeiro a Dezembro de 2018/2017)

" Disponível para download > aqui"



1 - Nota introdutória
O presente trabalho visou o cálculo de indicadores de evolução em valor, volume e preço das importações e das exportações portuguesas de mercadorias no período de Janeiro a Dezembro de 2018, face ao período homólogo do ano anterior.
Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados depois como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir de dados de base elementares recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Dezembro de 2018, em versão preliminar, sendo ainda provisória a versão dos correspondentes dados utilizados para 2017.
Para o cálculo dos índices de preço, as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e exportações com movimento no período em análise, foram agregadas em 11 grupos e 38 subgrupos de produtos (ver Anexo).

2 – Nota metodológica
O método utilizado para o cálculo dos índices de preço de Paasche deste trabalho assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, que integra produtos com relativa homogeneidade, posteriormente ponderados para o cálculo do índice dos respectivos grupos, e estes por sua vez ponderados para o cálculo do índice do total.
Os índices de preço de cada subgrupo são obtidos a partir de uma primeira amostra automática construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise, dentro de um intervalo definido por métodos estatísticos.
Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, pode vir a ser incluído na amostra.
Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem e de destino de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo, incluindo-se na amostra do subgrupo aquelas que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo previamente encontrado.
Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis face aos restantes.

3 – Balança Comercial
De acordo com os dados preliminares utilizados, o défice da balança comercial de mercadorias no período de Janeiro a Dezembro de 2018 aumentou +18,5% face ao mesmo período do ano anterior, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 79,2% para 77,2%.

As importações (somatório das chegadas de mercadorias provenientes do espaço comunitário com as importações originárias dos países terceiros), com um acréscimo em valor de +8,0%, terão registado um aumento em volume de +5,8% e um acréscimo em preço de +2,1%. Por sua vez, o acréscimo em valor de +5,3% verificado nas exportações terá resultado de um incremento em volume de +4,5%, com o preço a crescer +0,7%.
Na presente conjuntura, dada a evolução do preço do petróleo, torna-se conveniente atentarmos na evolução do nosso comércio internacional quando excluído dos produtos que integram o grupo “Energéticos”

De acordo com os dados disponíveis, as importações, com exclusão dos produtos “Energéticos”, terão registado taxas de variação em valor, volume e preço respectivamente de +7,6%, +7,6% e -0,1%. Por sua vez, as exportações terão averbado um aumento em valor de +5,6%, em resultado de num incremento em volume de +6,0% e de um decréscimo em preço de -0,4%.
Sem “Energéticos”, o défice da balança comercial cresceu +17,4%, contra +18,5% em termos globais, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer, entre 2017 e 2018, de 83,2% para 81,6% (em vez de 79,2% para 77,2%).
A evolução em volume das exportações constitui uma medida da capacidade produtiva da indústria, tendo-se verificado no período em análise uma taxa de crescimento global de +4,5%, e de +6,0% se excluirmos os produtos “Energéticos”. 


Em 2018, o saldo da balança comercial foi positivo em quatro dos onze grupos de produtos considerados, que representaram 30,3% das exportações e 17,2% das importações totais: “Madeira, cortiça e papel”, “Têxteis e vestuário”, “Calçado, peles e couros” e “Produtos acabados diversos”.


4 – Importações
No período em análise, os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas importações de mercadorias foram: “Máquinas, aparelhos e partes” (17,7% do total em 2018 e 17,3% em 2017), “Químicos” (16,2% e 16,0% respectivamente), “Agro-alimentares” (14,6% e 15,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,3% em ambos os anos) e “Energéticos” (12,0% e 11,7%).
Seguiram-se os grupos de produtos ”Minérios e metais” (8,6% nos dois anos), “Produtos acabados diversos” (6,0% nos dois anos), “Têxteis e vestuário” (5,8% em 2018 e 6,1% em 2017), “Madeira, cortiça e papel” (3,2% nos dois anos), “Calçado, peles e couros” (2,2% em 2018 e 2,3% em 2017) e “Aeronaves, embarcações e partes” (1,3% em ambos os anos).



Em todos os grupos se registaram taxas de crescimento em valor positivas, com destaque para os grupos “Energéticos” (+11,3%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (+10,4%).
À excepção do grupo “Energéticos” (-8,5%), em todos os restantes se verificaram taxas de crescimento em volume positivas, com destaque para o grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (+11,2%), seguido dos grupos “Produtos acabados diversos” (+9,7%), “Têxteis e vestuário” (+8,8%), “Químicos” (+8,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (+8,6%), “Calçado peles e couros” (+7,1%), “Minérios e metais” (+4,8%), “Madeira, cortiça e papel” (+4,6%) e “Agro-alimentares” (+3,0%).
Na óptica da evolução em preço o acréscimo mais significativo ocorreu no grupo “Energéticos” (+21,7%). Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (+3,9%), “Madeira, cortiça e papel” (+3,5%), “Químicos” (+0,6%) e “Agro-alimentares” (+0,3%). Verificaram-se descidas em preço nos grupos “Calçado, peles e couros” (-4,9%), “Têxteis e vestuário” (-4,4%), “Produtos acabados diversos” (‑2,3%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (-0,7%), tendo estabilizado o preço do grupo “Material de transporte terrestre e partes”.   


5 – Exportações
Em 2018, os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas exportações de mercadorias foram “Máquinas, aparelhos e partes” (14,3% do total em 2018 e 15,3% em 2017), “Material de transporte terrestre e partes” (13,5% e 11,2%), “Agro-alimentares” (12,3% e 12,5%) e “Químicos” (12,2% e 12,6%).
Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,7% em ambos os anos), “Produtos acabados diversos” (9,5% em 2018 e 9,4% em 2017), “Têxteis e vestuário” (9,3% e 9,6%), “Madeira, cortiça e papel” (7,6% e 7,5%), “Energéticos” (7,0% e 7,2%), “Calçado, peles e couros” (3,9% e 4,2%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e 0,8%).




Verificaram-se decréscimos em valor, face ao período homólogo do ano anterior, em três grupos de produtos: “Aeronaves, embarcações e partes” (-20,2%), em que, à semelhança das importações, não são aqui calculados os índices de volume e preço, “Calçado, peles e couros” (‑1,9%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (‑1,7%).
O maior acréscimo ocorreu no grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+27,9%), a que se seguiram os grupos  “Produtos acabados diversos” (+6,4%), “Madeira, cortiça e papel” (+6,0%), “Minérios e metais” (+5,8%), “Agro-alimentares” (+3,7%), “Químicos” (+2,6%), “Têxteis e vestuário” (+1,9%) e “Energéticos (+1,1%),
Em volume, verificaram-se descidas nos grupos “Energéticos” (-13,6%), “Calçado, peles e couros” (-1,1%) e “Madeira, cortiça e papel” (-0,1%). O maior acréscimo ocorreu no grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+28,7%), seguido dos grupos “Produtos acabados diversos” (+6,9%), “Químicos” (+6,2%), “Agro-alimentares” (+5,1%), “Minérios e metais” (+1,7%), “Têxteis e vestuário” e “Máquinas, aparelhos e partes” (+1,3% cada).
No âmbito do preço verificaram-se quebras em mais de metade dos grupos de produtos, designadamente “Químicos” (‑3,4%), “Máquinas, aparelhos e partes” (‑3,0%), “Agro-alimentares” (-1,3%), “Calçado, peles e couros” (-0,8%), “Material de transporte terrestre e partes” (-0,6%) e “Produtos acabados diversos” (-0,5%). O maior acréscimo em preço verificou-se no grupo “Energéticos” (+17,4%), seguido dos grupos “Madeira, cortiça e papel” (+6,1%), “Minérios e metais” (+4,0%) e “Têxteis e vestuário” (+0,6%).


6 – Representatividade da amostra
A representatividade da amostra global de cada uma das vertentes comerciais, que serviu de base ao cálculo dos respectivos índices de preço de Paasche foi, respectivamente em 2017 e 2018, de 93,2% e 92,9% nas importações e de 95,0% e 94,6% nas exportações.

No quadro em anexo encontra-se definido o conteúdo dos grupos e subgrupos de produtos aqui considerados, com base na Nomenclatura Combinada em uso na União Europeia.

22 de Fevereiro de 2019.



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Série mensal- Jan-Dez 2018 - Comércio Internacional



Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Dezembro de 2018 

                                                  ( disponível para download  >> aqui )


1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 8 de Fevereiro de 2019, em 2018 as exportações de mercadorias cresceram em valor +5,3% face ao ano anterior (+2895 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +8,0% (+5565 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +8,1% (+3287 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros decresceram -2,7% (-391 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +7,0% (+3738 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +11,2% (+1827 milhões de Euros).

Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +18,5%, ao situar-se em -17130 milhões de Euros (um acréscimo de 2670 milhões de Euros face ao ano anterior, com um aumento de 451 milhões no comércio intracomunitário e de 2219 milhões no extracomunitário). Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 79,2%, em 2017, para 77,2%, em 2018.



A variação do preço de importação do petróleo repercute-se, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo sensível na Balança Comercial. O valor médio unitário de importação do petróleo, que em 2017 se situou em 353 Euros/Ton, subiu para 452 Euros/Ton em 2018.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 12,0% e 7,0% do total no período em 2018), o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2018, de 77,2% para 81,6%.


2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
Em 2018, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 76,0% do total (74,1% em 2017), cresceram em valor +8,1%, contribuindo com +6,0 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +5,3%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 24,0% do total em 2018 (25,9% em 2017), registaram um decréscimo em valor -2,7% contribuindo negativamente, com -0,7 p.p., para a taxa de crescimento global. 

Os principais mercados de destino das exportações foram a Espanha (25,3%), a França (12,7%), a Alemanha (11,5%), o Reino Unido (6,3%), os EUA (5,0%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,8%), Angola (2,6%), a Bélgica (2,3%) e o Brasil (1,4%), países que representaram 75,2% do total.
Angola, o segundo mercado entre os países terceiros depois dos EUA, registou uma quebra em valor de –15,2% em 2018 (-272,3 milhões de Euros), envolvendo dez dos onze grupos de produtos. As maiores descidas incidiram nos grupos “Agro-alimentares” (‑95,2 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (‑62,3 milhões), “Químicos” (-46,4 milhões), “Produtos acabados diversos” (-28,6 milhões), “Minérios e metais” (‑16,6 milhões de Euros) e “Têxteis e vestuário” (-10,1 milhões de Euros).
O único acréscimo coube ao grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (+978 mil Euros), envolvendo essencialmente embarcações de pesca. 

Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+5,3%), couberam a Espanha (+1,5 p.p.), Itália (+1,0 p.p.), França (+0,8 p.p.), Alemanha (+0,7 p.p.), Provisões de Bordo Extra-UE (+0,3 p.p.), Áustria (+0,3 p.p.), Provisões de Bordo Intra-UE (+0,2 p.p.), Polónia (+0,2 p.p.), Eslováquia (+0,2 p.p.) e Suécia (+0,1 p.p.).Os maiores contributos negativos couberam a Angola (‑0,5 p.p.), China (-0,3 p.p.),  Brasil (-0,2 p.p.) e Marrocos (-0,1 p.p.).

O maior acréscimo, em Euros, nas exportações (expedições) para o espaço comunitário em 2018, em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido dos da Itália, da França, da Alemanha e da Áustria. Com menor expressão alinharam-se depois as Provisões de bordo, a Polónia, a Eslováquia, a Suécia, a Hungria, a Lituânia, a Dinamarca, a Bélgica, a Finlândia, o Reino Unido, a Grécia e a Eslovénia. Os maiores decréscimos couberam à Irlanda e ao Luxemburgo.

Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para Provisões de bordo, seguidas da Turquia, do Canadá, da Austrália, do México, dos EUA, da Argentina, de Israel, da Rússia, da Croácia e do Chile. Os maiores decréscimos couberam a Angola, à China e ao Brasil, a que se seguiram o Ghana, o Líbano, a Arábia Saudita, Gibraltar, o Irão, Marrocos, o Bahrein e Taiwan.

3.2 - Importações
Em 2018 as importações com origem na EU (cgegadas), que representaram 75,7% do total (76,4% em 2017), registaram um acréscimo de +7,0% e contribuíram com +5,4 p.p. para uma taxa de crescimento global de +8,0%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +11,2%, representando 24,3% do total em 2018 (23,6% em 2017), com um contributo para o crescimento global de +2,6 p.p..
Os principais mercados de origem das importações em 2018 foram a Espanha (31,5%), a Alemanha (13,9%) e a França (7,6%). Seguiram-se a Itália (5,3%), os Países Baixos (5,2%), o Reino Unido (3,1%), a China (2,9%), a Bélgica (2,5%), os EUA (1,8%) e a Federação Russa (1,7%), países que representaram no seu conjunto 75,6% das nossas importações totais.


Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+8,0%) destacam-se a Espanha (+1,7 p.p.), a Alemanha (+1,3 p.p.), a França (+0,9 p.p.), os EUA (+0,6 p.p.), o Reino Unido e a Rep. Checa (+0,4 p.p. cada), a China, a Itália e a Suécia (+0,3 p.p. cada). 

Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam à Dinamarca e à Federação Russa (-0,4 p.p. cada), ao Brasil (-0,3 p.p.) e à Argélia e Cazaquistão (-0,1 p.p. cada).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.



4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam ao Reino Unido (+1775 milhões de Euros), à França (+1611) e aos EUA (+1495 milhões). Seguiram-se Angola (+586 milhões) e Marrocos (+531 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-8935 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑3749 milhões), da China (-1692 milhões), dos Países Baixos (-1688 milhões), e da Itália (‑1525 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo). Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias em 2018, representando 81,0% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (14,3% do total e TVH -1,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,5% e TVH +27,9%), “Químicos” (12,2% e TVH +2,6%), “Agro-alimentares” (12,3% e TVH +3,7%) “Minérios e metais” (9,7% e TVH +5,8%), “Produtos acabados diversos” (9,5% e TVH +6,4%) e “Têxteis e vestuário” (9,3% e TVH + 1,9%).
Cerca de 60% do acréscimo global de +2,9 milhões de Euros, face ao ano anterior, coube ao grupo “Material de transporte terrestre e partes”.
As exportações, que em 2017 haviam crescido em todos os grupos de produtos, registaram em 2018 decréscimos em três dos grupos: “Máquinas, aparelhos e partes” (-144 milhões de Euros), “Aeronaves, embarcações e partes” (-91 milhões) e “Calçado, peles e couros” (-44 milhões de Euros).

5.2 – Importações
Em 2018, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,9% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,7%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +10,4%), “Químicos” (16,2% do total e TVH de +9,3%), “Agro-alimentares” (14,6% e TVH +3,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,3% e TVH +8,6%) e “Energéticos” (12,0% e TVH de +11,3%).
Em todos os grupos de produtos, à semelhança do ano anterior, se verificaram acréscimos nas importações, tendo ocorrido os mais significativos, em Euros, nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+1,3 mil milhões de Euros), “Químicos” (+1,0 mil milhões), “Energéticos” (+914 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+732 milhões), e “Minérios e metais” (+532 milhões de Euros). 

6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou em 2018 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,3% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (3ª posição, depois da França e da Alemanha), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição, antecedida do Brasil,  dos EUA e da França).

Seguiram-se no “ranking” a França (12,7%), a Alemanha (11,5%), o Reino Unido (6,3%), os EUA (5,0%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,8%), Angola (2,6%), a Bélgica (2,3%), e o Brasil (1,4%). Estes dez países cobriram 75,2% das exportações totais.
6.2 – Importações

Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 31,5% do total, sendo a excepção o grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (5º lugar, antecedida da França, da Alemanha, dos EUA e dos Países Baixos).
Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (13,9%), a França (7,6%), a Itália (5,3%), os Países Baixos (5,2%), a China (3,1%), a Bélgica (2,9%), o Reino Unido (2,5%), os EUA (1,8%) e a Rússia (1,7%).
Estes dez países cobriram 75,6% das importações totais.

Alcochete, 12 de Fevereiro de 2019.