quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Comércio PALOP-Mundo (2015-2019 e 1º Sem 2020) e Portugal-PALOP (2018-2019 e Jan-Ago 2019-2020)

 

Comércio Internacional de Mercadorias
PALOP-Mundo 
(2015-2019 e 1º Semestre 2020)
Portugal-PALOP 
(2018-2019 e Jan-Ago 2019-2020)

                                                          ( disponível para download  >> aqui )

1 - Nota introdutória

Reunem-se neste trabalho dados sobre a evolução do comércio externo dos “Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa” (PALOP) face ao mundo no período de 2015 a 2019 e primeiro semestre de 2020. Para este efeito foram utilizadas fontes nacionais, excepto no caso da Guiné-Bissau, em que se recorreu a dados da Direcção Nacional do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) para este país, com todos os valores convertidos a Euros.

Face aos dados globais encontrados foram calculadas as quotas das importações e das exportações relativas a Portugal nestes mercados, a partir de dados de fonte INE, com as necessárias conversões Cif-Fob e Fob-Cif.

Para a selecção dos principais mercados de importação e exportação, foram utilizados dados constantes do Portal do International Trade Centre (ITC).

Segue-se a análise do comércio internacional de Portugal com os diversos países nos anos de 2018 e 2019 e período acumulado de Janeiro a Agosto de 2019 e 2020, designadamente balanças comerciais, evolução por grupos de produtos e principais produtos envolvidos desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura Comibinada, a partir de dados estatísticos de base divulgados pelo INE, definitivos para 2018 e 2019 e preliminares para 2020, com última actualização em 9 de Outubro de 2020.

2 – PALOP e organizações regionais africanas

A dispersão dos PALOP pela África subsariana e a sua inserção em diversas organizações regionais de âmbito económico, para além do incremento das suas próprias trocas comerciais, podem também potenciar, por seu intermédio, o incremento das trocas dos restantes PALOP com esses mercados.

Das quatro organizações envolvidas, a SADC, onde se insere Angola e Moçambique, é a que envolve um maior volume de trocas comerciais, já que integra a África do Sul, a economia mais desenvolvida da África Austral.

3 – Ritmo de crescimento das importações e exportações dos                    PALOP face ao Mundo: 2015-2019 (2015=100)


4 – Balança Comercial dos PALOP


5 – Os 10 principais mercados de origem e de destino                    do comércio externo dos PALOP

Dos quadros seguintes constam os dez principais mercados e seu peso no Total das importações e exportações dos PALOP no ano de 2019, excepto no caso da Guiné-Bissau, em que foram utilizados os dados de 2017. Para o efeito foram utilizados os dados disponíveis na base de dados do International Trade Centre (ITC).

Por memória foram calculados os pesos de Portugal com base nos dados do INE, com as necessárias conversões entre valores Cif e Fob, para comparação com os dados de fonte ITC.




6 – Quotas de Portugal nas importações e exportações dos PALOP

Para o cálculo das quotas de Portugal nas importações e exportações dos PALOP foram utilizados os dados atrás referidos para o Total dos países e dados de fonte INE para Portugal, com as necessárias conversões entre valores Cif e Fob, utilizando o factor fixo Cif/Fob 0,9533.

7 – Evolução do peso de cada país no contexto do
      comércio internacional de Portugal com os PALOP


8 – Análise das trocas de mercadorias de Portugal com os                              PALOP 2018-2019 e Janeiro-Agosto 2019-2020

No ano de 2019 as importações portuguesas de mercadorias com origem nos PALOP pesaram 1,4% no Total e as exportações com este destino 3,1%. Nos primeiros oito meses de 2020 as importações representaram respectivamente 0,9% e 2,9%.

8.1 – Balança Comercial de Portugal com os PALOP

8.2 – Importações e Exportações portuguesas com os PALOP

         por grupos de produtos 

Seguem quadros com as importações e exportações com cada um dos cinco países por grupos de produtos e os dez principais produtos transaccionados, desagregados a quatro dígito da Nomenclatura Combinada.


Angola





Cabo Verde





Guiné-Bissau






Moçambique






São Tomé e Príncipe







ANEXO




Alcochete, 28 de Outubro de 2020.




quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Balança Comercial de Bens e Serviços (2017-2019 e Jan-Jul 2019-2020)

 

Balança Comercial de Bens e Serviços
Componentes dos Serviços
2017-2019
Janeiro-Julho 2019-2020

(disponível para download  >> aqui )

1 – Peso dos Serviços no conjunto dos Bens e Serviços 

          Balança Comercial

Utilizam-se neste trabalho dados de base constantes do Portal do Banco de Portugal, extraídos em 15 de Outubro de 2020.

Em termos anuais, o peso dos Serviços no total das exportações de Bens e Serviços (crédito) aumentou entre 2017 e 2019, de 36,7% para 37,7%. Nos primeiros sete meses acumulados de 2019 e 2020 o seu peso desceu de 35,8% para 28,8%.

Por sua vez, o peso dos Serviços no total das importações de Bens e Serviços (débito) subiu, em termos anuais, de 18,0% em 2017 para 19,2% em 2019,.

No período acumulado de Janeiro a Julho de 2019 e 2020 o seu peso desceu de 18,6% para 17,4%

Se agregarmos a balança comercial de Bens, tradicionalmente deficitária, com a de Serviços, verifica-se que o saldo da balança global anual de Bens e Serviços (fob-fob) foi positivo entre 2017 e 2019, descendo de 2,9 mil milhões de Euros para 818 milhões.

Nos primeiros sete meses acumulados de 2019 e 2020 o saldo foi negativo, passando de -390 milhões de Euros para -2,8 mil milhões.

Existe algum desfasamento entre os valores do comércio internacional de Bens (mercadorias) quando considerados pelo Instituto Nacional de Estatística ou pelo Banco de Portugal, explicado por diferenças metodológicas pontuais na classificação dos produtos envolvidos. Acresce que os valores das importações são calculados com base em informação do INE ajustada para valores Fob.

Na figura seguinte encontra-se a balança comercial de Bens, de Serviços e do conjunto dos Bens e Serviços, segundo séries não ajustadas de sazonalidade, para os anos de 2017 a 2019 e período acumulado de Janeiro a Julho de 2019 e 2020.

No período de Janeiro a Julho de 2020, a componente dominante no Crédito de Serviços (exportação) foi a de Viagens e Turismo”, com 34,9% do total. Seguiram-se, entre as principais componentes, os Transportes (24,0%) (incluindo transportes “Aéreos”, os predominantes, “Marítimos”, “Outros meios de transporte” e “Serviços postais e de correio”), os Outros Serviços fornecidos por empresas (20,1%) (de que fazem parte os “Serviços técnicos de comércio e outros”, os “Serviços de consultadoria, gestão e áreas técnicas” e os “Serviços de investigação e desenvolvimento”), e os Serviços de Telecomunicações, informáticos e de informação (9,4%).

No Débito de Serviços (importação) foram as mesmas as principais quatro componentes, por outra ordem: Outros serviços fornecidos por empresas(28,3%), Transportes (22,7%), Viagens e Turismo(21,7%), e Serviços de telecomunicações, informáticos e de informação (7,5%).

2 – Evolução dos Serviços em valor, por componentes

2.1 - Crédito

2.2 - Débito

2.3 - Saldo

3 – Balança Comercial das componentes dos Serviços


Alcochete, 19 de Outubro de 2020.




quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Acréscimos e decréscimos das exportações por produtos e mercados - Agosto 2020

 

Acréscimos e decréscimos das exportações
por produtos e mercados
- Evolução mensal -
(Agosto de 2020)


                                       (disponível para "download" >>> aqui )

1 - Nota introdutória

Neste trabalho pretende-se analisar onde incidiram os maiores acréscimos e decréscimos nas exportações portuguesas de mercadorias, por produtos e por mercados, ao longo dos oito primeiros meses de 2020, acumulados e não acumulados, face ao período homólogo de 2019. São para este fim utilizados dados de base divulgados no portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva para 2019 e preliminar para 2020, com última actualização em 9 de Outubro de 2020.

2 – Exportações no período acumulado de Janeiro-Agosto                    de 2019 e 2020

Em 2020, no período acumulado de Janeiro a Agosto, as exportações de mercadorias decresceram em valor -14,1% face a igual período do ano anterior (-5,6 mil milhões de Euros), abrangendo todos os grupos de produtos à excepção do grupo “Agro-alimentares”, que aumentou 119 milhões de Euros (definição do conteúdo dos grupos em Anexo).

O maior decréscimo, em Euros, incidiu no grupo “Material de transporte terrestre e partes” (‑1,5 mil milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Energéticos” (-727 milhões), “Máquinas., aparelhos e partes” (-571 milhões), “Químicos” (-563 milhões), “Minérios e metais” (-524 milhões), “Produtos acabados diversos” (‑502 milhões), “Têxteis e vestuário” (-489 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (-377 milhões), “Calçado, peles e couros” (-267 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-143 milhões de Euros). 

Considerando a partição entre espaço Intra-UE27 (Reino Unido excluído) e Extra-UE, verifica-se que no período em análise, no seio da Comunidade, as exportações, que representaram 71,4% do Total, decresceram -13,4% face ao mesmo período do ano anterior (‑3,8 mil milhões de Euros). Por sua vez, para fora da Comunidade as exportações registaram uma quebra de ‑15,8% (-1,8 mil milhões).

O Total do espaço Intracomunitário foi aqui calculado, para ambos os anos, por somatório dos valores dos actuais parceiros de Portugal (Reino Unido excluído), acrescido das provisões de bordo, países não determinados e confidencialidade, quando atribuídos à União Europeia.

Em termos globais, os maiores decréscimos couberam a Espanha (-1,2 mil milhões de Euros), Alemanha (-717 milhões), Reino Unido (-500 milhões), França (-498 milhões), Itália (-367 milhões), EUA (-304 milhões),  Países Baixos (-273 milhões), Angola (-240 milhões), Provisões de Bordo para Países Terceiros (-216 milhões), Provisões de Bordo para a UE (-179 milhões), Canadá (-150 milhões), Marrocos (‑118 milhões), Áustria (‑111 milhões), Bélgica (‑98 milhões de Euros) e Polónia (‑88 milhões).

Os acréscimos mais significativos pertenceram ao Japão e à Irlanda (+60 e +52 milhões de Euros respectivamente), seguidos da Coreia do Sul (+24 milhões), Gibraltar (+23 milhões), Israel (+21 milhões) e Ceuta (+20 milhões).

3 – Exportações no mês de Agosto de 2020 (não acumulado)              face a 2019, por Grupos de Produtos

Os grupos de produtos com maior peso nas exportações portuguesas no mês de Agosto de 2020, não acumulado, foram “Agro-alimentares” (14,7%), “Máquinas, aparelhos e partes” (14,0%), “Químicos” (13,2%), “Material de transporte terrestre e partes” (11,6%, e “Produtos acabados diversos” (10,3%). Seguiram-se os grupos “Têxteis e vestuário” (9,5%), “Minérios e metais” (8,9%), “Madeira, cortiça e papel” (7,2%), “Calçado, peles e couros” (5,0%), “Energéticos” (4,9%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8%).

Os maiores decréscimos, face ao mês de Agosto de 2019, ocorreram nos grupos “Madeira, cortiça e papel” (-47 milhões de Euros) e “Energéticos” (-45 milhões).

Seguiram-se os grupos “Químicos” (-32 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (-24 milhões), “Minérios e metais” (-9 milhões), “Calçado, peles e couros” e “Têxteis e vestuário” (-1 milhão de Euros cada).

Registaram-se acréscimos nos restantes quatro grupos de produtos: “Agro-alimentares” (+53 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+36 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+9 milhões) e “Produtos acabados diversos” (+5 milhões).

No quadro seguinte encontram-se relacionados, por grupos de produtos, os acréscimos e decréscimos verificados nas exportações dos principais produtos definidos a dois dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-2).

O grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, o segundo grupo com maior peso entre os onze grupos considerados (14,0% do Total), engloba máquinas e aparelhos mecânicos e eléctricos muito diversificados, encontrando-se no quadro seguinte os principais produtos desagregados a um nível mais fino da Nomenclatura (NC-4).

4 – Evolução comparada das exportações mensais                                por grupos de produtos

Numa análise das exportações de mercadorias por meses não acumulados ao longo de 2020, face a 2019, por grupos de produtos, verifica-se que após uma quebra acentuada das exportações da generalidade dos grupos, em particular nos meses de Abril e Maio, se está a assistir ao longo dos últimos três meses a uma aproximação sucessiva aos níveis mensais do ano anterior, que foram já mesmo ultrapassados nalguns dos grupos, como se pode observar nos gráficos que se seguem.


Alcochete, 11 de Outubro de 2020.

ANEXO