domingo, 27 de agosto de 2023

Comércio Internacional - Índices de Valor, Volume e Preço (Jan-Junho 2023/2022)

 

Comércio Internacional
Índices de Valor, Volume e Preço
por Grupos e Subgrupos de produtos
(Janeiro-Junho 2023/2022)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Apresentam-se neste trabalho indicadores de evolução em Valor, Volume e Preço das importações e das exportações portuguesas de mercadorias por grupos e subgrupos de produtos, calculados para o período acumulado de Janeiro a Junho de 2023, a preços do período homólogo de 2022.

Para o cálculo dos índices de preço, as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e às exportações de mercadorias com movimento nos dois anos, foram agregadas em 11 grupos e 38 subgrupos de produtos (ver Anexo).

Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir de dados de base elementares constantes do Portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva para 2022 e preliminar para 2023, com última actualização em 9 de Agosto de 2023.

2 – Nota metodológica

O método utilizado para o cálculo dos índices de preço de Paasche aqui apresentados assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, índices posteriormente ponderados para o cálculo dos índices dos respectivos grupos de produtos, e estes por sua vez ponderados para o cálculo do índice do total, em cada uma das vertentes comerciais.

Os índices de preço de cada subgrupo são obtidos a partir de uma primeira amostra automática, construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise e respeitando as alterações pautais anualmente introduzidas na Nomenclatura Combinada, dentro de um intervalo calculado por métodos estatísticos.

Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, pode vir a ser incluído na amostra.

Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem ou de destino de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo calculado, incluindo-se na amostra do subgrupo a informação do conjunto dos países que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo previamente encontrado. No caso presente foram desagregados por países e analisados os respectivos índices 93 produtos da Nomenclatura Combinada a oito dígitos nas importações e 97 nas exportações.

Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis face aos restantes produtos do subgrupo.

Na figura seguinte pode observar-se, por grupos de produtos, a representatividade das amostras globais em cada uma das vertentes comerciais que serviram de base ao cálculo dos presentes índices de preço de Paasche, envolvendo mais de 18000 posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada constantes da base de dados do INE.

3 – Balança Comercial

De acordo com os dados disponíveis, o défice da balança comercial de mercadorias no 1º Semestre de 2023 decresceu -6,2% face ao semestre homólogo do ano anterior, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a aumentar de 73,2% para 75,1%.

As importações (somatório das ‘chegadas’ de mercadorias provenientes do espaço comunitário com as importações originárias dos países terceiros), com um acréscimo em valor de +0,8%, terão registado um aumento em volume de +4,0% e um decréscimo em preço de -3,1%.

Por sua vez, o aumento em valor de +3,3% verificado nas exportações terá resultado de um acréscimo em volume de +3,8%, com o preço a decrescer -0,5%.

Excluindo os produtos “Energéticos” do Total das importações e das exportações, o défice da balança comercial em 2023 situa-se em -9,7 mil milhões de Euros, contra -13,4 mil milhões em termos globais.

Por sua vez, em 2023 o grau de cobertura das importações pelas exportações, excluindo os produtos “Energéticos” sobe de 75,1%, em termos globais, para 79,5%.

Numa análise por Grupos de Produtos, em 2023 o saldo da Balança Comercial de mercadorias no período em análise foi positivo em quatro dos onze grupos de produtos considerados, que pesaram 27,4% no total das exportações e 15,8% no total das importações, designadamente “Madeira, cortiça e papel”, “Têxteis e vestuário”, “Calçado, peles e couros” e “Produtos acabados diversos”.


4 - Importações

Em 2023 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas importações de mercadorias foram “Químicos” (17,9%), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,6%), “Agro-alimentares” (15,2%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,1%) e “Energéticos” (11,8%).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,2%), “Produtos acabados diversos” (5,9%), “Têxteis e vestuário” (5,0%), “Madeira, cortiça e papel” (3,2%), “Calçado, peles e couros” (1,7%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).

Foram negativas as taxas de variação em Valor dos grupos “Energéticos” (-31,3%), “Minérios e metais” (-5,3%), “Madeira, cortiça e papel” (-2,9%) e “Têxteis e vestuário” (-2,0%). O grupo “Aeronaves, embarcações e partes”, para que não foram calculados índices de preço, registou em 2023 uma taxa de variação homóloga em Valor de -39,6%. Entre os restantes grupos, com taxas positivas, destacou-se o grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+33,9%).

Em Volume, foram negativas as taxas de variação dos grupos “Energéticos” (-6,5%) e “Madeira, cortiça e papel” (‑4,2%). Entre os restantes, com taxas positivas, destacou-se o grupo “Material de transporte terrestre e partes” (+27,4%).

Em Preço, foram negativas as taxas de variação dos grupos “Energéticos” (-26,5%), “Minérios e metais” (-8,2%), “Químicos” (-2,2%) e “Têxteis e vestuário” (-2,1%). Entre os restantes, com taxas positivas, destacou-se o grupo “Agro-alimentares” (+7,3%).


5 – Exportações

No 1º Semestre de 2023 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas exportações de mercadorias foram “Máquinas aparelhos e partes” (15,1%), “Químicos” (13,8%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,3%), “Agro-alimentares” (12,9%) e “Minérios e metais” (10,3%).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,7%), “Têxteis e vestuário” (7,7%), “Madeira, cortiça e papel” (7,0%), “Energéticos” (6,6%), “Calçado, peles e couros” (3,0%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).

Verificaram-se decréscimos em Valor face ao ano anterior nos grupos “Energéticos” (­­-21,9%), “Madeira, cortiça e papel” (-7,5%), “Minérios e metais” (-4,5%), “Têxteis e vestuário” (-2,7%) e “Químicos” (-1,0%). O grupo “Aeronaves, embarcações e partes”, para que não foram calculados índices de preço, registou em 2023 uma taxa de variação homóloga em Valor de    -10,4%.

Entre os grupos restantes, os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+19,6%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (+18,2%). Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (+11,5%), “Agro-alimentares” (+8,1%) “Calçado, peles e couros” (+3,1%). 

Em Volume registaram-se decréscimos nos grupos de produtos “Madeira, cortiça e papel” (‑11,.6%), “Têxteis e vestuário” (-7,3%), “Calçado. peles e couros” (-5,6%) e “Agro-alimentares” (-1,4%).

Os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+13,2%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (+12,0%). Seguiram-se os grupos “Energéticos” (+8,3%), “Minérios e metais” (+5,8%), “Químicos” (+5,5%) e “Produtos acabados diversos” (+5,4%).

No âmbito do Preço verificaram-se decréscimos nas exportações dos grupos “Energéticos” (‑27,8%), “Minérios e metais” (-9,8%) e “Químicos” (-6,2%).

Entre os acréscimos destacaram-se os dos grupos “Agro-alimentares” (+9,6%) e “Calçado, peles e couros” (+9,1%). Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (+5,8%), “Material de transporte terrestre e partes” (+5,7%), “Máquinas, aparelhos e partes” (+5,5%), “Têxteis e vestuário” (+5,0%) e “Madeira, cortiça e papel” (+4,7%).


Alcochete, 27 de Agosto de 2023.




quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Comércio Internacional de mercadorias - Série mensal - Janeiro a Junho de 2023

 

Comércio Internacional 
de mercadorias
- Série mensal -
(Janeiro a Junho de 2023)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Junho de 2022 e 2023, com 2022 em versão já definitiva e 2023 em versão preliminar, com última actualização em 9 de Agosto, as exportações de mercadorias em 2023 aumentara, em termos homólogos, +3,3% (+1304 milhões de Euros), a par de um aumento das importações de +0,8% (+419 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um acréscimo de +3,0% (+841 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros aumentado +4,1% (+463 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +7,8% (+2895 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -15,2% (-2475 milhões de Euros). 

O défice comercial externo (Fob-Cif), -6,2%, situou-se em -13373 milhões de Euros (inferior em 885 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 2054 milhões no comércio intracomunitário e uma redução de 2938 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 73,2%, em 2022, para 75,1%, em 2023.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Junho de 2023 o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 718 Euros/Ton, no mesmo período de 2022, para 569 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Julho).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 11,8% no total das importações em 2023 e 6,6% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações em 2023 sobe de 75,1%, no comércio global, para 79,5%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

No período em análise de 2023 as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,9% do Total, cresceram +3,0%, contribuindo com +2,2 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +3,3%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,1% do Total), cresceram +4,1%, contribuindo com +1,2 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações no período em análise de 2023 foram a Espanha (25,5%), a França (13,5%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,1%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,7%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,7%), a Bélgica (2,7%), Angola (1,7%) e a Polónia (1,5%), que representaram 74,6% do total.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2022, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise um aumento de +9,0% nas nossas exportações (+57,5 milhões de Euros).

Ocorreram decréscimos nos grupos de produtos “Madeira, cortiça e papel” (-10,7 milhões de Euros), “Agro-alimentares” (-7,5 milhões), “Têxteis e vestuário” (-2,4 milhões) e “Calçado, peles e couros” (-1,9 milhões de Euros).

Os acréscimos incidiram nos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (+44,3 milhões de Euros), “Minérios e metais” (+10,4 milhões), Químicos (+9,8 milhões), “Produtos acabados diversos” (+6,3 milhões),“Material de transporte terrestre e partes” (+5,0 milhões), “Energéticos” (+3,3 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+530 mil Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+3,3%) pertenceram à França (+1,2 p.p.), a Marrocos e Bélgica (+0,5 p.p. cada), à Alemanha e Espanha (+0,4 p.p. cada), ao Reino Unido e Irlanda do Norte (+0,3 p.p.), à Turquia, Provisões de Bordo Intracomunitárias e China (+0,2 p.p. cada) e a Angola (+0,1m p.p.).

Os maiores contributos negativos couberam aos EUA (-0,79 p.p.), aos Países Baixos (-0,30 p.p.) e a Gibraltar (-0,23 p.p.). 

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em França, Bélgica, Alemanha, Espanha, Provisões de Bordo, Polónia, Eslováquia, Roménia e República Checa e Suécia. Os maiores decréscimos ocorreram com os Países Baixos, Itália, Dinamarca, Irlanda e Finlândia.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se Marrocos, a Argélia, o Japão, o Reino Unido, a Austrália, a Turquia, os Emiratos Árabes Unidos, a China, Angola, a Arábia Saudita, o Brasil, a Suíça, a África do Sul, a Ucrânia e Taiwan.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os dos EUA, de Gibraltar, do Panamá, da Argentina, da Noruega e do Catar.

3.2 - Importações

No período de Janeiro a Junho de 2023 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 74,2% do total, registaram um acréscimo de +7,8% e contribuíram com +5,4 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +0,8%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -15,2% representando 25,8% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de -4,7 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2023 foram a Espanha (33,4% do Total), seguida da Alemanha (11,5%), da França (6,8%), dos Países Baixos (5,3%), da Itália (4,9%), da China (4,7%), do Brasil (3,9%), da Bélgica (3,1%), dos EUA (2,5%) e da Polónia (2,1%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 78,2% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (+0,8%) destacou-se o da Espanha, (+1,8 p.p.), seguida da Irlanda (+1,3 p.p.), da França (+0,9 p.p.), da Alemanha (+0,6 p.p.), da Polónia (+0,5 p.p.), da Ucrânia, Países Baixos e Rep. Checa (+0,2 p.p. cada), do Reino Unido e China (+0,1 p.p. cada). da Itália e Ucrânia (0,3 p.p. cada) e da Rep. Checa e Reino Unido (+0,2 p.p. cada). Os principais contributos negativos incidiram nos EUA (-0,9 p.p.) e na Nigéria, Azerbaijão e Brasil (-0,7 p.p. cada).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor das importações com origem intracomunitária e nos Países Terceiros, entre o  período de Janeiro a Junho de 2023 e de 2022.


4 – Saldos da Balança Comercial        

No período de Janeiro a Junho de 2023, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+1777 milhões de Euros), ao Reino Unido (+1267 milhões), aos EUA (+1101 milhões), a Angola (+62 milhões) e a Marrocos (+314 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-7625 milhões de Euros), seguida da China (-2170 milhões), da Alemanha (‑1777 milhões), do Brasil (-1652 milhões) e dos Países Baixos (-1324 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

No período Janeiro-Junho de 2023, os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,1% do Total e +934 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (13,8% e -57 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (13,3% e +878 milhões), “Agro-alimentares” (12,9% e +390 milhões de Euros) e “Minérios e metais” (10,3% e -198 milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,7% e +402 milhões), “Têxteis e vestuário” (7,7% e -85 milhões), “Madeira cortiça e papel” (7,0% e -226 milhões), “Energéticos” (6,6% e -744 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,0% e +36 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -27 milhões de Euros).

5.2 – Importações

Em 2023 os grupos de produtos com maior peso foram “Químicos” (17,9% do Total e +205 milhões de Euros face ao ano anterior), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,6% e +778 milhões), “Agro-alimentares” (15,2% e +932 milhões), “Energéticos” (11,8 %) e -2872 milhões), e “Material de transporte terrestre e partes” (12,1% e +1637 milhões).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,2% e -277 milhões de Euros),   “Produtos acabados diversos” (5,9% e +253 milhões), “Têxteis e vestuário” (5,0% e -53 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,2% e -50 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,7% e +66 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -199 milhões de Euros).

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no período em análise de 2023 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,5% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3ª posição, precedida do Brasil e da França).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,5%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,1%), o Reino Unido e Irl NT (4,7%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,7%), a Bélgica (2,7%), Angola (1,7%) e a Polónia (1,5%).

Estes dez destinos representaram 74,6% da exportação total.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 33,4% do total.

A excepção foi o grupo ““Aeronaves, embarcações e partes” (4º lugar, depois da Alemanha, do Canadá e dos EUA).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,5%), a França (6,8%), os Países Baixos (5,3%), a Itália (4,9%), a China (4,7%), o Brasil (3,9%), a Bélgica (3,1%), os EUA (2,5%) e a Polónia (2,1%).

Estes dez países cobriram 78,2% da importação total.

 7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2023                       face a 2022, por meses homólogos não acumulados



Alcochete, 12 de Agosto de 2023.

 

ANEXO



quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Comércio Internacional de Portugal no âmbito da CPLP (2018-2022)

 

Comércio internacional de mercadorias
de Portugal no âmbito da CPLP
 (2018 a 2022)

disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

A “Comunidade dos Países de Língua Portuguesa” (CPLP) foi criada em 1996, sendo seus países fundadores Angola, o Brasil, Cabo Verde, a Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Em 2002 foi admitido Timor-Leste e mais recentemente, em 2014, a Guiné-Equatorial, observador associado que foi desde 2006.

Entre os seus objectivos, no âmbito da cooperação em todos os domínios, situa-se o desenvolvimento de parcerias estratégicas e o levantamento de obstáculos ao desenvolvimento do comércio internacional de bens e serviços, tornando-a assim numa importante alavanca para o desenvolvimento do espaço económico lusófono e consequente melhoria das condições de vida das suas populações.

Pretende-se neste trabalho analisar, através de quadros e gráficos, a evolução das importações e exportações efectuadas por Portugal com cada um dos seus parceiros na CPLP no período de 2018 a 2022, a partir de dados de base do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva até 2021 e preliminar para 2022, com última actualização em 10 de Julho de 2023.

Para o cálculo do peso de Portugal nas importações e nas exportações de cada um dos parceiros comunitários foram utilizados, para Portugal, dados de base do (INE), considerados mais correctos para o fim em vista, e para os parceiros na CPLP estatísticas do International Trade Centre (ITC) calculadas a partir de diversas fontes.

2 – Peso de Portugal no Comércio Externo                                                    dos seus parceiros na CPLP

3 – Importações e exportações portuguesas no âmbito da CPLP

3.1 – Balança Comercial de Portugal com o conjunto                                       dos parceiros na CPLP (2018-2022)

3.2 – Peso relativo de cada Estado-membro nas importações                          e exportações portuguesas no âmbito da CPLP


3.3 – Balança Comercial de Portugal com cada parceiro na CPLP                   (2018-2022)

3.4 – Síntese estatística de cada país












































































ANEXO


Alcochete, 8 de Agosto de 2023.