segunda-feira, 27 de maio de 2024

Comércio Internacional - Índices de Valor, Volume e Preço (Jan-Março 2024/2023)

 

Comércio Internacional de mercadorias
Índices de Valor, Volume e Preço
por grupos e subgrupos de produtos
(Janeiro-Março 2024/2023)

(disponível para download >>> aqui)

1 - Introdução

Apresentam-se neste trabalho indicadores de evolução em Valor, Volume e Preço das importações e das exportações portuguesas de mercadorias por grupos e subgrupos de produtos, calculados para o período acumulado de Janeiro a Março de 2024, a preços do período homólogo de 2023.

Para o cálculo dos índices de preço, as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e às exportações de mercadorias com movimento nos dois anos, foram agregadas em 11 grupos e 38 subgrupos de produtos (ver Anexo).

Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir de dados de base elementares constantes do Portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva  para 2023 e preliminar para 2024, com última actualização em 10 de Maio de 2024.

2 – Nota metodológica

O método utilizado para o cálculo dos índices de preço de Paasche aqui apresentados assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, índices posteriormente ponderados para o cálculo dos índices dos respectivos grupos de produtos, e estes por sua vez ponderados para o cálculo do índice do total, em cada uma das vertentes comerciais.

Os índices de preço de cada subgrupo são obtidos a partir de uma primeira amostra automática, construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise e respeitando as alterações pautais anualmente introduzidas na Nomenclatura Combinada, dentro de um intervalo calculado por métodos estatísticos.

Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, pode vir a ser incluído na amostra.

Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem e de destino de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo calculado, incluindo-se na amostra do subgrupo a informação do conjunto dos países que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo previamente encontrado. No caso presente foram desagregados por países e analisados os respectivos índices 47 produtos da Nomenclatura Combinada a oito dígitos nas importações e 71 nas exportações.

Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis face aos restantes produtos do subgrupo.

Na figura seguinte pode observar-se, por grupos de produtos, a representatividade das amostras globais em cada uma das vertentes comerciais, que serviram de base ao cálculo dos índices de preço de Paasche, envolvendo mais de 18000 posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada na base de dados do INE.



3 – Balança Comercial

De acordo com os dados disponíveis, o défice da balança comercial de mercadorias no 1º Trimestre de 2024 decresceu -12,7% face ao trimestre homólogo do ano anterior, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a aumentar de 75,9% para 77,6%.

As importações (somatório das ‘chegadas’ de mercadorias provenientes do espaço comunitário com as importações originárias dos países terceiros), com um decréscimo em valor de -6,3%, terão registado um acréscimo em volume de +0,7% e um decréscimo em preço de -6,9%.

Por sua vez, a quebra em valor de -4,2% verificada nas exportações terá resultado de um decréscimo em volume de -0,7%, com o preço a decrescer -3,5%.

Excluindo os produtos “Energéticos” do Total das importações e das exportações, o défice da balança comercial em 2024 situa-se em -4,4 mil milhões de Euros, contra -5,7 mil milhões em termos globais.

Por sua vez, em 2024 o grau de cobertura das importações pelas exportações, excluindo os produtos “Energéticos” sobe de 77,6%, em termos globais, para 80,6%.

Numa análise por Grupos de Produtos, em 2024 o saldo da Balança Comercial de mercadorias no período em análise foi positivo em quatro dos onze grupos de produtos considerados, que pesaram 26,6% no total das exportações e 15,1% no Total das importações, designadamente “Madeira, cortiça e papel”, “Têxteis e vestuário”, “Calçado, peles e couros” e “Produtos acabados diversos”.

4 - Importações

Em 2024 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas importações de mercadorias foram “Máquinas, aparelhos e partes” e “Químicos”  (18,2% do Total cada), “Agro-alimentares” (15,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,4%) e “Energéticos” (10,2%).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (8,9%), “Produtos acabados diversos” (6,0%), “Têxteis e vestuário” (4,5%), “Madeira, cortiça e papel” (2,9%), “Calçado, peles e couros” (1,7%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).

Foram negativas as taxas de variação em Valor de todos os Grupos de Produtos à excepção de “Material de transporte terrestre e partes” (+6,9%), tendo incidido os maiores decréscimos nos grupos “Energéticos” (-22,8%), “Têxteis e vestuário” (-12,5%) e “Madeira, cortiça e papel” (-11,9%). O grupo “Aeronaves, embarcações e partes”, para que não se calcula índice de preço, registou em 2024 uma taxa de variação homóloga em Valor de -32,8%.

Em Volume, foram negativas as taxas de variação dos grupos “Energéticos” (-11,1%), “Têxteis e vestuário” (-4,7%), “Químicos” (-2,7%), “Madeira, cortiça e papel” (‑0,4%) e “Calçado, peles e couros” (-0,1%). Com taxas positivas, destacou-se o grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (+11,3%), seguido do “Material de transporte terrestre e partes” (+5,7%), “Produtos acabados diversos” (+4,2%), “Minérios e metais” (+1,5%) e “Agro-alimentares” (+0,3%).

Em Preço, foram negativas as taxas de variação de todos os grupos à excepção do “Material de transporte terrestre e partes” (+1,1%). As maiores quebras couberam aos grupos  “Energéticos” (-13,2%), “Madeira, cortiça e papel” (-11,5%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (-10,5%).

5 – Exportações

No 1º Trimestre de 2024 os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas exportações de mercadorias foram “Máquinas aparelhos e partes” (15,0%), “Químicos” (14,1%), “Agro-alimentares” (14,0%) e “Material de transporte terrestre e partes” (13,0%).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,9%), “Produtos acabados diversos” (9,5%), “Têxteis e vestuário” (7,3%), “Madeira, cortiça e papel” (6,9%), “Energéticos” (6,6%), “Calçado, peles e couros” (2,9%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7%).

Verificaram-se decréscimos em Valor, face ao ano anterior, em todos os Grupos de Produtos, à exepção do grupo “Agro-alimentares” (+6,4%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+17,8%), para que não se calcula índice de preço.

Os maiores decréscimos verificaram-se nos grupos “Calçado, peles e Couros” (-12,5%) e “Têxteis e vestuário” (-11,0%).

Em Volume registaram-se decréscimos nos grupos “Calçado. peles e couros” (-13,5%), “Têxteis e vestuário” (-6,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (-4,9%), “Químicos” (-4,0%), “Produtos acabados diversos” (-2,8%) e “Minérios e metais” (-0,3%).

O maior acréscimo ocorreu no grupo “Energéticos” (+18,1%), a que se seguiram os grupos “Madeira, cortiça e papel” (+3,4%), “Agro-alimentares” (+0,8%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (+0,5%).

No âmbito do Preço verificaram-se decréscimos nas exportações de sete dos Grupos de Produtos, com destaque para o grupos “Energéticos” (-17,7%), seguido da “Madeira, cortiça e papel” (-9,3%), “Minérios e metais” (-6,8%), “Têxteis e vestuário” (-5,0%), “Máquinas, aparelhos e partes” (-3,4%), “Químicos” (-3,3%), “Produtos acabados diversos” (-2,8%) e “Minérios e metais” (-0,3%).

Entre os acréscimos destacou-se o grupo “Agro-alimentares” (+5,6%), seguido dos grupos “Calçado, peles e couros” (+1,1%) e “Material de transporte terrestre e partes” (+0,4%). 

Alcochete, 25 de Maio de 2024.


ANEXO



terça-feira, 14 de maio de 2024

Comércio Internacional de mercadorias - Série mensal - Janeiro a Março de 2024

 

Comércio Internacional 
de mercadorias
- Série mensal -
(Janeiro-Março 2024)

( disponível para download  >> aqui )


1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Março de 2023, em versão definitiva, e de 2024, em versão preliminar, com última actualização em 10 de Maio de 2024, as exportações de mercadorias em 2024 decresceram, em termos homólogos, -4,2% (-870 milhões de Euros), a par de um decréscimo das importações de -6,3% (-1699 milhões). 

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos valores dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um decréscimo de -3,4% (-492 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros registado um decréscimo de -6,2% (-378 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) decresceram -5,1% (-1039 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -9,7% (-660 milhões de Euros). 

O défice comercial externo (Fob-Cif), -12,7% face a 2023, situou-se em -5692 milhões de Euros (inferior em 829 milhões ao do ano anterior), a que corresponderam desagravamentos de 548 milhões no comércio intracomunitário e de 282 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 75,9%, em 2023, para 77,6%, em 2024.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Março de 2024 o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 585 Euros/Ton, no mesmo período de 2023, para 579 Euros/Ton. 

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Abril).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 10,2% no total das importações em 2024 e 6,6% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2024, de 77,6% no comércio global, para 80,6%.


2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

Em 2024 as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,9% do Total, decresceram -3,4%, contribuindo com -2,4 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global negativa de -4,2%. As exportações para o espaço extracomunitário, 29,1% do Total, decresceram -6,2%, contribuindo com uma taxa negativa de -1,8 p.p. para a taxa de variação global.

Os dez principais destinos das exportações foram a Espanha (25,3%), a França (12,9%), a Alemanha (11,7%), os EUA (6,8%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (5,0%), a Itália (4,6%), os Países Baixos (3,2%), a Bélgica (3,1%), o Brasil e a Polónia (1,6% cada), países que representaram 75,8% do Total.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise um decréscimo de -41,0% nas nossas exportações (-156,5 milhões de Euros).

À excepção dos grupos “Energéticos” (+862 mil Euros) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+822 mil Euros), ocorreram decréscimos em todos os restantes grupos de produtos, tendo as maiores quebras incidido nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (-51,8 milhões de Euros), Químicos (-27,6 milhões), “Agro-alimentares” (‑25,2 milhões), “Produtos acabados diversos” (-24,0 milhões) e “Minérios e metais” (-19,4 milhões de Euros). Seguiram-se os grupos “Madeira, cortiça e papel” (‑5,4 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (-1,9 milhões), “Têxteis e vestuário” (-1,8 milhões) e “Calçado, peles e couros” (-1,1 milhões).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ negativo das exportações neste período (-4,2%) pertenceram ao Brasil, Bélgica e Alemanha (+0,3 p.p. cada), Itália e Gibraltar (+0,2 p.p. cada), Rep. Checa, Polónia, Reino Unido/Irl NT e Finlândia (0,1 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam à França e Espanha (-1,0 p.p. cada), Angola (-0,8 p.p.), Países Baixos (-0,7 p.p.), Turquia (-0,4 p.p.), EUA, Israel, China, Prov. Bordo Intra e Eslováquia (-0,2 p.p. cada).

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram na Bélgica, Alemanha, Itália, República Checa, Polónia, Finlândia e Hungria. Os maiores decréscimos ocorreram com a França, Espanha, Países Baixos, Provisões de Bordo, Eslováquia, Suécia e Irlanda.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se o Brasil, o Egipto, Gibraltar, a Ucrânia, o Reino Unido/ Irl. NT, o Vietname e os Emiratos.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os de Angola, Turquia, EUA, África do Sul, Israel, China, Panamá, Japão, Argélia, Provisões de Bordo, Noruega, Austrália e Taiwan.

3.2 – Importações

Em 2024 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 75,8% do total, registaram um decréscimo de -5,1% e contribuíram com -3,8 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de -6,3%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -9,7% representando 24,2% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global negativo de -2,4 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2024 foram a Espanha (33,4% do Total), seguida da Alemanha (12,3%), da França (7,3%), dos Países Baixos e da Itália (5,0% cada), da China (4,4%), da Bélgica (3,3%), do Brasil (2,9%), da Irlanda (2,2%) e da Polónia (1,8%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 77,5% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (-6,3%), destacaram-se os da Argélia (+0,5 p.p.), da Nigéria, Azerbaijão e Turquia (+0,3 p.p. cada), da Arábia Saudita (+0,2 p,p,) e da Roménia, Alemanha, Marrocos e Dinamarca (+0,1 p.p. cada).

 Os principais contributos negativos incidiram em Espanha (-1,7 p.p.), no Brasil (-1,3 p.p.), na Irlanda (-1,0 p.p.), nos EUA (-0,9 p.p.), nos Países Baixos (-0,5 p.p.), na Polónia (-0,4 p.p.), na Itália (-0,3 p.p.) e na China (-0,2 p.p.).


Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor das importações com origem intracomunitária (chegadas) e nos Países Terceiros, entre o período de Janeiro a Março de 2024 e 2023.




4 – Saldos da Balança Comercial      

No período de Janeiro a Março de 2024, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam aos EUA (+886 milhões), a França (+674 milhões de Euros), ao Reino Unido/Irl NT (+674 milhões), a Marrocos (+154 milhões) e a Angola (+146 milhões). O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-3508 milhões de Euros), seguida da China (-984 milhões), da Alemanha (‑818 milhões), dos Países Baixos (-639 milhões) e da Irlanda (-422 milhões).


5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

Em 2024 apenas nos grupos de produtos ”Agro-alimentares” e “Aeronaves, embarcações e partes” não se verificaram taxas de variação homóloga em valor negativas, face ao ano anterior.

Os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,0% do Total e -94 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (14,1% e -217 milhões), “Agro-alimentares” (14,0% e +165 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (13,0% e -122 milhões), “Minérios e metais” (9,9% e -147 milhões) e “Produtos acabados diversos” (9,5% e -89 milhões). Seguiram-se os grupos “Têxteis e vestuário” (7,3% e -179 milhões), “Madeira cortiça e papel” (6,9% e -89 milhões), “Energéticos” (6,6% e -39 milhões), “Calçado, peles e couros” (2,9% e -81 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7% e +21 milhões de Euros).


5.2 – Importações

Em 2024 apenas no grupo de produtos ”Material de transporte terrestre e partes” não se verificou uma taxa  de variação homóloga em valor negativa, face ao ano anterior.

Os grupos de produtos com maior peso foram “Máquinas, aparelhos e partes” (18,2% e -18 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (18,2% e -492 milhões), “Agro-alimentares” (15,4% e -59 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (13,4% e +221 milhões), “Energéticos” (10,2% e ‑763 milhões) e “Minérios e metais” (8,9% e -178 milhões). Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (6,0% e -36 milhões), “Têxteis e vestuário” (4,5% e -165 milhões), Madeira, cortiça e papel” (2,9% e -100 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,7% e -41 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -169 milhões de Euros).

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2024 a primeira posição em 7 dos 11 grupos de produtos com 25,3% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (2ª posição, depois dos EUA), “Calçado, peles e couros” (3ª posição, depois da França e da Alemanha), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5ª posição, precedida do Brasil França, Ucrânia e R.Unido/ Irl. NT).


Seguiram-se no “ranking” a França (12,9%), a Alemanha (11,7%), os EUA (6,8%), o Reino Unido e Irl NT (5,0%), a Itália (4,6%), os Países Baixos (3,2%), os Países Baixos (3,1%),a Bélgica (3,1%), o Brasil e a Polónia (1,6% cada).

Estes dez destinos representaram 75,8% da exportação total.

 6.2 – Importações


Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 33,4% do total.

A excepção foi o grupo ““Aeronaves, embarcações e partes” (4º lugar, depois da França, Canadá e Alemanha.

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (12,3%), a França (7,3%), os Países Baixos e a Itália (5,0% cada), a China 4,4%), a Bélgica (3,3%), o Brasil (2,9%), a Irlanda (2,2%) e a Polónia (1,8%).

Estes dez países cobriram 77,5% da importação total.

 7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2024                       face a 2023, por meses homólogos não acumulados


Alcochete, 14 de Maio de 2024.

 

ANEXO



sábado, 11 de maio de 2024

Comércio Internacional no âmbito da CPLP (2019-2023)

 

Comércio Internacional de mercadorias
de Portugal no âmbito da CPLP

(2019-2023)

(disponível para download >> aqui )

1 - Introdução

A “Comunidade dos Países de Língua Portuguesa” (CPLP) foi criada em 1996, sendo seus países fundadores Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.

Em 2002 foi admitido Timor-Leste e mais recentemente, em 2014, a Guiné-Equatorial, observador associado que foi desde 2006.

Entre os seus objectivos, no âmbito da cooperação em todos os domínios, situa-se o desenvolvimento de parcerias estratégicas e o levantamento de obstáculos ao desenvolvimento do comércio internacional de bens e serviços, tornando-a assim numa importante alavanca para o desenvolvimento do espaço económico lusófono e consequente melhoria das condições de vida das suas populações.

Pretende-se neste trabalho analisar, através de quadros e gráficos, a evolução das importações e exportações efectuadas por Portugal com cada um dos seus parceiros na CPLP no período de 2019 a 2023, a partir de dados de base do Instituto Nacional de Estatística (INE), em versão definitiva.

Para o cálculo do peso de Portugal nas importações e nas exportações de cada um dos seus parceiros comunitários foram utilizados, para Portugal, dados de base do (INE), considerados mais correctos para o fim em vista, e para os parceiros na CPLP estatísticas do International Trade Centre (ITC) calculadas a partir de diversas fontes, e pontualmente, para 2023, da Administração-Geral Tributária se Angola, do Banco de Moçambique e do FMI no caso de São Tomé e Príncipe.

2 – Peso de Portugal no Comércio Externo                                                    dos seus parceiros na CPLP

3 – Importações e exportações portuguesas no âmbito da CPLP


3.1 – Balança Comercial de Portugal                                                                 com o conjunto dos parceiros na CPLP

3.2 – Peso relativo de cada Estado-membro nas importações e                     exportações portuguesas no âmbito da CPLP

3.3 – Balança Comercial de Portugal                                                                 com cada parceiro na CPLP (2018-2022)

3.4 – Síntese estatística de cada país

Segue-se uma síntese estatística da evolução do comércio internacional de mercadorias de Portugal cada um dos seus parceiros na CPLP.

 





















































































ANEXO