domingo, 29 de setembro de 2024

Comércio Internacional de Portugal com a Ucrânia - 2019-2023 e 1º Semestre 2023-2024

 

Comércio Internacional
 de Portugal com a Ucrânia
 2019-2023
 1º Semestre 2023-2024

 ( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Analisa-se neste trabalho a evolução do Comércio Internacional de mercadorias de Portugal com a Ucrânia no período 2019-2023 e 1º Semestre 2023-2024, a partir de dados de base do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versões definitivas até 2023 e versão preliminar para 2024, com última actualização em 9 de Setembro de 2024.

2 – Comércio Internacional de Portugal com a Ucrânia

2.1 – Balança Comercial

A Balança Comercial de Portugal com a Ucrânia é desfavorável, com défices ao longo dos últimos cinco anos oscilando entre -175,2 milhões de Euros, em 2020, e -292,0 milhões, em 2023.

No período de Janeiro a Junho de 2024 o défice situou-se em -146,2 milhões de Euros, contra ‑207,9 milhões no mesmo período do ano anterior, tendo-se situado o grau de cobertura das importações pelas exportações respectivamente em 26,2% e 11,5%.

2.2 – Importações

As principais importações no período em análise, por Grupos de Produtos (ver em Anexo a sua definição), incidiram no grupo “Agro-alimentares”, que no 1º Semestre de 2024 representou 94,4% do Total, contra 92,7% no mesmo período do ano anterior, com destaque para os cereais e sementes de oleaginosas.

No 1º Semestre de 2024, a grande distância, seguiram-se, entre os principais, os grupos “Madeira, cortiça e papel”, “Calçado, peles e couros”, “Máquinas, aparelhos e partes” e “Têxteis e vestuário”.

No quadro seguinte relacionam-se os principais produtos importados da Ucrânia por Grupos de Produtos desagregados por capítulos da Nomenclatura (NC2/SH2).

Na figura seguinte pode observar-se, por Grupos de Produtos, o ritmo de variação anual do valor das importações ao longo do último quinquénio, com base no valor do ano de 2019. 


2.3 – Exportações



No período de Janeiro a Junho de 2024 o grupo de produtos com maior peso nas exportações portuguesas para a Ucrânia foi “Aeronaves, embarcações e partes” (36,0%% do Total e 31,3% no mesmo período do ano anterior), constituídas por aeronaves não tripuladas de controle remoto.

Seguiram-se, entre os principais, os grupos “Produtos acabados diversos” (36,0% e apenas 1,2% no ano anterior), principalmente constituído por aparelhos ópticos e para navegação aérea, “Madeira, cortiça e papel” (10,9% e 18,1%, respectivamente), com destaque para o papel e cartão, cortiça e suas obras, “Agro-alimentares” (9,9% e 17,6%), essencialmente vinhos e outras bebidas alcoólicas, café, preparados à base de cereais e de leite, e produtos para alimentação de animais, “Máquinas, aparelhos e partes” (8,4% e 19,0%), muito diversificados, principalmente aparelhos que utilizam mudança de temperatura, emissores de rádio, TV e suas partes, radares, aparelhos para interrupção, seccionamento e protecção de circuitos eléctricos, fios e cabos eléctricos, aparelhos de soldar, motores e máquinas motrizes, aparelhos com função própria n.e. e bombas para líquidos, entre muitos outros, e “Material de transporte terrestre e partes ” (5,3% e 2,0%), com destaque para os veículos de transporte de mercadorias, tractores e suas partes.

Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Químicos” (2,2% e 4,7%), “Minérios e metais” (1,4% e 2,9%), “Têxteis e vestuário” (1,1% e 2,6%) e “Calçado, peles e couros” (0,6% em cada um dos semestres), tendo sido nulas as exportações de produtos “Energéticos”.

No quadro seguinte relacionam-se os principais produtos exportados para a Ucrânia por Grupos de Produtos desagregados por capítulos da Nomenclatura (NC2/SH2).

Na figura seguinte pode observar-se, por Grupos de Produtos, o ritmo de variação anual do valor das exportações ao longo do último quinquénio, com base no valor do ano de 2019.


Alcochete, 26 de Setembro de 2024.

ANEXO


segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Importação e Exportação de "Madeira e suas obras" e "Mobiliário de madeira" - 2019-2023 e 1º Semestre 2023-2024

 

Importação e Exportação
de "Madeira e suas obras"
e "Mobiliário de madeira"
2019-2023 e 1º Semestre 2023-2024

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Analisa-se neste trabalho a evolução da importação e exportação portuguesa dos produtos da “Madeira e suas obras” e do “Mobiliário de madeira” no período de 2019 a 2023 (versões definitivas) e 1º Semestre de 2023 e 2024 (versão preliminar para 2024, com última actualização em 09-09-2024), a partir de dados de base do “Instituto Nacional de Estatística”.  

No período em análise as importações deste conjunto de produtos pesaram em média cerca de 1,5% nas importações globais e 2,5% nas exportações.

No 1º Semestre de 2024 predominou nas importações a “Madeira e suas obras” (77,1% do total do conjunto) e na vertente das exportações o “Mobiliário de madeira” (51,7%). 


2 - Balança Comercial do conjunto 
     “Madeira e suas obras” e “Mobiliário de madeira”
     2019-2023 e 1º Semestre 2023-2024

A Balança Comercial do conjunto destes produtos ao longo do último quinquénio e 1º Semestre de 2024 foi favorável a Portugal, com saldos de 310 milhões de Euros em 2023 e de 128 milhões no 1º Semestre de 2024, tendo o défice da balança da “Madeira e suas obras” sido anulado pelo saldo positivo da lado do “Mobiliário de madeira”, como se verá adiante.

Passa-se a analisar, separadamente, a evolução das importações e das exportações de cada uma das componentes.  

3 – Madeira e suas obras

3.1 – Balança Comercial

Ao longo dos últimos cinco anos e 1º Semestre de 2024 a Balança Comercial da “Madeira e suas obras” foi deficitária, tendo ocorrido o maior saldo negativo em 2022 (-336 milhões de Euros). No primeiro Semestre de 2024 o défice atingiu -168 milhões de Euros, contra -194 milhões no semestre homólogo do ano anterior.

O grau de cobertura das importações pelas exportações, que no 1º Semestre de 2023 se situara em 77,1%, subiu para 72,7% em 2024.


3.2 – Importação

No quadro seguinte encontram-se relacionados, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, os principais produtos importados no período em análise, que pesaram cerca de 97% do Total em cada um dos anos e semestres. 


O produto dominante foi a ‘Madeira em bruto’, que no 1º Semestre de 2024 atingiu 147,5 milhões de Euros. Seguiram-se, entre os principais produtos, a ‘Lenha, estilhas, desperdícios e resíduos’ (79,2 milhões), os “Painéis de fibras’ (63,2 milhões). os ‘Painéis de partículas’ (56,4 milhões), as ‘Obras de carpintaria para construções’ (51,8 milhões) e a ‘Madeira serrada esp. >6 mm).


O principal mercado de origem das importações no 1º Semestre de 2024 foi a Espanha (43,5% do Total e 41,4% no semestre homólogo de 2023), seguida, entre os principais, pelo Brasil (12,9% e 14,3%, respectivamente), Uruguai (6,6% e 9,3%) e França (6,5% e 6,4%).

3.3 – Exportação

Os principais produtos exportados no período em análise, que pesaram mais de 98% do Total em cada um dos anos, constam do quadro seguinte. Destacaram-se, no 1º Semestre de 2024, as “Obras de carpintaria para construções” (82,1 milhões de Euros e 85,2 milhões no semestre homólogo de 2023), os ‘Painéis de partículas’ (66,7 e 76,0 milhões, respectivamente), os “Painéis de fibras’ (62,4 e 80,9 milhões) e a ‘Lenha, estilhas, desperdícios e resíduos’ (54,1 e 64,8 milhões).

O principal mercado de destino foi ainda a Espanha (47,5% e 45,3% no semestre homólogo), seguida pela França (13,4% e 13,0%), Reino Unido/Irl NT (7,0% e 8,8%), Países Baixos (3,7% e 4,1%), Itália (3,2% em cada um dos anos), Bélgica (3,0% e 2,3%), Irlanda (2,6% e 2,9%), EUA (2,6% e 2,3%), Alemanha (2,5% em cada um dos anos) e Emiratos (1,8% e 1,2%).

4 – Mobiliário de madeira

4.1 – Balança Comercial



No período em análise a Balança Comercial do “Mobiliário de madeira” foi favorável a Portugal, tendo ocorrido o maior saldo anual em 2023, com 575 milhões de Euros.

No 1º Semestre de 2024 as importações cresceram +2,0% face ao semestre homólogo de 2023 e as exportações +2,7%, com um saldo de +296 milhões de Euros, contra +287 milhões em 2023.

 4.2 – Importação

Nas importações de mobiliário de madeira prevaleceram os móveis e suas partes, seguidos dos assentos, excepto transformáveis em cama.


Neste 1º Semestre o principal mercado de destino foi a França (36,0% do Tota e 38,9% no semestre homólogo de 2023), seguida da Espanha (17,0% e 16,2%), dos EUA (8,9% e 9,4%), da Alemanha (6,3% e 5,1%) e do Reino Unido/Irl NT (6,1% e 6,6%). Com pesos inferiores alinharam-se depois o Vietname (4,4% e 0,5%), a Suíça (2,2% e 2,5%), os Países Baixos (2,1% e 2,0%), a Itália (2,1% e 2,4%), o Canadá (1,5% e 1,4%) e a Bélgica (1,4% e 1,9%).



Alcochete, 19 de Setembro de 2024.






quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Comércio da China com os PALOP 2019-2023 - Principais produtos exportados e correspondentes exportações portuguesas 2022-2023

 

Comércio Externo da China com os PALOP
2019-2023
Principais produtos exportados  e correspondentes exportações portuguesas
2022-2023

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Analisa-se neste trabalho a evolução do comércio externo de mercadorias da China com os “Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa” (PALOP) entre 2019 e 2023, a partir de cálculos do “International Trade Centre” (ITC) com base em estatisticas "Customs Administration of China".

Em 2023 as importações do país com origem nos cinco PALOP cifraram-se em 19,2 mil milhões de Euros e as exportações com este destino em 7,5 mil milhões, tendo cabido 90,8% das importações a produtos energéticos, essencialmente constituídos por petróleo bruto, com origem em Angola.

Os principais parceiros da China entre os PALOP são Angola e Moçambique, tendo Angola representado nesse ano 91,4% destas importações e Moçambique 8,6%, sendo praticamente nulas as importações com origem em Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe.

Na vertente das exportações coube a Angola uma quota de 51,7% e a Moçambique de 46,1%.

Ao longo dos últimos cinco anos o ritmo das exportações portuguesas para o conjunto dos PALOP tem-se mantido em torno do valor que detinham em 2019, enquanto que o das exportações da China tem crescido significativamente, em particular nos últimos dois anos.

Nos quadros da abordagem que mais adiante é feita às exportações por Grupos de Produtos (ver definição do seu conteúdo em Anexo) e principais produtos definidos a 4 dígitos da Nomenclatura (NC4/SH4) exportados pela China para os PALOP em 2022 e 2023, relacionam-se também os correspondentes valores desses produtos nas exportações portuguesas com este destino e seu peso na exportação global dos Grupos de Produtos em que se integram.

2 – Balança Comercial

A Balança Comercial da China com o conjunto dos PALOP ao longo do último quinquénio foi deficitária, sublinhando-se que na importação existe uma forte componente de petróleo com origem em Angola, que representou 90,8% do Total dos PALOP em 2023.


A China tem intensificado as relações económicas com África. No caso dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa destacam-se, nas duas vertentes comerciais, Angola e Moçambique, e nos restantes países as exportações.

3 – Importações por Grupos de Produtos

Excluindo do Total as importações do Grupo de Produtos “Energéticos” a partir de Angola, designadamente petróleo e algum gás de petróleo, que em 2023 representaram 90,8% do Total, destacaram-se em 2023, entre o conjunto dos restantes, os grupos “Minérios e metais” (79,1% e 75,4% em 2022), “Agro-alimentares” (13,8% e 13,4% respectivamente) e “Madeira, cortiça e papel” (6,8% e 11,10%).

4 – Exportações por Grupos de Produtos

Em 2023 as principais exportações da China para os PALOP incidiram nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (22,7% do Total e 22,4% em 2022), “Produtos acabados diversos” (14,4% e 12,9%), “Minérios e metais” (13,9% e 15,9%), “Têxteis e vestuário” (13,6% e 12,2), “Químicos” (13,0% e 13,9%) e “Material de transporte terrestre e partes” (10,8% e 9,7%).

Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Calçado, peles e couros” (7,0% e 6,0%), “Madeira, cortiça e papel” (1,6% e 1,5%), “Agro-alimentares” (1,5% e 1,3%), “Energéticos” (1,3% e 3,9%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,1% e 0,4%).

Nos quadros seguintes pode observar-se, por Grupos de Produtos, relativamente a cada um dos PALOP, o valor dos principais produtos exportados pela China em 2023, e seu valor no ano transacto, desagregados a 4 dígitos da Nomenclatura (NC4/SH4), bem como o correspondente valor da exportação portuguesa dos mesmos produtos com este destino, de fonte INE, e seu peso na exportação global do grupo de produtos em que se integram.








Alcochete, 10 de Setembro de 2024.

 

ANEXO




sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Comércio Internacional de Mercadorias - Série Mensal - Janeiro-Julho 2024

 

Comércio Internacional 
de mercadorias
- série mensal -
(Janeiro-Julho 2024)

( disponível para download  >> aqui )


1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Julho de 2023, em versão definitiva, e de 2024, em versão preliminar, com última actualização em 9 de Setembro de 2024, as exportações de mercadorias em 2024 cresceram, em termos homólogos, +2,3% (+1079 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +0,1% (+72 milhões milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos valores dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um acréscimo de +2,5% (+826 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros registado um acréscimo de +1,9% (+253 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) decresceram -0,4% (-208 milhões) e as originárias dos Países Terceiros aumentaram +1,7% (+280 milhões de Euros). 

O défice comercial externo (Fob-Cif), -6,4% face a 2023, situou-se em -14362 milhões de Euros (inferior em 1008 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um desagravamento de 1034 milhões no comércio intracomunitário e um agravamento de 27 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 75,0%, em 2023, para 76,6%, em 2024.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos “Energéticos”, com reflexo importante no comportamento da Balança Comercial. No período de Janeiro a Julho o valor médio de importação do petróleo bruto subiu de 564 Euros/Ton, em 2023, para 594 Euros/Ton, em 2024. 


Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Agosto).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 10,8% no total das importações em 2024 e 7,2% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2024, de 76,6% no comércio global, para 79,7%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

Em 2024, no período em análise, as exportações para a UE (expedições), que representaram 71,0% do Total, cresceram +2,5%, contribuindo com +1,8 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +2,3%. As exportações para o espaço extracomunitário, 29,0% do Total, cresceram +1,9%, contribuindo com +0,5 p.p. para a taxa de variação global.

Os dez principais destinos das exportações foram a Espanha (25,4%), a França (12,8%), a Alemanha (12,4%), os EUA (7,1%), o Reino Unido/ Irl.NT (4,6%), a Itália (4,4%), os Países Baixos (3,4%), a Bélgica (2,7%), a Polónia (1,5%) e Marrocos (1,4%), países que representaram 75,7% do Total.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise um decréscimo de -28,6% nas nossas exportações (-228,7 milhões de Euros). À excepção dos grupos “Energéticos” (+3,9 milhões de Euros) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+598 mil Euros), ocorreram decréscimos em todos os restantes grupos de produtos, tendo as maiores quebras incidido nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (-84,5 milhões de Euros), “Produtos acabados diversos” (-35,0 milhões), “Agro-alimentares” (‑33,2 milhões), Químicos (-32,9 milhões e “Minérios e metais” (-26,6 milhões de Euros). Seguiram-se os grupos “Material de transporte terrestre e partes” (-8,0 milhões),“Madeira, cortiça e papel” (‑6,9 milhões), “Têxteis e vestuário” (-3,9 milhões) e “Calçado, peles e couros” (-2,1 milhões de Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos negativos para a taxa de variação homóloga de +2,3 p.p. couberam a França (-0,9 p.p.), Turquia e Angola
(-0,5% cada), Países Baixos (-0,3 p.p.), China, Irlanda e Provisões de Bordo Intra-UE (-0,2 p.p. cada), Eslováquia, Israel e Roménia (-0,1 p.p. cada).

Os maiores contributos positivos pertenceram à Alemanha (+2,2 p.p.), EUA (+1,0 p.p.), Espanha (+0,4 p.p.), Brasil e Gibraltar (+0,3 p.p. cada), Itália e Finlândia (+0,2 p.p. cada), Bélgica, Marrocos e Rep. Checa (+0,1 p.p. cada).

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram na Alemanha, Espanha, Itália, Finlândia, Bélgica, República Checa, Polónia e Suécia. Os maiores decréscimos ocorreram na França, Países Baixos, Irlanda, Provisões de Bordo, Eslováquia e Roménia. 


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se os dos EUA, do Brasil, de Gibraltar, do Egipto, de Marrocos e das Provisões de Bordo.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os da Turquia, Angola, Japão, China, Israel, Austrália, Panamá e Arábia Saudita.

3.2 – Importações

Em 2024 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 73,9% do total, registaram um decréscimo de -0,4% e contribuíram com -0,3 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +0,1%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um acréscimo de +1,7% representando 26,1% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de +0,4 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2024 foram a Espanha (32,6% do Total), seguida da Alemanha (11,5%), da França (7,1%), dos Países Baixos (5,2%), da Itália (5,1%), da China (4,7%), do Brasil (3,6%), da Bélgica (3,1%), dos EUA (2,2%) e da Irlanda (1,8%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 77,1% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (+0,1%), destacaram-se os da Argélia (+0,4 p.p.), do Azerbaijão, da Turquia e da França (+0,3 p.p.), e da Alemanha, da Nigéria, da Arábia Saudita, da Áustria, da Índia e da Irlanda (+0,2 p.p. cada).

Os principais contributos negativos incidiram em Espanha (-0,9 p.p.), na Polónia (-0,3 p.p.), nos EUA, na China e nos Países Baixos (-0,2 p.p. cada), e no Brasil e Hungria (‑0,1 p.p. cada).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor das importações com origem intracomunitária (chegadas) e nos Países Terceiros, entre o período de Janeiro a Julho de 2024 e de 2023.


4 – Saldos da Balança Comercial        

No período de Janeiro a Julho de 2024, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam aos EUA (+2002 milhões de Euros), a França (+2115 milhões) e  ao Reino Unido (+1487 milhões). O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-8258 milhões de Euros), seguida da China (-2603 milhões), dos Países Baixos (-1623 milhões), do Brasil (-1605 milhões) e da Alemanha (‑1103 milhões).


5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

Em 2024, os grupos de produtos que detiveram maior peso na estrutura foram “Químicos” (15,3% e +1001 milhões de Euros face ao ano anterior), “Máquinas, aparelhos e partes” (14,7% do Total e -177 milhões), “Agro-alimentares” (13,9% e +598 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (12,0% e -532 milhões), “Minérios e metais” (10,0% e +24 milhões) e “Produtos acabados diversos” (9,5% e ‑25 milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Energéticos” (7,2% e +440 milhões), “Têxteis e vestuário” (7,2% e -209 milhões), “Madeira cortiça e papel” (6,8% e +45 milhões), “Calçado, peles e couros” (2,8% e -132 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7% e +46 milhões de Euros).


5.2 – Importações

No período em análise de 2024 os grupos de produtos com maior peso nas importações foram “Máquinas, aparelhos e partes” (18,0% e +45), “Químicos” (17,5% e +48 milhões), “Agro-alimentares” (15,6% e +171 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (12,4% e +150 milhões) e “Energéticos” (10,8% e ‑425 milhões).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,1% e -172 milhões), “Produtos acabados diversos” (6,0% e +66 milhões de Euros), “Têxteis e vestuário” (4,8% e -76 milhões de Euros), Madeira, cortiça e papel” (3,0% e -90 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,8% e +27 milhões) e “Aeronaves. Embarcações e partes” (1,1% e +328 milhões de Euros).


6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2024 a primeira posição em 7 dos 11 grupos de produtos com 25,4% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (3ª posição, depois dos EUA e das Previsões de Bordo para países terceiros), “Calçado, peles e couros” (3ª posição, depois da França e da Alemanha), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição, precedida do Brasil França e EUA.


Seguiram-se no “ranking” a Alemanha (12,8%), a França (12,4%), os EUA (7,1%), o Reino Unido e Irl NT (4,6%), a Itália (4,4%), os Países Baixos (3,4%), a Bélgica (2,7%), a Polónia (1,5%) e Marrocos (1,4%).

Estes dez destinos representaram 75,7% da exportação total.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove dos onze grupos de produtos, com 32,6% do total.

As excepções foram os grupos “Energéticos” (2º lugar depois do Brasil) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5º lugar, depois da França, Brasil, Áustria e Canadá).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,5%), França (7,1%), Países Baixos  (5,2%), Itália (5,1%), China (4,7%), Brasil (3,6%), Bélgica (3,1%), EUA (2,2%) e Irlanda (1,8%).

Estes dez países cobriram 77,1% da importação total.

7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2024                        face a 2023, por meses homólogos não acumulados


Alcochete, 13 de Setembro de 2024.


ANEXO