sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias de Portugal com os países da América do Sul - 2020-24 e Jan-Julho 2024-25

 

Comércio Internacional

de mercadorias de Portugal

com os países da América do Sul

2020-2024 e Janeiro-Julho 2024-2025


 ( disponível para download  >> aqui )

1 – Nota introdutória

São doze os países da América do Sul. A Guiana Francesa, junto do Suriname, é um território ultramarino da França.

Seis destes países estão integrados no “Mercado Comum do Sul - MERCOSUL”, um espaço de integração regional criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, de que foram signatários a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai. A Venezuela aderiu em 2006 mas está suspensa desde 2016 por incumprimento do protocolo de adesão, tendo a Bolívia aderido em 2015. Os restantes países estão vinculados como “Estados Associados”, com os quais o MERCOSUL subscreve acordos de livre comércio.

O MERCOSUL tem entre os seus objectivos a livre circulação interna de bens, serviços e factores produtivos, o estabelecimento de uma tarifa externa comum no comércio com os países terceiros e a adopção de uma política comercial comum. Implementou até hoje múltiplos acordos com países e grupos de países, encontrando-se em curso negociações com a União Europeia para a concretização de um amplo tratado de livre comércio.

2 – Comércio Internacional de Portugal                                                        com os países do MERCOSUL                                                                     2020-2024 e Janeiro-Julho 2024-2025

Em 2024 as importações portuguesas com origem nos doze países Sul-americanos representaram 15,8% do nosso comércio Extra-comunitário e as exportações 6,4%.

No mesmo ano as Importações provenientes dos países do MERCOSUL representaram 93,2% do conjunto de todos os países do espaço Sul-americano e as exportações 85,0%, cabendo ao Brasil respectivamente 86,4% e 78,0%.

Em anexo, para se ter uma visão comparativa do comportamento dos doze países, pode observar-se a evolução do valor das importações, exportações e saldo comercial de cada um dos países ao longo do período de 2020 a 2024 e primeiros sete meses de 2025 (ANEXO 1).

2.1 – Balança Comercial Portugal-MERCOSUL

A Balança comercial de Portugal com o MERCOSUL ao longo do último quinquénio e período de Janelro a Julho de 2025 foi deficitária, com saldos de -2 782 milhões de Euros em 2024 e -1 458 milhões no período em análise de 2025.

2.2 – Importações por Grupos de Produtos com origem                                  no MERCOSUL (Janeiro-Julho 2024-2025)

Nas importações e exportações as posições pautais da Nomenclatura de mercadorias foram agregadas em 11 Grupos de Produtos (definição do seu conteúdo no Anexo-2).

No período de Janeiro-Julho de 2025 as principais importações incidiram no grupo de produtos “Energéticos” (58,0% do total em 2025 e no ano anterior), seguido do grupo ”Agro-alimentares” (22,7% e 23,1%, respectivamente). Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Madeira, cortiça e papel” (6,6% e 5,9%), “Aeronaves, embarcações e partes” (5,7% e 5,0%), “Químicos” (2,1% e 1,7%), “Têxteis e vestuário” (1,0% e 0,7%), “Máquinas, aparelhos e partes” (1,0% e 1,1%), “Minérios e metais” (1,0% e 1,1%) e, com pesos inferiores a 1,0% nos dois anos, os grupos “Calçado, peles e couros”, “Produtos acabados diversos” e “Material de transporte terrestre e partes”.

Na figura acima podem observar-se, por Grupos de Produtos, os acréscimos e decréscimos verificados no valor das importações em 2025 face ao ano anterior.

2.3 – Exportações por Grupos de Produtos com destino                                  ao MERCOSUL (Janeiro-Julho 2024-2025)

Nas exportações predominou o grupo “Máquinas aparelhos e partes” (30,8% em 2025 e 26,8% no ano anterior).

Seguiram-se os grupos “Químicos” (15,9% e 16,8%), “Minérios e metais” (13,0% e 12,0%), “Agro-alimentares” (11,8% e 10,7%), “Madeira, cortiça e papel” (8,6% e 9,6%), “Têxteis e vestuário” (7,9% e 7,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (6,2% e 9,0%), “Produtos acabados diversos” (2,9% e 5,2%), “Calçado, peles e couros” (2,7% e 2,0%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (apenas 0,1% em cada um dos anos), tendo sido praticamente nulas as exportações de “Energéticos”.

2.4 – Importação e Exportação de cada país do MERCOSUL

Nas páginas seguintes seguem-se quadros com a Balança Comercial de cada um dos seis países que integram o MERCOSUL, em 2020-2024 e período de Janeiro-Julho 2024-2025, e sua evolução por Grupos de Produtos nos primeiros sete meses de 2024-2025.

2.4.1 – Argentina



2.4.2 – Bolívia



2.4.3 – Brasil



2.4.4 – Paraguai



2.4.5 – Uruguai



2.4.6 – Venezuela



3 – Comércio Internacional de Portugal                                                        com os restantes países da América do Sul                                              2020-2024 e Janeiro-Julho 2024-2025

Em 2024 os seis países não pertencentes ao MERCOSUL, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname, representaram 6,8% das importações portuguesas com origem na América do Sul e 15,0% das exportações com este destino.


3.1 – Importações e Exportações de cada país                                                 fora do MERCOSUL

Nas páginas seguintes seguem-se quadros com a Balança Comercial de cada um dos seis países não integrados no MERCOSUL, em 2020-2024 e período de Janeiro-Julho 2024-2025, e sua evolução por Grupos de Produtos nos primeiros sete meses de 2024-2025.

3.1.1 – Chile



3.1.2 – Colômbia



3.1.3 – Equador



3.1.4 – Guiana



3.1.5 – Peru



3.1.6 – Suriname






ANEXO-1



ANEXO-2



Alcochete, 26 de Setembro de 2025



domingo, 21 de setembro de 2025

Comércio Internacional de Portugal com a China - 2023-2024 e Janeiro-Julho 2024-2025

 

Comércio Internacional de mercadorias 
de Portugal com a China
2023-2024
Janeiro-Julho 2024-2025

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1 – Nota introdutória

Na nomenclatura internacional de países para efeitos estatísticos do comércio internacional mantém–se a distinção entre China Continental (também designada por Interior da China) e as actuais Regiões Administrativas Especiais de Macau e Hong-Kong. Neste trabalho, ao referir-se “China” considera-se apenas a China Continental, sendo o comércio com Macau e Hong-Kong objecto de análises autónomas.

Analisa-se neste trabalho a evolução do comércio de Portugal com a China nos anos de 2023 e 2024 e período de Janeiro a Julho de 2024 e 2025, com base em dados estatísticos do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versões definitivas até 2024 e preliminar para 2025, com última actualização em 09-09-2025.

2 – Comércio de Portugal com a China

Ao longo do último quinquénio, o ritmo de evolução anual do valor das importações portuguesas de mercadorias com origem na China (2020=100) foi sustentadamente crescente até 2022, ano em que atingiu um nível significativo face a 2020 (188,1%), tendo desacelerado sucessivamente nos dois anos seguintes (167,1% em 2023). Por sua vez o ritmo das exportações com este destino, à excepção do ano 2020 (94,3%), manteve-se até 2024 acima do nível de 2020, tendo registado um pico significativo em 2023 (135,6%).


2.1 – Balança Comercial

         (2023-2024 e Janeiro-Julho 2024-2025)


A Balança Comercial de mercadorias de Portugal com a China é fortemente deficitária. Em 2024, face ao ano anterior, o défice aumentou +1,3%, tendo-se situado em -4,5 mil milhões de Euros. Nos primeiros cinco meses de 2025, o défice da Balança aumentou +10,2% em termos homólogos, atingindo cerca de -2,9 mil milhões de Euros.

O grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações situou-se em 14,7% em 2023 e em 12,6% no período de Janeiro a Julho de 20245

2.2- Importações por grupos de produtos

No período de Janeiro a Julho de 2025 as principais importações de Portugal com origem na China incidiram no grupo de produtos “Máquinas, aparelhos e partes”, a grande distância dos restantes grupos (43,8% do Total em 2025 e 47,6% em 2024), principalmente ‘máquinas e aparelhos eléctriicos’ (definição do conteúdo dos Grupos de Produtos em Anexo).

Seguiram-se os grupos “Químicos” (13,2% e 12,4%, respectivamente), “Produtos acabados diversos” (10,5% e 9,6%), “Minérios e metais” (9,1% e 7,7%) e “Têxteis e vestuário” (8,4% nos dois anos). Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Material de transporte terrestre e partes” (5,5% e 4,0%), “Agro-alimentares” (3,7% e 3,3%), “Calçado, peles e couros” (3,6% e 3,8%), “Madeira, cortiça e papel” (1,9% nos dois anos), “Aeronaves, embarcações e partes” (0,2% em ambos os anos) e Energéticos” (0,1% e 0,2%).

Na figura seguinte constam, por Grupos de Produtos, os principais produtos importados no período de Janeiro a Julho de 2024 e 2025, desagregados a dois dígitos da Nomenclatura (NC2/SH2).


2.3 - Exportações por grupos de produtos


As principais exportações no período de Janeiro a Julho de 2025 couberam ao grupo de produtos “Minérios e metais” (35,0% em 2025 e 33,9% em 2024), com o cobre e suas obras em evidência.

Seguiram-se os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (19,9% e 19,3% respectivamente), “Madeira, cortiça e papel” (13,7% e 15,9%), “Químicos” (13,6% e 9,3%), “Têxteis e vestuário” (6,2% e 5,9%), “Agro-alimentares” (5,9% e 8,5%), “Produtos acabados diversos”, (3,8% e 4,1%), “Calçado, peles e couros” (1,3% e 2,2%), “Material de transporte terrestre e partes” (0,5% e 0,8%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,1% em ambos os anos), tendo sido praticamente nulas as exportações de produtos “Energéticos”.

Na figura seguinte constam, por Grupos de Produtos, os principais produtos exportados nos primeiros sete meses de 2024 e 2025, desagregados a dois dígitos da Nomenclatura (NC2/SH2).



Alcochete, 18 de Setembro de 2025.

 

ANEXO





terça-feira, 16 de setembro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias de Portugal com Macau - 2020-24 e jan-Julho 2024-25

 

Comércio Internacional de mercadorias 
de Portugal com Macau
- 2020-2024 -
- Janeiro-Julho 2024-2025 -

                            ( disponível para download  >> aqui)

1 – Nota introdutória

Macau, território administrado por Portugal desde meados do séc, XVI durante mais de 400 anos, voltou para a soberania chinesa em 20 de Dezembro de 1999, constituindo actualmente aRegião Administrativa Especial de Macau” (RAEM).

Em Outubro de 2003, por iniciativa do Governo Central da China, foi criado o “Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Macau)”, em coordenação, actualmente, com nove países de língua portuguesa: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

Sediado em Macau, o também designado por “Fórum de Macau” é, como se define no portal do ‘Secretariado Permanente’, “um mecanismo multilateral de cooperação intergovernamental centrado no desenvolvimento económico e comercial, tendo como objectivos consolidar o intercâmbio económico e comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, dinamizar o papel de Macau enquanto plataforma de cooperação entre a China e os Países de Língua Portuguesa e fomentar o desenvolvimento comum do Interior da China, dos Países de Língua Portuguesa e da RAEM”. De três em três anos realiza-se em Macau uma Conferência Ministerial, onde se planificam os “Planos de Acção para a Cooperação Económica e Comercial”.

Neste trabalho apresenta-se a Balança Comercial de mercadorias de Macau face ao Mundo com base em dados do “International Trade Centre” (ITC) para o período 2020-2024, calculados a partir de estatísticas COMTRADE, da ONU.

Segue-se uma análise da evolução do comércio de Portugal com Macau entre os anos de 2020 e 2024 e período de Janeiro a Julho de 2024 e 2025, com base em dados estatísticos do ‘Instituto Nacional de Estatística de Portugal’ (INE), em versão definitiva até 2024 e preliminar para 2025, com última actualização em 9 de Setembro de 2025.

2 – Balança Comercial de Macau

De acordo com os dados de base de fonte ITC disponíveis, a Balança Comercial de Macau no período de 2020 a 2024 foi desfavorável, tendo o défice aumentado respectivamente de -9,6 mil milhões de Euros para -13,7 mil milhões, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 8,6% para 6,7%.


4 – Comércio de Portugal com Macau

4.1 – Balança Comercial


A Balança Comercial de Portugal com Macau foi favorável a Portugal, com saldos positivos oscilando entre +19,3 e +23,9 milhões de Euros ao longo do período de 2020 a 2024, e +12,1 milhões nos primeiros sete meses de 2025.

As importações, que em 2020 atingiram +2,3 milhões de Euros, decresceram sucessivamente a partir de então, situando-se em +413 mil Euros em 2024. Por sua vez as exportações mantiveram-se no numa faixa entre 20 e 24 milhões de Euros.

No período de Janeiro a Julho de 2025, face ao período homólogo do ano anterior, as importações decresceram -47,0 %, fixando-se em +189 mil Euros. Por sua vez as exportações oscilaram entre 20,0 e 24,3 milhões de Euros no período anual, cifrando-se em 12,3 milhões nos primeiros sete meses de 2025.

4.2 – Importações por Grupos de Produtos

Numa análise por Grupos de Produtos (definição do conteúdo dos Grupos em ANEXO), nos primeiros sete meses de 2025 as principais importações portuguesas com origem em Macau incidiram no grupo “Químicos” (54,0% do Total e 65,4% no período homólogo do ano anterior), seguido dos grupos “Madeira, cortiça e papel” (22,8% e 12,6% respectivamente), “Têxteis e vestuário” (8,5% e 4,4%), “Produtos acabados diversos” (7,2% e 8,4%) e “Calçado, peles e couros” (5,9% e 3,1). O conjunto “Outros”, onde aqui se integraram os restantes seis grupos, representaram apenas 1,7% e 6,1% do Total, respectivamente.

Na figura seguinte constam, por Grupos de Produtos, os principais produtos importados no período de Janeiro a Julho de 2024 e 2025, desagregados a dois dígitos da Nomenclatura (NC2/SH2).


4.3 – Exportações por Grupos de Produtos

As principais exportações portuguesas para Macau inserem-se no grupo “Agro-alimentares”, que nos primeiros sete meses de 2025 representaram 74,3% do Total, com 76,8% em igual período de 2024.   

Seguiram-se os grupos “Químicos” (15,5% e 13,9%), “Máquinas, aparelhos e partes” (4,9% e 3,2%), “Produtos acabados diversos” (3,7% e 2,3%), “Madeira, cortiça e papel” (0,6% em cada um dos anos), “Minérios e metais” (0,5% e 1,2%) e o conjunto dos restantes Grupos de Produtos (0,6% e 2,1%).


 Alcochete, 15 de Setembro de 2025.


ANEXO