quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Pesca - Import / Export (1º Semestre 2016 e 2017)

Comércio Internacional de pescado,
conservas e outros produtos do mar
- 1º Semestre de 2016 e 2017 -

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1 – Nota introdutória

Portugal é detentor de uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas (ZEE), abrangendo actualmente mais de 1,7 milhões de Km2. Contudo, a balança comercial de pescado, conservas e outros produtos do mar é deficitária.
No presente trabalho pretende-se analisar a evolução das trocas comerciais portuguesas com o exterior entre o 1º Semestre de 2016 e de 2017, a partir de dados de base divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), para os seguintes agregados:
- Peixe, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos;
- Conservas de peixe, crustáceos e moluscos;
- Gorduras e óleos de peixe e de mamíferos marinhos;
- Produtos da pesca impróprios para a alimentação humana;
- Sal, águas-mãe de salinas e algas;
- Extractos e sucos de carnes de peixe, crustáceos, moluscos e outros
  invertebrados aquáticos.
2- Peso do sector no comércio internacional global

As exportações portuguesas de pescado, conservas e outros produtos do mar, que no 1º Semestre de 2016 representaram 1,9% das exportações globais, viram o seu peso subir para 2,1% no 1º Semestre do ano em curso. Por sua vez o peso das importações destes produtos no total, com um valor quase duplo do das exportações, decresceu ligeiramente entre os dois semestres, de 3,1% para 3,0%.

3 – Balança Comercial

De acordo com os dados disponíveis, com última actualização em 9/8/2017, as importações cresceram +11,5% entre o 1º Semestre de 2016 e de 2017 (+106 milhões de Euros), com as exportações a aumentarem a um ritmo mais vigoroso, +19,1% (+92 milhões de Euros). O grau de cobertura das importações pelas exportações subiu de 52,2% para 55,8%, contudo, sendo o valor das importações quase duplo do das exportações, o défice da balança comercial aumentou +3,2%, situando-se em 2017 em -456 milhões de Euros.



O bacalhau, muito utilizado na alimentação dos portugueses, pesa cerca de 30% no conjunto das importações e 10% nas exportações. Se o excluirmos da balança comercial, o défice em 2017 é ainda significativo, -225 milhões de Euros.
Entre os agregados de produtos aqui considerados destacam-se, nas duas vertentes comerciais, o “Peixe”, os “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos” e as “Conservas de peixe, crustáceos e moluscos”, este último o único agregado em que o saldo da balança comercial foi positivo.


4 – Importações

Nas importações de “Peixe” assumem particular relevância as de “Peixe seco, salgado, em salmoura ou fumado”, constituídas essencialmente por bacalhau, que no 1º Semestre de 2017 ultrapassaram os 200 milhões de Euros, ou seja, cerca de 30% do total do peixe importado.



O principal fornecedor de pescado, conservas e outros produtos do mar a Portugal foi a Espanha (35,6% em 2017), seguida da Suécia (12,9%), dos Países Baixos (11,9%) e da China (4,2%).


Os fornecimentos da Suécia reportam-se em sua grande parte a bacalhau.
Sabe-se que a maior parte do bacalhau consumido em Portugal tem origem na Noruega, país extracomunitário limítrofe da Suécia. Contudo, de acordo com os dados estatísticos disponibilizados pelo INE, foram nulas as importações de bacalhau provenientes da Noruega no 1º Semestre do ano em curso, tudo indicando que a posição da Suécia reside no facto de ser este um país de “introdução em livre prática” na União Europeia do bacalhau destinado a Portugal, após serem pagos os direitos aduaneiros a que houver lugar e cumpridas as condições de importação.
Das figuras seguintes constam os principais mercados de origem das importações nas três áreas dominantes, com indicação do seu peso na importação global proveniente de cada mercado.





5 – Exportações

As maiores exportações incidiram no “Peixe”, principalmente congelado, mas também fresco, refrigerado e filetes. Seguiram-se as de “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos”, com destaque para os moluscos, e as “Conservas de peixe, crustáceos e moluscos, com destaque para as de peixe.



Reduzida expressão tiveram as exportações de “Gorduras e óleos de peixe e mamíferos marinhos”, de “Produtos da pesca impróprios para a alimentação humana”, centrados nas farinhas, pós e “pellets”, e de “Extratos e sucos de carnes de peixe, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos”.

O principal mercado de destino das exportações em análise foi a Espanha, com 54,7% do total em 2017, seguida da Itália (12,0%), França (9,1%), Brasil (6,6%), Reino Unido (3,5%), EUA (2,5%) e Angola (1,9%).


Das figuras seguintes constam os principais mercados de destino das exportações nas três áreas dominantes, com indicação do seu peso na exportação global para cada mercado.





      Alcochete, 1 de Setembro de 2017.


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Índices do Comércio Internacional - Jan-Jun 2017

Taxas de variação homóloga
em valor, volume e preço
por grupos e subgrupos de produtos

(Janeiro a Junho de 2017/2016)

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1 - Nota introdutória
O presente trabalho visou o cálculo de indicadores de evolução em valor volume e preço do comércio internacional português de mercadorias no período de Janeiro a Junho de 2017, face ao período homólogo do ano anterior.
Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados depois como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir de dados de base elementares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o primeiro semestre de 2017, em primeira versão preliminar, sendo preliminar também a versão dos correspondentes dados de 2016.
Na comparação entre os dois anos, foram tomadas em consideração as numerosas alterações pautais da Nomenclatura Combinada verificadas entre 2016 e 2017, envolvendo 405 agregados de produtos a 8 dígitos, num total de 1434 posições pautais para o conjunto dos dois anos.
Para o cálculo dos índices de preço as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e exportações com movimento no período em análise, foram agregadas em 11 grupos de produtos e 38 subgrupos (ver Anexo).

2 – Nota metodológica
O método utilizado no cálculo dos índices de preço de Paasche deste trabalho assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, que integram produtos com relativa homogeneidade, posteriormente ponderados para o cálculo do índice dos respectivos grupos, por sua vez ponderados para o cálculo do índice do total.
Os índices de preço de cada subgrupo são obtidos a partir de uma primeira amostra automática construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise, dentro de um intervalo definido por métodos estatísticos.
Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, pode ser incluído na amostra.
Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem ou de destino de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo, incluindo-se na amostra do subgrupo aqueles que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo encontrado. 
Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis entre eles.

3 – Balança Comercial
De acordo com os dados preliminares utilizados, o défice da balança comercial de mercadorias no primeiro semestre de 2017 aumentou +26,3% face ao ano anterior, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 83,1%, em 2016, para 81,4%, em 2017.


As importações (somatório das chegadas de mercadorias provenientes do espaço comunitário com as importações originárias dos países terceiros), com um acréscimo em valor de +14,5%, terão registado um aumento em volume de +9,3% e um acréscimo em preço de +4,7%.
Por sua vez, o acréscimo em valor de +12,1% das exportações terá resultado de um incremento em volume de +9,2%, com o preço a crescer +2,7%.
Na presente conjuntura, dada a evolução do preço do petróleo, torna-se conveniente atentarmos na evolução do nosso comércio internacional quando excluído dos produtos do grupo “Energéticos”


De acordo com os dados disponíveis, as importações, com exclusão dos produtos energéticos, terão registado acréscimos em valor, volume e preço respectivamente de +11,4%, +9,2% e +2,0%.
Por sua vez, as exportações terão averbado um aumento em valor de +10,0%, em resultado de num incremento em volume também de +9,2% e de um aumento do preço de +0,7%.
O défice da balança comercial cresceu +20,2%, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 86,2% para 85,1%.
A evolução em volume das exportações constitui uma medida da capacidade produtiva da indústria, tendo-se verificado no período em análise uma taxa de crescimento de +9,2%, incluindo-se ou não os produtos “Energéticos”. 


Nos primeiros seis meses de 2017, o saldo da balança comercial foi positivo em quatro dos onze grupos de produtos considerados, que representaram 30,8% das exportações e 17,6% das importações totais, designadamente: “Madeira, cortiça e papel”, “Têxteis e vestuário”, “Calçado, peles e couros” e “Produtos acabados diversos”.


4 – Importações

No primeiro semestre de 2017, os grupos de produtos com maior peso nas importações de mercadorias foram: “Máquinas, aparelhos e partes” (16,6% do total), “Químicos” (16,5%), “Agro-alimentares” (15,1%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,7%) e “Energéticos” (11,3%).
De acordo com os cálculos efectuados, todos os grupos de produtos registaram taxas de crescimento em valor positivas, com destaque para o grupo “Energéticos” (+46,7%).


Por sua vez, à excepção do grupo “Calçado, peles e couros” (-0,7%), em todos os restantes grupos se verificaram taxas de crescimento em volume positivas, com destaque para as “Máquinas, aparelhos e partes” (+19,5%).
Na óptica da evolução em preço, exceptuando os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (-1,4%), “Têxteis e vestuário” (‑0,9%) e “Madeira, cortiça e papel” (‑0,7%), todos os restantes acusaram aumentos, sobressaindo o grupo “Energéticos” (+32,7%), seguido do grupo “Minérios e metais” (+12,1%).
No quadro seguinte encontram-se relacionados, por grupos e subgrupos de produtos, os respectivos valores, estrutura e indicadores de valor, volume e preço.




5 – Exportações

No primeiro semestre de 2017, os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas exportações de mercadorias foram: “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total), “Químicos” (13,0%), “Agro-alimentares” (12,3%) e “Material de transporte terrestre e partes” (10,9%).
Em todos os grupos de produtos se registaram crescimentos em valor, com destaque para o grupo “Energéticos” (+49,1%), seguido dos grupos “Minérios e metais” (+15,3%), “Agro-alimentares” (+14,8%), “Máquinas, aparelhos e partes” (+13,0%), "Químicos" (+10,6%) e “Produtos acabados diversos” (+10,2%). Também em volume ocorreram aumentos em todos os grupos de produtos, com taxas de crescimento a dois dígitos nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+15,7%), “Agro-alimentares” (+12,5%), “Químicos” (+12,4%) e “Produtos acabados diversos” (+11,6%).
Verificaram-se decréscimos em preço nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (‑2,3%), “Químicos” (-1,6%) “Produtos acabados diversos (-1,3%) e “Calçado, peles e couros” (-0,3%). Os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Energéticos” (+36,8%) e “Minérios e metais” (+8,5%).



No quadro seguinte encontram-se relacionados, por grupos e subgrupos de produtos, os respectivos valores, estrutura e indicadores de valor, volume e preço.



6 – Representatividade da amostra

A representatividade da amostra global de cada uma das vertentes comerciais, que serviu de base ao cálculo dos índices de preço de Paasche no 1º semestre de 2016 e 2017, foi de 89,3% e 88,2% nas importações e de 92,6% e 91,1% nas exportações.



Na figura seguinte encontra-se definido o conteúdo dos grupos e subgrupos de produtos aqui considerados, com base na Nomenclatura Combinada em uso na União Europeia.


24 de Agosto de 2017







domingo, 13 de agosto de 2017

Série Mensal - Jun 2017 - Comércio Internacional

Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado de Janeiro a Junho de 2017

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1 - Balança comercial


De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 9 de Agosto de 2017, no primeiro semestre de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +12,1% face ao semestre homólogo do ano anterior (+3008 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +14,5% (+4330 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +8,7% (+1667 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresceram +23,5% (+1341 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +11,2% (+2615 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +26,3% (+1715 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +26,3%, ao situar-se em -6349 milhões de Euros (um acréscimo de 1321 milhões, cabendo 948 milhões ao comércio intracomunitário e 374 milhões ao extracomunitário). Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações nos seis primeiros meses do ano desceu de 87,7%, em 2016, para 85,8%, em 2017.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor médio unitário de importação do petróleo, que nos seis primeiros meses de 2016 se situou em 305 Euros/Ton, subiu para 354 Euros/Ton no mesmo período de 2017.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,3% e 7,3% no período de Janeiro-Junho de 2017), o grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações dos restantes produtos desce de 86,2% para 85,1%.


2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações

No período acumulado de Janeiro a Junho de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,6% do total (76,9% em 2016), cresceram em valor +8,7%, contribuindo com +6,7 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +12,1%.

As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,4% do total em 2017 (23,1% em 2016), registaram um crescimento em valor de +23,5%, contribuindo com +5,4 p.p. para a taxa de crescimento global. 

Os principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,8%), a França (12,7%), a Alemanha (11,2%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,2%), os Países Baixos (4,0%), a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%), Marrocos e a China (1,5% cada), conjunto de países que absorveu 77,7% das nossas exportações.
Angola, o segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos EUA, que vinha apresentando no passado recente sucessivos decréscimos nas exportações na quase totalidade dos 11 grupos de produtos considerados, em termos homólogos, registou nos seis primeiros meses do ano um aumento global de +47,0%, com decréscimos em apenas três dos grupos, designadamente “Energéticos” (-24,5%), “Material de transporte terrestre e partes” (-3,1%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-72,6%), principalmente barcos de pesca.

Entre os trinta principais países de destino, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+12,1%), couberam a Espanha (+2,4 p.p.), EUA (+1,2 p.p.), Angola (+1,1,1 p.p.), França (+1,0 p.p.), Países Baixos  (+0,7 p.p.), Itália (0,6 p.p.) Brasil e China (+0,5 p.p. cada), e Alemanha (+0,4 p.p.). O maior contributo negativo coube à Argélia (-0,5 p.p.).

O maior acréscimo no valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido a grande distância pela França, Países Baixos, Itália, Alemanha, e Provisões de Bordo. Com menor expressão alinharam-se o Reino Unido, a Bélgica, a Polónia, a Roménia, o Luxemburgo, a Eslováquia, a Finlândia a Dinamarca e a Eslovénia. O maior decréscimo coube à Áustria.



3.2 - Importações

No período de Janeiro a Junho de 2017, as importações com origem na UE (chegadas), que representaram 75,9% do total (78,1% em 2016), contribuíram com +8,8 p.p., para uma taxa de crescimento global de +14,5%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +26,3%, representando 24,1% do total (21,9% no período homólogo de 2016), com um contributo para o crescimento de +5,8 p.p.. 

Os principais mercados de origem das importações nos seis primeiros meses do ano foram a Espanha (32,8%), a Alemanha (13,5%) e a França (7,8%). Seguiram-se a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,1%), a China (2,9%), o Reino Unido e a Bélgica (2,8% cada), a Federação Russa (2,3%), o Brasil (1,8%) e os EUA (1,6%), conjunto de países que representou 78,9% das nossas importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+14,5%) destacam-se a Espanha (+3,6 p.p.), a Alemanha (+2,0%) e a Federação Russa (+1,3 p.p.). Seguiram-se os Países Baixos (+0,9 p.p.), a Itália (+0,8 p.p.), a Arábia Saudita (+0,6 p,p,), a França (+0,5 p.p.), os EUA e a Turquia (+0,4 p.p. cada).


Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-0,7 p.p.), à Argélia (‑0,3 p.p.) e, com cerca de -0,1 p.p. cada, à Irlanda, Rep. Checa e Brasil.

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores decréscimos e acréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.


4 – Saldos da Balança Comercial

No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif) coube a França (+984 milhões de Euros), seguido do Reino Unido (+906 milhões), dos EUA (+903 milhões), de Angola (+761 milhões) e de Marrocos (+326 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-3586 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑1578 milhões), da Itália (‑869 milhões), da Rússia (‑710 milhões) e dos Países Baixos (-676 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2) em uso na União Europeia, foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).
Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias, representando 80,5% do total no 1º semestre de 2e 2017, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total, com uma taxa de variação homóloga de +13,0%), “Químicos” (13,0% e TVH +10,6%), “Agro-alimentares” (12,3% e TVH +14,8%) “Material de transporte terrestre e partes” (10,9% e TVH +7,0%), “Têxteis e vestuário” (9,8% e TVH +4,8%), “Minérios e metais” (9,7% e TVH +15,3%) e “Produtos acabados diversos” (9,4% e TVH +10,2%).
Registaram-se acréscimos em valor, em termos homólogos, em todos os grupos de produtos. Os maiores aumentos, em Euros, ocorreram nos grupos “Energéticos” (+666 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+493 milhões), “Agro-alimentares” (+440 milhões), “Minérios e metais” (+359 milhões de Euros) e “Químicos” (+346 milhões).


5.2 – Importações

No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,2% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (16,6%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +17,8%) “Químicos” (16,5% do total e TVH de +8,8%), “Agro-alimentares” (15,1% e TVH de +10,8%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,7% e TVH de +9,5%) e “Energéticos” (11,3% e TVH de +46,7%).
Os maiores acréscimos, em Euros, couberam aos grupos “Energéticos” (+1230 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+857 milhões), “Minérios e metais” (+557 milhões), “Agro-alimentares” (+501 milhões), “Químicos” (+456 milhões de Euros) e “Material de transporte terrestre e partes” (+377 milhões de Euros). 

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou no 1º semestre de 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,8% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição).

Seguiram-se no “ranking” a França (12,7%), a Alemanha (11,2%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,2%), os Países Baixos (4,0%), a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%) e China (1,5%). Estes dez países cobriram 76,3% das exportações totais.

6.2 – Importações




Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove dos onze grupos de produtos, com 31,5% do total, sendo as excepções os grupos “Material de transporte terrestre e partes”, 2ª posição, depois da Alemanha, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 5º lugar, antecedida de Singapura, EUA, Brasil e Canadá.
Seguiram-se a Alemanha (13,7%), a França (7,5%), a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,2%), a China (2,9%), a Bélgica e o Reino Unido (2,8% cada), a Rússia (2,6%) e o Brasil (1,8%). Estes dez países cobriram 75,9% das importações totais.



       
             13 de Agosto de 2017