Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado de Janeiro a Junho de 2017
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1 - Balança comercial
A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor médio unitário de importação do petróleo, que nos seis primeiros meses de 2016 se situou em 305 Euros/Ton, subiu para 354 Euros/Ton no mesmo período de 2017.
No período acumulado de Janeiro a Junho de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,6% do total (76,9% em 2016), cresceram em valor +8,7%, contribuindo com +6,7 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +12,1%.
O maior acréscimo no valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido a grande distância pela França, Países Baixos, Itália, Alemanha, e Provisões de Bordo. Com menor expressão alinharam-se o Reino Unido, a Bélgica, a Polónia, a Roménia, o Luxemburgo, a Eslováquia, a Finlândia a Dinamarca e a Eslovénia. O maior decréscimo coube à Áustria.
Entre os maiores contributos positivos para o crescimento
das importações (+14,5%) destacam-se a Espanha (+3,6 p.p.), a Alemanha (+2,0%)
e a Federação Russa (+1,3 p.p.). Seguiram-se os Países Baixos (+0,9 p.p.), a
Itália (+0,8 p.p.), a Arábia Saudita (+0,6 p,p,), a França (+0,5 p.p.), os EUA
e a Turquia (+0,4 p.p. cada).
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de
Estatística (INE), com última actualização em 9 de Agosto de 2017, no primeiro
semestre de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +12,1% face ao
semestre homólogo do ano anterior (+3008 milhões de Euros), a par de um acréscimo
das importações de +14,5% (+4330 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento
de +8,7% (+1667 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os
países terceiros cresceram +23,5% (+1341 milhões de Euros). Por sua vez, as
importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas)
aumentaram +11,2% (+2615 milhões de Euros), com as importações originárias dos
países terceiros a crescerem +26,3% (+1715 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou
+26,3%, ao situar-se em -6349 milhões de Euros (um acréscimo de 1321 milhões, cabendo
948 milhões ao comércio intracomunitário e 374 milhões ao extracomunitário). Em
termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações
nos seis primeiros meses do ano desceu de 87,7%, em 2016, para 85,8%, em 2017.
A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor médio unitário de importação do petróleo, que nos seis primeiros meses de 2016 se situou em 305 Euros/Ton, subiu para 354 Euros/Ton no mesmo período de 2017.
Para além da variação da cotação internacional do barril
de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também
um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.
Se
excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,3% e
7,3% no período de Janeiro-Junho de 2017), o grau de cobertura (Fob-Cif) das
importações pelas exportações dos restantes produtos desce de 86,2% para 85,1%.
2 – Evolução mensal
3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - ExportaçõesNo período acumulado de Janeiro a Junho de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,6% do total (76,9% em 2016), cresceram em valor +8,7%, contribuindo com +6,7 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +12,1%.
As
exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,4% do total em
2017 (23,1% em 2016), registaram um crescimento em valor de +23,5%,
contribuindo com +5,4 p.p. para a taxa de crescimento global.
Os
principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,8%),
a França (12,7%), a Alemanha (11,2%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,2%), os
Países Baixos (4,0%), a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%), Marrocos
e a China (1,5% cada), conjunto de países que absorveu 77,7% das nossas
exportações.
Angola, o
segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos
EUA, que vinha apresentando no passado recente sucessivos decréscimos nas
exportações na quase totalidade dos 11 grupos de produtos considerados, em
termos homólogos, registou nos seis primeiros meses do ano um aumento global de
+47,0%, com decréscimos em apenas três dos grupos, designadamente “Energéticos” (-24,5%), “Material de transporte terrestre e partes”
(-3,1%) e “Aeronaves, embarcações e
partes” (-72,6%), principalmente barcos de pesca.
Entre os
trinta principais países de destino, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período
em análise (+12,1%), couberam a Espanha (+2,4 p.p.), EUA (+1,2 p.p.), Angola
(+1,1,1 p.p.), França (+1,0 p.p.), Países Baixos (+0,7 p.p.), Itália (0,6 p.p.) Brasil e China (+0,5
p.p. cada), e Alemanha (+0,4 p.p.). O maior contributo negativo coube à Argélia
(-0,5 p.p.).
O maior acréscimo no valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido a grande distância pela França, Países Baixos, Itália, Alemanha, e Provisões de Bordo. Com menor expressão alinharam-se o Reino Unido, a Bélgica, a Polónia, a Roménia, o Luxemburgo, a Eslováquia, a Finlândia a Dinamarca e a Eslovénia. O maior decréscimo coube à Áustria.
3.2 - Importações
No
período de Janeiro a Junho de 2017, as importações
com origem na UE (chegadas), que representaram 75,9% do total (78,1% em 2016), contribuíram
com +8,8 p.p., para uma taxa de crescimento global de
+14,5%.
As importações com origem no espaço
extracomunitário registaram um acréscimo de +26,3%, representando 24,1% do total
(21,9% no período homólogo de 2016), com um contributo para o crescimento de +5,8
p.p..
Os principais
mercados de origem das importações nos seis primeiros meses do ano foram a
Espanha (32,8%), a Alemanha (13,5%) e a França (7,8%). Seguiram-se a Itália (5,5%),
os Países Baixos (5,1%), a China (2,9%), o Reino Unido e a Bélgica (2,8% cada),
a Federação Russa (2,3%), o Brasil (1,8%) e os EUA (1,6%), conjunto de países
que representou 78,9% das nossas importações totais.
Por sua
vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-0,7 p.p.), à Argélia (‑0,3
p.p.) e, com cerca de -0,1 p.p. cada, à Irlanda, Rep. Checa e Brasil.
Nas duas figuras
seguintes relacionam-se os maiores decréscimos e acréscimos das importações com
origem intracomunitária e nos países terceiros.
4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif)
coube a França (+984 milhões de Euros), seguido do Reino Unido (+906 milhões), dos
EUA (+903 milhões), de Angola (+761 milhões) e de Marrocos (+326 milhões de
Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-3586
milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑1578 milhões), da Itália (‑869
milhões), da Rússia (‑710 milhões) e dos Países Baixos (-676 milhões de Euros).
5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os
capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2) em uso na União Europeia, foram
aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver
Anexo).
Os grupos
com maior peso nas exportações de
mercadorias, representando 80,5% do total no 1º semestre de 2e 2017, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do
total, com uma taxa de variação homóloga de +13,0%), “Químicos” (13,0% e TVH +10,6%), “Agro-alimentares” (12,3% e TVH +14,8%) “Material de transporte terrestre e partes” (10,9% e TVH +7,0%), “Têxteis e vestuário” (9,8% e TVH +4,8%),
“Minérios e metais” (9,7% e TVH +15,3%)
e “Produtos acabados diversos” (9,4%
e TVH +10,2%).
Registaram-se acréscimos em valor, em termos
homólogos, em todos os grupos de produtos. Os maiores aumentos, em Euros, ocorreram
nos grupos “Energéticos” (+666
milhões), “Máquinas, aparelhos e partes”
(+493 milhões), “Agro-alimentares” (+440
milhões), “Minérios e metais” (+359
milhões de Euros) e “Químicos” (+346 milhões).
5.2 – Importações
No mesmo
período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,2% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (16,6%, com
uma taxa de variação homóloga em valor de +17,8%) “Químicos” (16,5% do total e TVH de +8,8%), “Agro-alimentares” (15,1% e TVH de +10,8%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,7% e TVH de +9,5%)
e “Energéticos” (11,3% e TVH de +46,7%).
Os maiores acréscimos, em Euros, couberam aos
grupos “Energéticos” (+1230 milhões),
“Máquinas, aparelhos e partes” (+857
milhões), “Minérios e metais” (+557
milhões), “Agro-alimentares” (+501
milhões), “Químicos” (+456 milhões de
Euros) e “Material de transporte
terrestre e partes” (+377 milhões de Euros).
6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os
mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou no 1º
semestre de 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,8% do
total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado,
peles e couros” (4ª posição), “Máquinas,
aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves,
embarcações e partes” (4ª posição).
Seguiram-se
no “ranking” a França (12,7%), a
Alemanha (11,2%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,2%), os Países Baixos (4,0%),
a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%) e China (1,5%). Estes dez
países cobriram 76,3% das exportações totais.
6.2 – Importações
Nesta
vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove
dos onze grupos de produtos, com 31,5% do total, sendo as excepções os grupos “Material de transporte terrestre e partes”,
2ª posição, depois da Alemanha, e “Aeronaves,
embarcações e partes”, em que ocupou o 5º lugar, antecedida de Singapura, EUA,
Brasil e Canadá.
Seguiram-se a Alemanha (13,7%), a França (7,5%), a
Itália (5,5%), os Países Baixos (5,2%), a China (2,9%), a Bélgica e o Reino
Unido (2,8% cada), a Rússia (2,6%) e o Brasil (1,8%). Estes dez países cobriram 75,9% das importações totais.
13 de Agosto de 2017
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