segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Comércio Internacional de Vestuário (2000-2016)

Comércio Internacional de "Vestuário"
(2000-2016)
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1 – Nota introdutória
Neste trabalho os produtos do grupo “Vestuário” vão ser divididos em duas componentes: “Vestuário de malha” (Capº 61 da Nomenclatura Combinada) e “Vestuário não de malha” (Capº 62).

Entre 2000 e 2016 o peso da exportação do “Vestuário” no PIB desceu de 2,4% para 1,7%. 
O peso do “Vestuário” na importação global, tendencialmente crescente, que em 2000 representava 2,4% da importação global, atingiu uma quota de 3,3% em 2016.

Por sua vez, o seu peso na exportação global, que em 2000 era de 11,5% do total, decresceu até 2013, ano em que se situou em 5,4%, invertendo-se a tendência a partir de então, para representar 6,2% em 2016.


2 – Balança Comercial do “Vestuário”
A balança comercial do “Vestuário” é favorável a Portugal, com um elevado grau de cobertura das importações pelas exportações. O saldo comercial reduziu-se  sucessivamente entre 2000 e 2009, de 2034 milhões de Euros para 497 milhões, invertendo-se a tendência a partir daí, para se situar em 1086 milhões de Euros em 2016.
Entre 2012 e 2016 a taxa de variação média anual das importações foi de +6,4% e a das exportações de +5,7%.
Considerando o período alargado 2000-2016, as importações cresceram, em termos nominais, à taxa média anual de +3,8% e as exportações decresceram à taxa de -0,1%.

3 – Importação de “Vestuário” e suas componentes
As importações de “Vestuário” dividem-se em partes praticamente iguais por “Vestuário de malha” e “Vestuário não de malha”.

Entre 2000 e 2016 as importações de ambas as componentes cresceram à taxa média anual de +3,8%. 


Entre o “Vestuário de malha” destacaram-se, em 2016, as importações de “Camisolas e pull-overs, cardigans e coletes” (23,2%), de “T-shirts e camisolas interiores” (21,9%), e de “Fatos, conjuntos, casacos, vestidos e saias, entre outros, para senhora” (12,3%). Seguiram-se as “Camisas para homem” (6,3%), as “Meias-calças e meias, incluindo para varizes” (5,0%), as “Combinações, calcinhas, roupões e robes, entre outros, para senhora” (4,8%), o “Vestuáro e seus acessórios para bebés” (4,6%), os “Fatos, conjuntos, casacos, calças e calções, entre outros, para homem” (3,8%), os “Camiseiros e blusas para senhora” (3,5%), as “Cuecas, ceroulas, pijamas, roupões e robes, entre outros, para homem” (2,9%) e os “Fatos de treino, de macaco, de banho, de esqui, biquínis e calções” (2,8%). Este conjunto de produtos representou 91,3% das importações deste tipo de vestuário em 2016.
No mesmo ano, entre o “Vestuário não de malha” predominaram os “Fatos, conjuntos, vestidos, saias, entre outros, para senhora” (27,3% do total), os “Fatos, conjuntos, casacos, calças e calções, entre outros, para homem” (22,4%), e os “Camiseiros e blusas para senhora” (10,0%). Seguiram-se os “Casacos compridos, anoraques, blusões e semelhantes, para senhora” (7,8%), as “Camisas para homem” (7,3%), os “Sobretudos, anoraques, blusões e semelhantes para homem” (5,5%), os “Soutiens, cintas, ligas e semelhantes, mesmo de malha, para senhora” (5,3%) e os “Fatos de treino, de macaco, de banho, de esqui, biquínis e calções” (5,1%), produtos que totalizaram 90,8% destas importações.
De sublinhar que todos os produtos relacionados, nas duas componentes, apresentaram taxas médias de crescimento anual positivas entre 2000 e 2016.

4 – Mercados de origem das importações de “Vestuário”
O peso das chegadas de ”Vestuário” com origem no espaço intracomunitário no total das importações desceu de cerca de 95,1%, em 2000, para 89,1%, em 2016, logo subindo a quota dos fornecimentos a partir do espaço extracomunitário de 4,9% para 10,9%.

De 2000 a 2016, a taxa de variação média anual das importações a partir dos parceiros comunitários foi de +3,4%, com a dos países terceiros a crescer +9,1%.

Como se pode observar na figura seguinte, o ritmo de crescimento das importações originárias dos países Extra-UE, em particular de 2000 a 2011 e a partir de 2013, foi mais vivo do que o dos fornecedores Intra-EU.

Em 2016, os vinte principais mercados de origem das importações portuguesas de “Vestuário” representaram 98,7% do Total. A primeira posição, a grande distância dos restantes fornecedores, foi ocupada pela Espanha (1,1 mil milhões de Euros), seguida da França (202 milhões), da Itália (182 milhões), da Alemanha (97 milhões) e da China (92 milhões de Euros).
Com valores ainda de dois dígitos alinharam-se os Países Baixos, o Bangladesh, a Bélgica, a Índia, o Reino Unido, a Croácia, o Paquistão e Marrocos. Menos expressivas foram as importações provenientes de Cabo Verde, da Suécia, do Brasil, da Grécia, da Hungria, da Turquia e da Irlanda.

5 – Exportação de “Vestuário” e suas componentes
Na exportação de “Vestuário” predomina o “Vestuário de malha”, que em 2016 representou 68,0% do Total.


Após um decréscimo significativo das suas exportações entre 2000 e 2009, o “Vestuário” inverteu essa tendência, recuperando em 2016 praticamente o nível que detinha em 2000, para o que contribuiu decisivamente o “Vestuário de malha”.

Entre o “Vestuário de malha” destacam-se, em 2016, as exportações de “T-shirts e camisolas interiores” (39,6% do Total), seguidas das “Camisolas e pull-overs, cardigans e coletes (15,6%), dos “Fatos, conjuntos, casacos, vestidos e saias, entre outros, para senhora” (13,0%), e das “Meias-calças e meias, incluindo para varizes” (6,7%). Com menor peso alinharam-se depois os “Camiseiros e blusas para senhora” (4,5%), as “Camisas para homem” (4,4%), o “Vestuário e seus acessórios para bebés” (3,5%), os “Fatos, conjuntos, casacos, calças, entre outros, para homem” (3,5%), as “Cuecas, ceroulas, pijamas, roupões e robes, para homem” (2,0%), e as “Combinações, calcinhas, roupões e robes, entre outros, para senhora” (1,8%).
Estes produtos representaram, no seu conjunto, 94,6% das exportações totais neste ano.
Na componente “Vestuário não de malha” salientam-se as exportações de “Fatos, conjuntos, casacos, calças, calções e outros, para homem” (29,2%), de “Fatos, conjuntos, casacos, vestidos, saias e outros, para senhora” (27,0%), de “Camisas para homem” (12,0%), e de “Camiseiros e blusas para senhora” (10,4%). Seguiram-se os “Fatos de treino, de macaco, de banho, de esqui, biquínis e calções” (6,5%), os “Soutiens, cintas, ligas e semelhantes, mesmo de malha” (3,3%), e os “Sobretudos, anoraques, blusões e semelhantes, para homem” (3,2%).
 Estes produtos representaram 91,6% do Total em 2016.

6 – Mercados de destino das Exportações de “Vestuário”
De acordo com estatísticas do “International Trade Centre” (ITC), consentâneas com as do INE no caso de Portugal, o país terá ocupado em 2016 a 21ª posição entre os principais exportadores mundiais de “Vestuário”, com uma quota de 0,8%.

O peso relativo das exportações de “Vestuário” para os países comunitários e países terceiros em relação ao Total apresentou alguma estabilidade ao longo do período 2000-2016.
No mesmo período foi nula a taxa de crescimento médio anual das exportações para o espaço comunitário, com as exportações para os países terceiros a decrescerem à taxa média de -0,6% ao ano.


Tendencialmente decrescentes entre 2000 e 2009, as exportações para o espaço Intra e Extra-UE recuperaram a partir de então, tendo estas últimas praticamente atingido o nível que detinham em 2000.

Desde 2001 que a primeira posição entre os mercados de destino das exportações portuguesas de “Vestuário” é ocupada pela Espanha, que absorveu 44,1% do Total em 2016. Seguiram-se, neste ano, a França (12,9%), o Reino Unido (9,2%), a Alemanha (8,6%), os Países Baixos (4,0%), a Itália (3,8%), os EUA (2,8%) e a Suécia (2,5%). Com pesos inferiores alinharam-se a Bélgica, Dinamarca, Áustria, Suíça, Angola, Tunísia, Finlândia, Irlanda, Hong-Kong, Noruega, Emiratos e China. Este conjunto de países representou 97,1% das exportações totais em 2016.


        16 de Dezembro de 2017.






















































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