Comércio Internacional português
de medicamentos
e outros produtos farmacêuticos
(2017-2018 e 1º Semestre 2018-2019)
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1 – Nota introdutória
Neste trabalho vamos analisar a evolução
das importações e das exportações de medicamentos e outros produtos
farmacêuticos nos últimos dois anos (2017 e 2018) e 1º Semestre de 2018 e 2019,
a partir de dados estatísticos do “Instituto Nacional de Estatística de
Portugal” (INE), em versão definitiva para 2017 e preliminar para 2018 e
2019, com última actualização em 9-8-2019.
Recuando a 2008, verifica-se a
partir de então um crescimento sustentado significativo das exportações destes
produtos até 2016, com alguma desaceleração nos dois anos seguintes.
Por sua vez, o ritmo das importações praticamente que estabilizou até 2014,
para crescer a ritmo moderado a partir desse ano.
Em 2009, as importações de medicamentos
e outros produtos farmacêuticos representavam 4,4% das importações globais, perdendo
peso a partir de então, situando-se em 2017 e 2018 em 3,5%.
Por sua vez as exportações destes
produtos, que em 2008 pesavam 1,2% no total, viram o seu peso aumentar nos anos
seguintes, atingindo 2,3% em 2016, caindo para 1,7% em 2018.
2 – Balança Comercial
A Balança Comercial do conjunto dos
produtos em análise é deficitária, com saldos de -1,7 mil milhões de Euros em
2018 (+21,7% face ao ano anterior) e de -856 milhões no 1º Semestre de 2019 (+2,3%
face ao semestre homólogo de 2018).
Cálculos dos índices de preço de
Paasche efectuados para o conjunto destes produtos em 2018, a preços de 2017,
apontam para taxas de variação em preço de -3,2% e -27,2% respectivamente nas
importações e nas exportações, com correspondentes taxas de variação em volume
de +11,4% e +24,3%.
No 1º Semestre de 2019, a preços do
semestre homólogo do ano anterior, os índices de preço encontrados foram +0,5%
e +0,4%, respectivamente para as importações e para as exportações, com correspondentes
taxas de variação em volume de +4,0% e +7,8%.
3 – Principais produtos transaccionados
Os medicamentos predominam sobre o
conjunto dos restantes produtos farmacêuticos.
Nas importações representaram 75,0%
do total em 2018 e 74,0% no 1º Semestre de 2019. Na vertente das exportações o
seu peso é ainda superior, 86,4% em 2018 e 85,1% no 1º Semestre de 2019.
Nas duas figuras que se seguem encontram-se
relacionadas as importações e as exportações dos medicamentos e restantes
produtos farmacêuticos, desagregadas a quatro dígitos da Nomenclatura, para os
anos de 2017-2018 e 1º Semestre de 2018-2019, ordenadas por ordem decrescente do
seu valor no ano de 2018.
3.1 – Importações
3.2 – Exportações
4 – Principais mercados de origem e de destino
Nas importações portuguesas de medicamentos e outros produtos farmacêuticos prevalece o espaço intracomunitário (90,3% em 2018 e 91,7% no 1º Semestre de 2019). Na vertente das exportações é ainda a UE-28 o principal destino, mas com o conjunto dos países terceiros a representarem uma fatia já significativa (35,8% em 2018 e 34,5% no 1º Semestre de 2019).
Em 2018 os principais mercados de origem destes produtos foram a Alemanha (18,7% do
Total), a Espanha (13,2%), os Países Baixos (10,8%), a Bélgica (9,7%), a Itália
(8,0%), o Reino Unido (7,7%) e a França (7,1%).
Na vertente das exportações o
principal mercado de destino foi alinda a Alemanha (15,3%), seguida do Reino
Unido (13,5%), dos EUA (11,1%), de Angola (7,4%), da França, (6,1%), da Espanha
(5,4%) e da Bélgica (5,3%).
No 1º Semestre de 2019 as principais importações incidiram na Alemanha (19,9%), Espanha (12,8%),
Países Baixos (10,6%), Bélgica e Itália (9,8% cada), França (7,2%) e Reino
Unido (6,8%).
As exportações tiveram por destinos
dominantes a Alemanha (15,0%), os EUA (13,2%), o Reino Unido (13,0%), a Espanha
(6,0%) a França (5,4%), a Bélgica (5,2%), a Irlanda e Angola (4,9% cada).
Alcochete, 29 de Agosto de 2019.
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