domingo, 26 de janeiro de 2020

Comércio Portugal-Itália (2014-2018 e Jan-Nov 2018-2019)


Comércio internacional de mercadorias
de Portugal com a Itália
2014-2018
Janeiro-Novembro 2018-2019

" Disponível para download > aqui "


1 – Nota introdutória
A Itália encontra-se entre os principais parceiros comerciais de Portugal, tendo sido em 2018 o quarto maior mercado de origem das importações, com 5,4% do total (5,1% nos primeiros onze meses de 2019), precedida da Espanha (31,4%), da Alemanha (13,8%) e da França (7,6%), sendo o sexto principal mercado de destino das exportações, com 4,3% do total (4,5% em 2019), depois da Espanha (25,4%), da França (12,7%&), da Alemanha (11,6%), do Reino Unido (6,3%) e dos EUA (5,0%).
Em 1985, ano anterior à adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), o peso da Itália nas importações e nas exportações globais portuguesas era respectivamente de 5,2% e 3,9%. O peso nas importações aumentou sucessivamente até 1991 e 1992, anos em que atingiu 10,2% do total, para decrescer até 2008, com 5,4%, mantendo-se a partir de então numa faixa de 5 a 6%. Por sua vez o seu peso nas exportações tem-se mantido ao longo destes anos em torno de 4%.

Após um breve relance sobre a evolução do comércio externo de Itália no período 2014-2018, com base em dados de fonte EUROSTAT, vai-se analisar a evolução das chegadas e das expedições de mercadorias (que designaremos por importações e exportações) ao longo desses anos e primeiros onze meses de 2018-2019, com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE), definitivos para os anos de 2014 a 2017, provisórios para 2018 e preliminares para 2019, com última actualização em 1 de Janeiro de 2020. 
Nos quadros que se seguem, os produtos transaccionados foram agregados em 11 grupos de produtos, cujo conteúdo, em termos de Nomenclatura Combinada, se encontra definido em quadro anexo (Anexo-1).

2 – Alguns dados sobre o comércio externo italiano
2.1 – Balança Comercial da Itália
De acordo com os dados disponíveis, entre 2014 e 2018 a Balança Comercial de mercadorias de Itália foi ‘superavitária’, com saldos compreendidos entre +39 e +49 mil milhões de Euros.
As quotas de Portugal nas importações e nas exportações italianas, que em 2014 representaram respectivamernte 0,4% e 0,8%, aumentaram para 0,5% e 0,9% em 2018.

2.2 – Importações em Itália por grupos de produtos
Em 2018, face ao ano anterior, as importações italianas cresceram +6,1%, cabendo a Portugal uma quota de 0,5%. As principais importações, por grupos de produtos (conteúdo definido no Anexo-1), incidiram em “Químicos” (17,7% do Total), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,2%), “Energéticos“ (13,4%), “Minérios e metais” (12,8%), “Material de transporte terrestre e partes” (10,3%) e “Agro-alimentares” (10,1%). Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (6,1%), “Têxteis e vestuário” (5,5%), “Madeira, cortiça e papel” (3,0%), “Calçado, peles e couros” (2,9%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8%).
As maiores quotas de Portugal incidiram nos grupos “Madeira, cortiça e papel” (2,0% do total do grupo), “Agro-alimentares” e “Têxteis e vestuário” (1,2% cada). 

2.3 – Exportações da Itália por grupos de produtos
Por sua vez, em 2018, face ao ano anterior, as exportações cresceram +3,6%, tendo Portugal contribuído com uma quota de 0,9%.
As principais exportações couberam aos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (25,6%), “Químicos” (15,6%), “Minérios e metais” (12,1%), “Produtos acabados diversos” (9,5%), “Agro-alimentares” (9,1%) e “Material de transporte terrestre e partes” (8,5%).
Seguiram-se os grupos “Têxteis e vestuário” (6,8%), “Calçado, peles e couros” (5,0%), “Energéticos” (3,7%), “Madeira, cortiça e papel” (2,1%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (1,9%).
As maiores quotas de Portugal incidiram nos grupos “Têxteis e vestuário” (1,7%), “Calçado, peles e couros” (1,2%) e “Madeira, cortiça e papel” (1,1%). Seguiram-se os grupos “Químicos”, “Minérios e metais”, “Máquinas, aparelhos e partes” e “Material de transporte terrestre e partes” (0,9% cada), “Agro-alimentares” e “Produtos acabados diversos” (0,7% cada), “Energéticos” e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,1% cada).

2.4 – Mercados das importações e das exportações italianas
Em 2018 tiveram origem no espaço intracomunitário 58,8% das importações italianas de mercadorias. Os principais fornecedores foram a Alemanha (16,5%), a França (8,6%), os Países Baixos (5,3%), a Espanha (4,9%) e a Bélgica (4,5%). Portugal ocupou a 39ª posição no ‘ranking’, com 0,5% do total.
Entre os países terceiros predominou a China (7,3%), seguida dos EUA (3,7%) e da Rússia (3,5%).
No mesmo ano, as exportações Intra-UE representaram 56,5% do Total, ocupando também aqui a Alemanha a primeira posição (12,5%), seguida da França (10,5%), da Espanha (5,2%) e do Reino Unido (5,1%).
Portugal ocupou a 25ª posição, com 0,9% do total.
Entre os países terceiros os EUA foram o principal destino (9,1%), seguidos da Suíça (4,8%) e da China (2,8%).

3 – Comércio de Portugal com a Itália
3.1 – Evolução do peso da Itália nas importações
         e nas exportações portuguesas
Entre 2014 e 2018 o peso das importações com origem em Itália oscilou entre 5,2% e 5,5%, tendo o das exportaçôes subido de 3,2% para 4,3%. Nos primeiros onze meses de 2019, face ao período homólogo do ano anterior, o peso das importações desceu para 5,1%, tendo o das exportações aumentado para 4,5%.

3.2 – Balança Comercial Portugal-Itália
Ao longo dos últimos cinco anos a Balança Comercial de mercadorias de Portugal com a Itália foi deficitária, tendo o maior saldo negativo ocorrido em 2017 (-1,8 mil milhões de Euros), com graus de cobertura das importações pelas exportações da ordem dos 50 a 60%. Nos primeiros onze meses de 2019, o défice situou-se em -1,3 mil milhões de Euros, com um grau de cobertura das importações pelas exportações de 65,8%.

Neste período, o ritmo de crescimento das exportações foi mais vivo do que o das importações, atingindo as primeiras 159,8% do valor que detinham em 2014, contra 131,6% nas importações.

3.3 – Importações por grupos de produtos
No período de Janeiro a Novembro de 2019 as importações portuguesas cresceram +2,1% face ao período homólogo do ano anterior, tendo a Itália pesado 5,1% no Total.
Os grupos de produtos dominantes foram “Máquinas, aparelhos e partes” (22,7% do Total), “Químicos” (18,6%), “Têxteis e vestuário” (13,6%) e “Minérios e metais” (12,4%).
Seguiram-se os grupos “Material de transporte terrestre e partes” (8,8%), “Agro-alimentares” (7,8%), “Produtos acabados diversos” (6,8%), “Calçado, peles e couros” (6,2%), “Madeira, cortiça e papel” (2,5%), “Aeronaves, embarcações e partes” (0,5%) e “Energéticos” (0,1%).
Por grupos de produtos, as maiores quotas de Itália nas nossas importações globais incidiram nos grupos “Calçado, peles e couros” (15,3%), “Têxteis e vestuário” (12,2%), “Minérios e metais” (7,8%), “Máquinas, aparelhos e partes” (6,5%), “Químicos” e “Produtos acabados diversos” (5,9% cada).

Em quadros anexos podem observar-se as principais importações e exportações efectuadas no período de Janeiro a Novembro de 2018 e 2019, por grupos de produtos, desagregadas a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, com uma representatividade por grupo superior a 70% em cada um dos anos (Anexo 2 e Anexo 3).

3.4 – Exportações por grupos de produtos
No período de Janeiro a Novembro de 2019 as exportações portuguesas aumentaram +12,3% face ao período homólogo do ano anterior, tendo a Itália pesado 4,5% no Total.
Destacaram-se as exportações de “Material de transporte terrestre e partes” (24,8%) e de “Agro-alimentares” (19,6%), a que se seguiram as dos grupos “Têxteis e vestuário” (12,3%), “Químicos” (10,7%), “Madeira, cortiça e papel” (9,8%), “Máquinas, aparelhos e partes” (9,1%), “Minérios e metais” (5,9%), “Produtos acabados diversos” (4,4%), “Calçado, peles e couros” (2,7%), “Energéticos” (0,5%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,2%).  

As maiores quotas da Itália no conjunto das exportações portuguesas para o Mundo por grupos de produtos, couberam aos grupos “Agro-alimentares” e “Material de transporte terrestre e partes” (7,3% cada), “Têxteis e vestuário” (6,2%) e “Madeira, cortiça e papel” (5,9%).

Alcochete, 22 de Janeiro de 2020.
ANEXO-1

ANEXO-2

ANEXO-3




domingo, 19 de janeiro de 2020

Comércio Portugal-Suíça (2014-2018 e Jan-Nov 2018-2019)


Comércio internacional de mercadorias
de Portugal com a Suíça
2014-2018
Janeiro-Novembro 2018-2019

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1 – Nota introdutória
No período de Janeiro a Novembro de 2019 a Suíça pesou 0,4% nas importações totais de mercadorias de Portugal e 1,5% nas importações originárias dos países terceiros, respectivamente 1,1% e 2,1% na vertente das exportações.
Nas páginas seguintes é feita uma breve análise da evolução recente do comércio externo de Suíça, com referência às respectivas quotas de Portugal, com base em cálculos efectuados pelo “International Trade Centre” (ITC) a partir de dados “COMTRADE”, da ONU. 
Segue-se uma abordagem da evolução das nossas importações e exportações de 2014 a 2018 e período de Janeiro a Novembro de 2018-2019, agora com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE), definitivos para os anos de 2014 a 2017, provisórios para 2018 e preliminares para o período em análise de 2019, com última actualização em 9 de Janeiro de 2020.
Os produtos transaccionados, foram agregados em 11 grupos de produtos, cujo conteúdo, em termos de capítulos da Nomenclatura Combinada, se encontra definido em quadro anexo (Anexo-1).
2 – Alguns dados sobre o comércio externo da Suíça
2.1 – Balança Comercial
De acordo com os dados disponíveis, entre 2014 e 2018 a Balança Comercial de mercadorias da Suíça foi ‘superavitária’, com saldos compreendidos entre +27 e +35 milhões de Euros.

As quotas de Portugal nas importações suíças mantiveram-se, ao longo destes cinco anos, na ordem dos 0,3% do total, tendo as quotas das exportações aumentado de 0,3%, em 2014, para 0,4%, em 2018.

2.2 – Importações na Suíça por grupos de produtos
Em 2018, face ao ano anterior, as importações suíças decresceram -0,3%. As principais incidiram nos grupos “Minérios e metais” (35,9%), “Químicos” (20,7%), “Máquinas, aparelhos e partes” (12,6%) e “Produtos acabados diversos” (8,7%).

As maiores quotas de Portugal ocorreram nos grupos “Calçado, peles e couros” (2,1% do total do grupo), “Têxteis e vestuário” (1,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (1,4%) e “Agro-alimentares” (1,0%).
No grupo de produtos “Minérios e metais” sobressaem as importações de ouro para uso não monetário, seguido de artigos de joalharia de metais preciosos ou semi-preciosos.
Entre os produtos do grupo “Químicos” predominam os produtos farmacêuticos, principalmente medicamentos e sangue, os produtos químicos orgânicos e os plásticos.
No grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, muito diversificado, destacam-se as importações de máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades, os aparelhos telefónicos, as torneiras e válvulas, os turboreactores e outras turbinas a gás, os transformadores eléctricos, os fios e cabos eléctricos, os painéis e quadros eléctricos, as máquinas com função própria, não especificadas, entre outros.
Entre os “Produtos acabados diversos” destacam-se os aparelhos médicos e cirúrgicos, os aparelhos ortopédicos, relógios, mobiliário e quadros artísticos.

2.3 – Exportações da Suíça por grupos de produtos
Por sua vez, em 2018, face ao ano anterior, as exportações terão decrescido ‑0,8%, tendo Portugal contribuído com uma quota de 0,3%.
As principais exportações couberam aos grupos de produtos “Químicos” (35,7% do Total), “Minérios e metais” (29,5%), “Produtos acabados diversos” (14,4%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (12,2%).
As maiores quotas de Portugal incidiram nos grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8% do total do grupo), “Agro-alimentares” e “Energéticos” (0,6% cada), “Madeira, cortiça e papel” e “Produtos acabados diversos” (0,5% cada). Seguiram-se os grupos “Químicos” e “Calçado, peles e couros” (0,4%), “Texteis e vestuário”, “Máquinas, aparelhos e partes” e “Material de transporte terrestre e partes” (0,3% cada).

Nas exportações do grupo “Químicos” salientam-se as de produtos farmacêuticos, essencialmente medicamentos, de produtos químicos orgânicos, principalmente compostos heterocíclicos, de plásticos e de produtos cosméticos.
No grupo “Minérios e metais” sobressaem as de ouro para uso não monetário, de artigos de joalharia de metais preciosos ou semi-preciosos, diamantes e platina.
Entre os “Produtos acabados diversos” destacam-se os aparelhos ortopédicos, os aparelhos para medicina e cirurgia e os contadores e outros aparelhos de medida.
No grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, muito diversificado, de referir as máquinas com função própria, as torneiras e válvulas, as partes de turbinas a gás, as máquinas ferramentas e suas partes e as bombas de ar ou vácuo, entre outras.

2.4 – Mercados das importações e das exportações da Suíça
Em 2018 os principais países fornecedores da Suíça foram a Alemanha (20,7%), o Reino Unido (9,5%), a Itália e os EUA (7,6%) cada, a França (7,1%) e a China (5,3%). Portugal ocupou a 37ª posição, com 0,4%.
No mesmo ano as principais exportações da Suíça tiveram por destino a Alemanha (15,3%), os EUA (13,2%), a China (9,7%), a França (6,4%), a Índia (5,7%), a Itália (5,3%) e Hong-Kong (5,2%). Portugal ocupou a 34ª posição, com 0,3%.

3 – Comércio de Portugal com a Suíça
3.1 – Balança Comercial
Ao longo do último quinquénio e período de Janeiro a Novembro de 2018 e 2019 a Balança Comercial de mercadorias de Portugal com a Suíça foi favorável a Portugal.
Neste período, o maior saldo positivo ocorreu nos primeiros onze meses de 2019 (+319 milhões de Euros), sempre com um elevado grau de cobertura das importações pelas exportações.

Entre 2014 e 2018 e nos primeiros onze meses de 2019 o peso da Suíça nas importações portuguesas manteve-se em torno de 0,4%, tendo o das exportações ocupado uma faixa de 0,9% a 1,1%.

De 2014 e 2017 o valor das importações manteve-se na proximidade do valor que detinha em 2014 (2014=100), tendo registado em 2018 um crescimento significativo (112,8%).
Por sua vez as exportações registaram um ritmo de crescimento sustentado até 2017, atingindo 134,8% do valor de 2014, tendo descido ligeiramente em 2018 (134,2%).

3.2 – Importações por grupos de produtos
Nos primeiros onze meses de 2019, os grupos de produtos dominantes nas importações de mercadorias foram “Químicos” (57,2%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (23,0%).
Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (7,9%), “Minérios e metais” (5,1%), “Têxteis e vestuário” (2,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (1,8%), “Agro-alimentares” (1,6%) e “Madeira, cortiça e papel” (0,9%).
Os grupos “Calçado, peles e couros” e “Aeronaves, embarcações e partes” pesaram apenas 0,1% cada no conjunto das importações, tendo sido nulas as importações de “Energéticos”.
No período homólogo de 2018 as importações do grupo “Aeronaves, embarcações e partes” haviam representado 5,9% do total, correspondendo principalmente à aquisição de um avião com peso sem carga superior a 15 toneladas e partes de aeronaves.  
No período de Janeiro a Novembro de 2019, as maiores quotas da Suíça face às nossas importações globais, por grupos de produtos, incidiram nos grupos  “Químicos” (1,3%), “Máquinas aparelhos e partes” e “Produtos acabados diversos” (0,5% cada).

Em quadros em anexo podem observar-se as principais importações e exportações efectuadas no período de Janeiro a Novembro de 2019, por grupos de produtos, desagregadas a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, com uma representatividade por grupo, em 2019, superior a 80% (Anexo 2 e Anexo 3).
3.3 – Exportações por grupos de produtos

No período de Janeiro a Novembro de 2019 predominaram, com pesos a dois dígitos, as exportações de “Material de transporte terrestre e partes” (15,7%), de “Químicos” (15,5%), de “Agro-alimentares” (15,1%), de “Produtos acabados diversos” (12,3%), de “Máquinas, aparelhos e partes” (12,0%) e de “Têxteis e vestuário” (10,2%).
Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (7,9%), “Madeira, cortiça e papel” (5,0%), “Calçado, peles e couros” (3,3%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3,0%), tendo sido praticamernte nulas as exportações do grupo “Energéticos”.
Por grupos de produtos, as quotas da Suíça face às exportações portuguesas para o Mundo foram, por ordem decrescente: “Aeronaves, embarcações e partes” (2,7%); “Agro-alimentares”, “Químicos” e “Produtos acabados diversos” (1,3% cada); “Têxteis e vestuário” (1,2%); “Material de transporte terrestre e partes” (1,1%); “Calçado, peles e couros” (1,0%), “Minérios e metais” e “Máquinas, aparelhos e partes” (0,9%) e “Madeira, cortiça e papel” (0,7%).
Alcochete, 14 de Janeiro de 2020.

ANEXO-1

ANEXO-2


ANEXO-3



domingo, 12 de janeiro de 2020

Série mensal - Jan-Nov 2019 - Comércio Internacional


Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Novembro de 2019 

                                                  ( disponível para download  >> aqui )


1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 9 de Janeiro de 2020, no período de Janeiro a Novembro de 2019 as exportações de mercadorias cresceram em valor +3,5%, face ao período homólogo de 2018 (+1875 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +7,1% (+4902 milhões).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +4,6% (+1868 milhões de Euros), tendo as exportações para os países terceiros crescido +0,1% (+7 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +8,1% (+4262 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +3,8% (+640 milhões).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +19,0% ao situar-se em -18 995 milhões de Euros (um acréscimo de 3027 milhões de Euros face ao mesmo período do ano anterior, com aumentos de 2394 milhões no comércio intracomunitário e de 633 milhões no extracomunitário). Em termos globais, neste período o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 77,0%, em 2018, para 74,4%, em 2019.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo sensível na Balança Comercial. No período em análise, o valor médio unitário de importação do petróleo em 2019 desceu, face ao mesmo período em 2018, de 456 Euros/Ton para 431 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos”, Capº 27 da NC (12,1% e 11,4% do total das importações respectivamente em 2018 e 2019, e 6,8% e 5,8% na vertente das exportações), o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2019, de 74,4% para 79,1%.

2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período de Janeiro-Novembro de 2019, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 77,0% do total (76,2% no ano anterior), cresceram em valor +4,6%, contribuindo com +3,5 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +3,5%.
As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 23,9% do total em 2019 (23,8% em 2018), estabilizaram entre os dois anos.

Os principais mercados de destino foram a Espanha (24,8%), a França (13,1%), a Alemanha (12,1%), o Reino Unido (6,1%), os EUA (5,0%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (3,9%), a Bélgica (2,3%), Angola (2,1%), a Polónia e o Brasil (1,3% cada) e as Provisões de Bordo Extra-UE, Marrocos e Suíça (1,1% cada), destinos que representaram 79,8% do total.
Angola, o segundo mercado entre os países terceiros depois dos EUA, registou uma quebra em valor nas exportações de –18,1% em 2019 (-255,7 milhões de Euros), envolvendo a totalidade dos grupos de produtos.
As maiores descidas incidiram nos grupos “Agro-alimentares” (‑81,3 milhões de Euros), “Químicos” (‑60,0 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (-45,0 milhões), “Produtos acabados diversos” (‑29,2 milhões) e “Minérios e metais” (-15,2 milhões de Euros). 

Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+3,5%), couberam à lemanha (+0,9 p.p.), França (+0,8 p.p.), à Itália e Canadá (+0,5 p.p.).
O maior contributo negativo coube a Angola (-0,5 p.p.).

Os maiores acréscimos, em Euros, nas expedições para o espaço comunitário no período de Janeiro a Novembro de 2019, em termos homólogos, verificaram-se na Alemanha, em França e em Itália, seguidos dos Países Baixos, da Espanha, da Irlanda, da Bélgica, da Grécia, da Roménia, da República Checa, da Eslovénia, da Eslováquia, da Polónia, da Finlândia e da Hungria. Os maiores decréscimos couberam à Lituânia e ao Reino Unido.

Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos nas exportações ocorreram com o Canadá, Turquia, EUA e Egipto. Seguiram-se as Provisões de Bordo, Suíça, Cabo Verde, Singapura, Noruega, Moçambique e Emiratos.
Os maiores decréscimos couberam a Angola e à Tunísia, seguidos da Argentina, China, Argélia, Gibraltar, Austrália. Brasil, Chile, Marrocos e Coreia do Sul.

3.2 - Importações
De Janeiro a Novembro de 2019 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 76,4% do total (75,6% em 2018), registaram um acréscimo de +8,1% e contribuíram com +6,1 p.p. para uma taxa de crescimento global de +7,1%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +3,8%, representando 23,6% do total em 2019 (24,4% em 2018), com um contributo para o crescimento global de +0,9 p.p.. Os principais mercados de origem das importações no período em análise, em 2019, foram a Espanha (30,1%), a Alemanha (13,4%) e a França (10,0%). Seguiram-se a Itália (5,1%), os Países Baixos (4,9%), a China (3,7%), a Bélgica (3,1%), o Reino Unido (2,7%), os EUA (1,9%), a Rússia e Angola (1,4% cada), países que representaram no seu conjunto 77,7% das importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações nos primeiros onze meses de 2019 (+7,1%) destacam-se a França (+3,1 p.p.), a Espanha (+0,9 p.p.), a China (+0,8 p.p.), a Alemanha (+0,6 p.p.), a Bélgica (+0,4 p.p.), o Reino Unido, Angola e a Polónia (+0,3 p.p. cada), a Índia, os EUA e a Arábia Saudita (+0,2 p.p. cada) e a Hungria (+0,1 p.p.). 

Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam ao Cazaquistão (-0,8 p.p.), à Guiné Equatorial (-0,4 p.p.), à Rússia e ao Azerbaijão (-0,2 p.p. cada).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.


4 – Saldos da Balança Comercial
Em 2019, no período em análise, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam ao Reino Unido (+1411 milhões de Euros) e aos EUA (+1369 milhões). Seguiram-se o Canadá (+454 milhões), Marrocos (+434 milhões) e a Suíça (+319 milhões). O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-8691 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑3247 milhões), da China (-2196 milhões), dos Países Baixos (-1500 milhões) e da Itália (‑1288 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO). Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias no período de Janeiro a Novembro de 2019, representando 82,0% do total, foram “Material de transporte terrestre e partes” (15,2% e TVH +16,3%), “Máquinas, aparelhos e partes” (14,0% do total e TVH +1,0%), “Químicos” (12,6% e TVH +5,4%), “Agro-alimentares” (12,1% e TVH +2,5%), “Produtos acabados diversos” (9,8% e TVH +7,4%), “Minérios e metais” (9,4% e TVH -1,0%) e “Têxteis e vestuário” (8,9% e TVH (‑0,9%). O maior contributo para o acréscimo global de +1875 milhões de Euros, face ao ano anterior, coube ao grupo “Material de transporte terrestre e partes”, com +1173 milhões de Euros, seguido dos grupos “Produtos acabados diversos” (+377 milhões), “Químicos” (+354 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+289 milhões). Ocorreram decréscimos em quatro dos grupos: “Energéticos”, “Calçado, peles e couros”, “Minérios e metais” e “Têxteis e vestuário”, com destaque para o primeiro  (‑433 milhões).

5.2 – Importações
De Janeiro a Novembro de 2019, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 71,5% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,8%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +7,8%), “Químicos” (16,0% do total e TVH +4,8%), “Agro-alimentares” (14,0% e TVH +2,2%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,3% e TVH +7,3%) e “Energéticos” (11,4% e TVH +0,6%).
À excepção dos grupos “Minérios e metais” e “Calçado, peles e couros”, em que se registaram quebras de -16 e -1 milhões de Euros, em todos os restantes se verificaram acréscimos nas importações, tendo ocorrido os mais significativos, em Euros, nos grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (+2142 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+953 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+627 milhões) e “Químicos” (+545 milhões de Euros). 

6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou em 2019 a primeira posição em 7 dos 11 grupos de produtos com 24,8% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Energéticos” (3ª posição depois dos EUA e Provisões de Bordo Extra-UE), “Calçado, peles e couros” (3ª posição, depois da França e da Alemanha, “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (6ª posição, antecedida pelo Canadá, Brasil, França, Reino Unido e Finlândia).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,1%), a Alemanha (12,1%), o Reino Unido (6,1%), os EUA (5,0%), a Itália (4,5%), os Países Baixos (3,9%), a Bélgica (2,3%), Angola (2,1%) e a Polónia (1,3%). Estes dez países cobriram 75,2% das exportações totais.
6.2 – Importações


Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 30,1% do total, sendo a excepção o grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (5ª posição, precedida da França, da Alemanha, dos EUA e da Irlanda).
Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (13,4%), a França (10,0%), a Itália (5,1%), os Países Baixos (4,9%), a China (3,7%), a Bélgica (3,1%), o Reino Unido (2,7%), os EUA (1,9%) e a Rússia (1,4%).
Estes dez países cobriram 76,3% das importações totais.

Alcochete, 11 de Janeiro de 2020.