Evolução da Exportação e Importação de calçado
(2017-2021 e 1º Semestre 2021-2022)
A exportação portuguesa de calçado, sustentadamente
crescente desde o início da década de 80 do século passado, atingiu 1,7 mil
milhões de Euros em 2001, tendo decrescido a partir de então. Manteve-se num
patamar em torno de 1,3 mil milhões de Euros entre 2005 e 2009, tendo-se
assistido então a um acréscimo sucessivo, atingindo 2 mil milhões de Euros em
2017. Decresceu depois até 1,5 mil milhões, em 2020, invertendo-se nesse ano a
tendência decrescente para se situar em 1,7 mil milhões de Euros em 2021.
O peso do calçado na exportação global, que em 2001
se situava em 6,3%, tem vindo a decrescer tendencialmente, tendo representado
2,7% da exportação global em 2021.
Ao longo deste período cerca de 80% da exportação portuguesa de calçado
teve por destino o espaço comunitário. Estas exportações não se confrontam apenas
com a concorrência de países terceiros, principalmente a China, mas também com o
reforço dos fornecimentos dos próprios estados-membros ao longo do último
quinquénio, que subiram sucessivamente de 57,0%, em 2017, para 64,2% em 2021.
2 – Exportação e Importação portuguesa de calçado
(2017-2021 e 1ºSemestre 2021-2022)
2.1 – Balança Comercial
A
Balança Comercial do calçado é fortemente favorável a Portugal.
Após
uma desaceleração anual das importações a partir de 2017, mais acentuada em
2020, com uma taxa de variação de -21,7% face ao ano anterior, aumentaram +7,8%
em 2021, tendo crescido +39,7% no 1º Semestre de 2022 face ao semestre homólogo
do ano anterior.
Por
sua vez as exportações, sucessivamente decrescentes desde 2017 (-16,5% em 2020),
inverteram essa tendência em 2021 (+12,1%), tendo registado no 1º Semestre de
2022 um aumento de +30,8% face ao semestre homólogo de 2021.
2.2 – Importação por tipos de calçado
No primeiro
Semestre de 2022 predominaram as importações de ‘Partes de calçado’ (29,8%
do Total), seguidas das de ‘Calçado com a parte superior
em matérias têxteis’ (28,1%), do ‘Calçado com a parte superior
em couro’ (22,8%), do ‘Calçado com a parte superior
em borracha ou plástico’ (17,3%) e, com menor expressão, do ‘Calçado não especificado’, como com sola de madeira,
cortiça, corda, feltro, palha, etc. (1,0%), e do ‘Calçado impermeável’ (1,0%).
2.3 – Mercados de origem das importações
Ao
longo dos últimos cinco anos o peso das importações de calçado com origem
intracomunitária oscilou entre 72,4%, em 2018, e 75,9%, em 2021. No 1º Semestre
de 2022 tiveram ali origem 71,8% das importações, contra 75,8% no semestre
homólogo de 2021.
A
nível global, os principais mercados de origem no ano de 2021 foram a Espanha
(31,2%), a Alemanha (10,6%), a Itália (10,0%), a França (8,5%), a China (8,1%)
e a Bélgica (7,5%).
Seguiram-se a Índia (6,4%), os Países Baixos
(5,5%), a Indonésia (4,3%), o Vietname (1,8%), a República Checa (1,2%), o
Reino Unido (0,7%), o Brasil e a Polónia (0,6% cada), países que no seu
conjunto representaram 96,6% do Total.
2.4 – Exportação por tipos de calçado
As
exportações portuguesas de calçado incidem em sua grande parte no calçado com a
parte superior em couro, o de maior valor.
As
exportações deste tipo de calçado representaram 82,4% do Total no 1º Semestre
de 2022. O peso dos restantes tipos de calçado oscilou entre 4,4%, para o calçado
com a parte superior em matérias têxteis, e 2,5%, para o calçado impermeável.
2.5 – Mercados de destino das exportações
Ao longo do último quinquénio o peso das exportações de calçado com destino intracomunitário oscilou entre 78,9%, em 2019, e 81,3%, em 2021. No 1º Semestre de 2022 tiveram ali origem 81,1% das exportações, contra 81,9% no semestre homólogo de 2021.
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