Quotas das exportações e ritmo de crescimento nos principais mercados (2018-2022)

 

Quotas das exportações

e ritmo de crescimento em valor

nos principais mercados de Portugal

(2018-2022)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Analisa-se neste trabalho a evolução das quotas de mercado das exportações portuguesas de mercadorias ao longo do período de 2018 a 2022 relativamente aos principais mercados de destino em 2022 de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Compara-se também o ritmo da variação nominal anual dos fornecimentos portugueses com o ritmo de evolução das importações globais no seio de cada um destes mercados (2018=100).

Existem assimetrias, por vezes significativas, com causas variadas, entre os dados das importações originárias de Portugal nos diversos mercados quando de fonte Eurostat, para os importadores comunitários e os de fonte “Internatinal Trade Startistiques” (ITC), para os países terceiros, quando comparados com os correspondentes dados oficiais da exportação portuguesa de fonte Instituto Nacional de Estatística (INE).

Visando uma maior aproximação à realidade, utilizou-se neste trabalho a base de dados do “Eurostat” para as importações nos países comunitários, a do “International Trade Centre” (ITC) para os Países Terceiros e as do “Instituto Nacional de Estatística” (INE) para as importações com origem em Portugal nesses mercados, calculadas por conversão do correspondente valor ‘Fob’ das exportações a valor ‘Cif’, por aplicação de um factor fixo (Fob=Cif x 0,9533).

2 - Principais países de destino das exportações portuguesas

São aqui considerados os 32 principais países de destino das exportações de mercadorias em 2022, sendo 16 Intra-comunitários e 16 Extra-comunitários, que foram o destino de pelo menos 90% das exportações portuguesas de mercadorias em cada um dos últimos cinco anos. 

3 - Quotas de mercado

Em 2022, as quotas de mercado de Portugal mais expressivas terão ocorrido em Cabo Verde (49,1%), Angola (8,8%), Gibraltar (5,4%) e Espanha (4,6%). 

Seguiram-se, entre as principais, a França (1,3%), Marrocos (1,0%), Argélia (0,8%), Alemanha, Itália e Finlândia (0,6% cada), Suécia, Reino Unido/Irl NT, Eslováquia, Irlanda, Dinamarca, Roménia e Israel (0,5% cada).

4 – Ritmo de ‘crescimento’ do valor das importações                                  nos países alvo, com origem no mundo e em Portugal

No quadro seguinte pode-se comparar o ritmo de ‘crescimento’ do valor das importações globais nos principais mercados da exportação portuguesa, quando originárias do mundo e de Portugal, ao longo dos últimos cinco anos (2018=100).

5 – Gráficos das quotas de mercado de Portugal e do ritmo                        de ‘crescimento’ das importações nos países alvo com                          origem no Mundo e em Portugal

Nos gráficos seguintes pode visualizar-se a evolução das quotas de mercado de Portugal nos seus principais países de destino das exportações, bem como a evolução do ritmo de variação anual do valor das importações de mercadorias nesses mercados, quando originários de Mundo e de Portugal (2018=100).

Alcochete, 25 de Julho de 2023.

Comércio Externo da SADC em 2022 e Portugal-SADC (2021-2022 e Jan-Maio 2022-2023)

 

Comércio Externo da SADC em 2022
e quotas de Portugal
Comércio Internacional de Portugal
com os países da SADC 
(2021-2022 e Janeiro-Maio 2022-2023)

                                                      ( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

A SADC - “Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral”, foi criada em Agosto de 1992, na sequência do fim do apartheid na África do Sul, sucedendo à SADCC, esta criada em 1980 por nove dos actuais estados-membros. Da SADC, com sede em Gaborone, no Botswana, fazem parte actualmente dezasseis países: Àfrica do Sul, Angola, Botswana, Comores, Rep. Dem. do Congo, Essuatíni (antiga Suazilândia), Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícia, Moçambique, Namíbia, Seicheles, Tanzâniia, Zâmbia e Zimbabwe.

As línguas oficiais na SADC são o inglês, o português e o francês, tendo esta organização por principais objectivos o desenvolvimento económico, a redução da pobreza da sua população, a paz e a segurança.

Em 2020 a SADC englobava uma população de mais de 363 milhões de habitantes, de acordo com estimativas da ONU, disseminada por uma área superior a 8,9 milhões de Km². Os países mais populosos eram à data a República Democrática do Congo (89,6 milhões), a Tanzânia (59,7), a África do Sul (59,3), Angola (32,9), Moçambique (31,3), Madagáscar (27,7), Malawi (19,1), Zâmbia (18,4) e Zimbabwe (14,9 milhões).

2 – Comércio Externo da SADC em 2022 e quotas de Portugal

No quadro seguinte constam as importações e exportações dos países da SADC em 2022 e as correspondentes quotas de Portugal. Foram utilizados, para a SADC, dados de base do ITC “International Trade Centre”, e para Portugal dados do “Institituto Nacional de Estatística de Portugal”, com as necessárias conversões entre valores Cif e Fob por aplicação de uma taxa de conversão fixa (Fob=Cif x 0,9533), consideradas mais correctas para o fim em vista, dada a existência de divergências acentuadas entre as duas versões.

3 – Comércio Internacional de Portugal com a SADC                                    2021-2022 e Janeiro-Maio 2022-2023

3.1 – Balança Comercial

3.2 – Peso relativo dos países da SADC nas trocas com Portugal

Nos pontos seguintes pode observar-se quais os tipos de produtos importados e exportados recentemente por Portugal com cada um destes países.

3.3 – Importações recentes por Grupos de Produtos

Os produtos constantes da Nomenclatura Combinada utilizada nas estatísticas da Uniião Europeia foram aqui agregados, a partir dos seus Capítulos (NC-2),  tanto nas importações como nas exportações, em onze Grupos de Produtos (ver composição em Anexo).

Na figura seguinte pode observar-se a distribuição das importações pelos dezasseis países da SADC, no período de Janeiro a Maio de 2023.

3.4 – Exportações recentes por Grupos de Produtos

Alcochete, 19 de Julho de 2023.

ANEXO

Comércio Externo da Ucrânia e de Portugal com a Ucrânia (2018-2022 e Jan-Maio 2022-2023)

 

Comércio Externo de mercadorias

da Ucrânia

e de Portugal com a Ucrânia

2018-2022
Janeiro-Maio 2022-2023

( disponível para download  >> aqui )

1 - Introdução

Apresentam-se neste trabalho alguns dados estatísticos sobre o comércio externo da Ucrânia face ao mundo no período de 2018 a 2022, de fonte “International Trade Centre” (ITC), baseados em estatísticas das alfândegas ucranianas, designadamente a sua balança comercial, os principais mercados das importações e exportações e sua evolução por Grupos de Produtos (sua composição em Anexo) desagregados por produtos a 2 e a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada.

Segue-se uma análise da evolução do Comércio Internacional de Portugal com este país entre 2018 a 2022 e período de Janeiro a Maio de 2023, face ao período homólogo do ano anterior, a partir de dados de base do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versões definitivas até 2021 e preliminares para 2022 e 2023.

2 – Comércio Externo da Ucrânia

2.1 – Balança Comercial

De acordo com os dados disponíveis, a Balança Comercial da Ucânia é deficitária, tendo o seu saldo negativo aumentado de -4,0 mil milhões, em 2021, para -10,3 mil milhões em 2022.

O grau de cobertura das importações pelas exportações subiu de 12,0%, em 2021, pasra 13,8%, 2022.

2.2 – Importações por produtos

Em 2022 as principais importações na Ucrânia incidiram no Grupo de Produtos “Energéticos” (23,2% do Total, com 19,7% em 2021).

Seguiram-se os grupos “Químicos” (17,3% e 20,0% respectivamente), “Máquinas, aparelhos e partes” (16,6% e 19,5%) e “Agro-alimentares” (10,8% e 10,6%). Com quotas inferiores a 10% alinharam-se depois os grupos “Material de transporte terrestre e partes” (9,6% e 9,9%), “Produtos acabados diversos” (8,9% e 5,6%), “Minérios e metais” (5,7% e 4,2%), “Têxteis e vestuário” (4,9% e 3,7%), “Madeira, cortiça e papel” (1,7% e 2,1%), “Calçado, peles e couros” (1,1% em ambos os anos) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e 0,5%).

Para se pormenorizar o tipo de produtos importados pela Ucrânia relacionam-se no quadro seguinte os principais produtos definidos a 2 dígitos da Nomenclatura Combinada, desagregados pelos principais produtos a 4 dígitos, que representaram 80,1% do Total em 2022 e 78,7% em 2021.

2.3 – Principais origens das importações

O principal país de origem das importações na Ucrânia ao longo dos últimos três anos foi a China, que forneceu 15,7% do Total em 2022. Neste ano seguiram-se, entre os principais fornecedores, a Polónia (9,9%), a Alemanha (8,3%), a Turquia (6,1%), os EUA (3,9%), a Bulgária (3,7%), a Itália (3,3%), a Índia (3,0%), a Rússia e a República Checa (2,8% cada), a Roménia (2,7%), a Bielorrússia (2,5%), a Lituânia (2,4%), a França (2,2%) e os Países Baixos (2,0%).

Portugal pesou 0,1% no Total ao longo dos últimos três anos.

2.4 – Exportações por produtos

Em 2022 mais de metade do valor das importações coube ao grupo de produtos “Agro-alimentares” (53,0%, com 40,7% em 2021), tendo sido “Minérios e metais” o segundo grupo com maior peso (21,1% e 34,9% respectivamente).

Seguiram-se os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (8,5% e 7,7%), “Madeira, cortiça e papel” (4,9% e 3,7%), “Químicos” (4,0% e 5,8%), “Produtos acabados diversos” (3,2% e 3,3%), “Energéticos” (2,4% e 1,2%), “Têxteis e vestuário” (1,6% e 1,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (0,6% e 0,7%), “Calçado, peles e couros” (0,6% e 0,5%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,2% e 0,3%).

No quadro seguinte relacionam-se os principais produtos exportados definidos a 2 dígitos da Nomenclatura Combinada, desagregados pelos principais produtos a 4 dígitos, que representaram 80,1% do Total em 2022 e 78,7% em 2021.

2.5 – Principais destinos das exportações

O principal mercado de destino das exportações da Ucrânia ao longo dos três últimos anos foi a Polónia, país limítrofe, que em 2022 absorveu 15,1% das exportações. Seguiram-se, neste ano, entre os principais destinos, a Roménia (8,8%), a Turquia (6,6%), a China (5,6%), a Hungria de a Alemanha (5,1%), a Itália (3,7%), a Espanha e os Países Baixos (3,5% cada), a Eslováquia (3,4%), a Bulgária (3,2%), a República Checa (2,8%), a Moldávia (2,1%), os EUA e a Índia (2,0% cada). À semelhança das importações, Portugal pesou 0,1% no Total ao longo dos últimos três anos.

3 – Comércio Internacional de Portugal com a Ucrânia

3.1 – Balança Comercial

A Balança Comercial de Portugal com a Ucrânia é desfavorável, com défices ao longo dos últimos cinco anos oscilando entre -175 milhões de Euros (2020), e -261 milhões (2021).

No período de Janeiro a Maio de 2023 o défice situou-se em -194 milhões de Euros, contra ‑94 milhões no mesmo período do ano anterior.

3.2 – Importações por produtos

As principais importações no período em análise de 2023 incidiram no grupo de produtos “Agro-alimentares”, que representou 95,4% do Total, contra 81,2% no mesmo período do ano anterior (ver em Anexo a definição do conteúdo dos Grupos de Produtos considerados). Destacaram-se neste grupo as importações de milho, de sementes de girassol, de trigo e sua mistura com centeio e de óleos alimentares.

No quadro seguinte relacionam-se os principais produtos importados da Ucrânia por Grupos de Produtos desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada.

3.3 – Exportações por produtos

No período de Janeiro a Maio de 2023 o Grupo de Produtos com maior peso nas exportações portuguesas para a Ucrânia foi “Aeronaves, embarcações e partes” (35,2% do Total, com exportação nula no ano anterior), constituídas por aeronaves não tripuladas de controle remoto.

Seguiram-se, entre os principais, os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (20,1% e 18,4% em 2023), principalmente grupos electrogéneos e conversores rotativos, aparelhos de aquecimento, de torrefação e outros que utilizam aquecimento eléctrico, partes de emissores, de radares e de receptores de rádio e TV, interruptores, seccionadores e aparelhos de protecção eléctrica,  torneiras e válvulas, e máquinas de estações múltiplas para trabalhar metais, entre outros, “Agro-alimentares” (16,7% e 33.7%), como vinhos, produtos do tabaco, produtos de padaria e pastelaria, café, aguardentes e outras bebidas alcoólicas, produtos com componentes de leite, produtos à base de cereais, preparações para alimentação de crianças, preparações para alimentação animal e “Madeira, cortiça e papel” (14,8% e 23,7%), com destaque para os produtos de cortiça aglomerada e  papel e cartão não revestidos, do tipo utilizado para escrita, impressão ou outros fins gráficos.

Com pesos inferiores a 5% do Total em 2023 seguiram-se os grupos “Químicos” (4,3% e 7,3%, principalmente medicamentos e produtos de beleza, “Minérios e metais” (2,9% e 3,8%), com destaque para os recipientes em ferro ou aço para gases, “Têxteis e vestuário” (2,5% e 6,5%), como artefactos de matérias têxteis para uso técnico e falsos tecidos, mesmo impregnados ou revestidos, “Material de transporte terrestre e partes ” (2,0% e 0,7%), designadamente motocicletas e veículos de passageiros, “Produtos acabados diversos” (1,0% e 2,4%), como abrasivos, candeeiros e outros aparelhos de iluminação, telhas e  produtos cerâmicos de construção, ladrilhos cerâmicos e lajes para pavimentação, “Calçado, peles e couros” (0,6% e 3.4%), essencialmente calçado, tendo sido nulas nos dois anos as exportações do grupo “Energéticos”.

No quadro seguinte relacionam-se os principais produtos exportados para a Ucrânia por Grupos de Produtos desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada.

Alcochete, 15 de Julho de 2023.

ANEXO

Comércio Internacional de mercadorias - Série mensal - Janeiro a Maio de 2023

 

Comércio Internacional 

de mercadorias

- Série mensal -

(Janeiro a Maio de 2023)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Maio de 2022 e 2023, em versões preliminares com última actualização em 10 de Julho de 2023, as exportações de mercadorias em 2023 aumentaram em valor, em termos homólogos, +5,2% (+1651 milhões de Euros), a par de um aumento das importações de +2,9% (+1281 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados, na sequência do “Brexit”, dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram no período em análise um acréscimo de +4,2% (+962 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros aumentado +7,6% (+689 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +9,4% (+2864 milhões) e as originárias dos Países Terceiros decresceram -12,1% (-1583 milhões de Euros). 

O défice comercial externo (Fob-Cif), -3,2%, situou-se em -11264 milhões de Euros (inferior em 370 milhões ao do ano anterior), a que correspondeu um agravamento de 1902 milhões no comércio intracomunitário e uma redução de 2272 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações subiu de 73,2%, em 2022, para 74,8%, em 2023.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. No período de Janeiro a Maio de 2023 o valor médio de importação do petróleo bruto desceu de 688 Euros/Ton, no mesmo período de 2022, para 577 Euros/Ton. 

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Junho).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 11,8% no total das importações em 2023 e 6,6% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações em 2023 sobe de 74,8%, no comércio global, para 79,2%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

No período em análise de 2023 as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,8% do Total, cresceram +4,2%, contribuindo com +3,0 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +5,2%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,2% do Total), cresceram +7,6%, contribuindo com +2,2 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações no período em análise de 2023 foram a Espanha (25,5%), a França (13,4%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,3%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,7%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,7%), a Bélgica (2,7%), Angola (1,8%) e a Polónia (1,5%), que representaram 74,7% do total.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2022, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise um aumento de +15,6% nas nossas exportações (+80,1 milhões de Euros).

Ocorreram decréscimos nos grupos de produtos “Madeira, cortiça e papel” (-7,1 milhões de Euros), “Agro-alimentares” (-2,2 milhões), “Têxteis e vestuário” (-1,6 milhões) e “Calçado, peles e couros” (-1,0 milhões de Euros).

Os acréscimos incidiram nos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (+47,3 milhões de Euros), Químicos (+13,8 milhões), “Minérios e metais” (+11,8 milhões), “Produtos acabados diversos” (+8,0 milhões),“Material de transporte terrestre e partes” (+7,6 milhões), “Energéticos” (+3,3 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+307 mil Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+5,2%) pertenceram à França (+1,3 p.p.), à Espanha (+0,7 p.p.), à Alemanha (+0,6 p.p.), a Marrocos, Bélgica e Reino Unido (+0,5 p.p. cada), às Provisões de Bordo intracomunitárias e Angola (+0,3 p.p. cada) e à Turquia e Eslováquia (+0,2 p.p. cada).

Os maiores contributos negativos couberam aos EUA (-0,59 p.p.), aos Países Baixos (-0,27 p.p.) e à Finlândia (-0,18 p.p.). 

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em França, Espanha, Alemanha, Bélgica, Provisões de Bordo, Eslováquia, Polónia, Suécia, Roménia e República Checa. 

Os maiores decréscimos ocorreram com os Países Baixos, Finlândia, Itália, Dinamarca e Irlanda.

No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se Marrocos, a Argélia, o Reino Unido, o Japão, Angola, a Turquia, a Austrália, a Arábia Saudita, o Brasil, a China, a África do Sul, a Suíça, as Provisões de Bordo e os Emiratos Árabes Unidos.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os dos EUA, do Panamá, da Argentina, do Catar e da Noruega.

3.2 - Importações

No período de Janeiro a Maio de 2023 as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 74,4% do total, registaram um acréscimo de +9,4% e contribuíram com +6,6 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +2,9%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um decréscimo de -12,1% representando 25,6% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de -3,6 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2023 foram a Espanha (33,4% do Total), seguida da Alemanha (11,5%), da França (6,8%), dos Países Baixos (5,2%), da Itália (4,9%), da China (4,6%), do Brasil (3,8%), da Bélgica (3,0%), dos EUA (2,4%) e da Polónia (2,1%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 77,7% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (+2,9%) destacou-se o da Espanha, (+2,0 p.p.), seguida da Irlanda (+1,5 p.p.), da França (+1,0 p.p.), da Polónia e Alemanha (+0,5 p.p. cada), dos Países Baixos (0,4 p.p.), da Itália e Ucrânia (0,3 p.p. cada), da Rep. Checa e Reino Unido (0,2 p.p. cada).

Os principais contributos negativos incidiram nos EUA (-1,1 p.p.), na Nigéria (-0,9 p.p.), no Azerbaijão (-0,8 p.p.) e na Federação Russa (-0,7 p.p.).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos do valor das importações com origem intracomunitária e nos Países Terceiros, entre o  período de Janeiro a Maio de 2023 e de 2022.

4 – Saldos da Balança Comercial        

No período de Janeiro a Maio de 2023, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+1447 milhões de Euros), ao Reino Unido (+1027 milhões), aos EUA (+1011 milhões), a Angola (+503 milhões) e a Marrocos (+280 milhões). O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-6403 milhões de Euros), seguida da China (-1743 milhões), da Alemanha (‑1485 milhões), do Brasil (-1329 milhões) e dos Países Baixos (-1103 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver ANEXO).

Em Janeiro-Maio de 2023, os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,0% do Total e +886 milhões de Euros face ao ano anterior), “Químicos” (14,0% e +24 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (13,2% e +866 milhões) e “Agro-alimentares” (12,7% e +289 milhões de Euros).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (10,3% e -47 milhões de Euros), “Produtos acabados diversos” (9,7% e +323 milhões), “Têxteis e vestuário” (7,8% e -444 milhões), “Madeira cortiça e papel” (7,1% e -12 milhões), “Energéticos” (6,7% e -199 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,0% e +19 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6% e -6 milhões de Euros).

5.2 – Importações

Em 2023 os grupos de produtos com maior peso foram “Químicos” (18,7% do Total e +522 milhões de Euros face ao ano anterior), “Máquinas, aparelhos e partes” (17,3% e +522 milhões), “Agro-alimentares” (14,9% e +768 milhões), “Energéticos” (12,0 %) e -1133 milhões), e “Material de transporte terrestre e partes” (11,9% e +1188 milhões).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,1% e -178 milhões de Euros),   “Produtos acabados diversos” (5,7% e +175 milhões), “Têxteis e vestuário” (4,8% e -52 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,2% e +28 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,7% e +24 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7% e -91 milhões de Euros).

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no período em análise de 2023 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,5% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (3ª posição, precedida do Brasil e da França).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,4%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,3%), o Reino Unido e Irl NT (4,7%), a Itália (4,3%), os Países Baixos (3,7%), a Bélgica (2,7%), Angola (1,8%) e a Polónia (1,5%).

Estes dez destinos representaram 74,7% das exportações totais.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 33,4% do total.

A excepção foi o grupo ““Aeronaves, embarcações e partes” (4º lugar, depois da Alemanha, do Canadá e dos EUA).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,5%), a França (6,8%), os Países Baixos (5,2%), a Itália (4,9%), a China (4,6%), o Brasil (3,8%), a Bélgica (3,0%), os EUA (2,4%) e a Polónia (2,1%).

Estes dez países cobriram 77,7% das importações totais.

 7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2023                       face a 2022, por meses homólogos não acumulados

Alcochete, 12 de Julho de 2023.

ANEXO