segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Comérco Internacional Portugal-EUA - 2019-23 e Jan-Out 2023-24

 

Comércio Internacional
de mercadorias
de Portugal com os EUA
2019-2023
     Janeiro-Outubro 2023-2024
    

                                                             ( disponível para download  >> aqui )


1 – Nota introdutória

Analisa-se neste trabalho a evolução do Comércio Internacional de Portugal com os EUA no quinquénio 2019-2023 e período acumulado de Janeiro a Outubro de 2024 face ao período homólogo do ano anterior. As importações portuguesas com origem nos EUA, após um decréscimo face ao valor que detinham em 2019, cresceram significativamente até 2022, atingindo 237,1% do valor em 2019, para desacelerarem no ano seguinte (152,5%). Por sua vez as exportações, após uma quebra também verificada em 2020, cresceram sustentadamente até 2023, atingindo 172,5% do valor que detinham em 2019.

Em 2023 os EUA ocuparam a 9ª posição entre os principais fornecedores das importações portuguesas, com 2,1% do Total, e a 3ª posição no conjunto dos fornecedores extracomunitários, com 8,4% do Total, precedidos da China (19,5%) e do Brasil (13,7%).

No gráfico seguinte consta a evolução das quotas de mercado de Portugal nas importações de mercadorias nos EUA com base em estatísticas do “International Trade Centre” (ITC).

2 – Balança comercial

A balança comercial de Portugal com os EUA foi favorável a Portugal ao longo dos últimos cinco anos, com um elevado grau de cobertura das importações pelas exportações.

Em 2022 ocorreram significativos acréscimos em valor nas importações e nas exportações face ao ano anterior, respectivamente +74,8% e + 43,0%. Em 2023 as importações registaram uma quebra significativa (-35,7%) e, embora as exportações tenham crescido  apenas +3,3%, o saldo da Balança Comercial aumentou +90,1% face ao ano anterior, ao situar-se em cerca de 3 mil milhões de Euros. Nos primeiros dez meses de 2024, face ao período homólogo do ano transacto, as importações cresceram +2,4% e as exportações +8,3%, com um saldo de +2,6 mil milhões de Euros (+13,2%).

3 – Importações por Grupos de Produtos

Para uma análise do tipo de produtos transaccionados, as 97 posições a dois dígitos da Nomenclatura de codificação de mercadorias (NC2/SH2) foram agregadas em 11 Grupos de Produtos (ver Anexo).

Nos primeiros dez meses de 2024 as principais importações incidiram no grupo “Energéticos”  (58,4%, com 59,6% no período homólogo do ano anterior), principalmente petróleo bruto e gás de petróleo. Seguiram-se os grupos “Agro-alimentares” (10,1% e 6,8%, respectivamente), com destaque para as importações de soja, milho, bagaços da extracção do óleo de soja, tabaco, peixe congelado e preparações para alimentação de animais, entre outros, “Químicos” (9,3% e 8,5%), com destaque para os hidrocarbonetos acíclicos, polímeros de etileno em formas primárias, álcoois acíclicos e seus derivados, soda e potassa cáustica, e polímeros de cloreto de vinilo, entre outros, “Máquinas aparelhos e partes” (9,2% e 8,5%), muito diversificadas, com evidência para os circuitos integrados electrónicos, turborreatores e outras turbinas a gás, aparelhos telefónicos, máquinas automáticas para processamento de dados, torneiras e válvulas, emissores de radiodifusão e de televisão, e partes de motores e geradores eléctricos, de grupos electrogéneos e de conversores rotativos.

Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Produtos acabados diversos” (4,0% em cada um dos anos), “Aeronaves, embarcações e partes” (2,5% e 5,5%), “Madeira, cortiça e papel” (2,4% em cada um dos anos), “Minérios e metais (2,0% e 2,3%), Têxteis e vestuário” (1,2% em cada um dos anos), “Material de transporte terrestre e partes” (0,8% em cada um dos anos) e “Calçado, peles e couros” (0,2% e 0,4%).

Na figura seguinte discriminam-se, por Grupos de Produtos, os principais produtos desagregados a dois dígitos da Nomenclatura.

4 – Exportações por grupos de produtos

No período de Janeiro a Outubro de 2024 o grupo de produtos com maior peso nas exportações de Portugal para os EUA foi o grupo “Químicos” (34,6% do Total e 30,8% no mesmo período de 2023), constituído principalmente por medicamentos e pneus novos, seguido dos grupos “Energéticos” (10,5% e 19,6%), essencialmente gasolinas para motor e misturas de hidrocarbonetos aromáticos, “Máquinas, aparelhos e partes” (9,8% e 10,6%), muito diversificadas, com destaque para os aparelhos telefónicos, aparelhos para interrupção, seccionamento e protecção de circuitos eléctricos, caixas de fundição e moldes para metais, emissores de radiodifusão e televisão, aparelhos para tratamento de matérias que impliquem mudança de temperatura, entre muitos outros, “Têxteis e vestuário” (8,5% e 8,9%), também muito diversificados, como roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha, camisolas e pulôveres de malha, esboços para chapéus, T-shirts e camisolas interiores de malha, cordéis, cordas e cabos, fatos, vestidos e outro vestuário de uso masculino e feminino, cobertores e mantas, artigos para guarnição de interiores, tecidos de malha-urdidura para galões, camisas para homem e tecidos impregnados ou revestidos com plástico, entre muitos outros, “Produtos acabados diversos” (8,2% e 9,6%), principalmente mobiliário, serviços de mesa e artigos de uso doméstico e higiene de cerâmica, contadores diversos como por exemplo velocímetros, partes de armas, relógios, assentos mesmo transformáveis em camas, ladrilhos e lajes de cerâmica. 

Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Minérios e metais” (5,8% e 6,5%), “Madeira, cortiça e papel” (5,1% e 5,9%), “Agro-alimentares” (4,6% e 4,9%), “Calçado, peles e couros” (2,0% e 2,3%), “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7% e 0,3%) e “Material de transporte terrestre e partes” (0,3% e 0,6%).

Na figura seguinte discriminam-se, por Grupos de Produtos, os principais produtos desagregados a dois dígitos da Nomenclatura.




ANEXO



Alcochete, 2 de Janeiro de 2025.


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