Comércio Internacional de mercadorias
de Portugal com a China
2023-2024
Janeiro-Julho 2024-2025
1 – Nota introdutória
Na
nomenclatura internacional de países para efeitos estatísticos do comércio
internacional mantém–se a distinção entre China Continental (também designada
por Interior da China) e as actuais Regiões Administrativas Especiais de
Macau e Hong-Kong. Neste trabalho, ao
referir-se “China” considera-se apenas a China Continental, sendo o comércio com
Macau e Hong-Kong objecto de análises autónomas.
Analisa-se
neste trabalho a evolução do comércio de Portugal com a China nos anos de 2023
e 2024 e período de Janeiro a Julho de 2024 e 2025, com base em dados estatísticos
do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versões
definitivas até 2024 e preliminar para 2025, com última actualização em 09-09-2025.
2 –
Comércio de Portugal com a China
Ao longo do último quinquénio, o ritmo de evolução anual do valor das importações portuguesas de mercadorias com origem na China (2020=100) foi sustentadamente crescente até 2022, ano em que atingiu um nível significativo face a 2020 (188,1%), tendo desacelerado sucessivamente nos dois anos seguintes (167,1% em 2023). Por sua vez o ritmo das exportações com este destino, à excepção do ano 2020 (94,3%), manteve-se até 2024 acima do nível de 2020, tendo registado um pico significativo em 2023 (135,6%).
2.1 –
Balança Comercial
(2023-2024 e Janeiro-Julho 2024-2025)
A
Balança Comercial de mercadorias de Portugal com a China é fortemente
deficitária. Em 2024, face ao ano anterior, o défice aumentou +1,3%, tendo-se
situado em -4,5 mil milhões de Euros. Nos primeiros cinco meses de 2025, o défice
da Balança aumentou +10,2% em termos homólogos, atingindo cerca de -2,9 mil
milhões de Euros.
O
grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações situou-se
em 14,7% em 2023 e em 12,6% no período de Janeiro a Julho de 20245
2.2- Importações por grupos de produtos
No período de Janeiro a Julho de 2025 as principais
importações de Portugal com origem na China incidiram no grupo de produtos “Máquinas,
aparelhos e partes”, a grande distância dos restantes grupos (43,8% do
Total em 2025 e 47,6% em 2024), principalmente ‘máquinas e aparelhos eléctriicos’
(definição do conteúdo dos Grupos de Produtos em Anexo).
Seguiram-se os grupos “Químicos” (13,2% e 12,4%,
respectivamente), “Produtos acabados diversos” (10,5% e 9,6%), “Minérios
e metais” (9,1% e 7,7%) e “Têxteis e vestuário” (8,4% nos dois anos).
Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Material de transporte
terrestre e partes” (5,5% e 4,0%), “Agro-alimentares” (3,7% e 3,3%),
“Calçado, peles e couros” (3,6% e 3,8%), “Madeira, cortiça e papel”
(1,9% nos dois anos), “Aeronaves, embarcações e partes” (0,2% em ambos
os anos) e Energéticos” (0,1% e 0,2%).
Na figura seguinte constam,
por Grupos de Produtos, os principais produtos importados no período de Janeiro
a Julho de 2024 e 2025, desagregados a dois dígitos da Nomenclatura (NC2/SH2).
2.3 - Exportações por grupos de produtos
As principais exportações no período de Janeiro a Julho
de 2025 couberam ao grupo de produtos “Minérios e metais” (35,0% em 2025
e 33,9% em 2024), com o cobre e suas obras em evidência.
Seguiram-se os grupos “Máquinas, aparelhos e
partes” (19,9% e 19,3% respectivamente), “Madeira, cortiça e papel”
(13,7% e 15,9%), “Químicos” (13,6% e 9,3%), “Têxteis e vestuário”
(6,2% e 5,9%), “Agro-alimentares” (5,9% e 8,5%), “Produtos acabados
diversos”, (3,8% e 4,1%), “Calçado, peles e couros” (1,3% e 2,2%), “Material
de transporte terrestre e partes” (0,5% e 0,8%) e “Aeronaves,
embarcações e partes” (0,1% em ambos os anos), tendo sido praticamente
nulas as exportações de produtos “Energéticos”.
Na figura seguinte constam,
por Grupos de Produtos, os principais produtos exportados nos primeiros sete
meses de 2024 e 2025, desagregados a dois dígitos da Nomenclatura (NC2/SH2).
Alcochete, 18 de
Setembro de 2025.
ANEXO
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