Comércio internacional de mercadorias
- Série mensal -
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Período acumulado de Janeiro a Fevereiro de 2017
1 - Balança Comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Abril de 2017, as exportações de mercadorias no período de Janeiro a Fevereiro de 2017 cresceram em valor +13,8% face ao mesmo mês do ano anterior (+1066 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +15,4% (+1397 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +9,1% (+551 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresceram +31,3% (+515 milhões de Euros).
Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +10,6% (+755 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +33,1% (+642 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo aumentou +24,1%, ao situar-se o saldo (Fob-Cif) em -1708 milhões de Euros (um acréscimo de 204 milhões no comércio intracomunitário e de 127 milhões no extracomunitário).
Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações no conjunto dos dois primeiros meses do ano desceu de 84,8%, em 2016, para 83,7%, em 2017.
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +9,1% (+551 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresceram +31,3% (+515 milhões de Euros).
Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +10,6% (+755 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +33,1% (+642 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo aumentou +24,1%, ao situar-se o saldo (Fob-Cif) em -1708 milhões de Euros (um acréscimo de 204 milhões no comércio intracomunitário e de 127 milhões no extracomunitário).
Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações no conjunto dos dois primeiros meses do ano desceu de 84,8%, em 2016, para 83,7%, em 2017.
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A variação do preço de importação do
petróleo bruto repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de
produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor unitário mensal de importação do
petróleo, que nos dois primeiros meses de 2016 se situou em torno dos 215
Euros/Ton, subiu para o patamar dos 375 Euros/Ton no mesmo período do ano
corrente.
Para
além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medido em
dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes
da evolução do seu preço em Euros.
Se
excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da Nomenclatura
Combinada), o grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações
sobe de 83,7% para 88,5%, com as exportações dos restantes produtos a crescerem
agora a um ritmo superior ao das importações, respectivamente +10,5% e +9,3%.
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2 - Evolução mensal
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3 - Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportação
No período acumulado de Janeiro a
Fevereiro de 2017, as exportações nacionais para a UE
(expedições), que representaram 75,4% do total (78,7% em 2016), cresceram em
valor +9,1%, contribuindo com +7,1 pontos
percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +13,8%.
As exportações para o espaço
extracomunitário, que representaram 24,6% do total em 2017 (21,3% em 2016),
registaram um crescimento em valor de +31,3%, contribuindo com +6,7 p.p. para a
taxa de crescimento global.
Os dez principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (26,5%), a França (12,6%), a Alemanha (11,5%), o Reino Unido (7,0%), os EUA (5,0%), os Países Baixos (3,9%), a Itália (3,4%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,6%), Marrocos (1,6%) e a China (1,5%), conjunto de países que absorveu 78,8% das nossas exportações.
Entre os trinta principais destinos,
os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’
das exportações (+13,8%), couberam a Espanha (+3,8 p.p.), EUA (+1,7 p.p.), Angola
(+1,2 p.p.), China e França (+0,8 p.p. cada), Alemanha e Reino Unido (+0,7 p.p.
cada), Marrocos (+0,5 p.p.) e Brasil e Itália (+0,4 p.p. cada).
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Angola,
o segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois
dos EUA, envolta numa crise financeira na sequência da descida do preço do
petróleo, a sua principal fonte de receita, que vinha apresentando sucessivos
decréscimos, em termos homólogos, nas exportações da quase totalidade dos onze
grupos de produtos considerados, registou no período em análise taxas de
variação homóloga negativas em apenas dois desses grupos de produtos,
designadamente na área do material de transporte terrestre e das aeronaves.
>Os maiores acréscimos no valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificaram-se em Espanha, seguida a grande distância pela França, Alemanha, Reino Unido, Itália, Roménia, Provisões de Bordo, Finlândia e Luxemburgo, tendo o maior decréscimo incidido na Irlanda, seguida da Áustria e da Bulgária.
Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para os EUA, Angola, China, Gibraltar, Marrocos, Brasil, Gabão, Provisões de Bordo, Arábia Saudita e México.
Entre os maiores decréscimos figuram a Argélia, o Canadá, Moçambique e Ghana.
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3.2 - Importações
No período de Janeiro a Fevereiro de 2017, as importações com origem na UE (chegadas), que representaram 75,4% do total (78,6% em 2016), contribuíram com +8,3 p.p., para uma taxa de crescimento global de +15,4%.
As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +33,1%, representando 24,6% do total (21,4% em 2016), com um contributo para o crescimento de +7,1 p.p..
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Os principais mercados de origem das importações nos dois primeiros meses do ano foram a Espanha (31,2%), a Alemanha (13,8%) e a França (7,8%). Seguiram-se os Países Baixos (5,3%), a Itália (5,0%), a Federação Russa (3,5%), o Reino Unido (3,0%), a China (2,9%), a Bélgica (2,7%) e os EUA (1,6%), conjunto de países que representou 76,8% das nossas importações totais.
Os principais mercados de origem das importações nos dois primeiros meses do ano foram a Espanha (31,2%), a Alemanha (13,8%) e a França (7,8%). Seguiram-se os Países Baixos (5,3%), a Itália (5,0%), a Federação Russa (3,5%), o Reino Unido (3,0%), a China (2,9%), a Bélgica (2,7%) e os EUA (1,6%), conjunto de países que representou 76,8% das nossas importações totais.
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Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações destacam-se a Federação Russa (+3,90 p.p.), a Espanha (+3,16 p.p.) e a Alemanha (+2,18 p.p.). Seguiram-se os dos Países Baixos (+1,16 p.p.), a França (+0,69 p.p.), o Cazaquistão (+0,49 p.p.), o Azerbaijão (+0,38 p.p.), a Turquia (+0,36 p.p.), a Arábia Saudita (+0,32 p.p.) e a Itália (+0,31 p.p.).
Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-0,31 p.p.), à Irlanda (-0,27 p.p.), à China (-0,23 p.p.) e à Argélia (-0,15 p.p.), seguidos com menos de 0,1 p.p. pelo Brasil, República Checa, Colômbia e Suíça.
Nas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.
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4 - Saldos da Balança Comercial
No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (fob-cif) coube ao Reino Unido (+305 milhões de Euros), seguido da França (+293 milhões), dos EUA (+274 milhões), de Angola (+220 milhões) e de Marrocos (+119 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-946 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑439 milhões), da Rússia (‑343 milhões), da Itália (‑227 milhões) e dos Países Baixos (-217 milhões de Euros).
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5 - Evolução das Exportações e das Importações
por grupos de produtos
5.1 - Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2) em uso na União Europeia (coincidentes com o Sistema Harmonizado – SH / HS) foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).
No período em análise os grupos com maior peso nas exportações portuguesas de mercadorias, representando 60,3% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total, com uma taxa de variação homóloga de +15,8%), “Químicos” (12,6% e TVH +10,5%), “Agro-alimentares” (11,8% e TVH +15,6%) “Material de transporte terrestre e partes” (10,5% e TVH +6,7%) e “Têxteis e vestuário” (10,0% e TVH +2,4%).
Os maiores acréscimos, em Euros, ocorreram nos grupos “Energéticos” (+303 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+184 milhões), “Minérios e metais” (+169 milhões), “Agro-alimentares” (+140 milhões) e “Químicos” (+105 milhões de Euros).
5.2 - Importações
No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações portuguesas de mercadorias, representando 73,5% do total, foram “Químicos” (16,6% do total, com taxa de variação homóloga em valor de 6,6%), “Máquinas, aparelhos e partes” (16,3%, TVH +16,5%), “Agro-alimentares” (14,1% e TVH +5,0%), “Material de transporte terrestre e partes” (13,3% e TVH +19,2%) e “Energéticos” (13,2% e +82,3%).
Os maiores acréscimos, em Euros, couberam aos grupos “Energéticos” (+626 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+242 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+225 milhões), “Minérios e metais” (+124 milhões) e “Químicos (+108 milhões de Euros).
6 - Mercados por grupos de produtos
6.1 - Exportações
Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou no período de Janeiro a Fevereiro de 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 26,5% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição).
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6.1 - Exportações
Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou no período de Janeiro a Fevereiro de 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 26,5% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição).
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Seguiram-se no “ranking” a França (12,6%), a Alemanha (11,5%) e o Reino UInido (7,0%). Com quotas inferiores, os EUA (5,0%), os Países Baixos (3,9%) a Itália (3,4%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,6%) e Marrocos (1,6%). Estes dez países cobriram 77,4% das exportações totais.
6.2 - Importações
Nesta vertente do comércio
internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar também em oito dos onze grupos
de produtos, com 31,2% do total, sendo as excepções os grupos “Energéticos”, em 2º lugar, depois da
Rúsia, “Material de transporte terrestre
e partes”, 2ª posição, depois da Alemanha, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 4º lugar,
antecedida do Brasil, EUA e França.
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Seguiram-se a Alemanha (13,8%), a França (7,8%), os Países Baixos (5,3%), a Itália (5,0%), a Rússia (3,5%), o Reino Unido (3,0%), a China (2,9%), a Bélgica (2,7%) e os EUA (1,6%). Estes dez países cobriram 76,8% das importações totais.
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