domingo, 28 de janeiro de 2018

Comércio Externo da Guiné-Bissau e com Portugal (2012-2016 e Jan-Nov 2016-2017)


Comércio Externo da Guiné-Bissau
(2012-2016)
Comércio com Portugal
(2012-2016 e Jan-Nov 2016-2017)

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1 – Nota introdutória


Não tendo sido possível dispor de dados estatísticos relativos ao passado recente do comércio internacional de mercadorias da Guiné-Bissau com origem em fontes  nacionais, foram neste trabalho utilizados dados de base do “International Trade Centre” (ITC), no caso dos produtos transaccionados entre 2012 e 2016, e de fonte “UNCTAD”, estes constantes de publicação de um organismo do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, no caso dos mercados de origem e de destino das mercadorias em 2015, em ambos os casos construídos a partir de informação fornecida pelos parceiros comerciais do país (mirror statistics).
Segue-se uma análise da evolução do comércio de Portugal com a Guiné-Bissau entre 2012 e 2016 e no período de Janeiro a Novembro de 2016 e 2017, a partir de dados estatísticos de base do Instituto Nacional de Estatística português (INE).
2 - Alguns dados sobre o comércio externo
      da Guiné-Bissau

2.1 – Balança Comercial


A balança comercial da Guiné-Bissau é deficitária, tendo-se aproximado a taxa de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações de um equilíbrio em 2013 (93,6%) e em 2015 (96,4%), para se situar em 79,1% em 2016, de acordo com os dados disponíveis. Em 2016, as importações terão crescido em valor +19,5% face ao ano anterior e as exportações decrescido -2,0%, com o défice a atingir -67 milhões de Euros.
2.2 – Exportações e importações de mercadorias
As principais exportações da Guiné-Bissau assentam em produtos agrícolas, essencialmente castanha de cajú (de que é um dos maiores produtores e exportadores mundiais), mas também peixe congelado, tendo o grupo de produtos “Agro-alimentares” representado mais de 95% das exportações totais em 2016, de acordo com os dados disponíveis (ver a definição do conteúdo dos grupos de produtos em quadro anexo).
O segundo grupo com maior peso em 2016 foi o dos “Minérios e metais” (4,1%), essencialmente ouro e minérios de alumínio.
Entre 2012 e 2015 destacaram-se também as exportações do grupo “Madeira, cortiça e papel”, essencialmente constituídas por madeira em bruto, que registaram uma quebra acentuada em 2016.

As importações, muito diversificadas, encontram a sua maior expressão também no grupo “Agro-alimentares (41,3% do total em 2016), principalmente cereais, bebidas alcoólicas, gorduras e óleos, leite e lacticínios, açúcar, café, chá e especiarias, farinhas, preparações e conservas de carne, peixe, crustáceos e moluscos, carnes e tabaco manufacturado, entre outros.
Seguiu-se o grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (10,8%), destacando-se aqui as importações de máquinas e aparelhos eléctricos, como grupos electrogéneos com motor de pistão ou a diesel de potência >375 KVA, , aparelhos para recepção, emissão, conversão ou transformação de voz, imagens ou outros dados, televisores a cores, telefones para redes celulares e outras sem fio, pilhas e baterias de óxido de mercúrio, e máquinas e aparelhos mecânicos, como aparelhos de ar-condicionado, refrigeradores-congeladores e suas partes, compressores de ar rebocáveis, partes de máquinas automáticas para tratamento de dados e congeladores horizontais, entre outros.
Seguiu-se o grupo “Energéticos” (10,1%), essencialmente constituído por produtos refinados do petróleo, como gasolina, gasóleo e fuel.

No grupo “Minérios e metais” (9,9%), destaque para as importações de ferro e aço e suas obras, cimentos Portland, alumínio e suas obras, obras diversas de metais comuns e ferramentas.
No grupo “Químicos” (8,5%) inserem-se principalmente as importações de plásticos, sabões e outras preparações de limpeza e velas, produtos farmacêuticos, tintas e vernizes, borracha e suas obras e produtos de perfumaria e cosmética.
No grupo “Material de transporte terreste e partes” (5,9%), destacam-se as importações de veículos para o transporte de mercadorias, travões e servo-freios, automóveis de passageiros, ciclomotores, motocicletas até 250 cm3 e veículos para tracção de pequenos atrelados.
Seguiu-se o grupo “Produtos acabados diversos” (5,7%), incluindo produtos muito diversificados, principalmente mobiliário, candeeiros e outros aparelhos de iluminação, produtos cerâmicos, mármore e granito trabalhados, telhas e ladrilhos, obras de asfalto em rolos, instrumentos e aparelhos de óptica, de medida ou de precisão, instrumentos médico-cirúrgicos, vidro e suas obras, entre outros.
No grupo “Têxteis e vestuário” (5,3% do total em 2016), salientaram-se as importações de artefactos têxteis confecionados, calçado e artefactos de uso semelhante, usados, de tecidos estampados de fios de filamentos artificiais, de linhas de fibras sintéticas para costurar, de fibras de nylon para fiação, de fios simples de fibras acrílicas não acondicionados para venda a retalho, e de vestuário e acessórios de malha, entre outros.
Por fim, com menor expressão, alinham-se os grupos “Madeira, cortiça e papel” (1,1%), “Calçado, peles e couros” (0,8%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,6%).
2.3 – Principais mercados de destino e de origem
Em 2015, o principal mercado de destino das exportações guineenses foi a Índia (81,6%), seguida do Vietname (12,9%), da China (7,2%) e do Togo (5,6%). Portugal foi o destino de apenas 0,1% das exportações guineenses.

No mesmo ano, o principal mercado de origem das importações foi Portugal (28,4% do total), seguido do Senegal (23,4%), da China (6,8%), Espanha (5,7%), Paquistão (4,5%), Índia (4,0%), Arábia Saudita (3,6%), Países Baixos (3,2%), França (2,9% e Turquia (1,9%).


3 – Trocas comerciais de Portugal com a Guiné-Bissau:
      2012-2016 e Janeiro-Novembro 2016-2017
Para as trocas comerciais de Portugal com a Guiné-Bissau vão agora ser utilizadas estatísticas do Instituto Nacional de Estatística de Portugal, com dados definitivos para os anos de 2012 a 2015, provisórios para 2016 e preliminares para o período de Janeiro a Novembro de 2017.
3.1 – Balança Comercial

A Balança Comercial com a Guiné-Bissau é fortemente favorável a Portugal, com um elevadíssimo grau de cobertura das importações pelas exportações.
No período de Janeiro a Novembro de 2017 as importações, num montante de apenas 261 mil Euros, cresceram +10,8% face ao período homólogo do ano anterior e as exportações +14,8%, com um saldo positivo da Balança Comercial de 83,7 milhões de Euros, +14,8% face ao ano precedente.
3.2 – Importações
O grupo de produtos com maior peso no total das importações ao longo dos últimos anos tem sido o dos “Minérios e metais”, mas no período em análise de 2017 assistiu-se a um reforço substancial do grupo dos produtos “Agro-alimentares”, que atingiu 84,6% do total, contra 13,3% do primeiro.
As importações de produtos agrícolas incidiram principalmente na castanha de cajú, seguida de sucos e extratos vegetais. Os minérios reportam-se essencialmente a desperdícios e resíduos de ferro.

3.3 – Exportações
O grupo de produtos dominante nas exportações portuguesas para a Guiné-Bissau nos primeiros onze meses de 2017 foi o dos “Energéticos” (41,7% do total), principalmente gasóleo, gasolina e jet-fuel, mas também óleos diversos.

Seguiu-se o grupo “Agro-alimentares” (26,4%), com destaque para a cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas, leite e lacticínios, gorduras e óleos, carnes e miudezas comestíveis, preparações à base de cereais e preparações de frutas e de produtos hortícolas.
Do grupo “Minérios e metais” (8,5%), foram exportados principalmente cimentos hidráulicos, ferro, aço, alumínio e suas obras, obras diversas de metais comuns e ferramentas.
O grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (8,2% do total), inclui produtos muito diversificados. Destacam-se as bombas de ar e compressores, as máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades, as bombas para líquidos, os refrigeradores e congeladores, os “bulldozers” e outras máquinas para obras públicas, as máquinas e aparelhos de uso agrícola, as máquinas de impressão, as máquinas-ferramentas para trabalhar pedra, produtos cerâmicos ou vidro, as torneiras e válvulas e os aparelhos de ar-condicionado. Entre os dispositivos eléctricos predominaram os grupos electrogéneos e conversores rotativos, os fios e cabos, os transformadores, os motores e geradores, os emissores de rádio e TV, os díodos e outros semi-condutores, os aparelhos para interrupção, seccionamento e protecção, os aparelhos de sinalização, os quadros eléctricos e cabinas e os telefones.
No grupo “Produtos acabados diversos” (5,7%), destaca-se o mobiliário, os produtos cerâmicos, o mármore, granito e suas obras, elementos pré-fabricados para construção, ladrilhos e pedra de cantaria ou construção, blocos e tijolos.
As exportações do grupo “Químicos” (4,5%) centraram-se nos plásticos, produtos farmacêuticos, tintas e vernizes, adubos, sabões, ceras e velas, produtos de perfumaria e cosmética e borracha e suas obras.
No grupo “Material de transporte terrestre e partes” (3,2% do total), as principais exportações incidiram nos veículos para o transporte de mercadorias, automóveis de passageiros, partes e peças de veículos, reboques e tractores.
● Os restantes grupos de produtos têm peso pouco significativo: “Madeira, cortiça e papel” (1,0%), “Têxteis e vestuário” (0,7%), “Calçado, peles e couros” (0,1%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,01%).

     27 de Janeiro de 2018.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Comércio Externo de S.Tomé e Pr. e com Portugal (2012-2016 e Jan-Nov 2016-2017)


Comércio Externo de S.Tomé e Príncipe
(2013-2016 e Jan-Out 2016-2017)
Comércio com Portugal
(2012-2016 e Jan-Nov 2016-2017)

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1 – Nota introdutória
Neste trabalho é feita uma breve análise do comércio externo de mercadorias de São Tomé e Príncipe nos anos de 2013 a 2016 e período de Janeiro a Outubro de 2016 e 2017, com base em dados estatísticos divulgados pelo Banco Central do País, reproduzindo dados do Instituto Nacional de Estatística local. Estes dados, que se encontram expressos em dólares (US$) foram, para cada um dos períodos considerados, convertidos a Euros à taxa média de câmbio em uso na União Europeia.
Segue-se uma análise da evolução do comércio internacional de Portugal com este país entre 2012 e 2016 e no período de Janeiro a Novembro de 2016 e 2017.
2 - Alguns dados sobre o comércio externo
      de São Tomé e Príncipe
2.1 – Balança Comercial


A balança comercial de São Tomé e Príncipe é deficitária, com um baixíssimo grau de cobertura (Fob/Fob) das importações pelas exportações.
Em 2016, as importações praticamente que estabilizaram face ao ano anterior (+0,4%), com as exportações a crescerem +15,1%. Nos primeiros dez meses de 2017 as importações aumentaram +11,1% e as exportações +2,8%, com o défice a crescer +11,9%.

2.2 – Exportações e importações de mercadorias
Não foi possível reunir informação, com fonte em São Tomé e Príncipe, sobre as importações e exportações de mercadorias desagregadas por posições da nomenclatura do Sistema Harmonizado. Estatísticas disponíveis noutras fontes, como por exemplo o International Trade Centre (ITC), divergem consideravelmente das estatísticas nacionais, pelo que são estas últimas as aqui utilizadas.
Também as estatísticas portuguesas (INE-PT) relativas ao nosso comércio com São Tomé e Príncipe divergem das do Banco Central, em particular as referentes às nossas exportações com este destino.

As principais exportações de São Tomé e Príncipe assentam em produtos agrícolas, essencialmente cacau, mas também coco, chocolate, pimenta e algum café.

As importações dominantes incidem em bens de equipamento, seguidas das de géneros alimentícios e de gasóleo. Alinham-se depois os materiais de construção, as bebidas, os bens relacionados com meios de transporte, a gasolina e outros produtos petrolíferos, o vestuário e o calçado, os produtos do ferro, alumínio e outros metais, e o mobiliário. Com menor expressão seguem-se o álcool, éter e derivados, os medicamentos, as lãs, fibras e algodão, o papel e cartão e os livros.

2.3 – Principais mercados de destino e de origem

Os principais mercados de destino das exportações santomenses no passado recente foram os Países Baixos, a Espanha, a França e a Bélgica, oscilando Portugal entre a 5ª e a 6ª posição. Entre os restantes mercados destaca-se Angola, os EUA, a Nigéria, o Gabão e a África do Sul.
De acordo com as estatísticas do Banco Central, Portugal ocupa a primeira posição entre os fornecedores de mercadorias a São Tomé Príncipe, a grande distância dos restantes, com mais de 50% do total no último quinquénio. O segundo fornecedor é Angola, com 23% do total nos primeiros dez meses de 2017, seguida da China, Nigéria, França, EUA, Espanha, Gabão, Dinamarca, Países Baixos e Brasil, entre outros mercados com menor peso.

3 – Trocas comerciais de Portugal com São Tomé e Príncipe:
      2012-2016 e Janeiro-Novembro 2016-2017
Para as trocas comerciais de Portugal com São Tomé e Príncipe vão agora ser utilizadas estatísticas do Instituto Nacional de Estatística de Portugal, com dados definitivos para os anos de 2012 a 2015, provisórios para 2016 e preliminares para o período de Janeiro a Novembro de 2017.
3.1 – Balança Comercial
Com baixos níveis de importação, é muito elevado o grau de cobertura das importações pelas exportações (Fob/Cif). No período de Janeiro a Novembro de 2017, as importações registaram um acréscimo de +27,7% face a igual período do ano anterior, rondando os 400 mil Euros, e as exportações uma quebra de -12,2%, situando-se em cerca de 53 milhões de Euros.

3.2 – Importações
As principais importações portuguesas a partir de São Tomé e Príncipe, desde 2014, incidiram no grupo “Minérios e metais”, constituídas designadamente por desperdícios e resíduos de metais, com predominância dos de ferro, mas também de cobre e de alumínio.
Seguiu-se o grupo “Agro-alimentares”, com destaque para o cacau e suas preparações, e algum café, chá e especiarias.
Os restantes grupos de produtos têm um comportamento pontual, com maior ou menor significado ao longo dos anos. 


3.3 – Exportações
O grupo dominante nas exportações de Portugal para São Tomé e Príncipe é o dos produtos “Agro-alimentares”, que nos primeiros onze meses de 2017 pesou 41,7% do total. Destacaram-se aqui as bebidas alcoólicas, os produtos da indústria da moagem, como farinha de trigo ou de trigo com centeio e outras, grumos, sémolas e “pellets” de cereais, as gorduras e óleos, o leite e lacticínios, os cereais e produtos de pastelaria, as carnes, os produtos hortícolas, os alimentos preparados para animais, as preparações de produtos hortícolas e frutas, as preparações de carne, peixe e crustáceos, como enchidos de carne e conservas de carne, peixe e crustáceos, entre outros.
● No mesmo período seguiu-se o grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4%), que inclui produtos muito diversificados, destacando-se entre as máquinas e aparelhos mecânicos os computadores e suas unidades, os aparelhos de ar condicionado, os aparelhos de impressão, os refrigeradores e congeladores, as torneiras e válvulas, as bombas para líquidos, os centrifugadores, os “bulldozers”, niveladoras e escavadoras, os motores de pistão, a diesel e suas partes, e as máquinas de lavar roupa. Entre as máquinas e aparelhos eléctricos sobressairam os telefones, os fios e cabos eléctricos, os aparelhos de interrupção, seccionamento e protecção, os monitores (excepto de televisão) e projectores, os quadros eléctricos e cabinas, os acumuladores, os aquecedores de água, os motores e geradores, os transformadores, os grupos electrogéneos e conversores rotativos e os discos, fitas e dispositivos de armazenamento de dados.

Seguiu-se o grupo “Químicos” (11,9%), com destaque para os sabões e produtos tensoactivos de limpeza, preparações lubrificantes várias, velas e semelhantes, ceras e pomadas para calçado, plásticos, borracha e suas obras, tintas e vernizes, produtos farmacêuticos, produtos de perfumaria e cosmética, entre outros.
● No grupo “Produtos acabados diversos” (10,5%) são de referir os móveis e aparelhos de iluminação, os produtos cerâmicos, os instrumentos e aparelhos de precisão, como de óptica, de fotografia, de medida ou médico-cirúrgicos, o vidro e suas obras, as obras de pedra, de amianto e semelhantes, e os brinquedos e jogos.
● Os principais produtos exportados do grupo “Minérios e metais” (8,7% do total), foram o ferro fundido, ferro ou aço e suas obras, o cimento, o sal e cloreto de sódio puro, o alumínio e suas obras, obras diversas de metais comuns, como ferramentas, artefactos de cutelaria e talheres, e o cobre e suas obras.
Os restantes grupos de produtos tiveram menor expressão no período em análise: “Material de transporte terrestre e partes” (3,5%), “Madeira, cortiça e papel” (3,4%), “Têxteis e vestuário” (2,8%), “Energéticos” (1,4%), “Calçado, peles e couros” (0,7%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,1%).

          20 de Janeiro de 2018.


sábado, 13 de janeiro de 2018

Série mensal-Nov 2017-Comércio Internacional

Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado Janeiro-Novembro 2017 

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1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 9 de Janeiro de 2017, no período de Janeiro a Novembro de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +11,0% face ao mesmo período do ano anterior (+5073 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +13,8% (+7704 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +9,1% (+3168 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresciam +16,9% (+1904 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +11,1% (+4814 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +23,6% (+2891 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +26,9%, ao situar-se em -12419 milhões de Euros (um acréscimo de 2631 milhões, cabendo 1646 milhões ao comércio intracomunitário e 987 milhões ao extracomunitário). Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações nos onze primeiros meses do ano desceu de 82,4%, em 2016, para 80,4%, em 2017.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos. O valor médio unitário de importação do petróleo, que nos onze primeiros meses de 2016 se situou em 276 Euros/Ton, subiu para 349 Euros/Ton no mesmo período de 2017.


Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,5% e 7,0% do total no período de Janeiro-Novembro de 2017), o grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações dos restantes produtos passa, em 2017, de 80,4% para 84,5%, com o aumento do défice, em termos homólogos, a descer de +26,9% para +21,4%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações

No período acumulado de Janeiro a Novembro de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,2% do total (75,5% em 2016), cresceram em valor +9,1%, contribuindo com +6,9 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +11,0%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,8% do total em 2017 (24,5% em 2016), registaram um crescimento em valor de +16,9%, contribuindo com +4,1 p.p. para a taxa de crescimento global. 

Os principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,2%), a França (12,5%), a Alemanha (11,5%), o Reino Unido (6,7%), os EUA (5,2%), os Países Baixos (4,0%), a Itália (3,5%), Angola (3,3%), a Bélgica (2,3%), o Brasil (1,7%) e a China (1,5%), países que no seu conjunto absorveram 77,4% das nossas exportações.
Angola, o segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos EUA, que vinha apresentando no passado recente sucessivos decréscimos em termos homólogos nas exportações da quase totalidade dos onze grupos de produtos considerados, registou nos onze primeiros meses do ano um aumento global de +25,2%, com decréscimos em três dos grupos, designadamente “Energéticos” (-11,4%), “Madeira, cortiça e papel” (-4,5%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (-73,1%), principalmente barcos de pesca e outras embarcações para o tratamento de produtos da pesca.

Entre os trinta principais países de destino, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+11,0%), couberam a Espanha (+2.0 p.p.), França (+1,2 p.p.), Alemanha e EUA (+0,9 p.p. cada), Brasil (+0,8 p.p.), Angola e Países Baixos (+0,7 p.p. cada), e Itália e Provisões de bordo (+0,4 p.p. cada). O maior contributo negativo coube à Argélia (-0,3 p.p.), seguida de Moçambique (-0,1 p.p.).

O maior acréscimo no valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguida da França, da Alemanha, dos Países Baixos, da Itália, das Provisões de Bordo e do Reino Unido. Com menor expressão alinharam-se depois a Polónia, a Áustria, a Eslováquia, a Bélgica, a República Checa e a Eslovénia. O maior decréscimo coube à Irlanda.

Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para os EUA, Brasil e Angola, seguidos da China, Taiwan, Provisões de bordo, Uruguai, Gibraltar, Líbano e Suíça.
Os maiores decréscimos couberam à Argélia, seguida da Venezuela, Moçambique, Líbia, Djibuti e Turquia.

3.2 - Importações
No período de Janeiro a Novembro de 2017, as importações com origem na UE (chegadas), que representaram 76,2% do total (78,0% em 2016), contribuíram com +8,6 p.p., para uma taxa de crescimento global de +13,8%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +23,6%, representando 23,8% do total (22,0% no período homólogo de 2016), com um contributo para o crescimento de +5,2 p.p..

Os principais mercados de origem das importações nos onze primeiros meses do ano foram a Espanha (31,8%), a Alemanha (13,7%) e a França (7,5%). Seguiram-se a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,3%), a China (3,0%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,7%), a Federação Russa (2,4%), o Brasil (1,8%) e os EUA (1,4%), países que representaram no seu conjunto 77,9% das nossas importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+13,8%) destacam-se a Espanha (+3,1 p.p.), a Alemanha (+2,2%), a Federação Russa e os Países Baixos (+1,0 p.p. cada). Seguiram-se a França e a Itália (+0,7 p.p. cada), o Azerbaijão e a China (0,4 p.p. cada), e a Arábia Saudita (0,3 p.p.).

Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-1,1 p.p.), seguida da Irlanda e da Argélia (-0,1 p.p. cada).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.



4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif) coube aos EUA (+1749 milhões de Euros), seguidos do Reino Unido (+1715 milhões), da França (+1662 milhões), de Angola (+1450 milhões) e de Marrocos (+520 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-7320 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑2862 milhões), da Itália (‑1678 milhões), dos Países Baixos (-1358 milhões) e da Rússia (‑1335 milhões de Euros).

5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2) em uso na União Europeia, foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).
Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias, representando 80,4% do total no período em análise de 2017, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,5% do total, com uma taxa de variação homóloga de +11,0%), “Químicos” (12,7% e TVH +8,5%), “Agro-alimentares” (12,4% e TVH +8,8%) “Material de transporte terrestre e partes” (11,1% e TVH +15,1%), “Minérios e metais” (9,7% e TVH +17,1%), “Têxteis e vestuário” (9,6% e TVH +4,7%), e “Produtos acabados diversos” (9,4% e TVH +11,0%).
Registaram-se acréscimos em valor, em termos homólogos, em todos os grupos de produtos. Os maiores, em Euros, ocorreram nos grupos “Energéticos” (+830 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+780 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+744 milhões), “Minérios e metais” (+725 milhões), “Agro-alimentares” (+512 milhões), “Químicos” (+508 milhões) e “Produtos acabados diversos” (+477 milhões).


5.2 – Importações
No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,4% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,0%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +15,9%) “Químicos” (16,2% do total e TVH de +8,4%), “Agro-alimentares” (15,3% e TVH de +9,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,4% e TVH de +13,0%) e “Energéticos” (11,5% e TVH de +35,7%).
Também nas importações se verificaram acréscimos em todos os grupos de produtos, sendo os mais significativos, medidos em Euros, os dos grupos “Energéticos” (+1928 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (+1485 milhões), “Minérios e metais” (+1012 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+902 milhões), “Agro-alimentares” (+862 milhões) e “Químicos” (+797 milhões de Euros). 


6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou nos primeiros onze meses de 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,2% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (6ª posição).

Seguiram-se no “ranking” a França (12,5%), a Alemanha (11,5%), o Reino Unido (6,7%), os EUA (5,2%), os Países Baixos (4,0%), a Itália (3,5%), Angola (3,3%), a Bélgica (2,3%) e Brasil (1,7%). Estes dez países cobriram 75,9% das exportações totais.
6.2 – Importações

Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove dos onze grupos de produtos, com 31,8% do total, sendo as excepções os grupos “Material de transporte terrestre e partes”, (2ª posição), depois da Alemanha, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 4º lugar, antecedida de Singapura, EUA e Brasil.
Seguiram-se a Alemanha (13,7%), a França (7,5%), a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,3%), a China (3,0%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,7%), a Rússia (2,4%) e o Brasil (1,8%). Estes dez países cobriram 76,5% das importações totais.



11 de Janeiro de 2018.


terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Comércio Externo de Angola 2015-2016 e Portugal-Angola 2000-2016 e Jan-Out 2017


Comércio Externo de Angola
(2015-2016)
Comércio Portugal-Angola
(2000-2016 e Jan-Out 2016-2017)

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1 – Nota introdutória
Neste trabalho é feita uma breve análise do comércio externo de mercadorias de Angola nos anos de 2015 e 2016, com base em dados estatísticos divulgados no "Anuário de Estatística de Comércio Externo-2016" editado pelo Instituto Nacional de Estatística de Angola.
Estes dados, que se encontram em moeda nacional angolana, o Kwanza (AKZ), foram convertidos a Euros, tendo-se utilizado, no cálculo do câmbio médio anual AKZ/EUR nos anos em análise, tabelas de câmbio médio mensal publicadas pelo Banco Nacional de Angola.
Segue-se uma análise da evolução do comércio internacional de mercadorias de Portugal com Angola entre 2000 e 2016 e no período de Janeiro a Outubro de 2017.
2 – Alguns dados sobre o comércio externo de Angola
A economia angolana debate-se com uma acentuada e prolongada descida do preço do petróleo no mercado internacional desde meados de 2014, produto que representa cerca de 1/3 do seu PIB e mais de 90% das exportações do país.
2.1 – Balança Comercial
Em 2016, face ao ano anterior, as importações terão decrescido -43,3% e as exportações -13,2%, quando medidas em Euros.
O saldo da balança comercial, fortemente positivo, terá aumentado +41,3%, com um elevado grau de cobertura das importações pelas exportações (237,3%). 

2.2 – Importações e exportações de mercadorias
Os Capítulos do Sistema Harmonizado de mercadorias (SH), coincidentes com os Capítulos da Nomenclatura Combinada em uso na União Europeia, foram aqui agregados em onze Grupos de Produtos (Ver conteúdo em quadro anexo).
Em 2016, face ao ano anterior, as importações, medidas em Euros, decresceram -43,3%, apresentando quebras em todos os grupos de produtos. As importações com maior peso no total incidiram nos grupos “Produtos acabados diversos” (25,2%), “Máquinas, aparelhos e partes” (24,7%), “Agro-alimentares” (15,7%), “Químicos” (11,2%) e “Minérios e metais” (10,3%).

A quota de Portugal nas importações angolanas, calculada a partir das exportações (Fob) de fonte INE de Portugal convertidas a (Cif), representaram 11,3% do total em 2015 e 14,2% em 2016 (13,1% e 14,9% se calculadas em Kwanzas).
Ao nível de grupos de produtos, as maiores quotas em 2016 couberam aos grupos “Madeira, cortiça e papel” (43,4%), “Calçado, peles e couros” (29,8%), “Agro-alimentares” (26,0%), “Químicos” (21,7%) e “Têxteis e vestuário” (19,0%).
Do quadro seguinte constam os grupos de produtos desagregados por conjuntos de capítulos (SH), todos eles com taxas de variação homóloga em valor negativas.



No mesmo período, as exportações decresceram -13,2% em valor em termos homólogos (-4 milhões de Euros), descida assente nas exportações do grupo “Energéticos”, que pesou 93,0% no total em 2016 (94,1% em 2015), essencialmente constituídas por petróleo bruto. O segundo grupo de produtos com maior peso, 4,1% em 2016 e 3,4% em 2015, foi “Minérios e metais”, onde se encontram incluídas as pedras e metais preciosos e o ferro e suas obras.No mesmo período, as exportações decresceram -13,2% em valor em termos homólogos (-4 milhões de Euros), descida assente nas exportações do grupo “Energéticos”, que pesou 93,0% no total em 2016 (94,1% em 2015), essencialmente constituídas por petróleo bruto. O segundo grupo de produtos com maior peso, 4,1% em 2016 e 3,4% em 2015, foi “Minérios e metais”, onde se encontram incluídas as pedras e metais preciosos e o ferro e suas obras.

2.3 – Principais mercados de origem e de destino

Em 2016 Portugal ocupou a primeira posição entre os fornecedores de mercadorias de Angola, com 14,9% do total das importações, ultrapassando a China (12,5%), que em 2015 fora o principal fornecedor.
Seguiram-se os EUA (10,8%), a África do Sul (5,3%), o Brasil (5,2%, a Bélgica (5,1%) e o Reino Unido (4,1%). Com menos de 4% do total, alinharam-se a Noruega, Singapura, a Malásia, a França, a Coreia do Sul, a Alemanha, a Índia, os Emiratos Árabes Unidos, a Tailândia, os Países Baixos, a Turquia e a Rússia.
Este conjunto de países representou 85,4% das importações totais.


As exportações angolanas em 2016, centradas no petróleo, tiveram por principal destino a China, com 45,5% do total, tendo Portugal ocupado a 9ª posição, com uma quota de 3,2%. Outros países de destino foram, por ordem decrescente do seu peso, a Índia, os EUA, a África do Sul, Taiwan, as Bahamas, os Emiratos Árabes, a França, o Canadá, a Espanha e os Países Baixos. No seu conjunto, estes países absorveram 85,2% das exportações.

3 – Trocas comerciais de Portugal com Angola
      entre 2000 e 2016
Para as trocas comerciais de Portugal com Angola vão agora ser utilizadas estatísticas do Instituto Nacional de Estatística de Portugal, com dados definitivos para os anos de 2000 a 2015 e provisórios para 2016.
3.1 – Balança Comercial
A balança comercial de mercadorias de Portugal com Angola é francamente favorável a Portugal, com um elevado grau de cobertura das importações pelas exportações. O saldo cresceu sucessivamente de 2000 a 2009, ano em que atingiu 2,1 mil milhões de Euros, para decrescer até 2013 (481 milhões de Euros). Após uma subida significativa em 2014, voltou a cair, para se situar em 692 milhões de Euros em 2016.

3.2 – Importações
As importações, centradas no petróleo, pouco expressivas entre 2000 e 2006, aparte uma quebra pontual em 2009 cresceram sustentadamente em valor até 2013, quando atingiram 2,6 mil milhões de Euros, para decaírem a partir de então, situando.se em 810 milhões de Euros em 2016.
O acréscimo em valor das importações verificado entre 2009 e 2013, ficou a dever-se a um aumento da quantidade importada, em conjugação com um acréscimo do seu preço até 2012. Em 2014, face ao ano anterior, ocorreu uma descida significativa em volume, a que se sobrepôs um decréscimo do preço até 2016.


3.3 – Exportações
As exportações cresceram sucessivamente entre 2000 e 2008, decaindo ligeiramente nos dois anos seguintes no decorrer do impacto da crise que abalou o mundo, para voltarem a crescer até 2014, ano em que atingiram 3,2 mil milhões de Euros, decaindo depois significativamente até 2016.


Nas figuras seguintes pode observar-se o ritmo de variação nominal anual das exportações em cada um dos grupos de produtos considerados, encontrando-se patente na generalidade dos grupos, o seu contributo para a quebra no crescimento global nos anos de 2009 e 2010, e a descida verificada nos dois últimos anos.
O único grupo em que se registou um crescimento em valor em 2016 foi o dos produtos “Energéticos”, constituídos principalmente por óleos para motores, mas também por líquidos para transmissões hidráulicas, óleos para engrenagens e “Jet-fuel”. 


4 – Trocas comerciais de Portugal com Angola no período
      Janeiro-Outubro 2016-2017
Os dados de base do Instituto Nacional de Estatística de Portugal utilizados na análise da evolução do comércio externo com Angola nos primeiros dez meses de 2017, face ao mesmo período do ano anterior, correspondem a uma versão provisória, para 2016, e preliminar para 2017.
4.1 – Balança Comercial
O saldo da Balança comercial de Portugal com Angola nos primeiros dez meses de 2017 registou um forte crescimento (+102,9%), na sequência de uma acentuada quebra das importações (-70,1%), a par de um crescimento das exportações (+32,8%), tendo o grau de cobertura das importações pelas exportações subido de 156,7%, em 2016, para 696,5%, em 2017.

4.2 – Importações
As importações assentam, em sua grande parte, no grupo dos produtos “Energéticos”, que representou 97,1% do total no período em análise de 2016 e 90,8% em 2017. Registaram uma acentuada descida em valor em 2017 (-72,1%), que se ficou a dever essencialmente a uma redução da quantidade de petróleo bruto importada (‑78,4%), apesar de um aumento do preço de importação (+31,0%), e também ao facto de não ter sido importado em 2017 propano liquefeito, que em 2016 atingira um valor de 10,9 milhões de Euros.

A grande distância, seguiram-se os grupos “Agro-alimentares” (3,1% do total em 2017), constituído principalmente por alimentos preparados para animais, peixe e café, “Máquinas, aparelhos e partes” (2,8%), com destaque para as máquinas e aparelhos para obras públicas, “Madeira, cortiça e papel” (1,9%), principalmente madeira serrada e em bruto, e “Minérios e metais” (0,6%), como ferro, alumínio, e suas obras.
4.3 – Exportações
Nas exportações destacam-se os grupos “Agro-alimentares” (25,8% em 2017), “Máquinas, aparelhos e partes” (24,8%), Químicos” (18,3%), “Produtos acabados diversos” (10,8%) e “Minérios e metais” (9,3%), que representaram no seu conjunto 87,2% do total em 2016 e 89,0% em 2017.
No âmbito do grupo “Agro-alimentares” sobressaíram as exportações de vinhos e bebidas alcoólicas, de leite e lacticínios, de carnes, de crustáceos e algum peixe congelado, entre outros, como gorduras e óleos, enchidos, conservas de carne e de peixe, crustáceos e moluscos, preparações à base de cereais, e preparações de produtos hortícolas e frutas.
O grupo “Máquinas, aparelhos e partes” inclui máquinas e aparelhos mecânicos e elétricos, muito diversificados, em partes praticamente iguais, com destaque para os quadros eléctricos, aparelhos telefónicos, máquinas automáticas para processamento de dados e suas unidades, fios e cabos eléctricos, refrigeradores e congeladores, grupos electrogéneos e conversores rotativos, transformadores eléctricos, aparelhos para interrupção, seccionamento e protecção de circuitos eléctricos, máquinas e aparelhos de elevação e para obras públicas, centrifugadores e aparelhos para filtrar ou depurar líquidos e gases, aparelhos de ar condicionado, bombas para líquidos, máquinas de lavar louça, limpar, secar, encher, fechar, rolhar garrafas, para empacotar mercadorias e para gaseificar bebidas, monitores, projectores e televisores, torneiras e válvulas, motores e geradores (excepto grupos electrogéneos), conjunto de máquinas e aparelhos que representaram mais de 60% das exportações deste grupo de produtos em ambos os períodos.


No grupo “Químicos” destacam-se os plásticos e suas obras, os produtos farmacêuticos, a borracha e suas obras, os sabões e preparações para lavagem. os produtos de perfumaria e de cosmética, os extratos tanantes, tintas e vernizes, e os adubos.
No grupo “Produtos acabados diversos” encontram-se incluídos produtos muito diversificados, principalmente móveis, mobiliário médico-cirúrgico, colchões, almofadas, candeeiros e outros aparelhos de iluminação, anúncios, tabuletas e placas indicadoras, luminosos, construções pré-fabricadas, Instrumentos e aparelhos de óptica, fotografia ou cinematografia, de medida, de controlo ou de precisão, instrumentos e aparelhos médico-cirúrgicos, produtos cerâmicos, vidro e suas obras, obras de pedra e matérias semelhantes, artigos de relojoaria, brinquedos e jogos.
No grupo “Minérios e metais” assumem maior relevância os metais, e dentre estes o ferro fundido, ferro ou aço e suas obras, o alumínio e suas obras, as ferramentas, artefactos de cutelaria, talheres e outras obras em metais comuns.
No quadro seguinte pode observar-se os grupos de produtos desagregados por Capítulos e conjuntos de Capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2/SH-2), cujo conteúdo se encontra definido em tabela anexa.