Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado Janeiro-Novembro 2017
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1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística
(INE), com última actualização em 9 de Janeiro de 2017, no período de Janeiro a
Novembro de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +11,0% face
ao mesmo período do ano anterior (+5073 milhões de Euros), a par de um acréscimo
das importações de +13,8% (+7704 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento
de +9,1% (+3168 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os
países terceiros cresciam +16,9% (+1904 milhões de Euros). Por sua vez, as
importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas)
aumentaram +11,1% (+4814 milhões de Euros), com as importações originárias dos
países terceiros a crescerem +23,6% (+2891 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou
+26,9%, ao situar-se em -12419 milhões de Euros (um acréscimo de 2631 milhões, cabendo
1646 milhões ao comércio intracomunitário e 987 milhões ao extracomunitário).
Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas
exportações nos onze primeiros meses do ano desceu de 82,4%, em 2016, para 80,4%,
em 2017.
A variação do preço de importação do petróleo repercute-se
também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos. O
valor médio unitário de importação do petróleo, que nos onze primeiros meses de
2016 se situou em 276 Euros/Ton, subiu para 349 Euros/Ton no mesmo período de
2017.
Para além da variação da cotação internacional do barril
de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também
um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.
Se
excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,5% e
7,0% do total no período de Janeiro-Novembro de 2017), o grau de cobertura
(Fob-Cif) das importações pelas exportações dos restantes produtos passa, em
2017, de 80,4% para 84,5%, com o aumento do défice, em termos homólogos, a
descer de +26,9% para +21,4%.
2 – Evolução mensal
3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período acumulado de Janeiro a Novembro de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,2% do total (75,5% em 2016), cresceram em valor +9,1%, contribuindo com +6,9 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +11,0%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,8% do total em 2017 (24,5% em 2016), registaram um crescimento em valor de +16,9%, contribuindo com +4,1 p.p. para a taxa de crescimento global.
No período acumulado de Janeiro a Novembro de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 74,2% do total (75,5% em 2016), cresceram em valor +9,1%, contribuindo com +6,9 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +11,0%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,8% do total em 2017 (24,5% em 2016), registaram um crescimento em valor de +16,9%, contribuindo com +4,1 p.p. para a taxa de crescimento global.
Os
principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,2%),
a França (12,5%), a Alemanha (11,5%), o Reino Unido (6,7%), os EUA (5,2%), os
Países Baixos (4,0%), a Itália (3,5%), Angola (3,3%), a Bélgica (2,3%), o
Brasil (1,7%) e a China (1,5%), países
que no seu conjunto absorveram 77,4% das nossas exportações.
Angola, o
segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos
EUA, que vinha apresentando no passado recente sucessivos decréscimos em termos
homólogos nas exportações da quase totalidade dos onze grupos de produtos
considerados, registou nos onze primeiros meses do ano um aumento global de +25,2%,
com decréscimos em três dos grupos, designadamente “Energéticos” (-11,4%), “Madeira,
cortiça e papel” (-4,5%) e “Aeronaves,
embarcações e partes” (-73,1%), principalmente barcos de pesca e outras
embarcações para o tratamento de produtos da pesca.
Entre os
trinta principais países de destino, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período
em análise (+11,0%), couberam a Espanha (+2.0 p.p.), França (+1,2 p.p.), Alemanha
e EUA (+0,9 p.p. cada), Brasil (+0,8 p.p.), Angola e Países Baixos (+0,7 p.p.
cada), e Itália e Provisões de bordo (+0,4 p.p. cada). O maior contributo
negativo coube à Argélia (-0,3 p.p.), seguida de Moçambique (-0,1 p.p.).
O maior acréscimo no valor das
exportações para o espaço comunitário
(expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguida da França, da
Alemanha, dos Países Baixos, da Itália, das Provisões de Bordo e do Reino Unido.
Com menor expressão alinharam-se depois a Polónia, a Áustria, a Eslováquia, a Bélgica, a República Checa e a Eslovénia. O maior
decréscimo coube à Irlanda.
Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas
exportações para os EUA, Brasil e Angola, seguidos da China, Taiwan, Provisões
de bordo, Uruguai, Gibraltar, Líbano e Suíça.
Os maiores decréscimos couberam
à Argélia, seguida da Venezuela, Moçambique, Líbia, Djibuti e Turquia.
3.2 - Importações
No
período de Janeiro a Novembro de 2017, as importações
com origem na UE (chegadas), que representaram 76,2% do total (78,0% em 2016), contribuíram
com +8,6 p.p., para uma taxa de crescimento global de
+13,8%.
As importações com origem no espaço
extracomunitário registaram um acréscimo de +23,6%, representando 23,8% do total
(22,0% no período homólogo de 2016), com um contributo para o crescimento de +5,2
p.p..
Os principais
mercados de origem das importações nos onze primeiros meses do ano foram a
Espanha (31,8%), a Alemanha (13,7%) e a França (7,5%). Seguiram-se a Itália (5,5%),
os Países Baixos (5,3%), a China (3,0%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido
(2,7%), a Federação Russa (2,4%), o Brasil (1,8%) e os EUA (1,4%), países que representaram no
seu conjunto 77,9% das nossas importações totais.
Entre os maiores
contributos positivos para o crescimento das importações (+13,8%) destacam-se a
Espanha (+3,1 p.p.), a Alemanha (+2,2%), a Federação Russa e os Países Baixos
(+1,0 p.p. cada). Seguiram-se a França e a Itália (+0,7 p.p. cada), o
Azerbaijão e a China (0,4 p.p. cada), e a Arábia Saudita (0,3 p.p.).
Por sua
vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-1,1 p.p.), seguida da
Irlanda e da Argélia (-0,1 p.p. cada).
Nas duas
figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das
importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.
4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif)
coube aos EUA (+1749 milhões de Euros), seguidos do Reino Unido (+1715
milhões), da França (+1662 milhões), de Angola (+1450
milhões) e de Marrocos (+520 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-7320
milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑2862 milhões), da Itália (‑1678
milhões), dos Países Baixos (-1358 milhões) e da Rússia (‑1335 milhões de Euros).
5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os
capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2) em uso na União Europeia, foram
aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver
Anexo).
Os grupos
com maior peso nas exportações de
mercadorias, representando 80,4% do total no período em análise de 2017, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,5% do
total, com uma taxa de variação homóloga de +11,0%), “Químicos” (12,7% e TVH +8,5%), “Agro-alimentares” (12,4% e TVH +8,8%) “Material de transporte terrestre e partes” (11,1% e TVH +15,1%), “Minérios e metais” (9,7% e TVH +17,1%),
“Têxteis e vestuário” (9,6% e TVH +4,7%),
e “Produtos acabados diversos” (9,4%
e TVH +11,0%).
Registaram-se acréscimos em valor, em termos
homólogos, em todos os grupos de produtos. Os maiores, em Euros, ocorreram nos
grupos “Energéticos” (+830 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+780
milhões), “Material de transporte
terrestre e partes” (+744 milhões), “Minérios
e metais” (+725 milhões), “Agro-alimentares”
(+512 milhões), “Químicos” (+508
milhões) e “Produtos acabados diversos”
(+477 milhões).
5.2 – Importações
No mesmo
período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,4% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,0%,
com uma taxa de variação homóloga em valor de +15,9%) “Químicos” (16,2% do total e TVH de +8,4%), “Agro-alimentares” (15,3% e TVH de +9,7%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,4% e TVH de +13,0%)
e “Energéticos” (11,5% e TVH de +35,7%).
Também nas importações se verificaram acréscimos em
todos os grupos de produtos, sendo os mais significativos, medidos em Euros, os
dos grupos “Energéticos” (+1928
milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e
partes” (+1485 milhões), “Minérios e
metais” (+1012 milhões), “Material de
transporte terrestre e partes” (+902 milhões), “Agro-alimentares” (+862 milhões) e “Químicos” (+797 milhões de Euros).
6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os
mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou nos
primeiros onze meses de 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos
com 25,2% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (6ª posição).
Seguiram-se
no “ranking” a França (12,5%), a
Alemanha (11,5%), o Reino Unido (6,7%), os EUA (5,2%), os Países Baixos (4,0%),
a Itália (3,5%), Angola (3,3%), a Bélgica (2,3%) e Brasil (1,7%). Estes dez
países cobriram 75,9% das exportações totais.
6.2 – Importações
Nesta
vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove
dos onze grupos de produtos, com 31,8% do total, sendo as excepções os grupos “Material de transporte terrestre e partes”,
(2ª posição), depois da Alemanha, e “Aeronaves,
embarcações e partes”, em que ocupou o 4º lugar, antecedida de Singapura, EUA
e Brasil.
Seguiram-se a Alemanha (13,7%), a França (7,5%), a
Itália (5,5%), os Países Baixos (5,3%), a China (3,0%), a Bélgica (2,8%), o
Reino Unido (2,7%), a Rússia (2,4%) e o Brasil (1,8%). Estes dez países cobriram 76,5% das importações totais.
11 de Janeiro de 2018.
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