terça-feira, 25 de setembro de 2018

Quotas de mercado das exportações (2013-2017)


Quotas de mercado e ritmo de 'crescimento' das exportações
nos principais países de destino
(2013-2017)

( disponível para download  >> aqui )

1 - Nota introdutória
Neste trabalho pretende-se analisar, relativamente aos principais mercados de destino das exportações portuguesas de mercadorias em 2017, a evolução das respectivas quotas de mercado globais ao longo dos últimos cinco anos (2013 a 2017), bem como o ritmo da variação nominal anual dos fornecimentos portugueses face à evolução das importações globais no seio de cada um dos mercados.
Metodologia:
A partir da base de dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), foram definidos os principais mercados de destino das exportações portuguesas em 2017.
É sabido que existem assimetrias, por vezes significativas, entre os dados das importações nesses mercados com origem em Portugal, de fonte Eurostat para os importadores comunitários, ou de fonte International Trade Centre (ITC), no caso dos países terceiros, quando comparados com os correspondentes dados da exportação portuguesa, de fonte INE.
Visando uma maior aproximação à realidade, utilizou-se neste trabalho a base de dados do Eurostat para as importações globais dos parceiros comunitários em causa, a do ITC para as importações globais nos Países Terceiros, e a base de dados do INE para as exportações portuguesas para cada um desses mercados, convertidas a valores CIF (conversão por aplicação de um factor fixo: Fob=Cif x 0,9533).
2 - Os principais mercados de destino das exportações
      portuguesas (2013 a 2017)

Trinta e um mercados, 17 comunitários e 14 Países Terceiros, foram o destino de cerca de 90% das exportações portuguesas de mercadorias ao longo dos últimos cinco anos, com destaque para a Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, EUA, Países Baixos, Itália, Angola e Bélgica.
Seguiram-se o Brasil, a China, Marrocos, a Polónia, a Suíça, a Suécia, a Roménia, a Turquia, a Áustria, a Dinamarca, a República Checa, a Irlanda, o Canadá, a Argélia, o México, a Eslováquia, Cabo Verde, Taiwan, a Finlândia, a Tunísia, a Hungria e Israel.


3 - Quotas de mercado globais de Portugal nos principais
      países de destino das exportações de mercadorias
Em 2017, as quotas de mercado mais expressivas couberam a Cabo Verde (39,8%), Angola (12,4%), Espanha (4,7%), Marrocos (1,9%), França e Tunísia (1,3% cada), conjunto de países que representaram nesse ano cerca de 1/3 das exportações totais portuguesas.

4 – Ritmo de 'crescimento' em valor das importações
      com origem no mundo e em Portugal, nos principais
      mercados de destino
No quadro seguinte pode-se comparar o ritmo de ‘crescimento’ em valor das importações globais nos principais mercados com origem no mundo, com o ritmo de ‘crescimento’ das importações originárias de Portugal nos últimos cinco anos (2013=100).


5 – Quotas e ritmos de 'crescimento' em valor das 
      importações com origem no mundo e em Portugal, 
      nos nossos principais mercados de destino

Nos gráficos seguintes pode visualizar-se a evolução das quotas de mercado nos principais destinos, bem como a evolução do ritmo de variação anual das importações nesses mercados, quando com origem em Portugal e no Mundo (2013=100).





quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Série mensal - Jan-Jul 2018 - Comércio Internacional


Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Julho de 2018 

( disponível para download  >> aqui )



1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Setembro de 2018, nos primeiros sete meses de 2018 as exportações de mercadorias cresceram em valor +7,7% face ao mesmo período do ano anterior (+2499 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +8,4% (+3361 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +10,6% (+2539 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros decresceram -0,5% (-40 milhões de Euros). Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +7,6% (+2325 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +10,8% (+1037 milhões de Euros).

Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +10,9%, ao situar-se em -8771 milhões de Euros (um acréscimo de 862 milhões de Euros face a igual período do ano anterior, com uma redução de 214 milhões no comércio intracomunitário e um aumento de 1076 milhões no extracomunitário). Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 80,3%, em 2017, para 79,9%, em 2018.


A variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo sensível na Balança Comercial. O valor médio unitário de importação do petróleo, que no conjunto dos sete primeiros meses de 2017 se situou em 347 Euros/Ton, subiu para 436 Euros/Ton em 2018.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 12,0% e 7,4% do total no período de Janeiro-Julho de 2018), o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações sobe, em 2018, de um total de 79,9% para 84,1%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No período em análise, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 76,4% do total (74,5% em 2017), cresceram em valor +10,6%, contribuindo com +7,9 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +7,7%. As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 23,6% do total em 2018 (25,5% em 2017), registaram um decréscimo em valor -0,5%, contribuindo negativamente, com -0,1 p.p., para a taxa de crescimento global. 


Os principais mercados em 2018 foram a Espanha (25,5%), a França (13,0%), a Alemanha (11,8%), o Reino Unido (6,2%), os EUA (5,1%), a Itália (4,2%), os Países Baixos (3,9%), Angola (2,5%), a Bélgica (2,4%), 0 Brasil, Marrocos e a Polónia (1,3% cada), e a China (1,1%), países que representaram 79,6% do total.
Angola, o segundo mercado entre os países terceiros depois dos EUA, registou uma quebra em valor de –16,4% nos primeiros sete meses do ano (-171 milhões de Euros), envolvendo dez dos onze grupos de produtos. As maiores descidas incidiram nos grupos “Agro-alimentares” (‑50,3 milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e partes” (‑39,0 milhões), “Químicos” (-34,5 milhões), “Produtos acabados diversos” (-21,5 milhões) e “Minérios e metais” (‑13,5 milhões).
O único acréscimo coube ao grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (+2,3 milhões de Euros), envolvendo essencialmente embarcações e estruturas flutuantes. 

Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período em análise (+7,7%), couberam a Espanha (+2,1 p.p.), Alemanha (+1,4 p.p.), França (1,3 p.p.), Itália (+0,9 p.p.) e Áustria (+0,5 p.p.).
Os maiores contributos negativos pertenceram a Angola (‑0,5 p.p.), China (-0,3 p.p.),  Taiwan e Reino Unido (-0,1 p.p. cada).
  

O maior acréscimo, em Euros, nas exportações (expedições) para o espaço comunitário no período de Janeiro a Julho de 2018, em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido dos da Alemanha, da França, da Itália e da Áustria. Com menor expressão alinharam-se depois a Polónia, a Eslováquia, a Suécia, a Bélgica, as Provisões de bordo, a Hungria, a Roménia, os Países Baixos, a Dinamarca e a Eslovénia,
Os maiores decréscimos couberam à Irlanda e ao Reino Unido.

Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para os EUA, seguidas das Provisões de Bordo, da Tunísia, do Brasil, da Austrália e da Turquia. Os maiores decréscimos couberam a Angola, China, Arábia Saudita, Líbano, Taiwan, Costa do Marfim, Emiratos Árabes, Irão e África do Sul.

3.2 - Importações
Em 2018, no período em análise, as importações (chegadas) com origem na UE, que representaram 75,6% do total (76,2% no mesmo período de 2017), registaram um acréscimo de +7,6% e contribuíram com +5,8 p.p. para uma taxa de crescimento global de +8,4%.


As importações com origem no espaço extracomunitário registaram um acréscimo de +10,8%, representando 24,4% do total em 2018 (23,8% em 2017), com um contributo para o crescimento de +2,6 p.p..
Os principais mercados de origem das importações em 2018 foram a Espanha (31,2%), a Alemanha (13,9%) e a França (7,7%). Seguiram-se a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,1%), a China (3,1%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,5%), a Federação Russa (1,7%), os EUA (1,6%) e o Brasil (1,4%), países que representaram no seu conjunto 76,4% das nossas importações totais.

Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações (+8,4%) destacam-se a Espanha (+1,8 p.p.), a Alemanha (+1,4 p.p.), a França (+0,9 p.p.), o Cazaquistão (+0,7 p.p.), a China e os Países Baixos (+0,4% cada), a Itália e a Turquia (+0,3 p.p. cada), e a Bélgica (+0,2 p.p.).


Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam à Federação Russa (-0,5 p.p.), a Singapura e ao Brasil (-0,4 p.p. cada) e à Colômbia (-0,2 p.p.).
Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.


4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam a França (+1164 milhões de Euros), EUA (+1071 milhões) e Reino Unido (+1050 milhões) . Seguiram-se Angola (+380 milhões) e Marrocos (+355 milhões de Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-4725 milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑1954 milhões), da China (-944 milhões), da Itália (‑931 milhões) e dos Países Baixos (-897 milhões de Euros).


5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – Exportações
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2/SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo). Os grupos com maior peso nas exportações de mercadorias em 2018, representando 80,6% do total no período em análise, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (14,3% do total e TVH -0,4%), “Material de transporte terrestre e partes” (14,1% e TVH +40,1%), “Químicos” (11,8% e TVH -2,2%), “Agro-alimentares” (11,6% e TVH +4,5%) “Minérios e metais” (9,9% e TVH +9,7%), “Produtos acabados diversos” (9,5% e TVH +7,4%) e “Têxteis e vestuário” (9,4% e TVH + 2,4%).
Os maiores acréscimos, em Euros, ocorreram nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+1,4 mil milhões de Euros), “Minérios e metais” (+303 milhões), “Energéticos” (+281 milhões), “Produtos acabados diversos” (+227 milhões) e “Agro-alimentares” (+175 milhões) e “Madeira, cortiça e papel” (+122 milhões de Euros).
O maiores decréscimo incidiu no grupo “Químicos” (-90 milhões de Euros).


5.2 – Importações
No mesmo período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,8% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,3%, com uma taxa de variação homóloga em valor de +11,1%), “Químicos” (16,3% do total e TVH de +8,1%), “Agro-alimentares” (14,3% e TVH de +2,8%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,9% e TVH de +11,4%) e “Energéticos” (12,0% e TVH de +13,0%).
À excepção do grupo “Aeronaves, embarcações e partes”, que registou em 2018 uma quebra de -93 milhões de Euros face ao período homólogo do ano anterior, em todos os restantes se verificaram acréscimos nas importações, tendo ocorrido os mais significativos nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+751 milhões de Euros), “Energéticos” (+603 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+576 milhões), “Químicos” (+534 milhões) e “Minérios e metais” (+407 milhões de Euros). ~


6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou de Janeiro a Julho de 2018 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,5% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição, antecedida do Brasil,  EUA e França).

Seguiram-se no “ranking” a França (13,0%), a Alemanha (11,8%), o Reino Unido (6,2%), os EUA (5,1%), a Itália (4,2%), os Países Baixos (3,9%), Angola (2,5%), a Bélgica (2,4%), e a Polónia (1,3%). Estes dez países cobriram 75,7% das exportações totais.
6.2 – Importações


Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar em nove dos onze grupos de produtos, com 31,2% do total, sendo as excepções os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5º lugar, antecedida da França, Alemanha, EUA e Países Baixos).
Seguiram-se a Alemanha (13,9%), a França (7,7%), a Itália (5,5%), os Países Baixos (5,1%), a China (3,1%), a Bélgica (2,8%), o Reino Unido (2,5%), a Rússia (1,7%) e os EUA (1,6%).
Estes dez países cobriram 75,1% das importações totais.

Alcochete, 11 de Setembro de 2018.


terça-feira, 11 de setembro de 2018

Export/Import - níveis de intensidade tecnológica-1º Semestre 2018

Exportações e importações de 
Produtos Industriais Transformados,
por níveis de intensidade tecnológica
(2013-2017 e 1º Semestre 2017-2018)
(disponível para download > aqui)


1 - Nota introdutória
A evolução do nível de intensidade tecnológica das exportações e importações de Produtos Industriais Transformados, a que corresponde um maior ou menor valor acrescentado, tem um reflexo directo na balança comercial de mercadorias, sendo na exportação um importante indicador de desenvolvimento industrial. Pretende-se neste trabalho analisar, a partir de dados de base divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período 2013-2017 e 1º Semestre de 2018, com última actualização em 9/8/2018, a evolução do comércio internacional português destes produtos, na óptica do seu nível de intensidade tecnológica.
2 – Metodologia
Os níveis de intensidade tecnológica considerados neste trabalho são os propostos pela OCDE, definidos com base na Revisão-3 da International Standard Industrial Classification(ISIC Rev.3: Alta tecnologia - 2423, 30, 32 33, 353); Média-alta tecnologia - 24 excl.2423, 29, 31, 34, 352, 359); Média-baixa tecnologia - 23, 25 a 28, 351) e Baixa tecnologia - 15 a 22, 36 e 37).
 A partir da tabela correspondente ao ano de 2007, com recurso à “Classificação Tipo do Comércio Internacional” da ONU (CTCI/SITC Rev.3) e à “Nomenclatura Combinada” a oito dígitos em uso na União Europeia (NC-8), tomando-se em consideração as sucessivas alterações pautais anuais, foi construída uma tabela em NC-8 abrangendo o período de 2007 a 2018, com algumas rectificações introduzidas à tabela utilizada em trabalhos anteriores.
3 – Exportação de Produtos Industriais Transformados
      por níveis de intensidade tecnológica
O peso dos Produtos Industriais Transformados na exportação global portuguesa oscilou, no período de 2013 a 2017, entre 94,8% e 94,3%, situando-se em 94,4% e 94,5% respectivamente nos primeiros semestres de 2017 e de 2018.


Por níveis de intensidade tecnológica, o maior peso nas exportações do conjunto dos Produtos Industriais Transformados no 1º Semestre de 2018 incidiu na Baixa tecnologia (34,4%), seguido da Média-alta tecnologia (32,0%), da Média-baixa tecnologia (25,0%) e da Alta tecnologia (8,6%).


Na Alta tecnologia encontram-se incluídos, por ordem decrescente do seu peso no 1º Semestre de 2018, o “Equipamento de rádio, TV e comunicações” (34,7%), os “Instrumentos médicos, ópticos e de precisão” (33,4%), os “Produtos farmacêuticos” (20,6%), os produtos da “Aeronáutica e aeroespacial” (7,0%) e o “Equipamento de escritório e computação” (4,3%).
A Média-alta tecnologia engloba, ainda por ordem decrescente de valor no 1º Semestre de 2018, os “Veículos a motor, reboques e semi-reboques” (46,2%), as “Máquinas e equipamentos n.e., principalmente não eléctricos” (19,5%), os “Produtos químicos, excepto farmacêuticos” (16,8%), as “Máquinas e aparelhos eléctricos n.e.” (15,2%) e o “Equipamento ferroviário e outro equipamento de transporte” (2,3%)

Na Média-baixa tecnologia perfilam-se, por ordem decrescente de valor no 1º Semestre de 2018, os “Refinados de petróleo, petroquímicos e combustível nuclear” (27,9%), os “Produtos da borracha e do plástico” (24,0%), a “Fabricação de produtos metálicos, excluindo máquinas e equipamentos” (18,3%), a “Metalurgia de base” (14,8%), os “Produtos minerais não metálicos” (14,6%) e, residualmente, a “Construção e reparação naval” (0,4%).
Por fim, na Baixa tecnologia alinham-se os “Têxteis, vestuário, couros e calçado” (39,1%), os “Produtos alimentares, bebidas e tabaco” (27,7%), a “Pasta, papel, cartão e publicações” (13,6%), as “Manufacturas não especificadas e reciclagem” (11,0%) e a “Madeira e produtos da madeira e cortiça” (8,6%).
As exportações anuais do conjunto dos Produtos Industriais Transformados cresceram sustentadamente ao longo dos últimos cinco anos. Verificaram-se desacelerações, face ao ano anterior, nas exportações dos produtos de Média-alta tecnologia em 2016 e de Média-baixa tecnologia em 2014 e 2016.


4 – Mercados de destino das exportações
      no 1º Semestre de 2017 e de 2018
As exportações, e designadamente as de Produtos Industriais Transformados, têm por principal destino o espaço comunitário.
No 1º Semestre de 2018 as exportações para o espaço comunitário representaram 76,0% do Total destes produtos (74,1% em 2017), contra 24,0% para os países terceiros (25,9% em 2017). O maior peso relativo da União Europeia, por níveis de intensidade tecnológica incidiu na exportação de produtos de Média-alta tecnologia (82,9%).
Seguiram-se a Baixa tecnologia (76,9%), a Alta tecnologia (71,6%) e a Média-baixa tecnologia (67,6%).


Os países constantes do quadro seguinte representaram 71,9% das exportações globais portuguesas no 1º Semestre de 2018 e a mesma percentagem nas exportações de Produtos Industriais Transformados.


Entre estes oito países destaca-se, no âmbito dos Produtos Industriais Transformados, a Espanha (23,9% do total), seguida da França (13,6%) e da Alemanha (12,2%). Com pesos menores alinham-se o Reino Unido (6,4%), os EUA (5,2%), os Países Baixos (4,2%), a Itália (3,8%) e Angola (2,6%).
No 1º Semestre de 2018 a Espanha ocupou a primeira posição na Média-alta, na Média-baixa e na Baixa tecnologias, cabendo à Alemanha o primeiro lugar ao nível da Alta tecnologia.
Entre os quatro níveis de intensidade tecnológica, a Baixa tecnologia predominou nas exportações para Espanha, França, Itália e Países Baixos, a Média-baixa prevaleceu nos EUA, a Média-alta em nenhum deles e a Alta na Alemanha e em Angola.

Na figura seguinte encontra-se representada a distribuição das exportações para cada um destes mercados por níveis de intensidade tecnológica.


5 – Importação de Produtos Industriais Transformados
      por níveis de intensidade tecnológica
O peso dos Produtos Industriais Transformados na importação global portuguesa aumentou, no período de 2013 a 2017, de 77,1% para 84,0%, com 85,0% em 2016, situando-se em 84,3% e 83,6% respectivamente no primeiro semestre de 2017 e de 2018.

Por níveis de intensidade tecnológica, no 1º Semestre de 2018 o maior peso no conjunto das importações de Produtos Industriais Transformados incidiu na Média-alta tecnologia (41,3%), seguida da Baixa tecnologia (26,6%), da Média-baixa tecnologia (16,7%) e da Alta tecnologia (15,4%).

Na Alta tecnologia encontram-se incluídos, por ordem decrescente do seu peso no 1º Semestre de 2018, o “Equipamento de rádio, TV e comunicações” (30,7%), os “Produtos farmacêuticos” (28,4%), os “Instrumentos médicos, ópticos e de precisão” (18,2%), o “Equipamento de escritório e computação” (12,0%) e os produtos da “Aeronáutica e aeroespacial” (10,7%).
No mesmo período, a Média-alta tecnologia engloba, ainda por ordem decrescente de valor, os “Veículos a motor, reboques e semi-reboques” (39,0%), os “Produtos químicos, excepto farmacêuticos” (28,6%), as “Máquinas e equipamentos n.e., principalmente não eléctricos” (20,8%), as “Máquinas e aparelhos eléctricos n.e.” (10,0%) e o “Equipamento ferroviário e outro equipamento de transporte” (1,6%).
Na Média-baixa tecnologia perfilam-se, por ordem decrescente de valor no 1º Semestre de 2018, a “Metalurgia de base” (37,8%), os “Produtos da borracha e do plástico” (23,6%), a “Fabricação de produtos metálicos, excluindo máquinas e equipamentos” (17,3%), os “Refinados de petróleo, petroquímicos e combustível nuclear” (12,2%), os “Produtos minerais não metálicos” (8,8%) e residualmente, a “Construção e reparação naval” (0,2%).
Na Baixa tecnologia alinham-se, por ordem decrescente do seu peso, os “Produtos alimentares, bebidas e tabaco” (43,0%), os “Têxteis, vestuário, couros e calçado” (33,4%), a “Pasta, papel, cartão e publicações” (9,6%), as “Manufacturas não especificadas e reciclagem” (9,4%) e a “Madeira e produtos da madeira e cortiça” (4,6%).

As importações anuais do conjunto dos Produtos Industriais Transformados cresceram sustentadamente ao longo dos últimos cinco anos, bem como em todos os níveis de intensidade tecnológica à excepção da Média-baixa tecnologia, em que se verificaram desacelerações nos anos de 2015 e 2016.
Os ritmos de crescimentos relativo com maior amplitude verificaram-se na Média-alta tecnologia (+44,6% em 2017, face a 2013) e na Alta tecnologia (+37,9% em 2017, face a 2013).



6 – Mercados de origem das importações
      no 1º Semestre de 2017 e de 2018
À semelhança das exportações, as importações portuguesas, e designadamente as de Produtos Industriais Transformados, têm por principal origem o espaço comunitário.
No 1º Semestre de 2018 as importações provenientes do espaço comunitário representaram 84,6% do Total destes produtos industriais (83,4% em igual período de 2017), contra 15,4% das oriundas dos países terceiros (16,6% no 1º Semestre de 2017).
No primeiro semestre do ano o maior peso relativo da União Europeia, por níveis de intensidade tecnológica, incidiu na exportação de produtos de Média-alta tecnologia (87,5%).
Seguiram-se a Média-baixa tecnologia (82,8%), a Alta tecnologia (82,6%) e a Baixa tecnologia (82,3%).


Os países constantes do quadro seguinte representaram 71,9% das importações globais portuguesas no 1º Semestre de 2018 e 80,3% das importações de produtos industriais transformados.

Entre estes oito países destaca-se, no âmbito dos Produtos Industriais Transformados, a Espanha (33,5% do total), seguida da Alemanha (16,3%) e da França (8,8%). Com pesos inferiores alinham-se depois a Itália (6,3%), os Países Baixos (5,8%), a China (3,5%), a Bélgica (3,3%) e o Reino Unido (2,8%).

Neste 1º Semestre de 2018 a Espanha ocupou a primeira posição na Média-alta, na Média-baixa e na Baixa tecnologia, cabendo à Alemanha o primeiro lugar ao nível da Alta tecnologia.
Na figura seguinte encontra-se representada a distribuição das importações com origem em cada um destes mercados, por níveis de intensidade tecnológica.


7 – Balança comercial de Produtos Industriais Transformados
       por níveis de intensidade tecnológica
Ao longo do período em análise, o saldo (Fob-Cif) da balança comercial portuguesa de Produtos Industriais Transformados apenas foi positivo em 2013, num montante de +828 milhões de Euros.
O saldo da balança comercial dos produtos de Média-baixa tecnologia e de Baixa tecnologia foi sempre positivo, enquanto que o saldo da balança dos produtos de Alta tecnologia e de Média-alta tecnologia foi sempre negativo.






              Alcochete, 8 de Setembro  de 2018.