Acréscimos e decréscimos das exportações
e importações portuguesas de mercadorias
em períodos homólogos
- Produtos e mercados -
1 - Nota introdutória
Neste trabalho pretende-se
analisar onde incidiram os maiores acréscimos e decréscimos das exportações e
das importações portuguesas, em termos homólogos, por produtos e por mercados,
no período de Janeiro a Agosto de 2018, face a 2017.
São utilizados dados de base
divulgados no portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), provisórios
para 2017 e preliminares para 2018, com última actualização em 10-10-2018.
2 – Balança Comercial
No período em análise as
importações cresceram em valor+8,6% (+3917 milhões de Euros) e as exportações +7,3%
(+2658 milhões), com o défice a aumentar 1259 milhões de Euros e o grau de
cobertura das importações pelas exportações a descer de 79,6% para 78,7%.
3 – Exportações de mercadorias
3.1 - Produtos
Numa análise da evolução das
exportações por grupos de produtos (ver definição
dos grupos em quadro anexo – Anexo 1), verifica-se que o maior acréscimo
incidiu no grupo “Material de transporte
terrestre e partes” (+1391 milhões de Euros), seguido, a grande distância,
pelos grupos “Minérios e metais” (+349
milhões), “Energéticos” (+324 milhões),
“Produtos acabados diversos” (+232
milhões), “Agro-alimentares” (+223
milhões), “Madeira, cortiça e papel”
(+148 milhões), “Têxteis e vestuário”
(+83 milhõesde Euros).
Os decréscimos ocorreram nos
grupos “Máquinas, aparelhos e partes”
(-35 milhões de Euros), “Químicos” (-32
milhões), “Calçado, peles e couros”
(-13 milhões) e “Aeronaves, embarcações e
partes” (-12 milhões de Euros).
Verificaram-se acréscimos em
10 dos 11 grupos de produtos considerados nas exportações para o espaço comunitário (expedições), com destaque para “Material de transporte terrestre e partes” (+1496 milhões de
Euros), “Minérios e metais” (+402
milhões), “Agro-alimentares” (+230
milhões) e “Produtos acabados diversos”
(+226 milhões de Euros).
O único decréscimo incidiu no
grupo “Calçado, pelos e couros” (-9
milhões de Euros).
Por sua vez, as exportações
para o conjunto dos países terceiros
registaram decréscimos em 7 dos grupos de produtos, as mais volumosas das quais
nos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (-104 milhões de
Euros), “Químicos” (-99 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (-73
milhões) e “Minérios e metais” (-53
milhões de Euros).
O principal acréscimo ocorreu
no grupo “Energéticos” (+251 milhões
de Euros).
No quadro seguinte pode
observar-se a evolução das exportações de mercadorias por grupos de produtos,
agora desagregados por conjuntos de capítulos da Nomenclatura Combinada (ver definição em quadro anexo – Anexo 2).
A um nível mais fino
encontram-se relacionados nos dois quadros seguintes os principais acréscimos e
decréscimos de produtos definidos a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada com
valor superior a 12 milhões de Euros.
3.2 – Mercados
Na figura seguinte
encontram-se relacionados os mercados que registaram acréscimos e decréscimos
superiores a 20 milhões de Euros no período em análise, mercados que pesaram 87,8%
na exportação total.
4 – Importações de mercadorias
4.1 - Produtos
Por grupos de produtos,
verifica-se que o maior acréscimo nas importações incidiu no grupo “Energéticos” (+969 milhões de Euros), seguido dos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+796
milhões), “Químicos” (+619 milhões), “Material de transporte terrestre e partes”
(+606 milhões), “Minérios e metais”
(+438 milhões), “Agro-alimentares” (+233
milhões), “Produtos acabados diversos”
(+190 milhões), “Madeira, cortiça e papel”
(+132 milhões), “Têxteis e vestuário”
(+98 milhões) e “Calçado, peles e couros”
(+22 milhões de Euros). O único decréscimo ocorreu no grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (-188 milhões
de Euros).
Verificaram-se acréscimos em 9
dos 11 grupos considerados nas importações com origem no espaço comunitário, com
destaque para “Máquinas, aparelhos e
partes” (+662 milhões de Euros), seguido de “Material de transporte terrestre e partes” (+548 milhões), “Químicos” (+469 milhões), “Minérios e metais” (+343 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+221
milhões de Euros), “Produtos acabados
diversos” (+155 milhões”, “Agro-alimentares”
(+133 milhões”, “Madeira, cortiça e
papel” (+102 milhões) e “Energéticos”
(+17 milhões de Euros).
As importações do grupo “Calçado, peles e couros” foram
de idêntico montante nos dois anos, tendo o único decréscimo incidido no grupo “Têxteis e vestuário” (-16 milhões de
Euros).
Por sua vez, as exportações
para o conjunto dos países terceiros
registaram acréscimos em 10 dos grupos de produtos, o mais volumoso dos quais
no grupo “Energéticos” (+953 milhões de Euros). Entre os restantes, com valores entre 95 e 150 milhões de Euros, destacaram-se os grupos “Químicos”, “Máquinas, aparelhos e partes”, “Têxteis e vestuário”, “Agro-alimentares” e “Minérios e
metais”.
O único decréscimo ocorreu no
grupo “Aeronaves, embarcações e partes”
(-429 milhões de Euros).
No quadro seguinte pode
observar-se a evolução das exportações de mercadorias por grupos de produtos,
agora desagregados por conjuntos de capítulos da Nomenclatura Combinada.
A um nível mais fino
encontram-se relacionados nos dois quadros seguintes os principais acréscimos e
decréscimos de produtos definidos a 4 dígitos da Nomenclatura Combinada, com
valor superior a 12 milhões de Euros.
4.2 – Mercados
Na figura seguinte
encontram-se relacionados os mercados que registaram acréscimos e decréscimos nas
importações portuguesas superiores a 20 milhões de Euros no período de Janeiro
a Junho de 2018, face ao período homólogo do ano anterior, mercados que pesaram
87,5% no total da importação.
Anexo 1
Anexo 2
Alcochete, 20 de Outubro de 2018