Balança Comercial de Bens e Serviços
Componentes dos Serviços
1 – Balança Comercial de Bens e Serviços
Em termos anuais, o peso dos Serviços no total das
exportações de Bens e Serviços (crédito) aumentou sustentadamente entre 2015 e
2017, de 34,0% para 35,9%. Numa análise do seu comportamento ao longo do 1º
Semestre dos anos 2015 a 2018 verifica-se que foi também sustentado o
crescimento, passando de 31,4% em 2015 para 32,9% do total em 2018.
Por
sua vez, o peso dos Serviços no total das importações de Bens e Serviços
(débito) subiu, em termos anuais, de 17,7% em 2015 para 18,4% em 2016, descendo
no ano seguinte para 18,1%. Ao longo do 1º Semestre dos anos 2015 a 2018, após
um acréscimo de 2015 para 2016 (17,5% para 18,3%), registaram-se quebras
sucessivas a partir de então, situando-se o seu peso em 17,4% do total dos Bens
e Serviços no 1º Semestre de 2018.
Se agregarmos a balança comercial de Bens,
tradicionalmente deficitária, com a de Serviços, superavitária, verifica-se que
o saldo (fob-fob) da balança global anual de Bens e Serviços, positivo, cresceu
de 2990 milhões em 2015 para 3817 milhões de Euros em 2016 (+27,7%), descendo
para 3511 milhões em 2017 (-8,0%).
Numa análise do comportamento no 1º Semestre dos
anos 2015 a 2018, após o aumento verificado em 2016, em que o saldo atingiu 968
milhões de Euros, assistiu-se a quebras sucessivas nos anos seguintes, situando-se
o saldo em 185 milhões de Euros em 2018, de acordo com os dados disponíveis em
4-10-2018.
Existe algum desfasamento entre
os valores do comércio internacional de Bens (mercadorias) quando considerados pelo
INE ou pelo Banco de Portugal, explicado por diferenças metodológicas pontuais
na sua classificação.
No presente trabalho utilizam-se os dados de base
de Bens e Serviços disponibilizados pelo Banco de Portugal no seu portal.
Na figura seguinte encontra-se
a balança comercial de Bens, de Serviços e do conjunto dos Bens e Serviços, segundo
séries não ajustadas e também ajustadas de sazonalidade, para os anos de 2015 a
2017 e período acumulado de Janeiro a Junho de 2015 a 2018.
Entre 2007 e 2017, o ritmo de crescimento anual do
crédito de Serviços (exportação) foi
mais vivo do que o do débito (importação).
Após quebras verificadas em 2009, na sequência da crise que abalou o mundo,
assistiu-se a uma recuperação nas duas vertentes. Mas enquanto que o crédito
subiu sustentadamente até 2017, o débito registou uma nova descida em 2012, para
recuperar a partir de então.
A componente dominante no Crédito de Serviços (exportação) foi a de “Viagens e Turismo”, com 50,1% do
total em 2017 e 48,4% no 1º Semestre de 2018.
Seguiram-se nos dois períodos em análise os “Transportes” (21,6% e 23,6%), em que predominaram os “Transportes aéreos” (66,5% do total em
2017 e 67,5% no 1º Semestre de 2018), seguidos dos “Outros transportes”, que não marítimos, como o rodoviário (20,3% e
20,8% respectivamente) e dos “Transportes
marítimos” (11,0%e 8,9%). Nos “Outros
serviços fornecidos por empresas” (14,6% e 14,2%) sobressaem os “Serviços técnicos relacionados com o
comércio e outros” (74,5% e 74,1% do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria em gestão e outras áreas”
(22,0% e 22,7%). Por sua vez, nos serviços de “Telecomunicações, informáticos e informação” (4,7% e 5,4%) o
destaque vai para os serviços “Informáticos”
(72,1% e 77,5%), seguidos dos de “Telecomunicações”
(25,6% e 21,2%).
No Débito de Serviços (importação) são as mesmas as principais quatro componentes: “Viagens e Turismo” (29,3% em
2017 e 30,2% no 1º Semestre de 2018), “Transportes”
(24,6% nos dois períodos), “Outros
serviços fornecidos por empresas” (22,4%)
e 21,9%) e “Serviços de telecomunicações,
informáticos e de informação” (6,3% e 6,4%).
Entre os “Transportes”
sobressaem igualmente os “Transportes
aéreos” (54,0% e 51,4%), mas assumem aqui alguma relevância os “Transportes marítimos” (32,9% e 35,3%),
seguidos dos “Outros transportes” (9,4%
e 9,2%), onde se inclui o rodoviário. Nos “Outros
serviços fornecidos por empresas” sobressaem os “Serviços técnicos relacionados com o comércio e outros” (71,0% e 70,0%
do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria
em gestão e outras áreas” (24,1% e 23,3%). Por fim, no âmbito dos serviços
de “Telecomunicações, informáticos e
de informação”, predominam os “Informáticos”
(59,2% em 2017 e 67,9% no 1º Semestre de 2018), seguidos dos de “Telecomunicações” (37,1% e 28,6%).
Seguem-se quadros e gráficos relativos à evolução das componentes dos Serviços em valor, estrutura, taxas de variação
homóloga, contributos para o crescimento e respectiva balança comercial.
2 – Evolução das componentes dos Serviços
2.1 - Crédito
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