quinta-feira, 22 de setembro de 2022

Comércio internacional da Pesca - 1º Semestre 2021-2022

 

Comércio Internacional da pesca,
preparações, conservas e outros
produtos do mar
(1º Semestre 2021-2022)

                                                      ( disponível para download  >> ( aqui )

1 – Introdução

Portugal é detentor de uma das maiores Zonas Económicas Exclusivas (ZEE) a nível europeu e mundial. Com 1,7 milhões de Km2 de espaço marítimo, compreende três sub-áreas: Continente (cerca de 288 mil Km2), Açores (931 mil Km2) e Madeira (442 mil Km2). Decorre junto das Nações Unidas um processo que visa a extensão da plataforma continental para além das 200 milhas, que aumentará para 4,1 milhões de Km2 os direitos de soberania, para além da Zona Económica Exclusiva (ZEE), para efeitos de conservação, gestão e exploração de recursos naturais do solo e subsolo marinhos.

Apesar da enorme extensão marítima já hoje disponível, a balança comercial da “Pesca, preparações, conservas e outros produtos do mar” é deficitária, representando as importações um valor (Fob) cerca de duas vezes superior ao das exportações.

No presente trabalho pretende-se analisar a evolução destas trocas comerciais com o exterior, a partir de dados de base divulgados no portal do Instituto Nacional de Estatística para o primeiro semestre de 2021 e 2022, em versão definitiva para 2021 e preliminar para 2022, com última actualização em 9 de Setembro de 2022.

2 - Peso da pesca, preparações, conservas e outros produtos                     do mar no comércio internacional português

No 1º Semestre de 2021 e 2022 as importações destes produtos representaram cerca de 2,4% das importações globais, e 1,5% das exportações.

3 – Balança Comercial

No 1º Semestre de 2022 o défice da Balança Comercial (Fob-Cif) destes produtos do mar agravou-se em +42,2%, ao situar-se em -671 milhões de Euros, na sequência de um acréscimo das Importações de +34,7%, face a um aumento de +27,3% das exportações. O grau de cobertura das importações pelas exportações situou-se em 50,0% em 2021 e em 47,2% em 2022.

No 1º Semestre de 2022, entre os agregados de produtos considerados destacam-se, tanto nas importações como nas exportações, o “Peixe” (respectivamente 64,9% e 44,7% do Total), os “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos” (22,5% e 28,4%) e as “Preparações e conservas de peixe, crustáceos e moluscos” (10,6% e 25,1%), tendo este conjunto de produtos representado 98,0% do total das importações e 98,1% das exportações.

No quadro seguinte pode observar-se a Balança Comercial das sete componentes consideradas. 

O único agregado em que o saldo da Balança foi favorável foi “Preparações e conservas de peixe, crustáceos e moluscos” (+23,4 milhões de Euros em 2021 e +16,2 em 2022).

Os maiores défices incidiram nos agregados “Peixe” (-381,2 milhões em 2021 e -557,0 em 2022) e “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos” (-106,0 e – 116,1 milhões, respectivamente).

Apresentam-se em Anexo quadros e gráficos com a Balança Comercial da desagregação das diversas componentes por produtos a quatro ou a seis dígitos da Nomenclatura Combinada, com indicação do valor e das quantidades transaccionadas nos anos em análise.

4 – Importação

No 1º Semestre de 2022 as importações cresceram +34,7% face ao período homólogo do ano anterior (+328 milhões de Euros). Registaram-se acréscimos em todas as componentes, tenso incidido o maior no “Peixe” (+229,5 milhões), onde assume particular relevância as de bacalhau, nos seus diversos estados, que são mais adiante analisadas com algum pormenor, seguido dos “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos” (+64,5 milhões).

4.1 – Mercados de origem

No 1º Semestre de 2022 os principais fornecedores destes produtos foram a Espanha (38,5% do Total), os Países Baixos (13,7%), a Suécia (11,9%), a Dinamarca (3,6%), a China (3,5%), a Federação Russa (3,3%), a Índia (2,9%) e o Equador (2,7%), países que totalizaram 80,1% do Total destas importações.

Os maiores acréscimos, em milhões de Euros, couberam a Espanha (+93,7), aos Países Baixos (+90,4), à Federação Russa (+18,2), à Suécia (+17,2), ao Equador (+16,9), à Índia (+15,8), à Dinamarca (+13,2) e à China (+12,9).

5- Exportação

No 1º Semestre de 2022 as exportações aumentaram, em termos homólogos, +27,3% (+128,7 milhões de Euros).

Destacaram-se os acréscimos de “Crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos” (+54,4 milhões de Euros) e de “Peixe” (+53,7 milhões), seguidos das “Preparações e conservas de peixe, crustáceos e moluscos” (+20,2 milhões de Euros).

5.1 – Mercados de destino

Os principais mercados de destino das exportações no 1º Semestre de 2022 foram a Espanha (50,7%), a França (11,1%), a Itália (10,9%, o Brasil (5,2%) e os EUA (4,0%), países que averbaram 81,9% do Total destas exportações.

Os principais acréscimos, em milhões de Euros, couberam a Espanha (+89,0), à Itália (+12,2) e aos EUA (+7,5).

6 – Importação e exportação de sardinha

São conhecidas as limitações impostas à pesca da sardinha, importante para o sector de exportação das conservas, em zonas em que operam habitualmente os pescadores portugueses e espanhóis.

Face à acentuada redução do “stock” verificada ao longo da última década, tendo havido mesmo um parecer científico do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES) que aconselhava a sua proibição. No 1º Semestre de 2022, face ao semestre homólogo, aumentou a importação de “Sardinha fresca, refrigerada ou congelada” (+22,5% em valor e +12,3% em quantidade), tendo aumentado também a sua exportação (+11,9% em valor e +17,4% em quantidade).

No âmbito das “Preparações e conservas de sardinha”, a importação cifrou-se em 2,1 milhões de Euros, com uma quebra de -21,8% em valor e -48,6% em quantidade face a 2021. Por sua vez, a exportação aumentou respectivamente +10,6% e +3,4%.

No 1º Semestre de 2022 os principais fornecedores de “Sardinha fresca, refrigerada ou congelada” foram Espanha (69,0%), Marrocos (17,1%) e França (8,2%). Os principais destinos foram Espanha (56,0%), EUA (9,5%), França (9,3%) e Canadá (6,9%).

No âmbito das “Conservas de sardinha” destacaram-se, na importação, a Espanha (48,2%), os Países Baixos (27,6%) e Marrocos (23,0%), e na exportação a França (38,8%), o Reino Unido (11,8%), a Áustria (8,7%), a Bélgica (6,1%) e os EUA (6,0%).

7 – Importação e exportação de bacalhau

É sabido que o bacalhau ocupa uma posição importante na dieta alimentar dos portugueses. Nos semestres em análise o valor da importação de bacalhau, nos seus diversos estados, foi 4,2 vezes superior ao da exportação em 2021 e 5,4 vezes em 2022.

No 1º Semestre de 2022 a importação de bacalhau aumentou em valor +54,2% face a 2021, tendo pesado 29,0% no Total dos produtos do mar (25,3% em 2021). Por sua vez, na vertente da exportação aumentou +20,4%, tendo pesado 11,3% (11,9% em 2021).


Entre os vários tipos de bacalhau destaca-se, nas importações, o “Seco, salgado, em salmoura ou fumado”, que representou 63,0% do Total no 1º Semestre de 2022, seguido do “Congelado, excluindo filetes” (34,6%) e do “Fresco ou refrigerado excepto filetes” (12,6%).

 Nas exportações prevaleceram o bacalhau “Congelado excluindo filetes” (34,6%) e “Filetes em qualquer estado” (33,3%), seguidos da “Carne de bacalhau congelada, excluindo filetes” (16,5%) e do bacalhau “Fresco ou refrigerado excepto filetes” (13,0%).

Os principais mercados de origem das importações de bacalhau em 2022 foram os Países Baixos (38,9% e 26,0% em 2021) e a Suécia (34,8% e 45,9%), que registou uma quebra significativa face ao ano anterior, seguidos da Federação Russa (11,3% e 10,1%). 

Sabe-se que uma grande parte do bacalhau consumido em Portugal tem origem na Noruega, país extracomunitário limítrofe da Suécia. Tudo indica que a posição da Suécia entre os fornecedores contabilizados pelo INE residirá no facto de ser este um país de “introdução em livre prática” na UE do bacalhau norueguês destinado a Portugal, depois de cumpridas as formalidades aduaneiras.

Os principais mercados de destino das exportações de bacalhau em 2022 foram o Brasil (36,3% e 42,1 no semestre homólogo de 2022), a França (17,8% e 20,6%) e a Espanha (15,1% e 10,6%).

Com pesos menores alinharam-se depois a Itália (8,9% e 6,3%), a Suíça (3,5% e 3,3%), Angola (2,8% e 2,1%) e os EUA (2,7% e 2,8%).

Seguem-se quadros e gráficos com a Balança Comercial da desagregação das diversas componentes por produtos a quatro ou a seis dígitos da Nomenclatura Combinada, com indicação do valor e das quantidades transaccionadas nos semestres em análise.

 

Alcochete, 19 de Setembro de 2022.

ANEXO


























terça-feira, 13 de setembro de 2022

Comércio Internacional de mercadorias - Série Mensal - Janeiro-Julho 2022

 

Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Janeiro a Julho de 2022

( disponível para download  >> aqui )
1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Julho de 2021 e 2022, respectivamente em versão já definitiva e em versão preliminar com última actualização em 9 de Setembro de 2022, as exportações de mercadorias aumentaram em valor, em termos homólogos, +25,1% (+9230 milhões de Euros), a par de um aumento das importações de +35,4% (+16275 milhões).

A partir do mês de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados dois novos códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros destas séries mensais do Comércio Internacional manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos valores dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram de Janeiro a Julho de 2022 um acréscimo de +23,3% (+6141 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros aumentado +29,6% (+3090 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +24,5% (+8435 milhões) e as originárias dos Países Terceiros +67,9% (+7840 milhões). 

O défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +77,4% ao situar-se em -16144 milhões de Euros (superior em 7045 milhões ao do ano anterior), a que corresponderam agravamentos de 2294 milhões no comércio intracomunitário e de 4750 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 80,2%, em 2021, para 74,0%, em 2022.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. De Janeiro a Julho de 2022 o valor médio de importação do petróleo bruto subiu, face ao período homólogo de 2021, de 394 para 735 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Agosto).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 17,4% no total das importações em 2022 e 8,8% do lado das exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações em 2022 sobe, no comércio global, de 74,0% para 81,7%.

2 – Evolução mensal

3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

Em 2022, no período de Janeiro a Julho, as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,6% do Total, cresceram +23,3%, contribuindo com +16,7 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +25,1%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,4% do Total), cresceram +29,6%, contribuindo com +8,4 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações no período em análise de 2022 foram a Espanha (25,7%), a França (12,6%), a Alemanha (10,9%), os EUA (7,0%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,7%), a Itália (4,6%), os Países Baixos (4,2%), a Bélgica (2,3%), as Provisões de Bordo para Países Terceiros (1,5%) e a Polónia (1,4%), destinos que representaram 75,0% do total das exportações.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2021, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise de 2022 um aumento de 49,1% nas nossas exportações (+252,4 milhões de Euros), envolvendo os acréscimos todos os grupos de produtos: “Máquinas, aparelhos e partes” (+62,9 milhões), “Agro-alimentares” (+53,0 milhões), Químicos (+38,2 milhões), “Produtos acabados diversos” (+30,3 milhões), “Minérios e metais” (+24,8 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+17,2 milhões), “Têxteis e vestuário” (+7,2 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+5,6 milhões), “Energéticos” (4,9%), “Aeronaves, embarcações e partes” (+4,2 milhões) e “Calçado, peles e couros” (+3,9 milhões) e de Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+25,1%) pertenceram a Espanha (+5,8 p.p.), aos EUA (+3,5 p.p.), à Alemanha (+2,6 p.p.), à França (+2,3 p.p.), às Provisões de Bordo Extra-UE (1,4 p.p.), aos Países Baixos e Itália (+1,2 p.p. cada), ao Reino Unido/Irl NT (+0,7 p.p.) e â Turquia e Suécia (+0,5 p.p. cada). Os maiores contributos negativos couberam a Marrocos (-0,4 p.p.), ao Japão e à China (-0,1 p.p. cada).

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em Espanha, Alemanha, França, Países Baixos e Itália, seguidos das Provisões de Bordo, Suécia, Irlanda, Bélgica, Polónia, Eslováquia, Dinamarca e Áustria. O maior decréscimo coube a Malta.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se os EUA, Provisões de Bordo, R.Unido/Irl NT, Angola e Turquia, seguidos do Panamá, Brasil, Suíça, Noruega, Canadá, Israel, Cabo Verde e África do Sul.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os de Marrocos, Japão, Rússia, China e Vietname.

3.2 - Importações

Em 2022, no período em análise, as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 68,8% do total, registaram um acréscimo de +24,5% e contribuíram com +18,4 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +35,4%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um acréscimo de +67,9%, representando 31,2% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de +17,1 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2022 foram a Espanha (31,9% do Total) e a Alemanha (11,2%).

Seguiram-se a França (5,9%), os Países Baixos (4,9%), a China (4,8%), a Itália e o Brasil (4,7% cada), os EUA (3,2%), a Bélgica (3,1%) e a Nigéria (1,9%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 76,3% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (+35,4%) destacou-se o da Espanha, (+10,5 p.p.), seguida do Brasil (+3,1 p.p.), dos EUA (+2,4 p.p.), da China (+2,3 p.p.), da Alemanha (+1,8 p.p.), dos Países Baixos e da Bélgica (+1,2 p.p. cada), da França (+1,1 p.p.) e da Itália (+1,0 p.p.). O principal contributo negativo incidiu na Ucrânia (‑0,1 p.p.).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos das importações com origem intracomunitária (não ocorreram decréscimos) e os maiores acréscimos e decréscimos nos Países Terceiros, entre 2021 e 2022.


4 – Saldos da Balança Comercial        

Nos primeiros setemeses de 2022, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+2145 milhões de Euros), ao Reino Unido (+1546 milhões), aos EUA (+1211 milhões), a Angola (+331 milhões) e a Gibraltar (+306 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-8018 milhões de Euros), seguida da China (-2627 milhões), do Brasil (-2412 milhões), da Alemanha (‑1894 milhões) e da Nigéria (-1153 milhões).

5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos, tendo em atenção as alterações pautais de 2022 (ver ANEXO).

No período de Janeiro a Julho de 2022, todos os grupos registaram acréscimos nas exportações face a 2021.

Os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Químicos” (14,4% do Total e +1624 milhões de Euros face a 2021), “Máquinas, aparelhos e partes” (12,9% e +599 milhões), “Agro-alimentares” (12,2% e +1010 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (11,6% e +460 milhões), “Minérios e metais” (11,0% e +1181 milhões). Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,0% e +599 milhões), “Energéticos” (8,8% e +1926 milhões), “Têxteis e vestuário” (8,3% e +572 milhões), “Madeira cortiça e papel” (7,8% e +913 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,2% e +296 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes) (0,6% e +50 milhões de Euros).

5.2 – Importações

Em 2022, no período em análise, foi também positiva a taxa de variação homóloga em valor, face ao período homólogo do ano anterior, em todos os grupos de produtos.

Os grupos de produtos com maior peso foram “Químicos” (17,5% e +2068 milhões de Euros), “Energéticos” (17,4% e +6217 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (15,9% e +1172 milhões), “Agro-alimentares” (13,7% e +1775 milhões de Euros). Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,9% e +1682 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (9,1% e +915 milhões), “Produtos acabados diversos” (5,7% e +599 milhões), “Têxteis e vestuário” (5,1% e +832 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,2% e +573 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,7% e +339 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,8% e +104 milhões de Euros). 

6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no período de Janeiro a Julho de 2022 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,7% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5ª posição, precedida do Brasil, Irlanda, EUA e França).

Seguiram-se no “ranking” a França (12,6%), a Alemanha (10,9%), os EUA (7,0%), o Reino Unido/Irl NT (4,7%), a Itália (4,6%), os Países Baixos (4,2%), a Bélgica (2,3%), Angola (1,7%) e as Provisões de Bordo Extra-UE (1,5%).

Estes dez destinos representaram 75,3% das exportações totais.

6.2 – Importações

Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 31,9% do total.

A única excepção foi o grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (5º lugar, depois da Alemanha, EUA, Brasil e Canadá).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,2%), a França (5,9%), os Países Baixos (4,9%), a China (4,8%), a Itália e o Brasil (4,7% cada), os EUA (3,2%), a Bélgica (3,1%) e a Nigéria (1,9%). Estes dez países cobriram 76,3% das importações totais.

7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2022                        face a 2021, por meses homólogos não acumulados


Alcochete, 12 de Setembro de 2022.

ANEXO