terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Comércio Internacional com os PALOP - 2017-2021 e Jan-Out 2021-2022

 

Comércio Internacional 
com os PALOP

(Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa)

2017-2021 e Janeiro-Outubro 2021-2022

                                             ( disponível para download  >> aqui )

1 – Introdução

Na sequência do processo de descolonização de Portugal, após a Revolução de 25 de Abril de 1974, que pôs fim à “Guerra Colonial”, tornaram-se independentes as até então Províncias Ultramarinas africanas. Ainda em 1974, a 10 de Setembro a Guiné-Bissau, e em 1975, a 25 de Junho Moçambique, a 5 de Julho Cabo Verde, a 12 de Julho S.Tomé e Príncipe e a 11 de Novembro Angola.

Neste trabalho vai-se analisar a evolução do Comércio internacional de Portugal com os “Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa” (PALOP), no seu conjunto e com cada um dos países, no período de 2017 a 2021 e Janeiro a Outubro de 2021-2022, com base em dados do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versões definitivas até 2021 e preliminar para 2022, com última actualização em 9 de Dezembro de 2022.

No quadro seguinte pode observar-se a evolução do peso de Portugal no Comércio Externo dos PALOP entre 2017 e 2021, de acordo com dados do “International Trade Centre”, para os PALOP, e do INE para Portugal, com as necessárias conversões entre valores CIF e FOB.

2 – Comércio internacional de mercadorias                                                  de Portugal com os PALOP

O peso do conjunto dos PALOP na exportação portuguesa de mercadorias tem vindo a decrescer sucessivamente ao longo do último quinquénio, de 4,3% em 2017 para 2,5% em 2021, em termos globais, e de 13,3% para 8,8%, face ao conjunto dos países terceiros.

Por sua vez o seu peso na importação, tendo subido entre 2017 e 2019 de 0,5% para 1,4% em termos globais e de 1,8% para 5,4% face aos países terceiros, situou-se em 2021 em apenas 0,2% e 0,6% respectivamente. 


2.1 – Balança Comercial

No período em análise a Balança Comercial foi favorável a Portugal, com elevadas taxas de cobertura das importações pelas exportações. O saldo da balança, tendo decrescido de 2 mil milhões de Euros em 2017 para 737 milhões em 2019, aumentou para 1,5 mil milhões em 2021, situando-se em 1,2 mil milhões nos primeiros dez meses de 2022.

2.2 – Importação

As posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e às exportações de mercadorias, foram aqui agregadas em 11 grupos de produtos afins (ver Anexo).

A importação portuguesa com origem no conjunto dos PALOP tem como forte componente o grupo “Energéticos” relativo a Angola, designadamente petróleo bruto, tendo representado 96,2% do Total no período Janeiro-Outubro de 2022 (46,3% no período homólogo do ano anterior).

Nos primeiros dez meses de 2022 seguiram-se, entre os principais, os grupos “Agro-alimentares” (8,5% em 2022 e 36,1% em 2021), “Madeira, cortiça e papel” (1,9% e 6,5%), “Têxteis e vesturário” (1,1% e 2,5%), “Minérios e metais” (0,9% e 3,0%), “Produtos acabados diversos” (0,4% e 1,2%), “Calçado, peles e couros” (0,4% e 1,8%) e “Máquinas, aparelhos e partes” (0,4% e 1,7%).

No quadro seguinte englobam-se os principais produtos, definidos por Capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2), importados neste período.

2.3 – Exportação


Os principais grupos de produtos na exportação foram “Máquinas, aparelhos e partes” (23,5% em 2022 e 24,3% em 2021), “Agro-alimentares” (23,5% e 22,9%), “Químicos” (16,4% e 17,2%), “Produtos acabados diversos” (10,1% e 10,4%) e “Minérios e metais” (10,1% e 10,8%). Seguiram-se os grupos “Energéticos” (6,3% e 4,3%), “Madeira, cortiça e papel” (4,4% e 4,0%), “Têxteis e vestuário” (2,3% e 2,4%), “Calçado, peles e couros (0,7% e 0,8%), e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,4% em cada um dos anos).

3 – Balança Comercial de Portugal com cada um dos PALOP


4 – Comércio Internacional

      Portugal-Angola








5– Comércio Internacional

      Portugal-Cabo Verde









6– Comércio Internacional

      Portugal - Guiné-Bissau






7– Comércio Internacional

      Portugal – Moçambique








8– Comércio Internacional

      Portugal – S.Tomé e Príncipe









ANEXO




Alcochete, 26 de Dezembro de 2022.

terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Comércio Externo do Canadá e Portugal-Canadá - 2017-2021 e Jan-Out 2021-2022

 

Comércio Externo do Canadá e
Portugal-Canadá
(2017-2021 e Janeiro-Outubro 2021-2022)

                                                    ( disponível para download  >> aqui )

1 – Introdução

As exportações anuais portuguesas de mercadorias para o Canadá acompanharam de perto o ritmo das importações entre 2000 e 2011, acentuando o seu crescimento a partir de então.

Neste trabalho, após uma breve análise do Comércio Externo do Canadá ao longo dos últimos cinco anos, com base em dados de fonte ’International Trade Centre’ (ITC) calculados a partir de dados de base "Statistics Canada", analisa-se a evolução do nosso Comércio Internacional com este país no período de 2017 a 2021, com base em versões do INE já definitivas, e período de Janeiro-Outubro de 2021-2022, este último ano em versão ainda preliminar.

2 – Comércio Externo do Canadá (2017-2021)

2.1 – Balança Comercial

De acordo com os dados de base do ITC, em 2021 o peso de Portugal nestas importações terá sido de 0,1%, cabendo as maiores quotas aos grupos “Têxteis e vestuário” e “Calçado, peles e couros” (0,9% cada), “Agro-alimentares”, “Madeira, cortiça e papel” e “Produtos acabados diversos” (0,2% cada).

2.3 – Exportação

Em 2021 as principais exportações de mercadorias do Canadá incidiram no grupo de produtos “Energéticos” (23,9% do Total e 17,7% em 2020).

Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (16,1% e 15,9%), “Agro-alimentares” (13,2% e 14,3%), “Químicos” (10,7% e 11,0%), “Material de transporte terrestre e partes” (9,1% e 11,9%), “Maquinas, aparelhos e partes” (9,0% e 10,2%), “Produtos acabados diversos” (7,7% e 9,1%) e “Madeira, cortiça e papel” (7,3% e 6,6%).

 Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (2,2% e 2,5%), “Têxteis e vestuário” (0,7 % em cada um dos anos) e “Calçado, peles e couros” (0,1% em cada um dos anos).

O peso de Portugal nas exportações do Canadá em 2021 terá sido de apenas 0,05%, cabendo as maiores quotas ao grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (1,1%)..

2.4 – Principais mercados

Os EUA são o principal parceiro comercial do Canadá em ambas as vertentes comerciais.

Em 2021, do lado das importações, depois dos EUA (45,8% do Total), evidenciaram-se a China (14,0%), o México (5,4%), a Alemanha (3,1%), o Japão (2,5%), a Itália e a Coreia do Sul (1,7% cada) e o Vietname (1,6%).

Nas exportações, depois dos EUA (75,6%), alinharam-se, entre os principais destinos, a China (4,6%), o Reino Unido (2,6%), o Japão (2,3%), o México (1,3%) e a Alemanha (1,1%)

3 – Comércio de Portugal com o Canadá

      (2017-2021 e Janeiro-Outubro 2021-2022)

3.1 – Balança Comercial


A Balança Comercial de Portugal com o Canadá foi deficitária entre 2017 e 2021, bem como no período de Janeiro-Outubro 2021-2022. Em 2022 as importações cresceram +111,7% face ao período homólogo de 2021 e as exportações aumentaram +31,2%, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a decrescer de 247,6% para 153,5%.

A figura seguinte mostra-nos o ritmo de evolução anual do valor das importações e das exportações entre 2017 e 2021 (2017=100).


3.2 – Importação

Numa análise por grupos de produtos (ver a composição dos grupos no Anexo-1), as principais importações portuguesas com origem no Canadá nos primeiros dez meses de 2022 incidiram no grupo “Agro-alimentares” (37,6% em 2022 e 63,3% em 2021).

Seguiram-se os grupos “Energéticos” (29,1% em 2022 e nulas no ano anterior), “Aeronaves, embarcações e partes” (15,5% e 3,7%), “Químicos” (6,7% e 12,3%), “Máquinas, aparelhos e partes” (5,8% e 10,6%), “Produtos acabados diversos” (2,1% e 2,8%), “Minérios e metais” (1,4% e 4,0%).

Com pesos inferiores a 1% em 2022 alinharam-se depois os grupos de produtos “Madeira, cortiça e papel” (0,9% e 1,9%), “Têxteis e vestuário” (0,5% e 0,6%), “Material de transporte terrestre e partes” (0,3% e 0,6%) e “Calçado, peles e couros” (0,2% em cada um dos anos).


3.3 – Exportação

As principais exportações para o Canadá couberam aos grupos de produtos “Químicos” (21,7% em 2022 e 17,0% em 2021), “Têxteis e vestuário” (20,7% e 10,2%), “Agro-alimentares” (20,4% e 25,2%).

Seguiram-se “Produtos acabados diversos” (10,2% e 10,7%), “Minérios e metais” (8,9% e 11,9%), “Máquinas, aparelhos e partes” (6,8% e 4,5%), “Calçado, peles e couros” (6,6% e 6,3%), “Madeira, cortiça e papel” (3,5% e 4,5%), “Material de transporte terrestre e partes” (1,1% e 0,7%) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,1% em cada um dos anos), tendo sido praticamente nulas as exportações de “Energéticos” em 2022 e mesmo nulas em 2021. 


Em anexo relacionam-se, por grupos de produtos, as principais importações desagregadas por posições pautais a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada (Anexo-2) e as principais exportações (Anexo-3).

Anexo-1


Anexo-2

Anexo-3































































segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Comércio Internacional de Mercadorias - Série Mensal - Janeiro-Outubro 2022

 

Comércio Internacional 
de mercadorias
- Série mensal -
- Janeiro a Outubro de 2022 -

( disponível para download  >> aqui )

1 - Balança comercial

De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o período de Janeiro a Outubro de 2021 e 2022, respectivamente em versão já definitiva e em versão preliminar com última actualização em 9 de Dezembro de 2022, as exportações de mercadorias aumentaram em valor, em termos homólogos, +25,2% (+13142 milhões de Euros), a par de um aumento das importações de +35,7% (+23904 milhões).

A partir de Janeiro de 2021, nas estatísticas de base do INE foram acrescentados dois códigos de países, “XI-Reino Unido (Irlanda do Norte)” e “XU-Reino Unido (não incluindo a Irlanda do Norte)”, apresentando-se a zeros a posição pautal com o código “GB-Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte”. Nos quadros desta série mensal manteremos, para já, este código GB, correspondente ao somatório dos dois novos códigos.

As exportações para o espaço comunitário (expedições), cujo total corresponde aqui aos actuais 27 membros, registaram de Janeiro a Outubro de 2022 um acréscimo de +23,8% (+8847 milhões de Euros), tendo as exportações para os Países Terceiros aumentado +28,5% (+4295 milhões). Por sua vez, as importações com origem na UE (chegadas) aumentaram +26,8% (+13242 milhões) e as originárias dos Países Terceiros +60,6%  (+10662 milhões). 

O défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou +73,0 ao situar-se em -25512 milhões de Euros (superior em 10762 milhões ao do ano anterior), a que corresponderam agravamentos de 4395 milhões no comércio intracomunitário e de 6367 milhões no extracomunitário. Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações desceu de 78,0%, em 2021, para 71,9%, em 2022.

A variação do preço de importação do petróleo repercute-se no valor das exportações de produtos energéticos, com reflexo na Balança Comercial. De Janeiro a Outubro de 2022 o valor médio de importação do petróleo bruto subiu, face ao período homólogo de 2021, de 417 para 746 Euros/Ton.

Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (o gráfico inclui já a cotação média do mês de Novembro).

Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da NC), que pesou 17,4% no total das importações em 2022 e 8,6% nas exportações, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações em 2022 sobe, no comércio global, de 71,9% para 79,6%.

2 – Evolução mensal


3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações

Em 2022, no período de Janeiro a Outubro, as exportações para a UE (expedições), que representaram 70,4% do Total, cresceram +23,8%, contribuindo com +16,9 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de ‘crescimento’ global de +25,2%. As exportações para o espaço extracomunitário (29,6% do Total), cresceram +28,5%, contribuindo com +8,2 p.p. para a taxa de ‘crescimento’ global.

Os dez principais destinos das exportações no período em análise de 2022 foram a Espanha (26,0%), a França (12,4%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,7%), o Reino Unido incl. Irlanda NT (4,8%), a Itália (4,4%), os Países Baixos (4,1%), a Bélgica (2,4%), as Provisões de Bordo para Países Terceiros (1,7%) e a Polónia (1,4%), destinos que representaram 74,9% do total das exportações.

Angola, o terceiro principal mercado entre os países terceiros no ano de 2021, depois dos EUA e do Reino Unido, registou no período em análise de 2022 um aumento de 52,7% nas nossas exportações (+401,2 milhões de Euros), envolvendo os acréscimos todos os grupos de produtos: “Máquinas, aparelhos e partes” (+105,1 milhões), “Agro-alimentares” (+94,1 milhões), Químicos (+63,6 milhões), “Produtos acabados diversos” (+45,6 milhões), “Minérios e metais” (+40,2 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+21,7 milhões), “Têxteis e vestuário” (+9,0 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+8,9 milhões), “Energéticos” (6,4%), “Calçado, peles e couros” (+4,0 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (+2,6 milhões de Euros).

Entre os principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações neste período (+25,2%) pertenceram a Espanha (+6,1 p.p.), aos EUA (+2,8 p.p.), à Alemanha (+2,7 p.p.), à França (+2,3 p.p.), às Provisões de Bordo Extra-UE (1,5 p.p.), aos Países Baixos (+1,2 p.p.), à Itália (+1,0 p.p.), ao Reino Unido/Irl NT (+0,8 p.p.) â Bélgica (+0,7 p.p.) e à Turquia (+0,4 p.p.). Os maiores contributos negativos couberam a Marrocos (-0,4 p.p.), à China e ao Japão (-0,1 p.p. cada). 

Os maiores acréscimos nas expedições para o espaço comunitário incidiram em Espanha, Alemanha, França, Países Baixos, Itália, Provisões de Bordo, Bélgica, Suécia, Irlanda, Polónia, Eslováquia, Rep.Checa, Roménia e Áustria. Entre os decréscimos destacou-se Malta.


No conjunto dos Países Terceiros, entre os maiores acréscimos nas exportações destacaram-se os EUA, Provisões de Bordo, Reino Unido/Irlanda NT, Angola e Turquia, seguidos do Brasil, Panamá, Suíça, Canadá, Israel, Noruega e Argélia.

Entre os maiores decréscimos evidenciaram-se os de Marrocos, Rússia e China.

3.2 - Importações

Em 2022, no período em análise, as chegadas de mercadorias com origem na UE, que representaram 68,9% do total, registaram um acréscimo de +26,8% e contribuíram com +19,8 p.p. para uma taxa de variação homóloga global de +26,8%.

As importações com origem no espaço extracomunitário registaram no mesmo período um acréscimo de +60,6%, representando 31,1% do total, com um contributo para o ‘crescimento’ global de +15,9 p.p..

Os principais mercados de origem das importações em 2022 foram a Espanha (32,0% do Total), seguida da Alemanha (11,0%), França (6,0%), China (5,1%), Países Baixos (4,9%), Itália (4,6%), Brasil (4,4%), EUA e Bélgica (3,1% cada), e Nigéria (1,8%).

Estes países representaram, no seu conjunto, 75,9% do total das importações.

Entre os contributos positivos para a taxa de variação homóloga das importações no período em análise (+35,7%) destacou-se o da Espanha, (+10,6 p.p.), seguida do Brasil (+2,9 p.p.), da China (+2,4 p.p.), da Alemanha (+2,3 p.p.), dos EUA (+2,0 p.p.), da França e Países Baixos (+1,3 p.p. cada), da Bélgica e Itália (+1,0 p.p. cada). O principal contributo negativo incidiu na Fed. Russa (‑0,3 p.p.).

Nas duas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos das importações com origem intracomunitária (não ocorreram decréscimos) e os maiores acréscimos e decréscimos nos Países Terceiros, entre 2021 e 2022.



4 – Saldos da Balança Comercial        

Nos primeiros dez meses de 2022, os maiores saldos positivos da balança comercial (Fob-Cif) couberam à França (+2695 milhões de Euros), ao Reino Unido (+2210 milhões), aos EUA (+1557 milhões), a Angola (+626 milhões) e a Gibraltar (+431 milhões).

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-12072 milhões de Euros), seguida da China (-4110 milhões), do Brasil (-3261 milhões), da Alemanha (‑2878 milhões) e dos Países Baixos (-1762 milhões).


5 – Evolução por grupos de produtos

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2), foram aqui agregados em 11 grupos de produtos, tendo em atenção as alterações pautais de 2022 (ver ANEXO).

No período de Janeiro a Outubro de 2022, todos os grupos registaram acréscimos nas exportações face a 2021.

Os grupos que detiveram maior peso na estrutura foram “Químicos” (14,2% do Total e +2052 milhões de Euros face a 2021), “Máquinas, aparelhos e partes” (13,5% e +1438 milhões), “Agro-alimentares” (12,7% e +1481 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (11,4% e +911 milhões), “Minérios e metais” (10,7% e +1343 milhões). Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,2% e +910 milhões),  “Energéticos” (8,6% e +2501 milhões), “Têxteis e vestuário” (8,0% e +723 milhões), “Madeira cortiça e papel” (7,9% e +1283 milhões), “Calçado, peles e couros” (3,2% e +409 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes) (0,6% e +90 milhões de Euros).


5.2 – Importações

Em 2022, no período em análise, foi também positiva a taxa de variação homóloga em valor, face ao período homólogo do ano anterior, em todos os grupos de produtos.

Os grupos de produtos com maior peso foram “Energéticos” (17,4% e +8269 milhões de Euros), “Químicos” (17,3% e +3042 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (16,4% e +2588milhões), “Agro-alimentares” (14,0% e +2881 milhões de Euros). Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (9,6% e +2006 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (9,1% e +1793 milhões), “Produtos acabados diversos” (5,6% e +820 milhões), “Têxteis e vestuário” (5,1% e +1126 milhões), Madeira, cortiça e papel” (3,3% e +856 milhões), “Calçado, peles e couros” (1,7% e +491 milhões) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,7% e +32 milhões de Euros). 


6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

Entre os mercados de destino, a Espanha ocupou no período de Janeiro a Outubro de 2022 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 26,0% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição, depois da França, Alemanha e Países Baixos), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição, depois da Alemanha) e “Aeronaves, embarcações e partes” (5ª posição, precedida do Brasil, França, EUA e Irlanda).


Seguiram-se no “ranking” a França (12,4%), a Alemanha (10,9%), os EUA (6,7%), o Reino Unido/Irl NT (4,8%), a Itália (4,4%), os Países Baixos (4,1%), a Bélgica (2,4%), Angola (1,8%) e as Provisões de Bordo Extra-UE (1,7%).

Estes dez destinos representaram 75,3% das exportações totais.

6.2 – Importações


Na vertente das importações, a Espanha ocupou o primeiro lugar em dez dos onze grupos de produtos, com 32,0% do total.

A única excepção foi o grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (4º lugar, depois da Alemanha, EUA e Brasil).

Seguiram-se, no “ranking”, a Alemanha (11,0%), a França (6,0%), a China (5,1%), os Países Baixos (4,9%), a Itália (4,6%), o Brasil (4,4%), os EUA e a Bélgica (3,1% cada), a Nigéria (1,8%). Estes dez países cobriram 75,9% das importações totais.

 7 – Valor dos grupos de produtos das exportações em 2022

       face a 2021, por meses homólogos não acumulados


Alcochete, 12 de Dezembro de 2022.

ANEXO