quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Comércio Internacional de Portugal com África - 2019-2023 e 1º Semestre 2023-2024

 

          Comércio Internacional de          mercadorias 
 de Portugal com África

 (2019-2023)
 (1º Semestre 2023-2024)

                                                (disponível para download  >> aqui )


1 – Nota introdutória

Para a reunião de dados do comércio externo dos países africanos face ao mundo no ano de 2023 foi utilizada a base de dados do “International Trade Centre” (ITC). Os 60 países africanos foram agrupados em 3 conjuntos, que aqui passamos a designar por zonas: “Norte de África”, “Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)” e “Outros África”.

Em quadro anexo (Anexo-1), encontram-se relacionados estes países pelas três zonas consideradas, com as respectivas capitais, população (estimativa 2024) e PIB “per capita” (estimativa 2023), informação com base em dados da “Central Inteligence Agency” (CIA).

Para o comércio de Portugal com África foram utilizados dados estatísticos de base divulgados pelo “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE) para os anos de 2019 a 2023 e 1º Semestre de 2023 e 2024, com última actualização em 10-10-2024.

2 –Comércio Externo dos países africanos face ao mundo

3 – Comércio de mercadorias de Portugal com África

No ano de 2023 o maior peso das importações portuguesas com origem nos países africanos incidiu na zona “Outros África” (56,0%, com 47,4% em 2019), seguida do “Norte de África” (36,7% e 24,0%, respectivamente) e dos “PALOP” (28,6% e 7,3%). Do lado das exportações prevaleceram os PALOP” (44,4% e 50,4%), seguidos do “Norte de África” (41,4% e 34,8%) e dos “Outros África” (14,2% e 14,8%).

Nos gráficos seguintes pode observar-se a evolução do ritmo de crescimento anual do valor das importações e das exportações de Portugal com os países africanos entre 2019 e 2023 (2019=100).

3.1 – Balança Comercial

No quinquénio 2019-2023 a Balança Comercial de Portugal com o conjunto dos países africanos foi deficitária em 2019 (-246 milhões de Euros) e em 2022 (-1,7 mil milhões). Em 2023 o saldo da Balança situou-se em +197 milhões de Euros, com um grau de cobertura das importações pelas exportações (Cif-Fob) de 104,5%. No 1º Semestre de 2024 registou-se um saldo positivo de +132 milhões de Euros, com um grau de cobertura de 106,3%.

Em 2023 estas importações representaram 16,2% das importações portuguesas de origem Extra-UE(27) e 19,6% das exportações, quotas que no 1º Semestre de 2024 foram respectivamente de 15,6% e 19,2%.

No quinquénio em análise a Balança Comercial com os países do “Norte de África”, à excepção de 2022 (-338 milhões de Euros), foi superavitária, o mesmo acontecendo no 1º Semestre de 2024. Em 2023 o saldo da Balança situou-se em +285 milhões de Euros, com um grau de cobertura de 117,9%. No 1º Semestre de 2024 registou-se um saldo positivo de +21 milhões de Euros, com um grau de cobertura de 102,0%.

Nos anos em análise e 1º Semestre de 2024, a Balança Comercial com os “PALOP” foi superavitária, com elevados graus de cobertura das importações pelas exportações.

No período em análise a Balança Comercial com os restantes países africanos, “Outros África, foi deficitária, com graus de cobertura oscilando entre apenas 20% e 32%.

3.2 – Importações

As importações portuguesas de produtos “Energéticos”, designadamente petróleo e gás natural, detêm um peso elevado nas importações vindas de África, tendo no 1º Semestre de 2024 representado 55,0% do Total em “Outros África”, principalmente originárias da Nigéria, Congo e Ghana, 39,8% no “Norte de África”, a partir da Argélia, e 5,1% nos “PALOP”, vindas de Angola.



Principais origens das importações:

No ano de 2023 as principais importações provenientes do “Norte da África” incidiram na Argélia e em Marrocos, as dos “PALOP” em Angola e as dos “Outros África” na Nigéria, Congo, África do Sul e Ghana.

3.3 – Exportações

No 1º Semestre de 2024 as principais exportações portuguesas para África incidiram nos grupos de produtos “Máquinas, aparelhos e partes” (22,4% do Total e 23,6% em 2023), “Agro-alimentares” (15,4% e 16,0%) e “Químicos” (14,4% e 15,7%).

Seguiram-se os grupos “Energéticos” (10,7% e 7,4%), “Minérios e metais” (10,3% e 10,1%), “Madeira, cortiça e papel” (8,8% e 7,7%), “Produtos acabados diversos” (6,8% e 7,0%), “Material de transporte terrestre e partes” (5,9% e 7,5%) e “Têxteis e Vestuário” (4,1% e 4,0%).

Com pesos inferiores alinharam-se depois os grupos “Calçado, peles e couros” (0,8% nos dois semestres) e “Aeronaves, embarcações e partes” (0,4% e 0,2%).

Principais destinos das exportações:

No ano de 2023 as principais exportações para o “Norte da África” incidiram em Marrocos, Argélia, Egipto e Tunísia.

Nas exportações para os “PALOP” prevaleceram as de Angola, centradas no petróleo, seguidas de Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau.

Para “Outros África” destacaram-se as destinadas à África do Sul, Costa do Marfim, Nigéria e Senegal.

Alcochete, 30 de Outubro de 2024.


ANEXO-1



ANEXO-2














































































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