Comércio Internacional da Polónia
2020-2024
&
Portugal-Polónia
2020-2024 Janeiro-Maio 2024-2025
(disponível para download >> aqui )
1 – Nota introdutória
Neste trabalho é
feita uma breve análise do Comércio Internacional da Polónia ao longo do
período 2020-2024, com base em cálculos do ’International Trade Centre’
(ITC) a partir de dados de fonte “COMTRADE”, da ONU. Segue-se uma
análise da evolução do Comércio Internacional de Portugal com este país entre
2020 e 2024 e período de Janeiro a Maio de 2024 e 2025, com base em versões
definitivas do ‘Instituto Nacional de Estatística de Portugal’ (INE)
até 2023 e versões preliminares para 2024 e período em análise de 2024 e 2025.
2 – Comércio Internacional da Polónia
(2020-2024)
2.1 – Balança Comercial
De acordo com os dados do ITC, tendo sido deficitária
entre 2020 e 2022, a Balança Comercial tornou-se favorável à Polónia nos dois
anos seguintes, com saldos de +9,7 milhões de Euros em 2023 e + 774 mil Euros
em 2024, e graus de cobertura das importações pelas exportações de 102,8% e
100,2% respectivamente.
Face ao valor que detinham em 2020, o ritmo de
crescimento anual das exportações acompanhou de perto o das importações.
2.2 – Importação
Em 2024, numa
análise das importações de mercadorias por grupos de produtos (definição do
conteúdo dos grupos em Anexo), as principais importações na Polónia
incidiram nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (24,3% e 24,7% no
ano anterior), “Químicos” (16,8%) e 16,6%), respectivamente), “Material
de transporte terrestre e partes” (10,8% e 10,1%), “Minérios e metais”
(10,3% e 10,8%) e “Agro-alimentares” (10,2% e 9,7%). Seguiram-se os
grupos “Produtos acabados diversos” (8,6% e 8,5%), “Energéticos” (7,6%
e 8.9%), “Têxteis e vestuário” (5,9% e 5,3%), “Madeira, cortiça e
papel” (2,7% nos dois anos), “Calçado, peles e couros” (1,8% e 1,7%)
e “Aeronaves, embarcações e partes” (1,1% em ambos os anos).
Seguiram-se
os grupos “Têxteis e vestuário” (4,8% e 4,3%), “Madeira, cortiça e
papel” (4,0% em ambos os anos), “Energéticos” (2,6% e 3,1%), “Calçado,
peles e couros” (1,5% e 1,3%) e “Aeronaves, embarcações e partes”
(1,4% e 1,3%).
Em 2024 as exportações da Polónia para Portugal
terão totalizado 1,9 milhões de Euros (0,5% do Total), cabendo os maiores pesos
por grupos a “Químicos”, “Máquinas, aparelhos e partes” e “Material
de transporte terrestre e partes” (com 0,7% do total de cada grupo) e “Agro-alimentares”
(0,5%).
2.4 – Principais mercados
Em 2024 os principais mercados de origem das
importações na Polónia foram a Alemanha (19,2% do Total) e a China (14,5%).
Alinharam-se depois, entre os principais, os EUA
(5,0%), a Itália (4,7%), os Países Baixos (3,9%), a França (3,5%) e a República
Checa (3,2%). Portugal terá ocupado a 38ª posição, com 0,4% do Total.
Do lado das exportações salientou-se a Alemanha (27,1%
do Total), a grande distância da República Checa e da França (6,1% cada), do
Reino Unido (5,3%), dos Países Baixos e da Itália (4,6% cada), da Ucrânia
(3,7%) e dos EUA (3,3%). Portugal, terá ocupado o 28º lugar no ‘rannking’,
com 0,5% do Total.
3 – Comércio de Portugal com a Polónia (2020-2024 e Janeiro-Maio 2024-2025)
3.1 – Balança Comercial
A Balança Comercial de Portugal com o Polónia foi
deficitária entre 2020 e 2024 bem como no período de Janeiro a Maio de 2024-2025.
Nos primeiros cinco meses de 2025, face ao mesmo período
do ano anterior, as importações decresceram -0,4% e as exportações aumentaram +2,0%,
com um défice de -250 milhões de Euros e um grau de cobertura das importações
pelas exportações a subir de 66,4%, em 2024, para 68,0%, em 2025.
Como se pode observar na figura seguinte, face ao
nível que detinham em 2020, o ritmo de ‘crescimento’ das exportações
manteve-se abaixo do das importações até 2023, para dele se aproximar em 2024.
3.2
– Importação
Numa análise por grupos de produtos (composição
dos grupos em Anexo), as principais importações portuguesas com origem na Polónia
no período de Janeiro a Maio de 2025 incidiram nos grupos “Máquinas,
aparelhos e partes” (26,2% e 25,9% no período homólogo de 2024), muito
diversificadas, com destaque para ao motores a diesel, receptores de TV,
radares e aparelhos de radionavegação, máquinas automáticas de processamento de
dados, transformadores e conversores eléctricos, interruptores, seccionadores e
aparelhos de protecção eléctrica, refrigeradores e congeladores, aparelhos de telefonia
e telecomunicação por fios, entre muitos outros, “Químicos” (19,6%
e 25,0%), em sua grande parte catalisadores em suporte tendo como substância
activa um metal precioso, seguidos de chapas e obras diversas de plástico, de
produtos da borracha, e de medicamentos e produtos de beleza, entre outros, “Material
de transporte terrestre e partes” (17,0% e 16,7%), centrado nos automóveis
de passageiros e partes e acessórios de veículos automóveis diversos, e “Agro-alimentares”
(15,0% e 13,6%), com destaque para a carne de bovino fresca, refrigerada ou
congelada, seguida, entre os principais produtos, de cigarros, preparações alimentícias,
produtos do chocolate e cacau, preparações para alimentação animal, carne e
miudezas de espécies domésticas.
Com pesos inferiores a dois dígitos seguiram-se os
grupos “Produtos acabados diversos” (8,5% e 8,0%), como
mobiliário e artigos ortopédicos, “Minérios e metais” (6,5% e
5,8%), com destaque para o ferro, aço e suas obras, “Têxteis e vestuário”
(3,0% e 2,1%), “Madeira, cortiça e papel” (2,0% e 1,8%), “Calçado,
peles e couros” (0,8% nos dois anos), “Energéticos” (0,5%
e 0,3%), tendo sido praticamente nulas as importações de “Aeronaves,
embarcações e partes”.
Na figura
seguinte encontram-se os grupos de produtos desagregados pelos principais Capítulos da Nomenclatura (NC2/SH2) que os
integram.
3.3
– Exportação
Nos primeiros cinco meses de 2025 as principais
exportações para a Polónia couberam aos grupos de produtos “Material de
transporte terrestre e partes” (19,9% e 20,5% em igual período de
2024), com destaque para os automóveis de passageiros e partes e peças de
veículos automóveis diversos, “Máquinas, aparelhos e partes”
(7,0% e 8,7%), muito diversificadas, com destaque para as caixas de fundição,
fios e cabos eléctricos, partes de motores de explosão ou a diesel, entre
muitos outros, “Agro-alimentares” (18,2% e 22,8%), principalmente
vinho, açúcar, azeite, café e frutas, “Químicos” (13,9% e 14,0%),
com destaque para as obras de plástico, medicamentos, pneus novos, sangue para
uso médico, obras de borracha vulcanizada, tintas e vernizes, polímeros de
etileno, colas, abrasivos e produtos de beleza e “Madeira, cortiça e
papel” (10,2% e 8,7%), como pastas de madeira, papel e cartão, caixas,
sacos e embalagens, cortiça aglomerada e suas obras.
Seguiram-se os grupos “Têxteis e vestuário”
(6,3% e 5,7%), com destaque para os tecidos impregnados ou revestidos com
plástico, tecidos de malha, roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha, ‘T-shirts’,
veludos, moldes para vestuário e tecidos de filamentos sintéticos, “Produtos
acabados diversos” (5,3% e 5,2%), muito diversificados, principalmente fibra
e cabos ópticos prismas e espelhos, mobiliário, louça sanitária de cerâmica,
contadores e outros aparelhos de medição, assentos excepto para medicina, pedra
de cantaria ou construção, abrasivos e louça excepto de porcelana, “Minérios
e metais” (5,2% e 4,9%), como laminados
de ferro ou aço, ferragens e guarnições em metais comuns, fios de ferro ou aço,
cadeados e fechaduras, parafusos porcas e similares, ferramentas e obras de
alumínio, “Calçado, peles e couros” (1,7% e 1,3%), designadamente
calçado de couro, malas, bolsas, estojos e carteiras em couro e outras matérias
têxteis ou plástico, e outros tipos de calçado, “Aeronaves, embarcações e
partes” (0,6% e 0,4%), essencialmente aparelhos aéreos não tripulados e
embarcações de recreio ou desporto, tendo sido praticamente nulas as
exportações de produtos “Energéticos”.
Na figura seguinte encontram-se os grupos de produtos
desagregados pelos principais Capítulos
da Nomenclatura (NC2/SH2) que os integram.
Alcochete,
28 de Julho de 2025.
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