sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Comércio Internacional de mercadorias de Portugal com a Federação Russa -2020-24 e Janeiro-Agosto 2024-25

 

Comércio Internacional

de mercadorias de Portugal

com a Federação Russa

2020-2024 e Janeiro-Agosto 2024-2025


 ( disponível para download  >> aqui )

1 – Nota introdutória

A Federação Russa ocupou em 2024 a 22ª posição entre os mercados de origem das importações portuguesas de mercadorias com origem Extra-UE, com 0,8% do Total (18ª posição em 2023, com 1,2%), e a 32ª posição entre os mercados de destino das exportações, com 0,4% do Total (31ª em 2023, com 0,3%).

Analisa-se neste trabalho a evolução do comércio internacional de mercadorias de Portugal com este país no período de 2020-2024 e Janeiro-Agosto de 2024-2025, com base em dados estatísticos divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística de Portugal (INE), definitivos até 2024 e preliminares para 2025, com última actualização em 10 de Outubro de 2025.

2 – Ritmo de evolução anual do valor das                                                      importações e exportações globais (2020-2024)

Em 2001, as importações portuguesas com origem na Federação Russa, após duplicarem face ao valor que detinham no ano anterior (208,2%, com 2020=100), decresceram até se situarem em 40,1% em 2024. Por sua vez o ritmo das exportações, após se ter mantido em 2021 face a 2020, decresceu sucessivamente nos dois anos seguintes (40,9% em 2023), recuperando em 2024 para 57,4% do nível em 2020.

3 – Balança Comercial

A Balança Comercial de Portugal com a Federação Russa é desfavorável, tendo o défice decrescido sustentadamente de 2021 para 2024, de -890 milhões de Euros para -104 milhões.

Nos primeiros oito meses de 2025, face ao período homólogo do ano anterior, na sequência de um aumento das importações de +16,5% e de uma queda das exportações de -31,0%, o défice da Balança Comercial passou de -22,8 milhões de Euros para -63,2 milhões, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 77,3% para 45,8%.


4 – Importações por grupos de produtos

 

Ao longo dos últimos cinco anos e primeiros oito meses de 2025, as principais importações incidiram no grupo de produtos “Energéticos”, que representou 62,8% do Total no período em análise de 2025, seguido dos grupos “Agro-alimentares” (28,6%) e “Químicos” (8,3%).

Entre 2020 e 2022, no âmbito deste grupo de produtos, o principal produto importado incidiu em ‘Fuelóleos’, que se deixaram de importar a partir de então. Seguiram-se as importações de ‘Gás natural liquefeito’ que, aparte uma importação de “Coque e betume de petróleo” em 2023, foi o único produto importado em 2024 e no período em análise de 2025 (cerca de 10% do Mundo).

Os produtos “Agro-alimentares” (28,6% no período em análide de 2025 e 50,3% no ano anterior) foram nos dois anos constituídos por ´Peixe’ nas suas diversas formas e os “Químicos” (8,3% e 15,8% respectivamente), por ‘Hidróxidos e peróxidos de magnésio, estrôncio e bário’ e ’Adubos’.

No quadro seguinte constam os principais produtos transaccionados no âmbito de cada grupo de produtos no período de Janeiro-Agosto de 2025 e correspondentes montantes no ano anterior, desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura.


5 – Exportações por grupos de produtos

Em 2025, no período em análise, as exportações incidiram em sua grande parte no grupo de produtos “Ago-alimentares” (64,3% do Total e 68,2% em 2024), principalmente constituídas por vinhos.

Seguiram-se, a grande distância, os grupos “Calçado, peles e couros” (15,7% e 10,4% respectivamente), “Madeira, cortiça e papel” (6,5% e 5,4%), “Produtos acabados diversos” (6,3% e 3,3%), “Têxteis e vestuário” (4,8% e 3,3%), “Minérios e metais” (1,7% e 2,5%) e “Químicos” (0,7% e 3,1%).

No quadro seguinte constam os principais produtos transaccionados no âmbito de cada grupo de produtos no período de Janeiro-Agosto de 2025 e correspondentes montantes no ano anterior, desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura.



Alcochete, 16 de Outubro de 2025.


ANEXO



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