de mercadorias de Portugal
com a Federação Russa
2020-2024 e Janeiro-Agosto 2024-2025
1 – Nota introdutória
A
Federação Russa ocupou em 2024 a 22ª posição entre os mercados de origem das
importações portuguesas de mercadorias com origem Extra-UE, com 0,8% do Total (18ª
posição em 2023, com 1,2%), e a 32ª posição entre os mercados de destino das
exportações, com 0,4% do Total (31ª em 2023, com 0,3%).
Analisa-se
neste trabalho a evolução do comércio internacional de mercadorias de Portugal com
este país no período de 2020-2024 e Janeiro-Agosto de 2024-2025, com base em dados
estatísticos divulgados pelo Instituto
Nacional de Estatística de Portugal (INE), definitivos até 2024 e
preliminares para 2025, com última actualização em 10 de Outubro de 2025.
2 – Ritmo de evolução anual do valor das importações e exportações globais (2020-2024)
Em 2001,
as importações portuguesas com origem na Federação Russa, após duplicarem face
ao valor que detinham no ano anterior (208,2%, com 2020=100), decresceram até se
situarem em 40,1% em 2024. Por sua vez o ritmo das exportações, após se ter
mantido em 2021 face a 2020, decresceu sucessivamente nos dois anos seguintes
(40,9% em 2023), recuperando em 2024 para 57,4% do nível em 2020.
3 – Balança Comercial
A Balança
Comercial de Portugal com a Federação Russa é desfavorável, tendo o défice decrescido
sustentadamente de 2021 para 2024, de -890 milhões de Euros para -104 milhões.
Nos
primeiros oito meses de 2025, face ao período homólogo do ano anterior, na
sequência de um aumento das importações de +16,5% e de uma queda das
exportações de -31,0%, o défice da Balança Comercial passou de -22,8 milhões de
Euros para -63,2 milhões, com o grau de cobertura das importações pelas
exportações a descer de 77,3% para 45,8%.
4 – Importações por grupos de produtos
Ao longo
dos últimos cinco anos e primeiros oito meses de 2025, as principais
importações incidiram no grupo de produtos “Energéticos”, que
representou 62,8% do Total no período em análise de 2025, seguido dos grupos “Agro-alimentares”
(28,6%) e “Químicos” (8,3%).
Entre
2020 e 2022, no âmbito deste grupo de produtos, o principal produto importado
incidiu em ‘Fuelóleos’, que se deixaram de importar a partir de então. Seguiram-se
as importações de ‘Gás natural liquefeito’ que, aparte uma importação de
“Coque e betume de petróleo” em 2023, foi o único produto importado em
2024 e no período em análise de 2025 (cerca de 10% do Mundo).
Os
produtos “Agro-alimentares” (28,6% no período em análide de 2025 e 50,3%
no ano anterior) foram nos dois anos constituídos por ´Peixe’ nas suas
diversas formas e os “Químicos” (8,3% e 15,8% respectivamente), por ‘Hidróxidos
e peróxidos de magnésio, estrôncio e bário’ e ’Adubos’.
No quadro
seguinte constam os principais produtos transaccionados no âmbito de cada grupo
de produtos no período de Janeiro-Agosto de 2025 e correspondentes montantes no
ano anterior, desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura.
5 – Exportações por grupos de produtos
Em 2025, no período em análise, as exportações
incidiram em sua grande parte no grupo de produtos “Ago-alimentares” (64,3% do Total e 68,2%
em 2024), principalmente constituídas por vinhos.
Seguiram-se,
a grande distância, os grupos “Calçado, peles e couros” (15,7% e 10,4%
respectivamente), “Madeira, cortiça e papel” (6,5% e 5,4%), “Produtos
acabados diversos” (6,3% e 3,3%), “Têxteis e vestuário” (4,8% e
3,3%), “Minérios e metais” (1,7% e 2,5%) e “Químicos” (0,7% e
3,1%).
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