sábado, 4 de outubro de 2025

Comércio Internacional português de mercadorias no sector "Agro-alimentar" (1º Semestre 2024-2025)

 

Comércio Internacional

 português de mercadorias

no sector “Agro-alimentar”

 (1º Semestre 2024-2025)


( disponível para download  >> aqui )

                                                                          

1 – Nota introdutória

Os produtos do sector “Agro-alimentar” encontram-se repartidos por um elevado número de tipos de produtos no contexto da agricultura, de outros produtos alimentares e de indústrias transformadoras alimentares.

Neste trabalho vamos analisar no 1º Semestre de 2025, face ao semestre homólogo do ano anterior, a evolução das importações e das exportações dos produtos que integram os Capítulos 01 a 24 das nomenclaturas de mercadorias NC (Nomenclatura Combinada) e SH (Sistema Harmonizado), coincidentes até 6 dígitos, que designamos por “Grupo de Produtos Agro-alimentares”, desagregados em sete subgrupos (ver descritivo do conteúdo em Anexo), a partir de dados estatísticos do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versão definitiva para 2024 e preliminar para 2025.

Para este período foram calculados, para o Grupo e para cada um dos seus Subgrupos, índices de preço do tipo 'Paasche', utilizados como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume.

No último quinquénio, o ritmo de ‘crescimento’ das importações de produtos “Agro-alimentares”, face ao valor que detinham em 2020, manteve-se acima do das exportações em 2022 e 2023, para coincidirem em 2024.



2 – Balança Comercial (1º Semestre 2024-2025)

A Balança Comercial dos produtos “Agro-alimentares” foi deficitária ao longo dos últimos cinco anos, com saldos crescendo de -3,3 mil milhões de Euros em 2020 a -5,7 mil milhões em 2023, caindo para -5,2 mil milhões em 2024.

No 1º Semestre de 2025, face ao semestre homólogo do ano anterior, as importações cresceram em valor +8,6% e as exportações +1,7%, com um défice de  -3,1 mil milhões de Euros.

Em volume, a taxa de variação anual homóloga das importações terá sido de +10,2% e de +8,3% a das exportações, com o preço das importações a descer     -1,4% e o das exportações -6,1%.

No 1º Semestre de 2025 o grupo de produtos “Agro-alimentares” ocupou a 3ª posição no “ranking” dos onze grupos considerados, em ambas as vertentes comerciais, com um peso de 15,8% do Total nas importações e de 14,0% nas exportações.


3 – Importações por Subgrupos de produtos

Entre os sete subgrupos destacaram-se em 2025, pelo seu peso, as importações de “Outros agro-alimentares” (26,7% do Total e 25,3% no 1º Semestre do ano anterior). Seguiram-se as “Conservas e preparações alimentares” (17,8% e 17,9%, respectivamente), as “Carnes e lacticínios” (16,8% e 15,6%), os “Produtos da pesca” (14,6% e 14,0%), as “Frutas e hortícolas” (12,1% e 11,6%), as “Oleaginosas, gorduras e óleos” (10,0% e 13,2%) e as “Bebidas alcoólicas” (2,1% e 2,5%).

Verificaram-se decréscimos face ao período homólogo do ano anterior nas importações de “Oleaginosas, gorduras e óleos” (-191 milhões de Euros) e de “Bebidas alcoólicas” (-13 milhões). Os maiores acréscimos ocorreram nos grupos “Outros agro-alimentares” (+296 milhões de Euros) e “Carnes e lacticínios” (+212 milhões), seguidos de “Produtos da pesca” (+149 milhões), “Frutas e hortícolas” (+131 milhões) e “Conservas e preparações alimentares” (+116 milhões).


3.1 – Principais produtos importados



3.2 – Mercados de origem das importações


4 – Exportações por Subgrupos de produtos

Entre os sete subgrupos destacaram-se, no 1º Semestre de 2025, pelo seu peso, as exportações de “Outros agro-alimentares” (26,0% do Total e 24,8% no ano anterior). Seguiram-se as “Conservas e preparações alimentares” (18,6% e 18,1%, respectivamente), “Frutas e hortícolas” (14,7% e 13,0%), “Oleaginosas, gorduras e óleos” (13,8% e 18,7%), “Bebidas alcoólicas” (9,8% e 10,3%), “Produtos da pesca” (9,2% e 8,1%) e “Carnes e lacticínios” (7,9% e 7,0%).

Ocorreram decréscimos, entre os dois anos, nas exportações de “Oleaginosas, gorduras e óleos” (-262 milhões de Euros), essencialmente azeite, e “Bebidas alcoólicas” (-16 milhões).

Os maiores acréscimos verificaram-se nas exportações de “Frutas e hortícolas” (+110 milhões de Euros face ao ano anterior) e de “Outros agro-alimentares” (+95 milhões), com grande incidência no tabaco e seus sucedâneos (+97 milhões). Seguiram-se as exportações de “Produtos da pesca” (+66 milhões), “Carnes e lacticínios” (+60 milhões) e “Conservas e preparações alimentares” (+42 milhões).

4.1 – Principais produtos exportados


4.2 – Mercados de destino das exportações




ANEXO



Alcochete, 3 de Outubro de 2025.


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