quinta-feira, 30 de março de 2017

Comércio internacional Portugal-Moçambique (2015-2016)


1-  Trocas comerciais na óptica moçambicana
Para a análise da evolução das importações e exportações moçambicanas são aqui utilizados dados estatísticos de base divulgados pelo International Trade Centre (ITC), calculados a partir de estatísticas COMTRADE, da ONU, reportando-se os últimos dados disponíveis ao ano de 2015.
A Balança Comercial de mercadorias de Moçambique é deficitária, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a oscilar entre 40% e 56% ao longo dos últimos quatro anos. 

Em 2015, de acordo com os dados disponíveis, as importações cresceram +8,3% em valor face ao ano anterior, a par de um decréscimo das exportações de -19,0%.
O principal mercado de origem das importações moçambicanas de mercadorias em 2015 foi a África do Sul (30,1% do total). Portugal terá ocupado a 4ª posição (5,8%), precedido dos Países Baixos (7,3%) e da China (12,5%).
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Os principais mercados de destino foram os Países Baixos (29,8%), a África do Sul (18,3%) e a Índia (10,6%), que no seu conjunto pesaram cerca de 60% no total. Portugal terá ocupado aqui a 16ª posição (0,9%).

De acordo com os dados disponíveis, Portugal terá tido uma quota de 5,2% no total das importações moçambicanas em 2014 e de 5,8% em 2015. As maiores quotas em 2015, por tipos de produtos, incidiram nas preparações de carne e peixe (41,3%), livros, jornais e produtos gráficos (32,5%), obras de pedra e gesso (26,4%), produtos cerâmicos (19,3%), mobiliário e candeeiros (17,9%), vinhos e bebidas (17,9%), máquinas e aparelhos eléctricos (16,1%), madeira e suas obras (15,3%), obras de metais comuns (14,5%), plásticos (12,5%), preparados hortícolas e de frutas (12,3%), aparelhos de óptica e de precisão (11,1%), preparados à base de leite e cereais (11,0%) e tintas e vernizes (10,2%).
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Por sua vez, em 2015 Portugal terá sido o destino de menos de 1% das exportações de Moçambique, tendo absorvido 23,0% das exportações totais de peixe, crustáceos e moluscos (30,4% em 2014) e 9,2% das do açúcar de cana (23,7% em 2014).
2 -  Trocas segundo as estatísticas portuguesas
Aparte uma comparação entre dados Cif e Fob, há alguma divergência entre os dados de um mesmo fluxo quando de fonte ITC ou INE-Portugal. Na análise da evolução do comércio com Moçambique vão ser utilizados dados de base do INE, definitivos para 2012 a 2014, provisórios para 2015 e preliminares para 2016.

2.1 – Balança comercial de mercadorias
A balança comercial de Portugal com Moçambique é amplamente favorável a Portugal, com muito elevadas taxas de cobertura das importações pelas exportações.
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Em 2016, face ao ano anterior, as importações decresceram -5,0% em valor e as exportações -39,5%


2.2 – Importações
Numa análise por grupos de produtos (ver definição de conteúdos em Anexo), verifica-se que nos dois últimos anos mais de 90% das importações de Portugal com origem em Moçambique se concentraram no grupo “Agro-alimentares” (93,2% em 2015 e 90,5% em 2016), tendo-se registado uma quebra de -2,8 milhões de Euros entre os dois anos.
Em 2016, a grande distância, seguiram-se os grupos “Têxteis e vestuário” (4,9%), “Máquinas, aparelhos e partes” (2,2%), “Minérios e metais” (1,2%), “Material de transporte terrestre e partes” (0,6%) e “Produtos acabados diversos” (0,3%).



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2.3 –Exportações
Em 2016, as exportações registaram uma acentuada quebra face a 2015 (-39,5%, -140 milhões de Euros), com descidas em quase todos os grupos de produtos, com excepção para “Material de transporte terrestre e partes” e “Aeronaves, embarcações e partes”.


































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   Alcochete, 30 de Março de 2017































quinta-feira, 23 de março de 2017

Comércio Internacional de Mercadorias - Janeiro 2017


1 - Balança comercial

De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de mercadorias em Janeiro de 2017 cresceram em valor +19,6% face ao mesmo mês do ano anterior (+720 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +22,3% (+973 milhões de Euros). 

As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento de +15,9% (+459 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os países terceiros cresceram +33,0% (+261 milhões de Euros). 

Por sua vez, as importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas) aumentaram +16,8% (+567 milhões de Euros), com as importações originárias dos países terceiros a crescerem +41,3% (+406 milhões de Euros).

Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo aumentou +36,6%, ao situar-se o saldo (Fob-Cif) em -941 milhões de Euros (-606 milhões no comércio intracomunitário e ‑335 milhões no extracomunitário). 

Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas exportações no primeiro mês do ano desceu de 84,2%, em 2016, para 82,4%, em 2017.

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A variação do preço de importação do petróleo bruto que se vem verificando, repercute-se também, naturalmente, no valor das exportações de produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor unitário mensal de importação do petróleo bruto saltou de 251 Euros/Ton, em Outubro de 2016, para 390 Euros/Ton no mês seguinte, situando-se em 375 Euros/Ton no início do ano.


Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medido em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros.


Se excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (Capº 27 da Nomenclatura Combinada), o grau de cobertura (Fob-Cif) das importações pelas exportações sobe de 82,4% para 88,3%, com as exportações dos restantes produtos a crescerem agora a um ritmo superior ao das importações, respectivamente +17,0% e +14,6%.
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2 – Evolução mensal

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3 – Mercados de destino e de origem

3.1 - Exportações


Em Janeiro de 2017, as exportações nacionais para a UE (expedições), que representaram 76,0% do total (78,5% em 2016), cresceram em valor +15,9%, contribuindo com +12,5 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de crescimento global de +19,6%.

As exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 24,0% do total em 2017 (21,5% em 2016), registaram um crescimento em valor de +33,0%, contribuindo com +7,1 p.p. para a taxa de crescimento global.


Os dez principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2016 foram a Espanha (26,1%), a França (12,8%), a Alemanha (11,9%), o Reino Unido (6,9%), os EUA (5,1%), os Países Baixos (4,0%), a Itália (3,5%), Angola (3,0%), a Bélgica (2,8%) e Marrocos (1,6%), conjunto de países que absorveu 77,7% das nossas exportações. 

Entre os trinta principais destinos, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações (+19,6%), couberam a Espanha (+5,0 p.p.), Alemanha (+2,1 p.p.), França e EUA (+1,6 p.p. cada), e Reino Unido (+1,2 p.p.).
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Angola, o segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos EUA, envolta numa crise financeira na sequência da descida do preço do petróleo, a sua principal fonte de receita, que vinha apresentando sucessivos decréscimos, em termos homólogos, nas exportações da quase totalidade de onze grupos de produtos considerados, contribuiu no primeiro mês do ano com +0,9 p.p. para a taxa de crescimento das exportações, com taxas de variação homóloga negativas em apenas dois desses grupos de produtos, designadamente na área do material de transporte terrestre e das aeronaves.


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Os maiores acréscimos no valor das exportações para o espaço comunitário (expedições), em termos homólogos, verificaram-se em Espanha, seguida da Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Bélgica, Países Baixos, Finlândia e Polónia, tendo o maior decréscimo incidido na Bulgária, seguida da Suécia.


Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas exportações para os EUA, Angola, Gibraltar, Marrocos, Brasil, Taiwan, Gabão, Arábia Saudita, México e Irão. 

Entre os maiores decréscimos figuram Moçambique, Omã e Argélia.
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3.2 - Importações

Em Janeiro de 2017, as importações com origem na UE (chegadas), que representaram 74,0% do total (77,5% em 2016), contribuíram com +13,0 p.p., para uma taxa de crescimento global de +22,3%, a par de um contributo de +9,3 p.p. por parte dos países terceiros.


As importações com origem no espaço extracomunitário, que representaram 26,0% do total (22,5% em 2016), registaram um significativo acréscimo de +41,3%,
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Os principais mercados de origem das importações no primeiro mês do ano foram a Espanha (30,6%), a Alemanha (13,8%) e a França (7,6%). Seguiram-se os Países Baixos (5,1%), a Itália (4,8%), a Federação Russa (3,9%), o Reino Unido e a China (3,0% cada), a Bélgica (2,9%), o Brasil (1,8%) e os EUA (1,6%), conjunto de países que representou 78,1% das nossas importações totais.

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Entre os maiores contributos positivos para o crescimento das importações destacam~se a Espanha (+4,72 p.p.), a Federação Russa (+4,67 p.p.), e a Alemanha (+3,50 p.p.), seguidos dos Países Baixos (+1,33 p.p.), da França (+0,94 p.p.), da Bélgica (+0,73 p.p.), do Reino Unido (+0,72 p.p.), do Brasil (+0,72 p.p.), da Itália (+0,67 p.p.) e de Angola (+0,52 p.p.).


Por sua vez, o maior contributo negativo coube à Irlanda (-0,63 p.p.), seguida do Azerbaijão (‑0,27 p.p.) e da China (-0,13 p.p.). 

Nas figuras seguintes relacionam-se os maiores acréscimos e decréscimos das importações com origem intracomunitária e nos países terceiros.

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4 – Saldos da Balança Comercial 

Em Janeiro de 2017, o maior saldo positivo da balança comercial (fob-cif) coube a França (+154 milhões de Euros), seguido do Reino Unido (+140 milhões), dos EUA (+138 milhões), de Angola (+74 milhões) e de Marrocos (+60 milhões de Euros). 

O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-487 milhões de Euros), seguido do da Alemanha (‑210 milhões), da Rússia (‑195 milhões), da China (‑115 milhões) e da Itália (-105 milhões de Euros).

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5 – Evolução por grupos de produtos 

5.1 – Exportações

Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2) em uso na União Europeia (coincidentes com o Sistema Harmonizado – SH / HS) foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).

Em Janeiro de 2017 os grupos com maior peso nas exportações portuguesas de mercadorias, representando 61,0% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,8% do total, com um acréscimo em valor de +21,0%, +121 milhões de Euros), “Químicos” (12,6% e +17,8%, +84 milhões), “Agro-alimentares” (11,8% e +20,8%, +89 milhões) “Material de transporte terrestre e partes” (10,6% e +28,2%, 103 milhões) e “Têxteis e vestuário” (10,2% e +6,0%).

Os maiores acréscimos em Euros ocorreram nos grupos “Energéticos” (+134 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+121 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+103 milhões) e “Minérios e metais” (+100 milhões).

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5.2 – Importações

No período em análise, os grupos de produtos com maior peso nas importações portuguesas de mercadorias, representando 73,9% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (16,4%, com taxa de variação homóloga em valor de +26,6%), “Químicos” (16,3% do total +9,1%), “Agro-alimentares” (14,3% e +8,8%), “Energéticos” (14,2% e +105,4%) e “Material de transporte terrestre e partes” (12,7% e +31,4%).


Os maiores acréscimos em Euros couberam aos grupos “Energéticos” (+389 milhões), “Máquinas, aparelhos e partes” (+184 milhões), e “Material de transporte terrestre e partes” (+161 milhões).
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6 – Mercados por grupos de produtos

6.1 – Exportações

De salientar que, entre os mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou em Janeiro de 2017 a primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 26,1% do total, ocorrendo as excepções nos grupos “Calçado, peles e couros” (4ª posição), “Máquinas, aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves, embarcações e partes” (4ª posição).

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Seguiram-se no “ranking” a França (12,8%), a Alemanha (11,9%) e o Reino UInido (6,9%). Com quotas inferiores, os EUA (5,1%), os Países Baixos (4,0%) a Itália (3,5%), Angola (3,0%), a Bélgica (2,8%) e Marrocos (1,6%). Estes dez países cobriram 77,6% das exportações totais.

6.2 – Importações

Nesta vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar também em oito dos onze grupos de produtos, com 30,6% do total, sendo as excepções os grupos “Energéticos”, em 2º lugar, “Material de transporte terrestre e partes”, 2ª posição, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 4º lugar.
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Seguiram-se a Alemanha (13,8%), a França (7,6%), os Países Baixos (5,1%), a Itália (4,8%), a Rússia (3,9%), o Reino Unido e a China (3,0% cada), a Bélgica (2,9%) e o Brasil (1,8%). Estes dez países cobriram 76,5% das importações totais.




sábado, 11 de março de 2017

Índices do Comércio Internacional - Jan-Dez 2016

Importações e exportações de mercadorias
por grupos e subgrupos de produtos

1 - Nota introdutória
O presente trabalho visou o cálculo de indicadores de evolução em valor volume e preço do comércio internacional português de mercadorias em 2016, face ao ano anterior.
Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados depois como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir de dados de base elementares recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) para o ano de 2016, em versão preliminar, encontrando-se os de 2015 em versão ainda provisória, com última actualização em 9 de Fevereiro de 2017.
Para o efeito, as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e exportações com movimento no período em análise, foram agregadas em 11 grupos de produtos e 38 subgrupos (Anexo 1).

2 – Nota metodológica
O método utilizado no cálculo dos índices de preço de Paasche deste trabalho assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, que integram produtos com uma certa homogeneidade, posteriormente ponderados para o respectivo grupo e destes para o total.
Os índices de preço são obtidos a partir de uma primeira amostra automática construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise, dentro de um intervalo definido por métodos estatísticos.
Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, deve ser incluído na amostra.
Mais frequentemente procede-se à desagregação, por mercados de origem ou de destino, de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo, incluindo-se na amostra os países que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo.
Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice final do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados no intervalo se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis entre eles.

3 – Balança Comercial
De acordo com os dados preliminares utilizados para 2016, o défice da balança comercial de mercadorias aumentou +2,7% face ao ano anterior, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer muito ligeiramente, de 82,6%, em 2015, para 82,4%, em 2016 (Figura 1).
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As importações, com um acréscimo em valor de +1,2%, terão registado um aumento em volume de +5,6% e uma descida em preço de -4,1%. Por sua vez, o acréscimo em valor de +0,9% das exportações terá resultado de um incremento em volume de +5,1% e de uma redução em preço de -4,0%. Neste trabalho, a designação “Importações” corresponde ao somatório das Chegadas de mercadorias provenientes do espaço comunitário com as Importações originárias dos países terceiros. Paralelamente, “Exportações” corresponde ao somatório das Expedições para o espaço comunitário com as Exportações para os países terceiros.

Na presente conjuntura, dada a evolução do preço do petróleo, torna-se importante atentarmos na evolução do nosso comércio internacional quando excluído dos produtos do grupo “Energéticos”. De acordo com os dados disponíveis, as importações, com exclusão dos produtos energéticos, terão registado um acréscimo em valor de +4,9% e um aumento em volume de +7,1%, com o preço a decrescer -2,0%. Por sua vez, as exportações averbaram um aumento em valor de +2,5%, em resultado de num incremento em volume de +5,1%, com uma redução em preço de -2,5%. O défice da balança comercial aumentou +22,5%, com o grau de cobertura das importações pelas exportações a descer de 87,9% para 85,9% (Figura 2).

A evolução em volume das exportações constitui uma medida da capacidade produtiva da indústria, tendo-se verificado no ano em análise uma taxa de crescimento de +5,1%, mesmo quando se excluem os produtos “Energéticos”, subindo a taxa de crescimento em valor das exportações de +0,9% para +2,5% (Figura 3). 
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Em 2016, o saldo da balança comercial foi positivo em quatro dos onze grupos de produtos considerados, que representaram cerca de 1/3 das exportações e 18,8% das importações totais, designadamente: “Madeira, cortiça e papel”, “Têxteis e vestuário”, “Calçado, peles e couros” e “Produtos acabados diversos” (Figura 4).

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4 – Importações
Em 2016, os grupos de produtos com maior peso nas importações portuguesas de mercadorias foram: “Químicos” (16,8% do total), “Máquinas, aparelhos e partes” (16,7%), “Agro-alimentares” (15,8%) e “Material de transporte terrestre e partes” (12,5%) (Figura 5).

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De acordo com os cálculos efectuados a partir das versões de dados disponíveis, à excepção dos grupos “Energéticos” e “Minérios e metais”, todos os restantes registaram taxas de crescimento anual em valor positivas (Figura 6).


Por sua vez, à excepção do grupo “Energéticos”, em todos os restantes se verificaram taxas de crescimento em volume das importações positivas, com destaque para o “Material de transporte terrestre e partes”, principalmente veículos automóveis (+12,4%), “Máquinas, aparelhos e partes” (+7,8%) e, com cerca de +6,0% cada, os grupos “Madeira, cortiça e papel”, “Têxteis e vestuário” e “Produtos acabados diversos”.
Na óptica da evolução em preço, exceptuando os grupos “Calçado, peles e couros” (+2,7%) e “Produtos acabados diversos” (+0,7%), todos os outros acusaram descidas, sobressaindo a quebra no grupo “Energéticos” (-19,5%), seguido da de “Minérios e metais” (‑6,7%).
Nas figuras seguintes encontram-se relacionados, por grupos e subgrupos de produtos, os três indicadores (Figuras 7 e 8).
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5 – Exportações
Em 2016, os grupos de produtos com peso superior a dois dígitos nas exportações portuguesas de mercadorias foram: “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total), “Agro-alimentares” (13,1%), “Químicos” (12,9%), “Material de transporte terrestre e partes” (10,4%) e “Têxteis e vestuário” (10,2%) (Figura 9).


As quebras em valor ocorreram nos grupos “Energéticos” (-17,7%), “Minérios e metais” (‑4,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (-3,1%) e “Madeira, cortiça e papel” (-0,5%) (Figura 10).

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Em volume, decresceram apenas as exportações de “Material de transporte terrestre e partes” (-2,7%), ocorrendo os maiores aumentos nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+9,2%), “Têxteis e vestuário” (+7,6%), “Químicos” (+7,3%) e “Produtos acabados diversos” (+7,1%).
Verificaram-se decréscimos em preço em todos os grupos de produtos, com destaque para o grupo “Energéticos” (-21,6%), seguido de “Minérios e metais” (-6,9%).
Nas figuras seguintes encontram-se relacionados, por grupos e subgrupos de produtos, os três indicadores (Figuras 11 e 12).
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6 – Representatividade da amostra
A representatividade da amostra global de cada uma das vertentes comerciais que serviu de base ao cálculo dos índices de preço de Paasche foi superior a 90%, sendo superior a esta percentagem a representatividade na quase totalidade dos grupos de produtos. (Figura 13).

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