1- Trocas comerciais na óptica
moçambicana
Para a análise
da evolução das importações e exportações moçambicanas são aqui utilizados
dados estatísticos de base divulgados pelo International
Trade Centre (ITC), calculados a partir de estatísticas COMTRADE, da ONU,
reportando-se os últimos dados disponíveis ao ano de 2015.
A
Balança Comercial de mercadorias de Moçambique é deficitária, com o grau de
cobertura das importações pelas exportações
a oscilar entre 40% e 56% ao longo dos últimos quatro anos.
Em 2015,
de acordo com os dados disponíveis, as importações cresceram +8,3% em valor face
ao ano anterior, a par de um decréscimo das exportações de -19,0%.
O
principal mercado de origem das
importações moçambicanas de mercadorias em 2015 foi a África do Sul (30,1% do
total). Portugal terá ocupado a 4ª posição (5,8%), precedido dos Países Baixos
(7,3%) e da China (12,5%).
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Os principais mercados de destino foram os Países Baixos (29,8%), a África do Sul (18,3%) e a Índia (10,6%), que no seu conjunto pesaram cerca de 60% no total. Portugal terá ocupado aqui a 16ª posição (0,9%).
De acordo com os dados disponíveis, Portugal terá tido uma quota de 5,2% no total das importações moçambicanas em 2014 e de 5,8% em 2015. As maiores quotas em 2015, por tipos de produtos, incidiram nas preparações de carne e peixe (41,3%), livros, jornais e produtos gráficos (32,5%), obras de pedra e gesso (26,4%), produtos cerâmicos (19,3%), mobiliário e candeeiros (17,9%), vinhos e bebidas (17,9%), máquinas e aparelhos eléctricos (16,1%), madeira e suas obras (15,3%), obras de metais comuns (14,5%), plásticos (12,5%), preparados hortícolas e de frutas (12,3%), aparelhos de óptica e de precisão (11,1%), preparados à base de leite e cereais (11,0%) e tintas e vernizes (10,2%).
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Em 2016, face ao ano anterior, as importações decresceram -5,0% em valor e as exportações -39,5%
Por sua
vez, em 2015 Portugal terá sido o destino de menos de 1% das exportações de
Moçambique, tendo absorvido 23,0% das exportações totais de peixe, crustáceos e
moluscos (30,4% em 2014) e 9,2% das do açúcar de cana (23,7% em 2014).
2 - Trocas segundo as estatísticas
portuguesas
Aparte
uma comparação entre dados Cif e Fob, há alguma divergência entre os dados de
um mesmo fluxo quando de fonte ITC ou INE-Portugal. Na análise da evolução do
comércio com Moçambique vão ser utilizados dados de base do INE, definitivos para 2012 a 2014, provisórios para 2015 e preliminares para 2016.
2.1 – Balança comercial de mercadorias
A balança
comercial de Portugal com Moçambique é amplamente favorável a Portugal, com muito
elevadas taxas de cobertura das importações pelas exportações.
>Em 2016, face ao ano anterior, as importações decresceram -5,0% em valor e as exportações -39,5%
2.2 – Importações
Numa
análise por grupos de produtos (ver definição de conteúdos em Anexo),
verifica-se que nos dois últimos anos mais de 90% das importações de Portugal
com origem em Moçambique se concentraram no grupo “Agro-alimentares” (93,2% em 2015 e 90,5% em 2016), tendo-se
registado uma quebra de -2,8 milhões de Euros entre os dois anos.
Em 2016,
a grande distância, seguiram-se os grupos “Têxteis
e vestuário” (4,9%), “Máquinas,
aparelhos e partes” (2,2%), “Minérios
e metais” (1,2%), “Material de
transporte terrestre e partes” (0,6%) e “Produtos
acabados diversos” (0,3%).
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2.3 –Exportações
Em 2016, as
exportações registaram uma acentuada quebra face a 2015 (-39,5%, -140 milhões
de Euros), com descidas em quase todos os grupos de produtos, com excepção para
“Material de transporte terrestre e
partes” e “Aeronaves, embarcações e
partes”.
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