1 - Nota introdutória
O peso dos Serviços no total das exportações e das
importações de Bens e Serviços tem vindo a aumentar desde 2012, representando
em 2016 respectivamente 34,7% e 18,3% do total (Figura 1).
Se agregarmos a balança comercial de Bens,
tradicionalmente deficitária, com a balança de Serviços, superavitária,
verifica-se que o saldo (fob-fob) da balança global de Bens e Serviços, que foi
negativo entre 2000 e 2011, se tornou positivo a partir de então (Figura 2).
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Existe algum desfasamento entre
os valores do comércio internacional de Bens (mercadorias) quando considerados pelo
INE ou pelo Banco de Portugal, explicadas por diferenças metodológicas (Figura 3).
No
presente trabalho utilizam-se os dados de base de Bens e Serviços disponibilizados
pelo Banco de Portugal no seu portal.
Na figura seguinte encontra-se a balança comercial de
Bens e Serviços segundo séries não ajustadas e também ajustadas de
sazonalidade, para o período de 2012 a 2016 (Figura
4).
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Entre 2000 e 2016, o ritmo de crescimento do crédito de
Serviços (exportação) foi mais vivo
do que o do débito (importação). Após
uma quebra verificada em 2009, na sequência da crise que abalou o mundo, assistiu-se
a uma recuperação nas duas vertentes. Mas enquanto que o crédito subiu
sustentadamente até 2016, o débito registou uma nova descida em 2012, para
recuperar a partir de então (Figura 5).
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Em 2016 as componentes dominantes no Crédito de Serviços (exportação) incidiram em “Viagens e Turismo” (48,2% e 49,7%), seguidas
de “Transportes” (21,1%), de “Outros serviços fornecidos por empresas” (17,1%)
e serviços de “Telecomunicações,
informáticos e de informação” (4,9%) (Figura
6).
Entre
os diversos tipos de “Transportes”
predominam os “Transportes aéreos” (65,3%
do total dos transportes em 2016, seguidos dos “Outros transportes”, que não marítimos, como o rodoviário (21,2%)
e dos “Transportes marítimos” (11,7%).
Nos
“Outros serviços fornecidos por empresas”
sobressaem os “Serviços técnicos relacionados
com o comércio e outros” (77,1% do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria em gestão e outras áreas”
(19,6%).
Por
sua vez, nos serviços de “Telecomunicações,
informáticos e informação” o destaque vai para os serviços “Informáticos” (57,8%), seguidos dos de “Telecomunicações” (41,0%).
No
Débito de Serviços (importação)
são as mesmas as principais componentes: “Viagens
e Turismo” (29,3%), “Transportes”
(23,2%), “Outros serviços fornecidos por
empresas” (20,9%) e “Serviços de telecomunicações,
informáticos e de informação” (8,4%) (Figura
7).
Seguiram-se
os “Direitos cobrados pela utilização de
propriedade intelectual” (5,7%), os serviços
“Financeiros” (3,5%), os “Seguros e pensões” (2,7%), os serviços de “Manutenção
e reparação” (2,4%) e os serviços “Pessoais, culturais e recreativos” (2,0%).
Entre os “Transportes” sobressaem igualmente os “Transportes aéreos” (55,4%), mas assumem aqui alguma relevância os
“Transportes marítimos” (32,6%),
seguidos dos “Outros transportes”
(9,3%).
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No âmbito dos serviços de “Telecomunicações,
informáticos e de informação” sobressaem ainda os serviços “Informáticos” (51,4%) e os de “Telecomunicações” (45,9%).
Em
2016, os principais mercados de destino
dos Serviços foram o Reino Unido (15,0% do total), a França (14,9%), a Espanha
(12,5%) e a Alemanha (9,7%). Seguiram-se os EUA (5,4%), os Países Baixos
(4,3%), o Brasil (3,8%), Angola (5,6%) e a Itália (2,5%). Este conjunto de países absorveu mais de 70% dos fornecimentos
de Serviços nos dois últimos anos (Figura
8).
Por
sua vez, entre os mercados de origem
sobressaíram, em 2016, a Espanha (19,6%), o Reino Unido (10,7%), a França (9,5%),
os EUA (8,5%), a Alemanha (7,8%). Seguiram-se os Países Baixos (4,1%), o Brasil
(3,0%) e a Itália (2,0%).
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Estes
nove países foram a origem de um pouco menos de 70% das importações portuguesas
de Serviços nos dois últimos anos (Figura
9).
Segue-se
um conjunto de quadros e gráficos, construídos com base em dados
disponibilizados pelo Departamento de Estatística do Banco de Portugal no seu
portal, relativos à evolução do Crédito e do Débito dos Serviços entre 2012 e
2016, por componentes, em valor, estrutura, taxas de variação homóloga e
contributos para o crescimento, bem como as respectivas balanças.
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2 - Componentes do Débito e do Crédito de Serviços
- Valor, estrutura e taxas de variação homóloga
- Contributos para o crescimento
CRÉDITO
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DÉBITO
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3 - Balança das componentes de Serviços
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