sexta-feira, 10 de março de 2017

Balança Comercial de Bens e Serviços - 2012 a 2016


1 - Nota introdutória


O peso dos Serviços no total das exportações e das importações de Bens e Serviços tem vindo a aumentar desde 2012, representando em 2016 respectivamente 34,7% e 18,3% do total (Figura 1).

Se agregarmos a balança comercial de Bens, tradicionalmente deficitária, com a balança de Serviços, superavitária, verifica-se que o saldo (fob-fob) da balança global de Bens e Serviços, que foi negativo entre 2000 e 2011, se tornou positivo a partir de então (Figura 2).
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Existe algum desfasamento entre os valores do comércio internacional de Bens (mercadorias) quando considerados pelo INE ou pelo Banco de Portugal, explicadas por diferenças metodológicas (Figura 3).

No presente trabalho utilizam-se os dados de base de Bens e Serviços disponibilizados pelo Banco de Portugal no seu portal.
Na figura seguinte encontra-se a balança comercial de Bens e Serviços segundo séries não ajustadas e também ajustadas de sazonalidade, para o período de 2012 a 2016 (Figura 4).
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Entre 2000 e 2016, o ritmo de crescimento do crédito de Serviços (exportação) foi mais vivo do que o do débito (importação). Após uma quebra verificada em 2009, na sequência da crise que abalou o mundo, assistiu-se a uma recuperação nas duas vertentes. Mas enquanto que o crédito subiu sustentadamente até 2016, o débito registou uma nova descida em 2012, para recuperar a partir de então (Figura 5).
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Em 2016 as componentes dominantes no Crédito de Serviços (exportação) incidiram em “Viagens e Turismo” (48,2% e 49,7%), seguidas de “Transportes” (21,1%), de “Outros serviços fornecidos por empresas” (17,1%) e serviços de “Telecomunicações, informáticos e de informação” (4,9%) (Figura 6).

Entre os diversos tipos de “Transportes” predominam os “Transportes aéreos” (65,3% do total dos transportes em 2016, seguidos dos “Outros transportes”, que não marítimos, como o rodoviário (21,2%) e dos “Transportes marítimos” (11,7%).

Nos “Outros serviços fornecidos por empresas” sobressaem os “Serviços técnicos relacionados com o comércio e outros” (77,1% do total), seguidos dos serviços de “Consultadoria em gestão e outras áreas” (19,6%).

Por sua vez, nos serviços de “Telecomunicações, informáticos e informação” o destaque vai para os serviços “Informáticos” (57,8%), seguidos dos de “Telecomunicações” (41,0%).

No Débito de Serviços (importação) são as mesmas as principais componentes: “Viagens e Turismo” (29,3%), “Transportes” (23,2%), “Outros serviços fornecidos por empresas” (20,9%) e “Serviços de telecomunicações, informáticos e de informação” (8,4%) (Figura 7).

Seguiram-se os “Direitos cobrados pela utilização de propriedade intelectual” (5,7%), os serviços “Financeiros” (3,5%), os “Seguros e pensões” (2,7%), os serviços de “Manutenção e reparação” (2,4%) e os serviços “Pessoais, culturais e recreativos” (2,0%).

Entre os “Transportes” sobressaem igualmente os “Transportes aéreos” (55,4%), mas assumem aqui alguma relevância os “Transportes marítimos” (32,6%), seguidos dos “Outros transportes” (9,3%). 

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No âmbito dos serviços de “Telecomunicações, informáticos e de informação” sobressaem ainda os serviços “Informáticos” (51,4%) e os de “Telecomunicações” (45,9%).


Em 2016, os principais mercados de destino dos Serviços foram o Reino Unido (15,0% do total), a França (14,9%), a Espanha (12,5%) e a Alemanha (9,7%). Seguiram-se os EUA (5,4%), os Países Baixos (4,3%), o Brasil (3,8%), Angola (5,6%) e a Itália (2,5%). Este conjunto de países absorveu mais de 70% dos fornecimentos de Serviços nos dois últimos anos (Figura 8).


Por sua vez, entre os mercados de origem sobressaíram, em 2016, a Espanha (19,6%), o Reino Unido (10,7%), a França (9,5%), os EUA (8,5%), a Alemanha (7,8%). Seguiram-se os Países Baixos (4,1%), o Brasil (3,0%) e a Itália (2,0%).
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Estes nove países foram a origem de um pouco menos de 70% das importações portuguesas de Serviços nos dois últimos anos (Figura 9).


Segue-se um conjunto de quadros e gráficos, construídos com base em dados disponibilizados pelo Departamento de Estatística do Banco de Portugal no seu portal, relativos à evolução do Crédito e do Débito dos Serviços entre 2012 e 2016, por componentes, em valor, estrutura, taxas de variação homóloga e contributos para o crescimento, bem como as respectivas balanças. 
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2 - Componentes do Débito e do Crédito de Serviços
        Valor, estrutura e taxas de variação homóloga
      - Contributos para o crescimento

CRÉDITO


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DÉBITO

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3 - Balança das componentes de Serviços

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