Comércio Internacional de mercadorias
- Série mensal -
Período acumulado de Janeiro a Maio de 2017
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1 - Balança comercial
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Julho de 2017, no período de Janeiro a Maio de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +13,3% face ao mesmo período do ano anterior (+3975 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +16,3% (+2696 milhões de Euros).
De acordo com dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), com última actualização em 10 de Julho de 2017, no período de Janeiro a Maio de 2017 as exportações de mercadorias cresceram em valor +13,3% face ao mesmo período do ano anterior (+3975 milhões de Euros), a par de um acréscimo das importações de +16,3% (+2696 milhões de Euros).
As exportações para o espaço comunitário (expedições) registaram um aumento
de +9,2% (+1445 milhões de Euros), ao mesmo tempo que as exportações para os
países terceiros cresceram +27,0% (+1251 milhões de Euros). Por sua vez, as
importações de mercadorias provenientes dos parceiros comunitários (chegadas)
aumentaram +12,2% (+2338 milhões de Euros), com as importações originárias dos
países terceiros a crescerem +31,0% (+1637 milhões de Euros).
Na sequência deste comportamento, o défice comercial externo (Fob-Cif) aumentou
+31,2%, ao situar-se em -5382 milhões de Euros (um acréscimo de 1279 milhões, cabendo
893 milhões ao comércio intracomunitário e 386 milhões ao extracomunitário).
Em termos globais, o grau de cobertura (Fob/Cif) das importações pelas
exportações nos cinco primeiros meses do ano desceu de 83,2%, em 2016, para 81,0%,
em 2017.
A
variação do preço de importação do petróleo repercute-se também, naturalmente,
no valor das exportações de produtos energéticos, e logo na balança comercial. O valor médio unitário de
importação do petróleo, que nos cinco primeiros meses de 2016 se situou em 244
Euros/Ton, subiu para 361 Euros/Ton em 2017.
Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (a figura inclui já o câmbio de Junho).
Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-0,6 p.p.), à Argélia (‑0,4 p.p.) e, com cerca de -0,1 p.p. cada, ao Brasil, Irlanda e República Checa.
Os capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2) em uso na União Europeia, foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).
Seguiram-se no “ranking” a França (12,6%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,3%), os Países Baixos (3,9%) a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%) e Marrocos (1,5%). Estes dez países cobriram 76,0% das exportações totais.
25 de Julho de 2017
Para além da variação da cotação internacional do barril de petróleo, medida em dólares, a variação da cotação do dólar face ao Euro é também um dos factores determinantes da evolução do seu preço em Euros (a figura inclui já o câmbio de Junho).
Se
excluirmos do total das importações e das exportações o conjunto dos produtos “Energéticos” (respectivamente 11,6% e
7,5% no período de Janeiro-Maio de 2017), o grau de cobertura (Fob-Cif) das
importações pelas exportações dos restantes produtos desce nesse período de 86,2%
para 84,8%.
2 – Evolução mensal
3 – Mercados de destino e de origem
3.1 - Exportações
No
período acumulado de Janeiro a Maio de 2017, as exportações nacionais para a UE
(expedições), que representaram 74,4% do total (77,2%
em 2016), cresceram em valor +9,2%, contribuindo com +7,1 pontos percentuais (p.p.) para uma taxa de
crescimento global de +13,3%. As
exportações para o espaço extracomunitário, que representaram 25,6% do total em
2017 (22,8% em 2016), registaram um crescimento em valor de +27,0%,
contribuindo com +6,2 p.p. para a taxa de crescimento global.
Os
principais mercados de destino das nossas mercadorias em 2017 foram a Espanha (25,8%),
a França (12,6%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,3%), os
Países Baixos (3,9%), a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%), Marrocos
(1,5%) e a China (1,5%), conjunto de países que absorveu 77,7% das nossas
exportações. Angola, o
segundo mercado de destino das exportações para os países terceiros depois dos
EUA, que vinha apresentando no passado recente sucessivos decréscimos nas
exportações da quase totalidade dos grupos de produtos, em termos homólogos, registou
nos cinco primeiros meses do ano um aumento global de +47,3%, com decréscimos
em três dos grupos, designadamente “Energéticos”
(-27,4%), “Material de transporte
terrestre e partes” (-8,6%) e “Aeronaves,
embarcações e partes” (-94,1%), principalmente barcos de pesca.
Entre os
trinta principais países de destino, os maiores contributos positivos para o ‘crescimento’ das exportações no período
em análise (+13,3%), couberam a Espanha (+2,6 p.p.), EUA (+1,5 p.p.), Angola
(+1,2 p.p.), França (+1,1 p.p.), China e Países Baixos (+0,7 p.p. cada), Alemanha e Itália (0,6 p.p.
cada) e Brasil (+0,5 p.p.). Os maiores contributos negativos couberam à Argélia
(-0,6 p.p.) e a Moçambique e Áustria (-0,1 p.p. cada).
O maior acréscimo do valor das
exportações para o espaço comunitário
(expedições), em termos homólogos, verificou-se em Espanha, seguido a grande
distância pela França, Países Baixos, Alemanha, Itália e Provisões de Bordo. Com
menor expressão alinharam-se o Reino Unido, a Bélgica, a Polónia, o Luxemburgo,
a Roménia, a Eslováquia, Finlândia e a Dinamarca. O maior decréscimo coube à Áustria.
Entre os Países Terceiros, os maiores acréscimos ocorreram nas
exportações para os EUA, Angola, China, Brasil, Marrocos, Taiwan, Gabão, Gibraltar,
México e Suíça.
Entre os maiores decréscimos figuram a Argélia, Moçambique,
Ghana, Macau, Egipto e Togo.
3.2 - Importações
No
período de Janeiro a Maio de 2017, as importações com
origem na UE (chegadas), que representaram 75,6% do total (78,4% em 2016), contribuíram
com +9,6 p.p., para uma taxa de crescimento global de
+16,3%.
As importações com origem no espaço extracomunitário
registaram um acréscimo de +31,0%, representando 24,4% do total (21,6% no
período homólogo de 2016), com um contributo para o crescimento de +6,7 p.p..
Os principais mercados de origem das importações nos cinco primeiros meses do ano foram a Espanha (31,3%), a Alemanha (13,8%) e a França (7,5%). Seguiram-se a Itália (5,4%), os Países Baixos (5,2%), a China e o Reino Unido (2,8% cada), a Bélgica (2,7%), a Federação Russa (2,6%), os EUA (1,7%) e o Brasil (1,6%), conjunto de países que representou 77,4% das nossas importações totais.
Entre os maiores contributos positivos para o crescimento
das importações (+16,3%) destacam-se a Espanha (+3,8 p.p.), a Alemanha (+2,2%)
e a Federação Russa (+1,9 p.p.). Seguiram-se os Países Baixos (+0,9 p.p.), a
Itália e a França (+0,7 p.p. cada), a Arábia Saudita (+0,6 p.p.), os EUA (+0,5
p.p.) e a Turquia (+0,4 p.p.).
Por sua vez, os maiores contributos negativos couberam a Angola (-0,6 p.p.), à Argélia (‑0,4 p.p.) e, com cerca de -0,1 p.p. cada, ao Brasil, Irlanda e República Checa.
Nas duas figuras
seguintes relacionam-se os maiores decréscimos e acréscimos das importações com
origem intracomunitária e nos países terceiros.
4 – Saldos da Balança Comercial
No período em análise, o maior saldo positivo da balança comercial (Fob-Cif)
coube a França (+761 milhões de Euros), seguido dos EUA (+750 milhões), do Reino
Unido (+737 milhões), de Angola (+616 milhões) e de Marrocos (+287 milhões de
Euros).
O maior défice, a grande distância dos restantes, pertenceu a Espanha (-2959
milhões de Euros), seguido dos da Alemanha (‑1313 milhões), da Itália (‑697
milhões), da Rússia (‑664 milhões) e dos Países Baixos (-561 milhões de Euros).
5 – Evolução por grupos de produtos
5.1 – ExportaçõesOs capítulos da Nomenclatura Combinada (NC-2 Ξ SH-2) em uso na União Europeia, foram aqui agregados em 11 grupos de produtos (ver Anexo).
Os grupos
com maior peso nas exportações de
mercadorias, representando 80,3% do total, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (15,4% do total, com uma taxa de
variação homóloga de +14,0%), “Químicos”
(13,0% e TVH +12,1%), “Agro-alimentares”
(12,3% e TVH +15,8%) “Material de
transporte terrestre e partes” (10,9% e TVH +7,8%), “Têxteis e vestuário” (9,7% e TVH +4,0%), “Minérios e metais” (9,6% e TVH +15,8%) e “Produtos acabados diversos” (9,4% e TVH +9,9%).
Registaram-se acréscimos em valor, em termos
homólogos, em todos os grupos de produtos. Os maiores aumentos, em Euros, ocorreram
nos grupos “Energéticos” (+667
milhões), “Máquinas, aparelhos e partes”
(+437 milhões), “Agro-alimentares” (+386
milhões), “Químicos” (+323 milhões) e “Minérios
e metais ” (+302 milhões de Euros).
5.2 – Importações
No mesmo
período, os grupos de produtos com maior peso nas importações, representando 72,5% do total, foram “Químicos” (16,5% do total, com taxa de
variação homóloga em valor de +9,0%), “Máquinas,
aparelhos e partes” (16,4%, TVH +19,0%),
“Agro-alimentares” (15,1% e TVH +13,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,9% e TVH +11,3%) e “Energéticos” (11,6% e +58,6%).
Os maiores acréscimos, em Euros, couberam aos
grupos “Energéticos” (+1220 milhões),
“Máquinas, aparelhos e partes” (+745
milhões), “Agro-alimentares” (+461
milhões), “Minérios e metais” (+454
milhões), “Químicos” (+386 milhões de
Euros) e “Material de transporte
terrestre e partes” (+371 milhões de Euros). O único grupo em que se
registou uma quebra, de pouca monta aliás, foi “Calçado, peles e couros” (-9 milhões de Euros).
6 – Mercados por grupos de produtos
6.1 – Exportações
Entre os
mercados de destino das exportações de mercadorias, a Espanha ocupou em 2017 a
primeira posição em 8 dos 11 grupos de produtos com 25,8% do total, ocorrendo
as excepções nos grupos “Calçado, peles e
couros” (3ª posição), “Máquinas,
aparelhos e partes” (2ª posição) e “Aeronaves,
embarcações e partes” (4ª posição).
Seguiram-se no “ranking” a França (12,6%), a Alemanha (11,3%), o Reino Unido (6,6%), os EUA (5,3%), os Países Baixos (3,9%) a Itália (3,6%), Angola (3,2%), a Bélgica (2,4%) e Marrocos (1,5%). Estes dez países cobriram 76,0% das exportações totais.
6.2 – Importações
Nesta
vertente do comércio internacional, a Espanha ocupou o primeiro lugar também em
oito dos onze grupos de produtos, com 31,3% do total, sendo as excepções os
grupos “Energéticos”, em 2º lugar,
depois da Rússia, “Material de transporte
terrestre e partes”, 2ª posição, depois da Alemanha, e “Aeronaves, embarcações e partes”, em que ocupou o 5º lugar,
antecedida de Singapura, EUA, Brasil e Canadá.
Seguiram-se a Alemanha (13,8%), a França (7,5%), a
Itália (5,4%), os Países Baixos (5,2%), a China e o Reino Unido (2,8% cada), a
Bélgica (2,7%), a Rússia (2,6%) e os EUA (1,7%). Estes dez países cobriram 75,8% das importações totais.
25 de Julho de 2017
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