segunda-feira, 26 de março de 2018

Indices do Comércio Internacional-Importação Jan-Dez 2017


Taxas de variação homóloga
da importação de mercadorias
em valor, volume e preço
por grupos e subgrupos de produtos

(Janeiro a Dezembro de 2017/2016)

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1 - Nota introdutória

O presente trabalho visou o cálculo de indicadores de evolução em valor, volume e preço das importações no comércio internacional português de mercadorias no período de Janeiro a Dezembro de 2017, face ao período homólogo do ano anterior.

Os índices de preço, do tipo Paasche, utilizados depois como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos correspondentes índices de volume, foram calculados a partir dos dados de base elementares recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em primeira versão preliminar, sendo ainda provisória a versão dos correspondentes dados de 2016, com última actualização em 12/3/2018.

Para o cálculo dos índices de preço as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações com movimento no período em análise, foram agregadas em 11 grupos de produtos e 38 subgrupos (ver Anexo).

2 – Nota metodológica
O método utilizado no cálculo dos índices de preço de Paasche deste trabalho assenta na selecção de uma amostra representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, que integram produtos com relativa homogeneidade, posteriormente ponderados para o cálculo do índice dos respectivos grupos, por sua vez ponderados estes para o cálculo do índice do total da Importação.
Os índices de preço de cada subgrupo são obtidos a partir de uma primeira amostra automática, construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em análise, dentro de um intervalo definido por métodos estatísticos.
Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de um comportamento aparentemente anormal, pode ser incluído na amostra.
Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem, na vertente da importação, de posições pautais com peso relevante que se encontram fora do intervalo, incluindo-se na amostra do subgrupo aqueles que apresentam um comportamento coerente na proximidade do intervalo encontrado.
Também produtos dominantes incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem encontrados desvios sensíveis entre eles.

3 – Importação global e por Grupos de Produtos
As importações (somatório das entradas de mercadorias com origem no espaço comunitário com as importações provenientes dos países terceiros), com um acréscimo em valor de +12,6%, terão registado no período em análise um aumento em volume de +8,6% e um acréscimo em preço de +3,6%.




Na presente conjuntura, dada a evolução do preço do petróleo, torna-se conveniente atentarmos na evolução do nosso comércio internacional quando excluído dos produtos do grupo “Energéticos”.
De acordo com os dados disponíveis, as importações, com exclusão dos produtos “Energéticos”, terão registado acréscimos em valor, volume e preço respectivamente de +10,6%, +8,6% e +1,9%

Em 2017, os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas importações de mercadorias foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,1% do total), “Químicos” (16,1%), “Agro-alimentares” (15,3%), “Material de transporte terrestre e partes” (12,3%) e “Energéticos” (11,6%).
Em todos os grupos de produtos se registaram crescimentos em valor, com destaque para o grupo “Energéticos” (+29,9%), seguido dos grupos “Minérios e metais” (+21,7%), “Máquinas, aparelhos e partes” (+14,0%), “Material de transporte terrestre e partes” (+11,8%), “Agro-alimentares” (8,7%), “Produtos acabados diversos” e “Químicos” (8,6% cada).
Também em volume ocorreram aumentos em todos os grupos de produtos, com destaque para o grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (+15,4%), seguido dos grupos “Material de transporte terrestre e partes” (+11,0%), “Energéticos” (+9,0%), “Minérios e metais” (+8,4%), “Produtos acabados diversos” (+8,3%) e “Químicos” (+7,5%).
Com taxas de crescimento em volume inferiores alinharam-se depois os grupos “Têxteis e vestuário” (+6,3%), “Agro-alimentares” (+4,3%), “Madeira, cortiça e papel” (+3,7%) e “Calçado, peles e couros” (+2,5%).
Os únicos decréscimos em preço verificaram-se nos grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (-1,2%) e “Têxteis e vestuário” (-0,9%).
Entre os grupos que registaram maior crescimento em preço, destacam-se os grupos “Energéticos” (+19,1%) e “Minérios e metais” (+12,2%).

4 – Representatividade da amostra por Grupos de Produtos
A representatividade da amostra que serviu de base ao cálculo dos índices de preço de Paasche das importações foi, respectivamente em 2016 e 2017, de 92,1% e 91,8%, sendo de 85,4% ou superior a representatividade em todos os Grupos de Produtos.

5 – Importações por Grupos e Subgrupos de Produtos

Da figura anterior constam as taxas de variação calculadas para os 38 Subgrupos, que serviram de base para o cálculo dos índices dos Grupos, e daí para o Total.


       Alcochete, 26 de Março de 2018.


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