Taxas de variação homóloga
da importação de mercadorias
da importação de mercadorias
em valor, volume e preço
por grupos e subgrupos de produtos
(Janeiro a Dezembro de 2017/2016)
(Janeiro a Dezembro de 2017/2016)
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1 - Nota introdutória
O presente trabalho visou o cálculo de indicadores de evolução em valor,
volume e preço das importações no comércio internacional português de
mercadorias no período de Janeiro a Dezembro de 2017, face ao período homólogo
do ano anterior.
Os índices de preço, do tipo Paasche,
utilizados depois como deflatores dos índices de valor para o cálculo dos
correspondentes índices de volume, foram calculados a partir dos dados de base
elementares recentemente divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE),
em primeira versão preliminar, sendo ainda provisória a versão dos correspondentes
dados de 2016, com última actualização em 12/3/2018.
Para o cálculo dos índices de
preço as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas
às importações com movimento no período em análise, foram agregadas em 11 grupos
de produtos e 38 subgrupos (ver Anexo).
2 – Nota metodológica
O método utilizado no cálculo dos índices de preço de Paasche deste trabalho assenta na selecção de uma amostra
representativa do comportamento dos preços de cada subgrupo de produtos, que
integram produtos com relativa homogeneidade, posteriormente ponderados para o cálculo
do índice dos respectivos grupos, por sua vez ponderados estes para o cálculo
do índice do total da Importação.
Os índices de preço de cada subgrupo são obtidos a partir de uma primeira amostra
automática, construída com base nos produtos com movimento nos dois períodos em
análise, dentro de um intervalo definido por métodos estatísticos.
Segue-se uma análise crítica, que pode incluir, entre outros, o recurso à
evolução do preço das matérias-primas que entram na manufactura de um dado
produto, como indicador de consistência de um determinado índice que, apesar de
um comportamento aparentemente anormal, pode ser incluído na amostra.
Mais frequentemente procede-se à desagregação por mercados de origem, na
vertente da importação, de posições pautais com peso relevante que se encontram
fora do intervalo, incluindo-se na amostra do subgrupo aqueles que apresentam
um comportamento coerente na proximidade do intervalo encontrado.
Também produtos dominantes
incluídos no intervalo e decisivos para o índice do subgrupo podem ser desagregados
e considerados por mercados se, através de uma análise crítica, forem
encontrados desvios sensíveis entre eles.
3 – Importação global e por Grupos
de Produtos
As importações (somatório das entradas
de mercadorias com origem no espaço comunitário com as importações provenientes
dos países terceiros), com um acréscimo em valor de +12,6%, terão registado no
período em análise um aumento em volume de +8,6% e um acréscimo em preço de +3,6%.
Na presente conjuntura, dada a evolução do preço do petróleo, torna-se conveniente
atentarmos na evolução do nosso comércio internacional quando excluído dos
produtos do grupo “Energéticos”.
De acordo com os dados disponíveis, as importações, com exclusão dos
produtos “Energéticos”, terão
registado acréscimos em valor, volume e preço respectivamente de +10,6%, +8,6%
e +1,9%.
Em 2017, os grupos de produtos com peso a dois dígitos nas importações de
mercadorias foram “Máquinas, aparelhos e
partes” (17,1% do total), “Químicos”
(16,1%), “Agro-alimentares” (15,3%), “Material de transporte terrestre e partes”
(12,3%) e “Energéticos” (11,6%).
Em todos os grupos de produtos se registaram crescimentos em valor, com destaque para o grupo “Energéticos” (+29,9%), seguido dos
grupos “Minérios e metais” (+21,7%), “Máquinas, aparelhos e partes” (+14,0%),
“Material de transporte terrestre e
partes” (+11,8%), “Agro-alimentares”
(8,7%), “Produtos acabados diversos”
e “Químicos” (8,6% cada).
Também em volume ocorreram
aumentos em todos os grupos de produtos, com destaque para o grupo “Máquinas, aparelhos e partes” (+15,4%),
seguido dos grupos “Material de
transporte terrestre e partes” (+11,0%), “Energéticos” (+9,0%), “Minérios
e metais” (+8,4%), “Produtos acabados
diversos” (+8,3%) e “Químicos” (+7,5%).
Com taxas de crescimento em volume inferiores alinharam-se depois os grupos
“Têxteis e vestuário” (+6,3%), “Agro-alimentares” (+4,3%), “Madeira, cortiça e papel” (+3,7%) e “Calçado, peles e couros” (+2,5%).
Os únicos decréscimos em preço
verificaram-se nos grupos “Máquinas,
aparelhos e partes” (-1,2%) e “Têxteis
e vestuário” (-0,9%).
Entre os grupos que registaram
maior crescimento em preço, destacam-se os grupos “Energéticos” (+19,1%) e “Minérios
e metais” (+12,2%).
4 – Representatividade da
amostra por Grupos de Produtos
A representatividade da amostra que serviu de base ao cálculo dos índices
de preço de Paasche das importações foi,
respectivamente em 2016 e 2017, de 92,1% e 91,8%, sendo de 85,4% ou superior a
representatividade em todos os Grupos de Produtos.
5 – Importações por Grupos e Subgrupos de
Produtos
Da figura anterior constam as taxas de variação
calculadas para os 38 Subgrupos, que serviram de base para o cálculo dos
índices dos Grupos, e daí para o Total.
Alcochete, 26 de Março de 2018.
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