Acréscimos e decréscimos
das Exportações e Importações de mercadorias
por produtos e mercados
(Janeiro a Junho de 2018-2019)
(Janeiro a Junho de 2018-2019)
1 - Nota introdutória
Neste trabalho pretende-se
analisar onde incidiram os maiores acréscimos e decréscimos nas exportações e nas
importações portuguesas, por produtos e por mercados, no 1º
Semestre de 2019, face ao semestre homólogo de 2018.
São utilizados dados de base
divulgados no portal do Instituto Nacional de Estatística (INE), provisórios
para 2018 e preliminares para 2019, com última actualização em 09-09-2019.
2 – Balança Comercial
No período em análise as
importações cresceram em valor+8,8% (+3285 milhões de Euros) e as exportações +3,0%
(+883 milhões), com o défice a aumentar +30,2% e o grau de
cobertura das importações pelas exportações a descer de 78,7% para 74,5%.
Considerando a partição entre
espaço Intra e Extra-UE(28), verifica-se que no espaço intra-comunitário,
no mesmo período, as importações cresceram +9,0% face ao semestre homólogo do
ano anterior (+2557 milhões de Euros) e as exportações +4,1% (+924 milhões), com
o défice a aumentar 1634 milhões de Euros e o grau de cobertura das importações
pelas exportações a descer de 79,2/ para 75,7%.
Por sua vez, no espaço
extra-comunitário, as importações cresceram +8,1% (+728 milhões de Euros) e
as exportações decresceram -0,6% (-41 milhões de Euros), com o défice a
aumentar +37,4% e o grau de cobertura das importações pelas exportações a
descer de 77,0% para 70,8%.
3 – Exportações de mercadorias
3.1 - Produtos
Os grupos de produtos com
maior peso nas exportações portuguesas no 1º Semestre de 2019 (ver definição do conteúdo dos grupos em Anexo),
foram “Material de transporte terrestre e
partes” (15,9% do Total), “Máquinas, aparelhos e partes” (13,7%), “Químicos” (12,5%)
e “Agro-alimentares” (11,7%).
Seguiram-se os grupos “Produtos acabados diversos” (9,7%), “Minérios e metais” (9,6%), “Têxteis
e vestuário” (8,9%), “Madeira,
cortiça e papel” (7,5%), “Energéticos” (5,9%), “Calçado,
peles e couros” (3,4%) e “Aeronaves,
embarcações e partes” (1,1%).
Numa análise da evolução em
valor por grupos de produtos, verifica-se que os maiores acréscimos
incidiram nos grupos “Material de
transporte terrestre e partes” (+624 milhões de Euros), e “Químicos”
(+321 milhões). Seguiram-se os grupos “Produtos
acabados diversos” (+157 milhões), “Agro-alimentares”
(+140 milhões), “Aeronaves, embarcações e
partes” (+136 milhões), “Madeira,
cortiça e papel” (+87 milhões) e “Minérios
e metais” (+2 milhões de Euros).
Os decréscimos ocorreram nos grupos “Energéticos” (-363
milhões de Euros), “Máquinas, aparelhos e
partes” (-105 milhões), “Calçado,
peles e couros” (‑72 milhões) e “Têxteis e vestuário” (-43 milhões
de Euros).
Nas exportações para o espaço intra-comunitário verificaram-se acréscimos em valor em sete dos onze
grupos de produtos, tendo incidido o maior deles no grupo “Material de transporte
terrestre e partes” (+658 milhões de Euros).
Seguiram-se os grupos “Produtos
acabados diversos” (+180 milhões), “Agro-alimentares” (+129
milhões), “Químicos” (+106 milhões), “Madeira, cortiça e papel”
(+60 milhões), “Aeronaves, embarcações e partes” (+37 milhões) e “Máquinas,
aparelhos e partes” (+25 milhões de Euros).
Os decréscimos couberam aos grupos “Calçado, peles e couros”
(-83 milhões de Euros), “Energéticos” (-77 milhões), “Têxteis e
vestuário” (-74 milhões) e “Minérios e metais” (-37 milhões de Euros).
Por sua vez, nas exportações
para o espaço extra-comunitário registaram-se acréscimos também em sete dos
grupos de produtos, o maior dos quais no grupo “Químicos” (+215 milhões
de Euros). Seguiram-se os grupos “Aeronaves, embarcações e partes” (+99
milhões), “Minérios e metais” (+40 milhões), “Têxteis e vestuário”
(+31 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+27 milhões), “Calçado,
peles e couros” (+11 milhões) e “Agro-alimentares” (também +11
milhões de Euros).
O maior decréscimo
verificou-se nos “Energéticos” (-287 milhões de Euros), a que se seguiram
as “Máquinas, aparelhos e partes” (-130 milhões), o “Material de
transporte terrestre e partes” (-34 milhões) e os “Produtos acabados
diversos” (-22 milhões).
No quadro seguinte pode
observar-se a evolução das exportações, agora por grupos desagregados em
Subgrupos de Produtos (ver definição em Anexo).
A um nível ainda mais fino
encontram-se relacionados, nos dois quadros seguintes, os principais acréscimos
e decréscimos em produtos definidos ao nível de quatro dígitos da Nomenclatura Combinada
(NC-4) com valor superior a 10 milhões de Euros.
3.2 – Mercados
O acréscimo verificado nas exportações no 1º Semestre de 2019, face ao semestre homólogo do ano anterior
(+883 milhões de Euros), correspondeu a um acréscimo nas importações com origem
no espaço intra-comunitário (+924 milhões) e a um decréscimo no espaço
extra-comunitário (-41 milhões de Euros).
Na figura seguinte
encontram-se relacionados os mercados que registaram acréscimos e decréscimos
superiores a 15 milhões de Euros no período em análise, mercados que representaram
87,7% na exportação total. Os principais acréscimos incidiram na Itália (+272
milhões de Euros), na Alemanha (+205 milhões), em França (169 milhões) e no
Canadá (133 milhões de Euros). Por sua vez, os maiores decréscimos couberam a
Angola (-135 milhões de Euros) e à Tunísia (-114 milhões).
4 – Importações de mercadorias
4.1 - Produtos
Os grupos de produtos com
maior peso nas importações portuguesas no 1º Semestre de 2019, foram “Máquinas, aparelhos e partes” (17,7%), “Químicos” (16,2%), “Agro-alimentares” (13,4%), “Material de transporte terrestre e partes”
(12,6%) e “Energéticos” (11,5%). Seguiram-se os grupos “Minérios e metais” (8,4%), “Produtos acabados diversos” (5,7%), “Têxteis
e vestuário” (5,5%), “Aeronaves, embarcações e partes” (4,0%), “Madeira, cortiça e papel” (2,9%) e “Calçado, peles e couros” (2,0%).
Numa análise da evolução por
grupos de produtos, verifica-se que o maior acréscimo incidiu no grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (+1243
milhões de Euros), na sequência da importação de 13 aviões com mais de 15 Tons sem carga,
com origem em França (3 aviões no 1º Semestre de 2018).
Seguiram-se
os grupos “Máquinas, aparelhos e partes” (+689 milhões), “Químicos”
(+489 milhões), “Material de transporte
terrestre e partes” (+241 milhões), “Produtos
acabados diversos” (+164 milhões), “Energéticos”
(+160 milhões), “Agro-alimentares”
(+108 milhões), “Minérios e metais”
(+100 milhões), “Têxteis e vestuário”
(+94 milhões) e “Madeira, cortiça e papel”
(+10 milhões).
O único decréscimo
ocorreu no grupo “Calçado, peles e couros”
(-13 milhões de Euros).
Nas importações com origem no espaço intra-comunitário
verificaram-se acréscimos em nove dos onze grupos de produtos, tendo
incidido o maior deles no grupo “Aeronaves, embarcações e partes” (+1215
milhões de Euros).
Seguiram-se os grupos “Máquinas,
aparelhos e partes” (+455 milhões), “Químicos”
(+256 milhões), “Material de transporte terrestre e partes” (+187
milhões), “Agro-alimentares” (+154 milhões), “Produtos acabados
diversos” (+116 milhões), “Minérios e metais” (+109 milhões), “Energéticos”
(+65 milhões) e “Têxteis e vestuário” (+32 milhões de Euros).
Os decréscimos couberam aos grupos “Calçado, peles e couros”
(-21 milhões de Euros) e “Madeira, cortiça e papel” (-10 milhões).
Nas importações com origem no espaço
extra-comunitário verificaram-se acréscimos em valor também em nove
dos onze grupos de produtos, tendo incidido os maiores deles nos grupos “Máquinas,
aparelhos e partes” (+235 milhões de Euros) e “Químicos” (+233
milhões). Seguiram-se os grupos “Energéticos” (+94 milhões), “Têxteis
e vestuário” (+62 milhões), “Material de transporte terrestre e partes”
(+54 milhões), “Produtos acabados diversos” (+48 milhões), “Aeronaves,
embarcações e partes” (+29 milhões), “Madeira, cortiça e papel” (+20
milhões) e “Calçado, peles e couros” (+8 milhões de Euros).
Os decréscimos couberam
aos grupos “Agro-alimentares” (-47 milhões de Euros) e “Minérios e
metais” (-9 milhões).
No quadro seguinte pode observar-se a evolução
das importações, agora por grupos desagregados em Subgrupos de Produtos.
A um nível ainda mais fino,
encontram-se relacionados nos dois quadros seguintes os principais acréscimos e
decréscimos de produtos definidos a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, com valor superior a 10 milhões de Euros.
4.2 – Mercados
O acréscimo verificado nas
importações portuguesas no 1º Semestre de 2019, face ao semestre homólogo do
ano anterior (+3,3 mil milhões de Euros), correspondeu a acréscimos nas
importações com origem no espaço comunitário (+2,6 mil milhões) e no espaço
extra-comunitário (+728 milhões de Euros).
Na figura seguinte
encontram-se relacionados os mercados que registaram acréscimos e decréscimos
nas importações superiores a 20 milhões de Euros no período de
Janeiro a Junho de 2019, face ao período homólogo do ano anterior, mercados que
pesaram 91,6% no total.
O maior acréscimo
incidiu em França (+1,3 mil milhões de Euros), na sequência da já referida
importação de 13 aviões com mais de 15 Tons sem carga (3 aviões em 2018).
A grande distância seguiram-se
a Alemanha (+361 milhões de Euros), a Espanha (+352 milhões) e a China (+339
milhões).
Com acréscimos ainda superiores
a 100 milhões de Euros alinharam-se os EUA (+193 milhões, Bélgica (+139
milhões), a Nigéria (+133 milhões), a Arábia Saudita (+127 milhões), a Argélia (+126 milhões), o Reino Unido (+109
milhões) e a Rússia (+103 milhões de Euros).
Com aumentos entra 40 e 100
milhões de Euros, seguiram-se a Polónia, a Turquia, os Camarões, o Qatar, a
República Checa, a Hungria, a Bulgária, o Iraque, a Índia e a Dinamarca.
Por sua vez, os maiores decréscimos
couberam ao Cazaquistão (-228 milhões de Euros) e à Guiné-Equatorial (-114
milhões).
Seguiram-se o Canadá (-80
milhões de Euros), o Brasil (-72 milhões), o Ghana (-65 milhões), o México (-65
milhões), os Países Baixos (-49 milhões) e o Gabão (-46 milhões de Euros).
(ver Anexo)
Alcochete, 1 de Outubro de 2019.