domingo, 7 de junho de 2020

Comécio Internacional dos plásticos e outros petroquímicos


Comércio Internacional português
dos plásticos e outros 
produtos petroquímicos

(2017-2019 e 1º Trimestre 2019-2020)

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1 – Nota introdutória

Neste trabalho vamos analisar a evolução das importações e das exportações de plásticos e outros produtos petroquímicos nos últimos três anos (2017 a 2019) e 1º Trimestre de 2019 e 2020, a partir de dados estatísticos do “Instituto Nacional de Estatística de Portugal” (INE), em versão definitiva para 2017 e 2018 e preliminar para 2019 e 2020, com última actualização em 8-5-2020.

Recuando a 2008, verifica-se uma quebra do crescimento nas duas vertentes comerciais em 2009, face ao ano anterior, a que se seguiu uma tendência de crescimento sustentável até 2017, mais vivo do lado das exportações (160,1% face a 2008 e 146,1% do lado das importações). A partir desse ano assistiu-se a uma prática estabilização das exportações, com as importações a crescerem ainda para 167,3% em 2018, estabilizando no ano seguinte.


Ao longo destes doze anos o peso das exportações dos plásticos e outros produtos petroquímicos nas exportações globais oscilou entre 5,0%, em 2009, e 6,1%, em 2017, situando-se em 5,5% em 2019, de acordo com os dados preliminares disponíveis.

Por sua vez as importações destes produtos, que em 2008 pesavam 3,8% do total, viram o seu peso aumentar nos anos seguintes para 5,1% em 2013, mantendo-se numa faixa entre 5,0% e 5,5% a partir de então.


2 – Balança Comercial

A Balança Comercial do conjunto dos produtos em análise é deficitária, com saldos da ordem dos -800 milhões de Euros em 2018 e 2019 e de -198 milhões no 1º Trimestre de 2020 (-29,2% face ao trimestre homólogo de 2019). O grau de cobertura das importações pelas exportações desceu, em 2018 e 2019, de 92,7% em 2017 para 80,5% e 80,6%, situando-se em 80,1% no 1º Trimestre de 2020.

Do quadro seguinte consta a balança comercial por cada uma das quatro componentes consideradas, mais adiante discriminadas por posições pautais da Nomenclatura.


3 – Taxas de variação homóloga em Valor, Volume e Preço

Cálculos dos índices de preço de Paasche efectuados para o conjunto destes produtos em 2019, a preços de 2018, apontam para taxas de variação em preço de -5,4% e -6,4%, respectivamente nas importações e nas exportações, com correspondentes taxas de variação em volume de +5,6% e +7,0%.

No 1º Trimestre de 2020, a preços do trimestre homólogo do ano anterior, os índices de preço encontrados foram -9,3% e -5,0%, respectivamente para as importações e para as exportações, com correspondentes taxas de variação em volume de -3,3% e -1,9%.

4 – Principais produtos importados

Os principais produtos importados incidem nas “Obras de plástico”, 42,4% do Total dos produtos em análise em 2019 e 41,0% no 1º Trimestre de 2020.

Seguem-se os “Polímeros” (27,7% e 28,0%, respectivamente em 2019 e no 1º Trimestre de 2020), “Outros petroquímicos”, onde se incluem os poliésteres e as resinas, entre outros (16,3% e 17,3%) e os “Hidrocarbonetos” (13,6% em ambos os períodos).

Da figura seguinte constam as importações destes produtos desagregados a quatro dígitos da Nomenclatura em cada componente, para o período 2017-2019 e 1º Trimestre de 2019-2020, ordenadas por ordem decrescente de valor no ano de 2019.

5 – Principais produtos exportados

Também nas exportações prevalecem as “Obras de plástico”, aqui com maior peso em relação ao Total do que nas importações (60,3% em 2019 e 63,6% no 1º Trimestre de 2020).                                                                                  

Seguiram-se, nos dois períodos em análise, os “Polímeros” (16,5% e 16,9%, respectivamente). Os “Outros petroquímicos” representaram 11,9% em 2019 e 11,8% no 1º Trimestre de 2020 e os “Hidrocarbometos” 11,3% e 7,7%.


6 – Principais mercados de origem e de destino

Nas importações e nas exportações destes produtos prevalece o espaço intracomunitário (78,3% em 2019 nas importações e 85,2% nas exportações), o mesmo sucedendo no 1º Trimestre de 2020 (79,4% e 86,1%, respectivamente).



6.1 – Importação

Os principais mercados de origem destes produtos foram a Espanha (32,8% em 2019 e 31,1% no 1º Trimestre de 2020), a Alemanha (13,0% e 14,5%), os Países Baixos (9,6% e 11,2%), a França (6,1% e 5,7%) e a Itália (5,4% e 5,5%), países que, no seu conjunto, representaram cerca de 70% do Total.

Seguiram-se, em 2019, a Arábia Saudita (5,1%), a Bélgica (4,3%), a China (2,4%), a Coreia do Sul (2,3%), os EUA e a Índia (1,6% cada). No 1º Trimestre de 2020 alinharam-se depois a Bélgica (4,9%), a Arábia Saudita (3,7%), a Índia (3,3%), a China (2,6%), a Coreia do Sul (2,1%) e o Reino Unido (1,4%).

6.2 – Exportação

Nos dois períodos considerados, os mercados dominantes foram a Espanha (35,4% e 37,1%), a França (13,1% e 13,3%), a Alemanha (9,6% em ambos os períodos) e os Países Baixos (7,4% e 6,7%).

Em 2019 seguiram-se a Bélgica (4,4%), a Itália (4,3%), o Reino Unido (3,8%), Angola (1,7%) e os EUA (1,5%). Por sua vez, no 1º Trimestre de 2020 alinharam-se depois o Reino Unido (4,2%), a Itália (3,8%), a Bélgica (3,2%) e os EUA (1,9%).

Os países referidos representaram em cada um dos períodos cerca de 80% do total das exportações destes produtos.



Alcochete, 7 de Junho de 2020.




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